macauhub
[ 2006-08-07 ]
Dili, East Timor, 07 Aug – East Timorese Prime Minister José Ramos-Horta returns Monday to Dili from an official visit to Kuwait, which may finance major public works worth an estimated US$500 million to 600 million in the half-island nation, Portuguese news agency Lusa reported.
Among the planned public works are roads, bridges, ports and airports, said Ramos-Horta, who traveled to Kuwait Friday night.
“I want to begin negotiations now with the Kuwait Development Fund on the construction of major road, bridge, port and airport projects in East Timor,” he told Lusa.
“For a project of this size, to be carried out for several years, the amount involved is on the order of US$500 million or 600 million or more. We are waiting for a preliminary study by an Indian company, paid for by Kuwait,” he added.
The prime minister was accompanied on the visit by Odete Victor and José Teixeira, respectively the ministers of Public Works and of Natural Resources, Minerals and Energy Policy.
The trip was Ramos-Horta’s second in two years to Kuwait, where he traveled in 2004 representing the former head of the East Timorese government, Mari Alkatiri.
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terça-feira, agosto 08, 2006
Kuwait may finance public works in East Timor
Por Malai Azul 2 à(s) 01:48
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
14 comentários:
Aqui esta: O primeiro passo para que Timor Leste fique a dever milhoes. "Divida externa" e eterna!
Jose Cinico
O Mari tinha um sentimento "nobre" em guardar para as "geracoes vindouras" enquanto a geracao actual ia morrendo de fome quando as chuvas tardavam.
Nao sentia na pele a amarga dor de ver os seus filhos morrer por falta de comida ou de nao ter dinheiro para medicamentos para tratar dos entes queridos.
Que futuro terao as proximas geracoes quando as actuais geracoes, que as vao gerar, crescem mal nutridas e com uma ma educacao? Sao afectadas por um crescimento atrofiado que nao afecta so o corpo como a capacidade de aprendizagem e tudo que dai provem. Mas essa realidade so afecta mesmo o povo simples que vive da agricultura de subsistencia.
A elite politica no poder vive outra realidade repleta de luxos e bolsas de estudos nas melhores universidades do mundo para os seus filhos, estranha a esmagadora maioria dos timorenses.
Essa de Timor nao ter divida externa e de guardar todo o seu dinheiro para as geracoes vindouras seria louvavel se timor ja tivesse atingido um certo nivel de vida e desenvolvimento onde nao houvessem pessoas a morrer de fome cada vez que nao chove o suficiente. Porque so se torna vergonhoso e incompreensivel que o dinheiro se va acumulando e de quando em quando as pessoas morrem de fome e em geral as criancas sofrem de ma nutricao.
Em Timor as pessoas so morrem de fome se querem morrer de fome! Esta claro, se nao levantarem o cuzinho cedo das suas palhotas e irem para o seus canteiros cultivarem, de certeza que o arroz o milho a mandioca nao vai cair do ceu! E nao venha ca com as cantigas de falta de chuva! Comigo nao pega! Voce tambem deve pertencer a classe dos "quanto menos fizer melhor"
Jose Cinico
E assim mesmo Jose Cinico, na minha terra ja se dizia "Quem nao trabuca nao manduca", e queria acrescentar que o anonimo anterior por falta de manducar ficou o cerebro atrofiado!
ATROFIAS
Um belo dia um individuo que o "corpo nao foi feito para trabalhar"resolveu ir a quinta do Ze Cinico.Quando la chegou o Ze quiz-lhe dar trabalho ao que ele respondeu que "um saco vazio nao se endireitava".O Ze deu-lhe de comer e que ementa:Tripas a moda do Porto, Bacalhau a Gomes de Sa, Linguado com molho Marguerita etc...Depois disse ao rapaz para ir laborar ao que ele respondeu:Aonde e que vocemece ja viu um saco cheio dobrar-se?
Bem diz o velho ditado do CONFUSIO "Um bom amigo ensina a pescar"
Olha que giro. Agora a margarida ja nao faz comentarios como margarida e ja passa por anonymous. Hahaha.....E esta!?
Para o Jose cinico e os outros anonimos preguicosos. Se voces dependessem das vossas capacidades de pesquisa para encherem as barrigas morriam a fome.
