quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Timor deployment failed: army chief

The Sydney Morning Herald - February 12, 2008 - 7:19PM


East Timor's Army chief has blamed international security forces for failing to prevent assassination attempts on the country's top two leaders, branding them deficient.

Army commander Taur Matan Ruak called for a sweeping investigation into the failings of international forces, which include the Australian-led International Stabilisation Force (ISF).
The demand came as Australia sent in an additional 340 soldiers and police to help shore up security, boosting its presence in the country to more than 1,000 personnel.

Ruak said it was staggering that international forces had not detected the plot by rebels, who shot and injured President Jose Ramos-Horta and ambushed Prime Minister Xanana Gusmao near their homes in the capital, Dili, on Monday.

East Timor was entitled to answers, he said.

"Given the high number of international forces present in East Timor, in particular within the capital, how is it possible that vehicles transporting armed people have entered the city and executed an approach to the residences of the president ... and the prime minster without having been detected?" he said.
"There has been a lack of capacity shown by the international forces, who have primary responsibility for the security within East Timor to foresee, react and prevent these events."
Ruak also claimed there was "no immediate operation undertaken to detain" the rebels involved in Monday's attack, in which rebel leader Alfredo Reinado was shot dead by Ramos-Horta's security guards.

United Nations spokesperson Finn Reske-Nielsen said investigators had interviewed 11 people over the attack on Ramos-Horta, but no arrests had yet been made.

He said the investigation had been underway since Monday morning, and a preliminary report will be handed to East Timor's prosecutor-general on Wednesday.

In Darwin - where Ramos-Horta is in serious condition after surgery for three gunshot wounds - Australian Foreign Minister Stephen Smith defended a decision by the Australian government last year to call off a manhunt for Reinado.

Reinado was among 600 mutinous soldiers dismissed by East Timor's government in 2006, triggering violence in which 37 people were killed and more than 150,000 people forced from their homes.

He was arrested and charged but escaped from prison later that year. Australian forces in East Timor last year botched a bid to arrest him.

Ramos-Horta later waived an arrest warrant for the rebel leader, deciding instead to seek face to face talks.

Smith said Australia was following the wishes of East Timor's government when it called off the hunt for Reinado.

"Almost nine months ago, the government of East Timor requested the International Stabilisation Force to desist from seeking to apprehend Reinado," he said.
"The East Timorese government and the president in particular thought that they could affect a negotiator-agreed solution or compromise.

"I don't want to reflect on whether that was a good thing or a bad thing, but obviously in light of events that will be one of the things the East Timorese government will reflect on."
Smith travelled to Darwin to meet with Ramos-Horta's family and his East Timorese counterpart, Zacharias da Costa, who said the decision to call off the hunt for Reinado "wasn't a wrong decision".

"Unfortunately, the outcome was different than what we imagined," da Costa said.
Prime Minister Gusmao has moved to scotch rumours that Reinado was lured to his death at Ramos-Horta's home with the promise of negotiations.

The president and Reinado had previously met for talks the government said were aimed at ending the rebellion peacefully.

"Some people have said that President Ramos-Horta had called Alfredo Reinado to come to Dili. But this is not true," Gusmao said in a statement.

"To put rest to the rumour that the president called Alfredo to kill him, I would like to reiterate that I was also ambushed and targeted. This shows that it was a planned operation from Alfredo."

As politicians weighed the wisdom of the decision to call off the hunt for Reinado, analysts also said security forces in East Timor had some questions to answer.

While national authorities are mandated to protect the president, some 3,000 international troops and UN police are on patrol in Dili.

"It is of course questionable how Reinado managed to make it all the way through Dili without anyone noticing, and indeed how long he had been in Dili," said Sophia Cason, a Dili-based analyst with the International Crisis Group.

Another key query that remains is how the rebels managed to melt back into the hills so easily in a nation under heavy guard.

Apart from the bodies of Reinado and another rebel, the other attackers have so far not been found.

In Dili on Tuesday, additional Australian troops began to help enforce a two-day state of emergency, which will remain in force until Wednesday night and includes an 8pm to 6am curfew and a ban on large gatherings.

"The C-130 aircraft are arriving by the hour. The troops will bolster forces already there," said a spokesman for Australian Defence Minister Joel Fitzgibbon.

The Australian warship, HMAS Perth, also arrived off the Dili coast to support the security operation.

Smith said East Timor's government was happy with the level of reinforcements Australia had sent to Dili.

"The response that I've had from Zacharias da Costa is that the East Timorese government is ... very pleased with the quick response to their request for assistance in troops and the police," he said.###

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Chefe das forças armadas: destacamento em Timor falhou
The Sydney Morning Herald - Fevereiro 12, 2008 - 7:19PM


O chefe das forças armadas de Timor-Leste acusou as forças internacionais de segurança de terem falhado na prevenção de tentativas de assassínio dos dois líderes de topo do país, rotulando-as de deficientes.

O comandante das forças armadas Taur Matan Ruak pediu uma investigação integral aos falhanços das forças internacionais, que incluem a Força Internacional de Estabilização (ISF) liderada pelos Australianos.
O pedido ocorreu quando a Austrália mandou mais 340 soldados e policies para ajudar a escorar a segurança, aumentando a sua presença no país a mais de 1,000 elementos.

