smh.co.au
November 2, 2006
Years of poverty and conflict have undermined East Timor's sense of community and destroyed many of its social and educational institutions, writes William McKeith.
LAST week I made my fourth trip to Dili, which I first visited in 2000, soon after the widespread destruction caused by the retreating Indonesian armed forces. That first time I stayed offshore with US marines, such was the lack of functional housing and accommodation for travellers in the wasteland that was Dili.
Yet last week's visit seemed to be even more disturbing and upsetting than that first one and those that followed.
The purpose was to check on two small schools and to locate six local teachers who are being financially, emotionally and materially supported by my Sydney school. The schools' 90 pupils have not attended classes since the ethnic riots in April, and we had been able to make contact with only two of their teachers. Reports indicated the schools had been occupied by international military forces and the teachers and their families, fearing for their lives because of the actions of rival ethnic gangs, had disappeared into the mountains.
The people of East Timor are bruised and damaged. They are running scared of people within their country and they don't know whom they can trust. Years of domination, poverty and conflict have undermined their sense of community and destroyed many of their social and educational institutions.
Children are everywhere in the streets of Dili. Vacant land is occupied by tented UN refugee camps. From these supposedly safe sites, unclothed and food-deprived children wander, seeking scraps from the dust and the rubbish that lie around what remains of homes and stalls and from what is thrown from the four-wheel-drive vehicles of the international forces.
This little neighbour is only an hour from Australia, and Australian leaders pride themselves on their sense of mateship and concern for the welfare of others, giving everyone a fair go. Yet we cannot underestimate how much damage was done to relations with Australia by the protracted arguments and negotiations over the rights to gas and oil.
The effect of the perception of Australian bullyboy tactics on our relations with East Timor is yet to be fully worked out. Misinformation and wild speculation are further damaging the positive reputation developed in recent years.
The faces and the human condition of the people reveal the story the statistics hide. The future, the children, are growing up in a society with 80 per cent unemployment and riven by internal ethnic conflict. East Timor is competing with Malawi for the title of the world's poorest nation. The evidence is everywhere: the closed schools, the closed and damaged tertiary institutions, the children hawking cigarettes and phone cards, the number of aimless adolescents sitting along the roadways, idle and looking for trouble. But mostly it is in the faces of the people. In the loss of hope, the vacant expressions, the despair of those in the refugee camps.
I tracked down a third teacher. All three are in refugee camps. One is running a small kindergarten, yet the parents of the pupils are unwilling to risk their children's lives by letting them return to school. All six teachers are from the east of East Timor and the three that I located are too scared to return to their schools in suburbs of Dili where much of the fighting has taken place.
The displaced families are reluctant to return to the remains of their burnt-out homes. For as long as the dry season continues, the camps are relatively manageable, but with the onset of the monsoon season, a change in housing policy and direction is urgently required.
There is disagreement on direction and nation building among the leadership. The signs of social order and control we take for granted are virtually nonexistent in Dili. Many children are growing up with violent death in the family, with uneducated and jobless parents, and without attending school. The picture is bleak. Those of us working with teachers and young people are concerned about the absence of well-educated emerging leaders who can give vision and direction to East Timor.
The focus on policing and law and order is essential, but underpinning development with a well-supported, sustainable educational structure is the only way for social transformation to occur, and this will not happen quickly. Companies, especially those seeking to exploit natural resources, must have substantial social and environmental expectations imposed upon them. Employment creation, small business and agricultural joint ventures, and reconstruction of health centres, kindergartens, schools and tertiary institutions should be the focus of aid initiatives and institutional partnerships.
Australia's international reputation would be enhanced with a comprehensive partnering program targeting these goals. The need is now if we are to re-establish ourselves as genuine friends, concerned for the welfare of our nearest and poorest neighbour.
Dr William McKeith is the executive principal of PLC Sydney and Armidale.
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quinta-feira, novembro 02, 2006
Closed schools, closed doors for East Timor's children
Por Malai Azul 2 à(s) 01:47
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
3 comentários:
Tradução:
Escolas fechadas, portas fechadas para as crianças de Timor-Leste
smh.co.au
Novembro 2, 2006
Anos de pobreza e de conflito minaram o sentido de comunidade e destruíram muitas das suas instituições sociais e educacionais, escreve William McKeith.