Voces nao trabucam e por isso dizem as asneiras que dizem.
Aqui estao algumas fontes sobre a inseguranca alimentar em Timor-Leste.
"East Timor: Staple Crops Significantly Declined as a Result of Severe Drought
As of 13 July , the 2005 production of the staple crops in Timor-Leste significantly declined as a result of severe drought nationwide, confirmed by the FAO/WFP. Maize and rice have been reportedly damaged by floods and strong winds in February 2006 during the harvest period in some districts, especially in Oecussi. Total cereal import requirements for 2005/06 are estimated at some 66 000 tonnes. All regions in the country are often in a food deficit situation, but food insecurity is more prevalent in upland rural areas, especially between November and March as determined by the timing of the production season. Meanwhile emergency aid is needed in Timor-Leste following sharply reduced cereal production in 2005/2006...."
http://www.hewsweb.org/drought/
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INTERNATIONAL RED CROSS
"The Situation
An estimated 4,000 people are affected by acute food shortages in Hato Builico sub-district, Ainaro district of
Timor Leste. These communities are in hamlets (aldeia) of Querudo, Blehito, Mau Lahulo, Manumera in the village
(suco) of Mulo; and the hamlets of Hatu Builico, Massuromata, Queorema, and Laquico in the village of
Nunumogue.
Every year Timor-Leste faces food insecurity in rural areas. In general, this food shortage follows the harvest cycle
(see graph below) and is at its greatest during the period between November to February. However, this year the
problems have been exacerbated by the delay in rains and recurrent crop failure in some parts of the country. In the
worst affected area of Hato Bauilico the primary cause for acute food shortage has been the massive failure of the
potato crop – the main cash crop of the community there....."
http://www.ifrc.org/docs/appeals/05/05ME017.pdf
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" O pesadelo continua
Timor Leste: Meia ilha de "humanidade supérflua"
por Ben Moxham [*]
Clique para ampliar. Segunda-feira passada, 7 de Fevereiro, o jornal de Timor Leste Suara Timor Loro Sa'e informou que pelo menos 53 pessoas morreram de fome na aldeia de Hatabuiliko desde Outubro de 2004. "Não há absolutamente nada para comer", informou Domingo de Araújo, o secretário do sub-distrito, e "aqueles ainda vivos estão à procura de batatas selvagens na floresta". Relatos dos diferentes distritos continuam a chegar: 10 mil pessoas estão a morrer de fome em Cova Lima; 10 mil famílias estão famintas em Suai; e os distritos de Los Palos, Baucau e Manufahi estão todos a informar de crises alimentares.
O Gabinete de Administração de Desastres Nacionais, do governo, rapidamente aconselhou a não super-reagir porque isto não é "inanição e fome como na Somália, Etiópia, Sudão e em outras partes". Ao invés disso, o que está a acontecer "é conhecido como FALTA DE COMIDA" (são suas as maiúsculas) e isto "acontece todo o ano".
E aqui reside a tragédia mais profunda: isto não é uma novidade extraordinária. Sem considerar qual seja a definição que o governo está a adoptar quanto ao assunto, a fome é tão comum em Timor Leste que o período entre Novembro e Março é mencionado como a "estação da fome". No ano passado, foi distribuída ajuda alimentar a 110 mil pessoas em onze dos 13 distritos do país e num inquérito de 2001, 80 por cento das aldeias informaram terem estado sem comida em quantidade adequada em algum momento durante o ano...."
http://resistir.info/asia/timor_fev05.html
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arquivos da lusa: "Timor-Leste: País enfrenta carências alimentares - relatório da ONU"
http://www.arq.lusa.pt/ConteudoTemas.asp?IDTEMA=3088&tipodoc=TEXTO&tipolistagem=LISTA&sort=&npagina=3
O anónimo das 11:58:38 AM não tem razão.
Critico a FRETILIN por muitos dos problemas que assolam o país, e até de se preocupar mais em assegirar a eternidade da governção do que em resolver eficazmente os problemas dos país.
Mas no que toca à protecção das gerações vindouras e em manter o país livre de empréstimos externos, Alkatiri fez muito bem.
Resolver um problema de curto prazo, hipotecando todo o futuro é de um populismo atroz.
