sexta-feira, janeiro 16, 2009

À semelhança do que fez com o conflito de 2006...

15-01-2009 14:33
Angola Press
MNE afirma que tiveram que comprar a paz



Lisboa- O actual governo timorense, liderado por Xanana Gusmão, distribuiu milhões para comprar a paz, disse em entrevista à imprensa local o ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, Zacarias da Costa.



O chanceler, que se encontra em visita de trabalho a Lisboa, disse que o executivo gastou "muitos milhões" e que foi necessário "comprar a paz".



Referindo-se aos efeitos da prolongada crise social e política que abalou o país em 2006, o diplomata reconheceu que o país "viveu períodos conturbados".



"Timor-Leste viveu períodos conturbados. O último foi em 2006. Hoje, o governo já conseguiu mudar esta situação.



Resolvemos a maior parte dos problemas. Injectamos bastante dinheiro na população", disse.



Confrontado com um relatório sobre o "aumento significativo" da pobreza em Timor-Leste, divulgado em Novembro de 2008, Costa respondeu com os resultados alcançados pelo governo que integra.




"Os relatórios olharam para uma fase muito conturbada de 2006 e não tiveram em conta os esforços e a evolução que aconteceu no país, no último ano", frisou.



"Hoje, todos os timorenses com mais de 60 anos recebem um subsídio do governo.



Ainda é pequeno, são 20 dólares por mês, mas já é uma grande ajuda para muitas famílias timorenses que não viam a cor do dinheiro desde que Timor assumiu a independência", em Maio de 2002, disse.



"Por outro lado também tivemos que utilizar o princípio de comprar a paz.



Muitas das famílias que estavam nos campos de deslocados receberam uma boa quantia de dinheiro para poderem reintegrar-se nas suas comunidades", explicou.



O chanceler timorense deu ainda como exemplo os 800 peticionários, que abandonaram as forças armadas em 2006 e que foram protagonistas da crise social e política que, acentuou, "também beneficiaram bastante de montantes elevados para a resolução do seu problema".



"Portanto, foram muitos milhões. Não posso precisar aqui quantos, mas foram muitos milhões que de alguma forma chegaram às mãos da população e que ajudaram certamente a dar um poder diferente e a melhorar a situação económica dos timorenses", declarou.



Para ele, os próximos estudos "indicarão, com certeza, uma panorâmica muito diferente da situação da pobreza em Timor- Leste".



"O governo tem feito grandes esforços e julgo que hoje nota-se perfeitamente a qualidade de vida e a estabilidade em Timor", afirmou, para o que exemplificou com a prosperidade e o dinamismo dos negócios.



Contudo, reconheceu que subsistem "algumas fragilidades".



"Tivemos crises que influenciaram bastante e que de alguma forma até retrocederam os avanços que foram feitos", reconheceu, considerando que isso faz parte do processo normal de construção de um Estado.

1 comentário:

Anónimo disse...

"tivemos que utilizar o princípio de comprar a paz"

Só por infantilidade se pode acreditar que é distribuindo dinheiro a torto e a direito que se consegue "erradicar a pobreza".

ALiás, o próprio MNE confessa que se "comprou" a paz. A chamada paz podre. E muitos carros de luxo também. E aumentos para os deputados, e abonos de Natal, e arroz grátis para funcionários públicos...

Onde é que já vimos este filme (ou aliás esta má adaptação)? Nos cinemas "Java", "África", "China", etc.

Toda a gente sabe que o dinheiro vai ser derretido num ápice em bebida, meninas, gadgets, jogo, etc.

O pior vai ser quando o dinheiro acabar. O dos subsidiados e o do Estado. Vai ser bonito dizer a essa gente toda que já não há mais e que vão trabalhar.

O problema é que quem vai sofrer as consequÊncias desta loucura é o Governo que vier a seguir a Xanana. Vai ter que limpar a porcaria toda e levar com os protestos de toda a gente defraudada por esta política de mãos largas.

Pobre Timor!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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