quinta-feira, abril 24, 2008

Primeiro-Ministro Kay Rala Xanana Gusmão visita Jakarta para aprofundar as relações bilaterais com a República da Indonésia

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE
GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO
Gabinete de Imprensa

Dili, 24 de Abril de 2008

O Primeiro-Ministro Kay Rala Xanana Gusmão desloca-se a Jakarta em visita oficial, entre os próximos dias 28 de Abril e 2 de Maio, com o objectivo principal de aprofundar as relações bilaterais entre a República Democrática de Timor-Leste e a República da Indonésia, designadamente no que respeita à cooperação bilateral entre os dois países e debater assuntos de interesse comum no âmbito regional e internacional.

Kay Rala Xanana Gusmão vai manter encontros com o Presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudyono; com o Presidente da Câmara dos Representantes da República da Indonésia, Agung Laksono e com o Representante da Assembleia Popular Consultiva da República da Indonésia, Hidayat Nur Wahid; com o Chefe das Forças Armadas da Indonésia, General Joko Santoso e com o Comandante Geral da Polícia da Indonésia, General Sutanto.

O Chefe do Governo de Timor-Leste terá ainda um almoço de trabalho com empresários indonésios e um encontro com a comunidade timorense residente na Indonésia, depois de proferir uma palestra subordinada ao tema: “Indonésia e Timor-Leste, Redefinindo Relações Para o Futuro”.

Durante a visita oficial, serão assinados acordos entre os dois países sobre comércio e cooperação técnica no domínio do controlo alimentar e droga.

No âmbito da deslocação de Kay Rala Xanana Gusmão a Jakarta, as autoridades governamentais de Timor-Leste e da Indonésia vão abordar a realização de protocolos bilaterais para o serviço postal, aviação comercial e criação de vistos especiais de residência para estudantes timorenses na Indonésia, para além de discussões políticas em matérias de defesa e segurança.

O Primeiro-Ministro Kay Rala Xanana Gusmão considera que o reforço das relações bilaterais entre a República Democrática de Timor-Leste e a República da Indonésia “pode contribuir para a consolidação das nossas duas jovens democracias” e defende que o futuro das relações entre os dois países vizinhos “deverá ser construído em torno de uma parceria forte que promova a paz e a segurança e que conduza a novas oportunidades de prosperidade, de liberdade, de justiça, de tolerância e de democracia”.

5 comentários:

Anónimo disse...

Operação Halibur
Timor-Leste: Gastão Salsinha concordou em render-se mas ainda não entregou armas
25.04.2008 - 08h56 Lusa
O ex-tenente timorense Gastão Salsinha concordou hoje em render-se em Ermera (Oeste de Timor-Leste), "mas até ao momento ainda não entregou as armas", disse à Lusa fonte do comando conjunto da Operação Halibur.

Uma fonte oficial da ONU em Timor-Leste confirmou à Lusa existirem reuniões entre Gastão Salsinha e uma delegação da Procuradoria-Geral da República, do Parlamento, do Governo e das Forças Armadas, na aldeia de Liolo, junto a Gleno, Ermera.

Salsinha, líder do grupo rebelde que em 11 de Fevereiro atentou contra a vida do Presidente Ramos-Horta e do primeiro-ministro Xanana Gusmão, concordou, "em resultado destas conversações, em não deixar a casa onde se encontra, até que o resto dos seus homens se juntem a ele", disse aquela fonte.

"Depois disso, Gastão Salsinha concordou em entregar-se às autoridades", concluiu a fonte da ONU.

Uma outra fonte que tem acompanhado localmente as negociações, confirmou à Lusa a concordância de Salsinha na sua rendição, "mas até ao momento ainda não entregou as armas".

"A situação é muito parecida com o que aconteceu quando Gastão Salsinha concordou em entregar-se ao Procurador-Geral da República" há cerca de dois meses, comentou aquela fonte, que salientou o papel relevante da Igreja, de políticos locais e da Procuradoria-Geral da República nas negociações com o chefe rebelde.

