ABC Australia
5 May
East Timor's ruling coalition government has lost its majority, with a key partner switching sides to join the opposition.
The ASDT party was a key force in helping Xanana Gusmao’s AMP Coalition wins the numbers to form government at last year's elections.
But the party has now signed an agreement to side with the opposition Fretilin party - citing corruption and nepotism within the government.
Fretilin spokesman Jose Teixeira says the party is not planning to challenge for power, but hopes to force the government to an early election next year.
"We believe that the best way of creating political stability in this country is to have early elections and to have the people determine who is to govern," he said.
"We believe that if they go to the polls they will be defeated."
Tradução:
Coligação de Timor-Leste perde maioria
ABC Australia
5 Maio
O governo da coligação do governo de Timor-Leste perdeu a sua maioria, com um parceiro chave a trocar de lado para se juntar à oposição.
O partido ASDT foi uma força chave a ajudar a Coligação AMP de Xanana Gusmão a ganhar os números para formar governo nas eleições do ano passado.
Mas o partido assinou agora um acordo para passar para o lado da Fretilin, na oposição – citando corrupção e nepotismo dentro do governo.
O porta-voz da Fretilin José Teixeira diz que o partido não planeia desafios pelo poder, mas que espera forçar o governo a eleições antecipadas no próximo ano.
"Acreditamos que a melhor maneira de criar estabilidade política neste país é ter eleições antecipadas e que seja o povo a determinar quem deve governar," disse ele.
"Acreditamos que se forem a votos serão derrotados.
terça-feira, maio 06, 2008
East Timor coalition loses majority
Por Malai Azul 2 à(s) 22:09
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
2 comentários:
Tradução:
Coligação de Timor-Leste perde maioria
ABC Australia
5 Maio
O governo da coligação do governo de Timor-Leste perdeu a sua maioria, com um parceiro chave a trocar de lado para se juntar à oposição.
O partido ASDT foi uma força chave a ajudar a Coligação AMP de Xanana Gusmão a ganhar os números para formar governo nas eleições do ano passado.
Mas o partido assinou agora um acordo para passar para o lado da Fretilin, na oposição – citando corrupção e nepotismo dentro do governo.
O porta-voz da Fretilin José Teixeira diz que o partido não planeia desafios pelo poder, mas que espera forçar o governo a eleições antecipadas no próximo ano.
"Acreditamos que a melhor maneira de criar estabilidade política neste país é ter eleições antecipadas e que seja o povo a determinar quem deve governar," disse ele.
"Acreditamos que se forem a votos serão derrotados."
Em 21-2-2007, escrevi no blog Timor Online, a propósito da criação do "CNRT":
"Xanana vai apanhar uma grande desilusão.
Esta história parece a repetição do caso Eanes. O ex-Presidente português, agastado por não poder intervir mais na política, criou um novo partido, o PRD, assim que terminou o mandato presidencial. Depois de um pequeno apoio inicial, o partido eclipsou-se e desapareceu, ao ponto de hoje em dia serem raras as pessoas que se lembram dele.
Espero que o mesmo não suceda a Xanana."
Recordo que pouco tempo depois Xanana criava a sua "AMP" para assim poder dominar o parlamento e convencer RH de que era ele quem devia formar Governo.
Porém, tal como aconteceu a Eanes, após um curto entusiasmo inicial os partidos constituintes da "AMP" foram saindo um por um. Primeiro, houve as primeiras deserções logo no início, quando Mário Carrascalão se demarcou de Xanana. Agora a "AMP" sofreu novo golpe, porventura o mais forte, com a saída da ASDT. Esta saída é importante porque foi o partido inteiro que saiu, assinando um acordo com a Fretilin, e porque assim a "AMP" perde a maioria no PN.
Em 3-7-2007, escrevi premonitoriamente no blog Timor Online:
“ASDT/PSD. É esta coligação, e não o PD, que vai ditar as regras do futuro Governo, pois Mário Carrascalão não tem nada a perder.”
"AMP" significa "Aliança da Maioria Parlamentar" e, como o nome indica, foi constituida exclusivamente com o objectivo de impedir a Fretilin de formar Governo, criando uma maioria parlamentar.
Porém, nada mais unia os partidos que a constituiram, para além desse objectivo. Para além disso, esse conjunto de partidos teve que se submeter à vontade autocrática de Xanana.
Resumindo e concluindo, Xanana precisava desses partidos e dos seus deputados só para fazer número. A "AMP" nunca foi verdadeiramente uma coligação, mas apenas a soma aritmética dos deputados dos seus partidos.
Esta sempre foi a base da crítica feita a RH, quando este optou por conceder a Xanana o privilégio de formar Governo.
O pior é que a "AMP" se esfrangalhou e, para todos os efeitos, a "maioria" desapareceu. O Governo fica assim numa posição muito frágil, sem apoio parlamentar e ainda por cima debaixo de suspeitas de "corrupção e nepotismo", segundo a própria ASDT.
Parece que afinal Xanana sempre seguiu as pisadas de Eanes e o seu sonho de um partido que o projectasse para PM, já seriamente abalado pelo magro resultado eleitoral, se transformou numa miragem cada vez mais distante.
Parece que afinal os rumores de que toda a gente desejava eleições antecipadas menos Xanana, eram verdadeiros. Aqui está a prova.
No entanto, penso que Xanana foi o coveiro da sua própria coligação, quando desde o início revelou uma intransigência total com os outros parceiros de coligação e vontade de concentrar todas as decisões na sua pessoa.
Essa intransigência teve o seu cúmulo quando recusou terminantemente que Mário Carrascalão fosse PM, quando até a própria Fretilin concordava com essa opção para um Governo que tivesse o apoio geral de todas as forças políticas.
Como era de prever, uma "coligação" assim, baseada apenas na vontade de uma única personalidade, estava votada ao fracasso. Era apenas uma questão de tempo, como veio a acontecer.
Para agravar ainda mais a situação, lembro a actuação desastrada e completamente inepta de certos ministros e o gravíssimo facto de este Governo nem sequer ter apresentado um plano económico como base do Orçamento.
Xanana foi vítima da sua própria falta de capacidade em governar e liderar uma coligação. Também da sua obcecação em ajustar contas com a Fretilin.
Em 21-2-2007, no blog Timor Online, escrevi:
"O povo sabe que aquele em quem votou e confiou não esteve à altura das suas responsabilidades. O povo sabe, mesmo aqueles que gostaram de Xanana como Presidente, que Xanana nunca seria um bom 1º Ministro. O povo está farto de ser vítima de guerrilhas pessoais e institucionais e quer apenas um governante que governe.
Xanana será vítima do seu último grande erro: uma candidatura anti-Fretilin e não pró-Timor; uma candidatura pela negativa e não pela positiva; uma candidatura cujo objectivo não é ganhar, mas impedir que a Fretilin ganhe."
Sempre entendi que este Governo, tal como o de Alkatiri, deveria cumprir o seu mandato até o fim. Infelizmente, parece que Xanana nem vai conseguir chegar aos dois anos de Governo, pois a sua “coligação” deixou de existir.
Veremos agora o que o futuro nos reserva.
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