sexta-feira, março 23, 2007

PRIMEIRO-MINISTRO DR. RAMOS-HORTA SAÚDA O COMPACT

GABINETE DO PRIMEIRO MINISTRO

informação à comunicaçÃo social 22 March 2007

“REÚNE NUMA CAUSA COMUM OS QUE SE PREOCUPAM
COM O DESENVOLVIMENTO E O FUTURO DE TIMOR-LESTE”

O Primeiro-Ministro Dr. José Ramos-Horta saudou hoje o Compact, por ser uma plataforma de unidade entre Timor-Leste e a comunidade internacional.

“O Compact reúne numa causa comum toda a gente que se interessa pelo desenvolvimento e pelo futuro de Timor-Leste”, afirmou o Primeiro-Ministro.

“De um modo geral, está concebido para aproveitar as competências e as boas vontades de todos os que estão envolvidos a longo prazo em Timor-Leste e para garantir que os dirigentes de Timor-Leste reflectem maduramente nas razões porque a crise ocorreu”,, declarou o Dr. Ramos-Horta.

O Compact será um acordo subscrito pelas Nações Unidas, o Banco Mundial, os países doadores, as agências internacionais, a Igreja e a sociedade civil, que assenta numa abordagem unificada dos problemas comuns, para deixarmos para traz o passado e concentrarmo-nos no dia de hoje e na construção do futuro”, disse.

“Unidade é precisamente o que as pessoas querem e nos pedem. Elas têm razão. É tempo de unidade nacional não apenas nas palavras, apesar de serem importantes, mas também nos actos.”, continuou o Dr. Ramos-Horta.

“Que melhor maneira de alcançar isso do que incorporar esse modo de funcionamento nos próprios programas de desenvolvimento e de governação e gestão?”, explicou.

O Primeiro-Ministro disse que muitos dos programas dos doadores e do governo antes da crise abordavam os desafios principais da redução da pobreza e da construção institucional, pelo que são uma boa base de partida a ser desenvolvida.

Estes programas e os mecanismos desenvolvidos para os aplicar podem ser mantidos.

“No entanto, o Compact nasceu porque ser necessária uma reflexão que tire lições do que funcionou e do que não funcionou e avalie novas prioridades que surgiram da crise, incorporando isso numa plataforma comum para a recuperação”, disse o Dr. Ramos-Horta.

O Primeiro-Ministro disse que está muito ciente do facto de que construir uma sociedade democrática estável requer um esforço concertado para responder às causas profundas do recente tumulto.

O Dr. Ramos-Horta considera que todos os estudos apontam para a importância de aspectos como a redução da pobreza, a melhoria da alimentação e a segurança de rendimentos, a criação de empregos e o reforço das capacidades institucionais do país, incluindo especialmente as forças nacionais de segurança, o sistema judicial e a resolução de conflitos em torno da terra e da propriedade, lado a lado com a manutenção da ênfase na melhoria das infra-estruturas, dos serviços de saúde e educação.

A melhoria da comunicação interna nos serviços do governo e da comunicação entre estes, na sociedade, entre os doadores e a sociedade civil são vistos como essenciais, sendo muito deficientes, tal como é a capacidade para usar as verbas orçamentadas, um factor crítico na insuficiência de serviços acessíveis aos cidadãos, especialmente fora de Díli.

O antigo Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, num relatório dirigido ao Conselho de Segurança, referiu que um Compact (acordo) entre todos os intervenientes – incluindo o governo, a Missão das Nações Unidas, e os protagonistas da cooperação bi-lateral e multi-lateral – era a plataforma adequada a uma transição orientada e um quadro de actuação para a recuperação.

“Concordo com este ponto de vista e promovi a ideia e o processo no sentido de tornar o Compact realidade”, disse o Primeiro-Ministro.

“Seguidamente, deleguei os procedimentos necessários no Vice Primeiro-Ministro Estanislau da Silva e agradeço-lhe por todo o esforço que dedicou ao assunto”, afirmou.

“O Compact tem avançado bem”, continuou o Dr. Ramos-Horta.

A comissão do Compact teve a sua primeira reunião para consultas a 6 de Fevereiro, tendo sido então enunciadas as prioridades do Governo, como “as prioridade das prioridades”, a concentrarem as atenções (recursos, vontade política, aplicação) ao longo dos dois anos do Compact:

-Eleições;

-Reforço do Sector Público (incluindo formação dos recursos humanos, descentralização, melhoria da execução orçamental);

-Emprego dos jovens e formação vocacional;

-Reforço do sistema de Justiça;

-Reinserção social (incluindo habitação e abrigo, assistência humanitária, aceitação mútua, recuperação de traumas sociais e apoio a grupos vulneráveis.

“As prioridades acordadas até este momento são as que a comunidade manifestou com clareza, que o governo e todos os doadores e apoiantes devem responder”, declarou o Primeiro-Ministro.

“Antes de chegar a um acordo final , será necessária uma nova consulta à sociedade civil e à Igreja”, afirmou.

Temos de assegurar que as suas necessidades estarão plenamente reflectidas na aplicação do Compact”, explicou o Dr. Ramos-Horta.

“Para desenvolver com êxito e aplicar os programas nestas cinco “prioridades das prioridades”, para garantir que a sociedade tem serviços, tem acesso à informação, tem uma palavra acerca da forma como é governada, independentemente do Governo no poder, é necessário um quadro de referência de unidade nacional”, considerou o chefe do Governo.

“Esta é a grande lição a retirar da crise e uma lição que todos temos de ter presente nas próximas eleições”, concluiu. – Fim.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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