Tradução da Margarida:
AAP
Timor-Leste dividido estará unido durante 90 minutos antes do nascer do sol na quinta-feira. Não pele política, mas pelo football quando Portugal joga com a França na semi-final do campeonato mundial.
Os Australianos podem sentir que construíram uma relação especial com Timor-Leste por terem enviado tropas para acabar com o derramamento de sangue e o caos em 1999 e agora.
Mas não houve efeito do football.
Se alguma coisa une as divisões étnicas em guerra que nestes dias dividem Timor, é o apoio fanático aos combatentes do football de Portugal – uma distante e tantas vezes negligente mestre colonial que dominou a nação da meia ilha durante centenas de anos e depois a abandonou na agressão indonésia no meio de 1970s.
Quaisquer dúvidas sobre os laços emocionais e culturais que ligam Timor com Portugal foram deixadas em descanso no fim-de-semana passada quando a sua equipa venceu a Inglaterra.
Buzinas de automóveis e tambores ouviram por todo o lado em Dili.
Fãs de footbal fizeram caravanas em frente da base das forças internacionais perto do porto. Outros dançaram no campo de deslocados improvisado no parque em frente do Hotel Timor, propriedade de Portugueses.
Uns tantos quilómetros mais longe, centenas de polícias de elite de Lisboa vestiram as suas camisolas vermelhas e verdes para verem o jogo no seu quartel no hotel, desfraldando bandeiras ao lado duma mão cheia de locais autorizados para celebrarem até de manhã.
Muitos morderam em cruzes Católicas em rezas enquanto se desenrolava a série de 3-1 penaltys.
Portugal e Timor-Leste têm tido uma relação de amor-ódio desde há mais de três séculos.
Apesar dos diplomatas Portugueses terem liderado durante décadas a luta na ONU e na União Europeia contra a ocupação Indonésia em Timor-Leste, Lisboa não foi um governante modelo.
A sua ditadura colonial pilhou os recursos do país e devolveu pouco de volta.
Portugal abandonou o território em 1975 no seguimemnto da revolução dos cravos em casa, que derrubou a ditadura de extrema-direita de Salazar e forçou Lisboa a olhar para as suas colónias africanas mais perto de casa.
Poucos meses depois de sair, Timor-Leste foi invadida pela Indonésia antes que uma breve declaração de independência pudesse ser reconhecida internacionalmente, abrindo um outro período de brutal ocupação.
Escapando ao domínio Indonésio, muitos Timorenses fugiram para a segurança duma nova vida em Lisboa.
Entre estes José Ramos Horta – agora o principal concorrente ao cargo de primeiro-ministro – que liderou a luta pela independência no exílio de Portugal e dos USA.
Quando o genial Ramos Horta ganhou o Prémio Nobel da Paz em 1996 juntamente com o bispo de Dili, Carlos Belo, algum do mais alto aplauso veio de Portugal.
Desde que Timor se separou da Indonésia em 1999, Lisboa tem enviado dinheiro para a sua antiga colónia.
Tem financiado professores de Portugueses que educam crianças Timorenses tanto em aldeias remotas como na.
Apesar disso, muitos Timorenses ainda detestam qualquer lembrança dos tempos coloniais e os condutores de taxi drivers pronunciam-se contra o uso do Português, agora a língua oficial apesar do facto de somente menos de 10 por cento da população o saber falar.
Mas se é uma verdade que o desporto pode vencer a política, em Timor-Leste isso é inda mais verdade com o football.
Tem mesmo conseguido suplantar o desprezo contra a GNR.
Quando o agora Presidente Xanana Gusmão passou anos atrás dos muros duma prisão de Jakarta por promover guerra de guerrilha contra as tropas Indonésias, ele manteve-se em forma capitaneando a equipa de football da prisão.
Ele é um fanático apoiante do clube de Lisboa, Benfica.
Muitos dos seus concidadãos, contudo, apoiam o rival Sporting, que tem um café com o seu nome em sua honra na frente do mar de Dili.
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quinta-feira, julho 06, 2006
Portugal une Timor-Leste
Por Malai Azul 2 à(s) 16:55
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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