E o problema da fome não era falta de dinheiro para o resolver. Foi falta de compreensão da forma com o resolver.
Matar a fome com ajuda de emergência por si só não resolve nada e se prolongado até é contraproducente.
O que havia era que atacar as causas da insuficiência alimentar do país.
Da única forma sustentável. Criando mercados e sistemas de distribuição que estimulem a produção como fonte geradora de de mais valias e não apenas de subsistência.
Sem distribuição, uma zona que num ano produza em excesso não tem como escoar os produtos e gerar mais valias que estimulem no ano seguinte a produzir mais ainda.
E não gera alimentos que possam ser distribuídos noutra zona carente.
Bem sei que em alguns casos era necessário proceder à construção de canais de regadio novos e à reabilitação de outros já existentes. Mas foi sobretudo na falta de mercados que falhou a política governamental. Enveredaram inicialmente pela doutrina das unidades cooperativas de produção sem acautelarem a existência de canais de distribuição e o resultado está à vista.
Enquanto não entenderem que um mercado regulado é o melhor estímulo à produtividade, nunca Timor sairá destes ciclos de carência alimentar.
A aquisição de produtos alimentares de emergência custa mais caro e gera distorções no mercado definhando-o além de iniquidades na sua distribuição como aliás se viu em 2005. Mais depressa o arroz doado chega ao mercado paralelo que ao destinatário com lucro apenas para o Administrador do Distrito ou do Sub-Distrito.
Ao anonimo das 11:20: Nao me venha ca com essa que nao pega. A vida e muito simples se a quisermos manter simples. O problema de falta de comida em Timor e proporcionalmente relativo a falta de vontade de trabalhar. Por isso digo Quem nao trabuca nao manduca.
Ze Cinico
Todos concordam que deveremos resolver as causas: distribuicao equitativa, melhora de praticas da agricultura, etc.
MAS COMO PODERAO AS BARRIGAS VAZIAS DO NOSSO POVO PENSAR NISSO!!Esta certo que se poupe o dinheiro para as geracoes vindouras mas a fome nao se mata com dinheiro no banco. O que e necessario e saber gerir esses fundos. Criar infraestruturas, educar as populacoes, melhorar a saude, etc.
O que me causa revolta e ter ouvido o Alkatiri quando 1o. ministro dizer, que nao havia fome em Timor pois ele sabia o que era fome, na Africa!!
Quem pensar que atirar dinheiro para cima das pessoas resolve o problema da fome está muito enganado. Só vai criar mais fome, e menos vontade de trabalhar.
Eu assisti no Leste de Angola, nos idos de 1992, a uma operação do PAM.
O avião, carregado de sacos de milho, chegou, parou os motores e abriu a rampa traseira.
Dezenas de angolanos, bem vestidos, estavam sentados debaixo de árvores a conversar e a fumar.
Nem um se levantou para ir buscar os sacos.
A tripulação russa, que achou que não era seu trabalho descarregá-los às costas, e bem, vendo que ninguém se mexia, começou a atirar os sacos para o chão. A maior parte deles, ao caírem rebentavam espalhando o milho pela placa de estacionamento. Centenas de pássaros chegaram logo e começaram a debicar no milho. Pela rapidez e à vontade, via-se que já estavam habituados a tal repasto gratuito. Os angolanos continuaram impávidos e serenos.
Terminada a operação, o avião pôs os motores em marcha e foi-se embora. A deslocação de ar provocada pelos hélices espalhou milho por tudo quanto era lado.
Indignado, perguntei ao que estava mais próximo porque não ajudaram a descarregar.
- O pessoal do PAM (angolanos contratados pelo PAM), logo chega aqui e ensaca tudo e depois vai nas nossas casas entregar o milho.
Fiquei esclarecido. O milho era para eles e para as suas famílias, mas como não recebiam dinheiro para descarregar, não descarregavam. E os pássaros agradeciam.
Pensei para mim, que se os cidadãos que pagam impostos para os respectivos governos doarem dinheiro ao PAM para acabar assim, soubessem disto, continuariam a deixar os governos continuarem a doar? E se os mesmos cidadãos tivessem consciência da imensa negociata que a ajuda alimentar de emergência sustenta, será que permitiriam que os seus governos esbanjassem assim os seus impostos?
