Díli, 03 Jul (Lusa) - O regresso de Mari Alkatiri à bancada parlamentar da FRETILIN foi hoje comunicado ao Parlamento timorense, com a leitura de uma carta, de 26 de Junho, em que o ex-primeiro-ministro comunica essa intenção ao pr esidente daquele órgão.
Com o regresso ao Parlamento, para que foi eleito nas eleições gerais de 2001, Mari Alkatiri pode invocar a sua imunidade parlamentar para não prestar declarações ao Ministério Público sobre o seu alegado envolvimento na distribuição de armas a civis.
Essa prerrogativa advém do Estatuto do Deputado, nomeadamente do número 1 do artigo 16º, que impede qualquer parlamentar de ser testemunha, entre outro s casos previstos, de processos judiciais, embora a este respeito o Regimento do Parlamento Nacional seja omisso.
Com a carta que endereçou ao presidente do Parlamento, Francisco Guterr es "Lu-Olo", com data do dia em que se demitiu do cargo de primeiro-ministro, Ma ri Alkatiri assume de imediato o lugar de deputado, tendo sido substituído na ch efia do governo pelo número dois do executivo, o ministro dos Negócios Estrangei ros e da Defesa, José Ramos Horta.
Como deputado, e tendo em conta a sua disponibilidade para prestar decl arações no processo que está a ser instruído sobre a distribuição de armas a civ is, Mari Alkatiri pode invocar a sua imunidade parlamentar, endossando ao Parlam ento a concessão da devida autorização para ser ouvido pelo Ministério Público.
Alkatiri foi notificado a 26 de Junho pela Procuradoria-Geral da Repúbl ica para prestar declarações sobre o caso da distribuição de armas a civis que e nvolve o seu ex-ministro do Interior Rogério Lobato.
A notificação do Ministério Público foi feita horas depois de Mari Alka tiri ter apresentado a demissão do cargo de primeiro-ministro, prontamente aceit e pelo Presidente Xanana Gusmão.
Fonte judicial então ouvida pela Agência Lusa justificou a audição de A lkatiri com o depoimento de Rogério Lobato, "que confirmou todas as alegações fe itas por Vicente da Conceição Railos", um veterano da resistência e chefe de um alegado "esquadrão da morte".
Railos acusou Mari Alkatiri e Rogério Lobato de terem ordenado a distri buição de armas a civis para a eliminação de opositores políticos, alegações rep etidamente negadas pelo ex-primeiro-ministro e líder da FRETILIN.
Desconhece-se ainda quando é que o agora deputado Mari Alkatiri prestar á declarações ao Ministério Público.
Alkatiri esteve para ser ouvido sexta-feira passada, mas alegou, além d a falta de advogado, a sua condição de deputado para adiar a audição, conforme revelou o Procurador-Geral da República Longuinhos Monteiro, em declarações à emi ssora britânica BBC.
Em entrevista à Lusa, no mesmo dia, Alkatiri manifestou todo o interess e em esclarecer rapidamente o seu alegado envolvimento no caso, mas o facto de a sua audição depender da autorização do Parlamento Nacional, poderá adiar, ou mesmo suspender, o processo de investigação em curso, disse à Lusa fonte judicial.
A FRETILIN tem a maioria no Parlamento Nacional, com 55 dos 88 deputado s.
Depois de ouvido pela juíza de investigação, Rogério Lobato viu-lhe ser aplicada a medida de coacção de prisão domiciliária, devido ao perigo de fuga.
Esta medida foi substituída sábado pela obrigatoriedade de se manter na sua residência, tendo em vista a garantia da sua segurança, afirmou à Lusa um d os seus advogados, Paulo Remédios.
EL.
terça-feira, julho 04, 2006
Deputados informados sobre regresso de Alkatiri ao Parlamento
Por Malai Azul 2 à(s) 09:55
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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