Até ontem estavam em prisão preventiva dez elementos do grupo de Gastão Salsinha e do major Alfredo Reinado, arguidos no processo do 11 de Fevereiro.

Angelita Pires, ex-assessora legal e namorada de Alfredo Reinado, está indiciada no mesmo processo, aguardando julgamento em liberdade mas com interdição de se ausentar do país.

Continuavam a monte 13 suspeitos com mandado de captura emitido, incluindo Gastão Salsinha, que lidera o grupo de fugitivos depois da morte do major Reinado no ataque à casa do Presidente José Ramos-Horta.

A operação Halibur de captura do grupo de Salsinha tem estado concentrada no distrito de Ermera.

No seu regresso a Timor-Leste, no dia 17 de Abril, o Presidente da República, José Ramos-Horta, tinha ordenado ao ex-tenente Gastão Salsinha para se entregar e acabar com a sua "aventura".

"Deixe-se de aventuras. A vossa aventura e irresponsabilidade ao longo de meses já custou vidas", afirmou José Ramos-Horta na conferência de imprensa que deu no aeroporto internacional Nicolau Lobato, em Díli, dirigindo-se ao líder dos fugitivos ligados aos ataques de 11 de Fevereiro.

O Presidente fez, na ocasião, uma intervenção emocionada mas dura contra Gastão Salsinha e o major Alfredo Reinado, responsáveis pelos ataques contra José Ramos-Horta e o primeiro-ministro Xanana Gusmão.

José Ramos-Horta ficou gravemente ferido, o major Reinado morreu no ataque e o ex-tenente Salsinha fugiu com um grupo que agora está reduzido a cerca de 15 homens.

"Entregue-se ao pároco em Gleno ou Maubisse. Confio totalmente nesta igreja timorense. Ela saberá como contactar as autoridades", pediu o chefe de Estado a Salsinha no regresso de mais de dois meses de convalescença em Darwin, Austrália.

"Apesar de eu ter sido atingido, eu não queria que Salsinha ou qualquer outro timorense perdesse a sua vida.

Demasiados timorenses perderam as suas vidas", acrescentou José Ramos-Horta num momento em que, embargado, interrompeu as suas palavras.

"Salsinha tem que se entregar. Ele disse que esperava pelo meu regresso para se entregar. Eu prefiro que ele procure a igreja. Depois ele tem de ir ao Procurador-geral da República, ou ao tribunal, não sei o processo, e enfrentar a justiça", insistiu o Presidente.

"Salsinha já não é o líder dos peticionários", afirmou o Presidente da República na sua curta intervenção perante os deputados e a comunidade diplomática.

Anónimo disse...

Iminente a rendição do rebelde timorense Gastão Salsinha

Público, 26.04.2008
Jorge Heitor

Presidente Ramos-Horta desmentiu no Parlamento que tivesse agendado para sua casa, no dia em que foi atacado, qualquer encontro com o major Reinado

