sexta-feira, março 23, 2007

Timor-Leste: Embaixador luso considera existir segurança e rejeita alarmismos

Díli, 22 Mar (Lusa) - O embaixador de Portugal em Timor-Leste disse hoje à agência Lusa que estão criadas as condições de segurança para a realização das eleições presidenciais e rejeita o alarmismo que foi provocado pelos recentes distúrbios em Díli. "Não há razões para alarmismo, nem se calhar haveria tantas razões para alarmismo na situação que se viveu há umas semanas.

Era uma situação perigosa, houve tentativas de impedir o acesso a determinadas ruas", admitiu o embaixador João Ramos Pinto. "Houve uma certa tensão mas também foi uma situação que as forças das Nações Unidas rapidamente dominaram, controlaram e no dia seguinte foi rapidamente resolvida", acrescentou.

A estrutura das Nações Unidas em Timor-Leste e as forças internacionais concentradas, sobretudo, na cidade de Díli são para o diplomata português garantia de segurança para que se possam realizar as eleições, marcadas para 09 de Abril próximo. "Acredito que, com as estruturas existentes, com o apoio na área da segurança quer por uma missão bastante musculada das Nações Unidas, na área policial, quer pela presença de tropas internacionais, da Austrália e da Nova Zelândia, e também pelas próprias Forças Armadas timorenses, que já estão a retomar as suas funções no sentido de assegurar a segurança em alguns ministérios, creio que há condições objectivas para manter uma condição segura para a realização de eleições", afirmou.

Apesar do major Alfredo Reinado, militar que se evadiu de uma cadeia da capital em 2006 e que se encontra na posse de armas ilegais na região de Same, o embaixador de Portugal em Díli vê o assunto como um caso de Justiça que não perturba o processo eleitoral. "É uma questão de segurança interna, uma questão de Justiça. Não tenho visto que haja relação directa com a segurança em termos de eleições, até este momento", sublinhou, defendendo que uma das situações mais preocupantes está relacionada com os deslocados.

"Uma das preocupações em termos de eleições é a situação dos deslocados. Não vão votar nas condições ideais, não estão na sua própria casa.

Há uma parte da população que se encontra em campos de deslocados. Essas situações estão todas previstas, mas são condições difíceis, que vão ser resolvidas, mas que não deixam de ser difíceis para os próprios", sustentou. Sobre a campanha para as presidenciais, que começa sexta-feira em vários pontos do país, Ramos Pinto adiantou que, politicamente, o processo eleitoral é irreversível. "Para haver eleições é preciso haver duas coisas e uma delas é a vontade política para as realizar, e eu não tenho dúvidas de que existe. Todos os partidos querem que as eleições se realizem e estão empenhados nisso", afirmou.

"Por outro lado, é necessário haver segurança. Eu acho que apesar das crises e das situações menos seguras que se têm vivido, até este momento, nunca vi nenhuma situação que impedisse a realização de eleições", acrescentou.

Em Timor-Leste vivem 500 portugueses, 120 dos quais são professores.

PSP-Lusa/Fim

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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