sábado, novembro 03, 2007

Prémio "Ouviste bem desta vez, Cravinho?!"

"Público: O inglês poderá vir a ser uma das vossas línguas oficiais, a par do tétum e do português?

Ramos-Horta: O inglês e o bahasa indonésio são duas línguas de trabalho estipuladas na Constituição. Temos que investir mais no seu ensino.

Elevar o seu estatuto para línguas oficiais? Não descarto esta possibilidade, mas careceria de um parecer de linguistas e pedagogos, de muito debate, para pesarmos todas as vantagens e desvantagens de tal opção."

Público - 2 Novembro 2007

2 comentários:

Anónimo disse...

Com efeito, desta vez João Cravinho não pode alegar desconhecimento...

Vejamos o que diz o artº 159 da CRDTL:

"A língua indonésia e a inglesa são línguas de trabalho em uso na administração pública a par das línguas oficiais, enquanto tal se mostrar necessário."

RH esquece-se sempre de referir que essas línguas serão usadas apenas na ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, enquanto tal se mostrar necessário.

Portanto, a tendência lógica é essas línguas serem cada vez menos necessárias e não o contrário, como deseja RH.

Para além disso, a CRDTL é bem clara quanto às línguas oficiais. Não há qualquer relação entre o supra-citado artº 159 e o artº 13, que estipula quais são as línguas oficiais e nacionais.

Finalmente, a alteração do artº 13 só é possível no âmbito de uma revisão constitucional, por maioria de 2/3.

Sobre este último parágrafo, não sei a quem RH se refere, quando diz, no plural: "para pesarmos todas as vantagens..." - é que até agora ele foi o único que tem batido obsessivamente nesta tecla das línguas (malaio-)indonésia e inglesa.

Claro que é mais fácil defender demagogicamente a adopção essas duas línguas do que a penosa tarefa de reintroduzir o Português e desenvolver o Tétum - o Instituto Nacional de Linguística, que vinha fazendo um heróico trabalho em prol do Tétum, cessou praticamente funções há um ano e nem chegou a conseguir publicar um dicionário bilingue Português-Tétum, ferramenta fundamental para se trabalhar nas escolas timorenses com ambas as línguas oficiais.

Talvez a queda de RH pelo "bahasa" venha do tempo em que frequentava o bairro do Farol, onde teria tido as primeiras lições com a filha do cônsul Elias Tomodok...

Mas já que RH gosta tanto desta língua, podia começar por aprendê-la de uma vez por todas, sob pena de cair em total descrédito por não praticar aquilo que defende para os outros.

Anónimo disse...

o que vai o sr. ramos horta fazer a Portugal???

Não o deviam era deixar entrar e considerá-lo "persona non grata"!!!!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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