É possível que as autoridades timorenses possam anunciar hoje a rendição do antigo tenente Gastão Salsinha, que era tido como o líder do grupo que andava a monte desde Fevereiro e que ontem concordou uma vez mais render-se, se bem que não tenha de imediato entregue as armas, declarou ao PÚBLICO um responsável do gabinete de imprensa da Presidência da República, contactado pelo telefone.
Também os correspondentes da Lusa e da Antena Um referiram contactos entre Salsinha e representantes da Procuradoria-Geral e de outras entidades, na região de Gleno, distrito de Ermera, o único onde actualmente prevalece o estado de excepção decretado em todo o país depois do atentado de há dois meses e meio em que ficou gravemente ferido o Presidente, José Ramos-Horta.
O ambiente geral em Timor-Leste é hoje bem melhor e mais calmo do que há alguns meses, antes dos incidentes de 11 de Fevereiro, reconheceu ao PÚBLICO Maria Ângela Carrascalão, chefe de gabinete do secretário de Estado da Defesa, segundo a qual os militares e polícias timorenses saíram prestigiados das recentes provações.
Ao discursar esta semana no Parlamento, Ramos-Horta disse que "sem a intervenção divina e a sabedoria e dedicação dos médicos e enfermeiros em Díli e Darwin" não teria sobrevivido ao atentado, a propósito do qual três homens foram detidos na Indonésia, para onde entretanto teriam fugido: "Deus quis que eu continue a fazer uso de todas as minhas modestas faculdades para continuar a minha obra modesta em prol deste nosso povo e em prol da Humanidade".
O Presidente insistiu em que naquela data esteve na fronteira entre a vida e a morte; e que nessa altura ouviu "uma voz muito clara" a dizer para os que o tentavam matar: "Larguem-no, ele não fez mal a ninguém." E acredita que "era uma voz de comando, a voz de Deus".
O chefe de Estado felicitou o presidente do Parlamento, Fernando Araújo, "Lasama", pelo modo como interinamente o substituiu, tendo agradecido a todos os que acompanharam a evolução do seu estado, referindo em especial o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e o Papa Bento XVI.
Por outro lado, procurando desfazer certas teses que vieram a público, sublinhou que no dia 11 de Fevereiro não tinha nenhum encontro marcado, na sua residência, com o major rebelde Alfredo Reinado, que acabou por seu morto nesse local, algum tempo antes de ele próprio ter sido alvejado a tiro, "pelas costas, do lado direito", e caído na estrada.

Anónimo disse...

Salsinha reedita promessa de se entregar em Ermera
JN, 26/04/08

O ex-tenente timorense Gastão Salsinha concordou ontem em render-se em Ermera (Oeste de Timor-Leste), "mas até ao momento ainda não entregou as armas", disse à Agência Lusa fonte do comando conjunto da Operação Halibur.

Uma fonte oficial da ONU em Timor-Leste confirmou existirem reuniões entre Gastão Salsinha e uma delegação da Procuradoria-Geral da República, do Parlamento, do Governo e das Forças Armadas, na aldeia de Liolo, junto a Gleno, Ermera.

Salsinha, líder do grupo rebelde que em 11 de Fevereiro atentou contra a vida do presidente Ramos-Horta e do primeiro-ministro Xanana Gusmão, concordou, "em resultado destas conversações, em não deixar a casa onde se encontra, até que o resto dos seus homens se juntem a ele", disse aquela fonte.

"Depois disso, Gastão Salsinha concordou em entregar-se às autoridades", concluiu a fonte da ONU.

Uma outra fonte que tem acompanhado localmente as negociações confirmou a concordância de Salsinha na sua rendição, "mas até ao momento ainda não entregou as armas".

"Filme" já visto

"A situação é muito parecida com o que aconteceu quando Gastão Salsinha concordou em entregar-se ao procurador-geral da República" há cerca de dois meses, comentou aquela fonte, que salientou o papel relevante da Igreja, de políticos locais e da Procuradoria-Geral da República nas negociações com o chefe rebelde.

Até anteontem, estavam em prisão preventiva dez elementos do grupo de Gastão Salsinha e do major Alfredo Reinado, arguidos no processo do 11 de Fevereiro.

Angelita Pires, ex-assessora legal e namorada de Alfredo Reinado, está indiciada no mesmo processo, aguardando julgamento em liberdade mas com interdição de se ausentar do país.

Continuavam a monte 13 suspeitos com mandado de captura emitido, incluindo Gastão Salsinha, que lidera o grupo de fugitivos depois da morte do major Reinado no ataque à casa do presidente José Ramos-Horta.

A operação Halibur de captura do grupo de Salsinha tem estado concentrada no distrito de Ermera.

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

Porque é que oecussi obedece a Dili e não a Kupang? Porque é que Malina está com Dili e não com Atambua? Xanana continua a brincar aos países...em pouco tempo sem um Estado timorense forte tudo pode mudar...
A conferência que vai dar é paga ou é de borla? E quem recebe o dinheiro, a conta pessoal de Xanana ou a conta do Estado timorense?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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