sábado, dezembro 09, 2006

Notícias - traduzidas pela Margarida

SMH - Dezembro 9, 2006

Jornalistas mortos 'por ordens dos militares Indonésios'
Hamish McDonald

Uma notícia dramática sobre a morte de cinco jornalistas com base na Austrália em Balibo, Timor-Leste, há 31 anos atrás sugere que foram capturados e executados por ordem de generais Indonésios.

Testemunhos de dois antigos advogados do governo Australiano – até agora reprimidos pos inquéritos em Canberra – serão apresentados num inquérito judicial em Sydney sobre as mortes a começar em Fevereiro.


Os dois advogados, George Brownbill e Ian Cunliffe, estavam na equipa que assistia o antigo membro da Justiça Robert Hope na sua comissão real sobre os serviços de informações quando visitaram a muito encoberta estação de escuta Directorado de Sinais de Defesa na Baia Shoal Bay, perto de Darwin, em 1977.

Foram abordados por um jovem membro do pessoal do DSD que disse: "Penso que deviam ver isto."

Ele mostrou-lhes um texto descodificado e traduzido de um programa militar Indonésio do grupo de forças especiais que capturara a aldeia de Balibo das forças pró-independência da Fretilin em 16 de Outubro de 1975.

O Sr Brownbill lembra-se que a mensagem referia que "de acordo com instruções " os cinco jornalistas tinham sido localizados e executados. O oficial Indonésio perguntava a Jakarta o que é que devia ser feito com os seus corpos e equipamentos.

O Sr Cunliffe disse que a mensagem deixava claro que os jornalistas não tinham sido mortos de forma não intencional por fogo cruzado "mas antes, tinham sido apanhados e executados ".

Os cinco jornalistas - Greg Shackleton, 27, Tony Stewart, 21, e Gary Cunningham, 27, um Neo-zelandês – todos do Channel Seven - e Malcolm Rennie, 28, e Brian Peters, 29, ambos Britânicos e do Channel Nine, foram mortos no ataque.

O Sr Brownbill e o Sr Cunliffe lembraram a mensagem Indonésia em declarações ao investigador nomeado por Canberra Tom Sherman no seu segundo inquérito às mortes de Balibo, realizado em 1999 a pedido do Governo Howard.

No seu relatório, o Sr Sherman não pôs o conteúdo da mensagem, mas mencionou-a e desvalorizou o seu significado, sugerindo que era uma tradução errada.

O último inquérito pelo antigo inspector-geral de informações e seguranças Bill Blick, em 2001-02, falhou localizar uma cópia da mensagem nos arquivos do DSD e encontrar a "pessoa jovem " que a mostrara aos advogados da comissão Hope.

Contudo, o testemunho dos advogados ao Sr Sherman é entendido que estará entre as evidências que vão ser apresentadas ao Vice NSW investigador Dorelle Pinch, que abrirá o novo inquérito.

O testemunho Brownbill-Cunliffe, que foi hoje parcialmente revelado pelo The Daily Telegraph, enfraquecerá os relatos de Sherman e Blick, levantando suspeitas que Canberra está a tentar esconder evidência que os soldados Indonésios assassinaram os jornalistas.

O inquérito é o resultado de uma campanha de advogados de Sydney, e é o primeiro inquérito independente com poderes para forçar testemunhas. Realiza-se em NSW porque os avogados argumentaram com sucesso que é a jurisdição do Estado que se aplica à morte não explicada de Brian Peters, porque ele residia em Sydney, mesmo apesar de ser um cidadão britânico.

***

AAP – Sexta-feira, Dezembro 8, 11:38 PM

Reportagem: os cinco de Balibo foram executados

Um advogado diz que dará evidência que cinco jornalistas Australianos mortos em Timor-Leste em 1975 foram executados por ordens de chefes militares Indonésios.

O relato de George Brownbill das mortes em Balibo contradiz a linha oficial que os cinco foram apanhados num fogo cruzado quando cobriam a invasão Indonésia de Timor-Leste.

News Ltd relata que o Sr Brownbill será chamado para dar evidência num inquérito judicial sobre as mortes que se realizará no Tribunal de Investigadores de NSW no princípio do próximo ano.

O Sr Brownbill diz que viu um relato muito secreto de rádio entre um oficial comandante das forças Indonésias em Timor-Leste e os seus superiores em Jakarta.

Interceptado horas depois das mortes, News Ltd relata que diz: "De acordo com as vossas instruções " os cinco tinham sido localizados e baleados.

O oficial perguntou então quais as ordens sobre o que fazer com os corpos e os seus pertences pessoais. Os corpos foram pilhados e queimados.

Da Nine Network, o cameraman Brian Peters, de 29anos, e o repórter Malcolm Rennie, de 28 anos, da Seven Network, o repórter Greg Shackleton, de 27 anos, o cameraman Gary Cunningham, de 27anos e o gravador de som Tony Stewart, de 21 anos, morreram todos em Balibo em 16 de Outubro, 1975.
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1 comentário:

Anónimo disse...

Isto nunca foi novidade so o e para os Interessaqdos em camuflarem. Os cinco jornalistas foram sacrificados assim como o povo Timorense que teve a sua Independencia adiada para que a Australia e a ndonesia pudessem dividir o petroleo. Assim como ele na altura interceptaram as comunicacoes entre os comandantes locais e o estado maior INDONESIO
tambem este email assim como toda a comunicacao que diz respeito a Timor esta a ser interceptado em Darwin Pela Escuta Militar Australiana que tem base em Shoal Bay Darwin e fax parte do Projecto Exelon. Tudo e captado via satelite e pelos submarinos de classe colins que estao submersos junto a costa Timorense. As FDTL devem e usar pombo correio para nao terem as comunicacoes interceptadas e aprendeem a linguagem dos surdos e mudos pois os aparelhos de escuta sao tao sensitivos que o som dum mosquito a voar e captado.

James Bond

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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