Na semana passada fiz a minha quarta viagem a Dili, que visitei pela primeira vez em 2000, pouco depois da alargada destruição causada pelas forças armadas Indonésias na retirada. Nessa primeira vez fiquei offshore com marines dos USA, tal era a falta de alojamentos e acomodações para viajantes na desolação que era Dili.
Contudo a visita da semana passada pareceu-me ainda mais perturbadora e preocupante do que a primeira e as que se seguiram.
O propósito era verificar duas pequenas escolas e localizar seis professores locais que estão a ser financeiramente, emocionalmente e materialmente apoiados pela minha escola em Sydney. Os 90 alunos da escola não frequentam as aulas desde os motins étnicos em Abril, e só conseguimos contactar com dois dos seus professores. Relatos indicavam que as escolas tinham sido ocupadas por tropas estrangeiras e que os professores e as suas famílias, receando pelas suas vidas por causa das acções de gangs étnicos rivais, tinham desaparecido nas montanhas.
As pessoas de Timor-Leste estão magoadas e feridas. Estão a fugir aterrorizadas de gente no interior do seu próprio país e não sabem em quem podem confiar. Anos de domínio, pobreza e conflito minaram o seu sentido de comunidade e destruíram muitas das suas instituições sociais e educacionais.
As crianças estão em todo o lado nas ruas de Dili. Terrenos vagos são ocupados por tendas de campos de deslocados da ONU. Destes locais supostamente seguros, vagueiam crianças sem roupa e sem comida, procurando sobras na poeira e nos restos que rodeiam as ruínas de casas e de pavilhões e do que é atirado dos veículos das forças internacionais.
O pequeno vizinho só está a uma hora da Austrália, e os líderes Australianos gabam-se eles próprios do seu sentido de camaradagem e de preocupação pelo bem-estar dos outros, dando a todos uma oportunidade. Contudo não podemos subestimar quantos estragos foram feitos nas relações com a Austrália pelos prolongados argumentos e negociações sobre os direitos de gás e de petróleo.
O efeito da percepção das tácticas intimidadoras Australianas nas nossas relações com Timor-Leste está ainda para ser totalmente compreendido. Informação errada e especulação selvagem danificam ainda mais a reputação positiva desenvolvidas em anos recentes.
As faces e as condições humanas das pessoas revelam a história que a estatística esconde. O futuro, as crianças, estão a crescer numa sociedade com 80 por cento de desemprego e despedaçada por conflitos internos étnicos. Timor-Leste compete com o Malawi pelo título da nação mais pobre do mundo. A evidência está em todo o lado: as escolas fechadas, as fechadas e danificadas instituições terciárias, as crianças a venderem pelas ruas cigarros e cartões de telefone, o número de adolescentes sem objectivos sentados ao longo das estradas, ociosos e à espera de confusão. Mas principalmente está nas faces das pessoas. Na perda da esperança, as expressões vazias, o desespero dos que estão nos campos de deslocados.
Localizei um terceiro professor. Todos os três estão em campos de deslocados. Um dirige uma pequena creche, contudo os pais dos seus alunos estão dispostos a arriscar as vidas dos filhos deixando-os regressar à escola. Todos os seis professores são do leste de Timor-Leste e os três que localizei têm demasiado medo de regressar às suas escolas nos subúrbios de Dili onde têm lugar a maioria das lutas.
As famílias deslocadas estão relutantes em regressar às ruínas das suas casas queimadas. Porque enquanto continuar a estação seca, os campos são relativamente geríveis, mas com o começo da estação das monções, é urgente uma mudança da política e direcção de alojamento.
Há desacordo na direcção e na construção de nação entre a liderança. Os sinais de ordem social e o controlo que damos de barato não existem virtualmente em Dili. Muitas crianças estão a crescer com mortes violentas na família, com pais sem educação e sem emprego, e sem irem à escola. A imagem é gélida.. Os que como nós trabalham com professores e com jovens estão preocupados com a ausência de líderes emergentes bem-educados que possam dar visão e direcção a Timor-Leste.
O foco no policiamento e na lei e ordem é essencial, mas dar base ao desenvolvimento com uma estrutura educacional sustentada bem apoiada é o único caminho para ocorrer transformação social, e isso não acontece rapidamente. Às empresas, especialmente as que procuram explorar os recursos naturais, devem ser impostas expectativas substanciais sociais e ambientais. A criação de emprego, empreendimentos de pequenos negócios e agrícolas, e a reconstrução de centros de saúde, creches, escolas e instituições terciárias devem ser o foco de iniciativas de ajuda e de sociedades institucionais.