Ruak disse que era espantoso que as forças internacionais não tivessem detectado a conspiração dos amotinados, que balearam e feriram o Presidente José Ramos-Horta e emboscaram o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão perto das suas casas na capital, Dili, na Segunda-feira.

Timor-Leste tem o direito às respostas, disse.

"Dado o elevado número de forças internacionais presentes em Timor-Leste, em particular dentro da capital, como é que é possível que veículos transportando pessoas armadas tenham entrado na cidade e executado uma aproximação às residências do presidente ... e ao primeiro-minstro sem terem sido detectadas?" disse.
"Tem havido uma falta de capacidade mostrada pelas forças internacionais, que têm a responsabilidade primária de segurança dentro de Timor-Leste, para prever, reagir e prevenir estes eventos."
Ruak afirmou também que não havia "sido feita nenhuma operação imediata para deter "os amotinados envolvidos no ataque de Segunda-feira, no qual o líder amotinado Alfredo Reinado foi morto a tiro pelos guardas de segurança de Ramos-Horta.

O porta-voz da ONU Finn Reske-Nielsen disse que os investigadores tinham entrevistado 11 pessoas sobre o ataque a Ramos-Horta, mas que ainda não tinham sido feitas prisões.

Disse que a investigação estava em curso desde a manhã de Segunda-feira e que sera entregue um relatório preliminar ao procurador-geral na Quarta-feira.

Em Darwin – onde Ramos-Horta está numa condição séria depois da operação por causa de três feridas de balas – o Ministro dos Estrangeiros Australiano Stephen Smith defendeu a decisão do governo Australiano do ano passado de cancelar a procura ao Reinado.

Reinado estava entre os 600 soldados amotinados despedidos pelo governo de Timor-Leste em 2006, o que desencadeou a violência onde 37 pessoas foram mortas e mais de 150,000 pessoas foram forçadas das suas casas.

Ele foi preso e acusado mas escapou da prisão mais tarde nesse ano. As Forças Australianas em Timor-Leste no ano passado falharam uma tentativa para o prender.

Ramos-Horta mais tarde cancelou um mandato de captura para o líder amotinado, decidindo em vez disso por conversas face-a-face.

Smith disse que a Austrália estava a seguir os desejos do governo de Timor-Leste quando cancelou a procura de Reinado.

"Há quase nove meses atrás, o governo de Timor-Leste pediu à Força Internacional de Estabilização para desistir de tentar prender Reinado," disse.
"O governo e o presidente Timorenses em particular pensaram que isso podia afectar uma solução acordada com um negociador ou um compromisso.

"Não quero reflector se essa foi uma coisa boa ou uma coisa má, mas obviamente à luz dos eventos essa será uma das coisas que o governo Timorense terá de reflectir."
Smith viajou para Darwin para se encontrar com a família de Ramos-Horta e o seu colega Timorense, Zacarias da Costa, que disse que a decisão de cancelar a procura de Reinado "não foi uma decisão errada ".

"Infelizmente o resultado foi diferente do que imaginávamos," disse da Costa.
O Primeiro-Ministro Gusmão apressou-se a desmentir rumores de que Reinado foi atraído à morte em casa de Ramos-Horta com a promessa de negociações.

O presidente e Reinado tinham-se encontrado anteriormente para conversas que o governo disse visavam acabar com o motim pacificamente.

"Algumas pessoas disseram que o Presidente Ramos-Horta chamara Alfredo Reinado para vir a Dili. Mas isso não é verdade," disse Gusmão numa declaração.

"Para acabar com esse rumor de que o presidente chamou Alfredo para o matar, quero reiterar que eu também fui emboscado e alvejado. Isto mostra que essa foi uma operação planeada por Alfredo."

Enquanto os politicos medem a sensatez da decisão de cancelar a procura de Reinado, analistas dizem também que as forças de segurança em Timor-Leste tinham também de responder a algumas questões.

Enquanto as autoridades nacionais são mandatadas para proteger o presidente, cerca de 3,000 tropas internacionais e polícias da ONU estão a patrulhar Dili.

"Óbviamente é questionável como é que Reinado conseguiu fazer todo o caminho através de Dili sem ninguém noticiar, e na verdade há quanto tempo estava em Dili," disse Sophia Cason, uma analista com base em Dili do International Crisis Group.

Uma outra pergunta chave que se mantém é como é que os amotinados conseguiram desaparecer para as montanhas tão facilmente numa nação sob forte guarda.

Além dos corpos de Reinado e dum outro amotinado, os outros amotinados até agora não foram encontrados.

Em Dili na Terça-feira, mais tropas Australianas começaram a ajudar o reforço do estado de sítio de dois dias, que se mantém até à noite de Quarta-feira e inclui recolher obrigatório das 8 pm às 6 am e a proibição de grandes ajuntamentos.

"Está na hora do avião C-130 chegar. As tropas reforçarão as forças que já lá estão," disse um porta-voz do Ministro da Defesa Australiano Joel Fitzgibbon.

O navio de guerra Australiano, HMAS Perth, chegou também à costa de Dili para apoiar a operação de segurança.

Smith disse que o governo de Timor-Leste estava satisfeito com o nível do reforço que a Austrália tinha mandado para Dili.

"A resposta que tive de Zacarias da Costa é que o governo Timorense está ... muito satisfeito com a resposta rápida ao seu pedido de assistência em tropas e polícias," disse.###

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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