quinta-feira, agosto 17, 2006

Emergency classes help children get back to school in Timor-Leste

ReliefWeb
Source: United Nations Children's Fund (UNICEF)
Date: 16 Aug 2006
By Bridgette See

METINARO, Timor-Leste, 16 August 2006 – Lurdes Freitas, 10, was all ears as she stood watching her friend name the parts of her body in Portuguese for the rest of the class. Lurdes is one of 300 children who had registered for emergency classes at the Metinaro camp for people displaced by unrest in Timor-Leste.

When her family's home was razed in late April, they fled to this camp, which is about an hour east of Dili, the capital. Lurdes has lived here for three months and, like thousands of Timorese children, has seen her education disrupted as a result.

"They burnt our house, beat up our friends and even shot at us. We're afraid to go home," she said.

Non-formal setting

"The children are fearful, paranoid and traumatized, so UNICEF is trying to restore some normalcy by running emergency classes together with the Ministry of Education, NGOs and volunteers," said UNICEF Education Project Officer Peter Ninnes.

A UNICEF team has trained volunteers at the Metinaro camp to use songs, dance and games to help children learn about the human body in a non-formal setting. This not only occupies their time but also prepares them for the upcoming new school year in September.

Schools in Dili had resumed classes in July, but many parents were unwilling to send their children due to security fears. Now, school holidays are in effect.

School-in-a-Box kits

Teaching and learning materials from UNICEF School-in-a-Box kits have been distributed at the Metinaro camp, with every child receiving a carrier with a notebook, eraser, sharpener and pencils for the temporary classes. Five volunteers cope with the hundreds of children who eagerly come for class three times a week.

"It's tough but we're happy to do this for the children," said volunteer teacher Santiago Ximenes Vaz, 26.

The Ministry of Education and UNICEF are now discussing plans to construct bigger temporary learning spaces for communities where school buildings have been destroyed. Parent-teacher associations could receive funding and guidelines to build these units, which in turn will encourage communities to actively support the integration of displaced students.

Education for all

These emergency classes and learning spaces are part of a ‘Back to School' campaign jointly organized by the Ministry of Education and UNICEF. The campaign aims to encourage displaced students to resume schooling in Dili or the outlying districts in September.

"A major concern is the children's safety, as there have been reports of children being stoned while going to school," said Mr. Ninnes. "On our part, we're working on a broad social mobilization campaign to communicate the key message that every child has the right to education and to ask communities to actively support displaced children to return to schools safely."

To support those who have lost their possessions due to the crisis and to encourage school attendance, the campaign organizers have decided to provide students with basic learning materials. But instead of just targeting displaced children, the Ministry of Education and UNICEF will provide school bags, stationery and other learning materials for all 200,000 primary schoolchildren in Timor-Leste.

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1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:

Aulas de emergência ajudam crianças a voltar à escola em Timor-Leste
ReliefWeb
Fonte: United Nations Children's Fund (UNICEF)
Data: 16 Agosto 2006
Por Bridgette See

METINARO, Timor-Leste, 16 Agosto 2006 – Lurdes Freitas, 10 anos, era toda ouvidos quando observava a sua amiga a dizer em Português o nome das partes do seu corpo, para o resto da classe. Lurdes é uma das 300 crianças que se inscreveram para aulas de emergência no campo de Metinaro para deslocados por causa do desassossego em Timor-Leste.

Quando a casa da sua família foi arrasada no fim de Abril, fugiram para este campo, que está a cerca de uma hora a leste de Dili, a capital. Lurdes tem vivido aqui desde há três meses e, como milhares de crianças Timorenses, viu como resultado, a sua educação perturbada.

"Eles queimaram a nossa casa, bateram nos nossos amigos e até dispararam sobre nós. Temos medo de ir para casa," disse.

Modo não formal

"As crianças estão cheias de medo, paranóicas e traumatizadas, por isso a UNICEF tenta restaurar alguma normalidade dirigindo aulas de emergência juntamente com o Ministério da Educação, ONG’s e voluntários," disse o responsável do Projecto Educação da UNICEF, Peter Ninnes.

Uma equipa da UNICEF tem treinado voluntários no campo Metinaro para usar cantigas. Danças e jogos para ajudar as crianças a aprenderem acerca do corpo humano dum modo não formal. Isto não só ocupa o tempo mas também as prepara para o próximo novo ano escolar em Setembro.

As escolas em Dili tinham recomeçado as aulas em Julho, mas muitos pais não quiseram mandar os seus filhos devido a receios de segurança. Agora, são as férias escolares.

Kits Escola-numa-caixa

Materias para ensinar e aprender dos kits Escola-numa-caixa da UNICEF têm estado a ser distribuídos no campo Metinaro, com cada criança a receber uma caixa com um bloco, borracha, afiador, lápis para as aulas temporárias. Cinco voluntários cuidam das centenas de crianças que ávidamente vão às aulas três vezes por semana.

"É duro mas estamos felizes em fazer isto para as crianças," disse o professor voluntário Santiago Ximenes Vaz, 26 anos.

O Ministério da Educação e a UNICEF discutem agora planos para construir maiores espaços temporários de aprendizagem em comunidades onde edifícios escolares foram destruídos. Associações de pais e professores podem receber financiamento e orientações para construir essas unidades, que por sua vez encorajarão as comunidades a apoiar activamente a integração de alunos deslocados.

Educação para todos

Estas aulas de emergência e espaços de aprendizagem são parte de uma campanha ‘De volta à Escola' organizada juntamente pelo Ministério da Educação e a UNICEF. A campanha visa encorajar os alunos deslocados a retomarem a escolaridade em Dili ou nos distritos exteriores em Setembro.

"Uma preocupação principal é a segurança das crianças, porque tem havido relatos de crianças a serem apedrejadas quando vão para a escola," disse Mr. Ninnes. "Da nossa parte, trabalhamos numa campanha de mobilização social alargada para comunicar a mensagem chave que cada criança tem o direito à educação e a pedir às comunidades para apoiarem activamente o regresso da segurança às escolas."

Para apoiar os que perderam as suas possessões devido à crise e para encorajar a frequência escolar, os organizadores da campanha decidiram fornecer material básico de ensino às crianças. Mas em vez de visar unicamente as crianças deslocadas, o Ministério da Educação e a UNICEF fornecerão pastas escolares, cadernos e outros materiais de aprendizagem a todas os 200,000 alunos das escolas primárias em Timor-Leste.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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