A reputação internacional da Austrália aumentaria com um programa compreensivo de parceria que visasse esses objectivos. A necessidade é agora se nos vamos re-estabelecer nós próprios como amigos genuínos, preocupados com o bem-estar do nosso vizinho mais próximo e mais pobre.
Dr William McKeith é o director executivo da PLC Sydney e Armidale.
Ainda a proposito do comunicado da Fretilin
Saudo o Comunicado da FRETILIN pela sua oportuna divulgacao numa altura em que a confusao reina em Dili.
Governa-se em nome da FRETILIN mas de facto a FRETILIN nao governa. Oportunisticamente, quando ha sucessos, Ramos Horta invoca os louros para si e quando fracassa onera e atribui as responsabilidades a Fretilin que o nao deixa fazer as coisas;
A inexistencia de Juizes Timorenses com acessoria de Juizes Internacionais (Portugal, Ingleses e Indonesios) para julgar correctamente e justamente os deversificados casos e para estar na mesma linha de pensamento do que disse o Presidente do PN – Lu Olo – de que a justica tem que ser feita essencialmente nas linguas oficiais – Portugues ou tetum;
A estrategia do afastamento do poder das maos da Fretilin esta numa continua progressao e astutamente orquestrada com Ramos Horta a frente da carroca da Fretilin e ao mesmo tempo trabalhar para a derrota da FRETILIN nas eleicoes que se aproximam;
A enexistencia de um comando unico para coordenar as accoes de seguranca como disse o General TMR que “um diz sobe outro diz desce”. Uma descordenacao que pode estar de acordo com uma estrategia mais ampla como foi denunciada pelo Comunicado da FRETILIN;
A permanente instabilidade que ira justificar a impossibilidade de realizar as eleicoes ja no periodo marcado. Alem disso, a estrategia da destruicao tambem baseia-se na campanha anti-Alkatiri demostrando como nao haver alternativa para a Direccao da Frente Nacionalista.
Sabemos de antemao que Mari Alkatiri, como patriota que ee, ja provou ao ter abandonado o lugar de PM, esta tambem disposto a ceder o lugar a um Rai Nain Patriota para enfrentar essa campanha de destruicao da FRETILIN.
Por isso tudo,
Congratulo Lu Olo e Mari Alkatiri, que souberam sair, atempadamente, com coragem para denunciar toda a manobra bem osquestrada por Ramos Horta com o apoio da Australia e demais;
Congratulo Lu Olo e Mari Alkatiri pelo apelo a todos os Nacionalistas Democratas Mauberes para se unirem e derrotar a bem planeada conspiracao ao servico de interesses estrangeiros.
O maior e o Prmeiro objectivo dos Golpistas seria a derrota e a destruicao da FRETILIN como base e alicerce solido para a Independencia do Povo Maubere.
Dai, apelo a:
1. A necessidade da Familia Nacionalista Maubere se unir em torno dos objectivos estrategicos: defesa da soberania, liberdade e Independencia Nacional
2. Constituicao de uma Frente Nacionalista Democratica (Familia FRETILIN) para as proximas eleicoes com uma plataforma minima a ser definida pelos seus lideres.
Macksander C
Voce esta a falar de tudo isto para que?
Para defender o tacho do Alkatiri e familia?
Alkatiri, Lobato e o grupo de Maputo estao todos queimados! Perda de tempo e ter estes diante da Fretilin eh o mesmo que consentir a derrota da Fretilin nas proximas eleicoes.
Nao ha, por acaso, outro lider historico da Fretilin que possa assumir a dianteira dessa unidade que V. diz - Frente da Familia Nacionalista Democrata Maubere?
Se continuarem com esta V. arrogancia, a estrategia do malai oan vai de certeza triunfar.
Figuras como L7, Jose Luis Guterres, Ai Tahan Matak, Xavier do Amaral e Abilio Araujo poderao vir tirar muito eleitorado da Fretilin de Alkatiri - porque todos eles sao vistos pelo Povo Maubere como lideres da Fretilin.
Bastando que Xanana de cobertura ou apoio. Porque apesar de tudo Xanana eh producto da Fretilin. e o povo Maubere ainda o tem como carismatico.
A esposa Kirsty eh que eh socia do Ramos Horta nesse projecto da Australia para tornar TL como uma das ilhas do Pacifico ligado aa Australia, Amem!
UMA LULIK
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