Dois dias depois, noutra cidade do Leste de Angola vi chegar um avião militar do governo. Descarregou sacos de milho do PAM (são brancos e têm as letras azuis a dizer PAM), para camiões do exército angolano.
Nessa mesma tarde o mercado local estava inundado de sacos de milho do PAM.
Atirar dinheiro para cima de um problema nunca o resolveu. Só criou mais dependência. Por vezes, é este mesmo o objectivo destas agências e de muitas ONGs. Assim perpetuam os empregos respectivos.
Criar estímulos à produção, a distribuição e à comercialização sim, subsidiar, não.
Obrigado ao anonimo das 11:02:17
O mesmo acontecera em Timor, se aparecerem por la avioes a descarregar seja o que for.
Ze Cinico
Mas quem e que argumentou fazer distribuicao de generos alimenticios? Claro que isso so rira produzir uma mentalidade de dependencia.
Mas como e que se pode justificar que sendo mais de 80% da populacao dependente da agricultura de subsistencia, somente uma pequena fraccao dos orcamentos de estado anteriores era afectado a agricultura para programas de desenvolvimento agricola que so serviriam para reduzir a inseguranca alimentar das populacoes durante os periodos de seca prolongada.
Como e que se pode justificar que um governo defendia como prioridade naciona o combate a pobreza, gastava mais de 80% do seu orcamento na construcao "do aparelho do estado" (ja sabemos o que significa isso) ou seja sectores nao productivoe, e somente uma misera quantia no sector produtivo, e mais ainda, o que maior impacto teria na reducao da pobreza.
E as razoes para isso eram sempre a falta de dinheiro e a dependencia nos doadores. Perguntem ao Ministro Estanislau da Silva porque certamente ele proprio deve ter tido muitas frustracoes nas suas tentativas de aumentar as afectacoes orcamentais para o seu ministerio.
Muito foram os assessores e peritos internacionais que alertaram para essa questao mas sem efeito.
Concerteza que o que se defende era uma forte dinamizacao do sector agricola porque seria ai o maior impacto do famoso combate a pobreza, palavras de ordem obrigatorias em todos os "workshops" em que o governo participava.
Mas diziam uma coisa e faziam outra. E muito facil proferir palavras politicamente correctas mas a tentacao de montar um aparelho de estado que perpetuasse o poder politico eram sempre mais irresistivel.
Havia ate os cinicos (nao o jose) que falavam da ironia de a Fretilin que sempre se projectou como um movimento popular revoluciuonario nunca ter dado a atencao ao povo que tais movimentos tipicamente dao.
Estou completamente de acordo com o que expôs. Nem podia ser de outra maneira.
Aquilo que eu quis exemplificar é que há uns iluminados populistas que se referem ao Fundo petrolífero dizendo que está aquele dinheiro todo ali e o povo a morrer de fome, dando a entender que se devia fazer distribuição de notas de dólar.
Faz-me lembrar a história do Conde Russo e do Lenine.
O Conde diz que se converteu ao bolchevismo e que quer doar toda a sua fortuna aos pobres da Rússia. Que achava Lenine disso?
-Que vai haver mais um pobre na Russia. - Foi a resposta evidente.
A riqueza de um país, ou se multiplica ou nunca chega para nada.
Concordo inteiramente que muito do orçamento foi gasto em criar uma administração ao serviço da eternização do partido no poder.
Basta ver a dimensão dos governos.
Parece que vão governar um país do tamanho da China.
Havia que distribuir os lugares da manjedoura.
É certo que o Banco Mundial controlava para onde iam as verbas dos doadores. Mas pelos vistos controlava mal.
Depois vem a política de esquerda que desperdiça dinheiro. Transformar o estado no motor da economia. Errado.
O estado deve ser facilitador da economia. Acabando com a burocracia e proteger o investimento. Só investe quem não sente a ameaça de lhe roubarem o investimento. Ainda há dias um dono de cadeia de hotéis me dizia, que construir um hotel para se arriscar a vê-lo a arder, não precisa. Tem muito sítio no mundo a pedir-lhe para ir lá construir os seus hotéis e que não têm esse risco.
E onde nem lhe pedem para contribuir para o "20 de Maio".
Trabalhar para aquecer é esquentador.
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