sexta-feira, março 28, 2008

Governo aprova criação da Escola Portuguesa de Díli

Lisboa, 27 Mar (Lusa) - O Governo aprovou hoje um protocolo de cooperação entre Portugal e a Republica Democrática de Timor-Leste, com incidência nos domínios da educação e cultura, que visa a criação da Escola Portuguesa de Díli.

No comunicado do Conselho de Ministros refere-se que o acordo visa "intensificar a cooperação bilateral" entre Portugal e Timor-Leste "com especial incidência nos domínios do ensino, cultura e língua, bem como do intercâmbio cultural e da valorização da língua portuguesa".

Com o decreto, o executivo de Lisboa diz que se visa "a criação da Escola Portuguesa de Díli como estabelecimento não integrado na rede pública do ensino timorense".

O objectivo, segundo o Governo, é "contribuir para qualificar crianças e jovens timorenses, promover o ensino do português e a difusão da língua e cultura portuguesas".

"Educação e formação ao longo da vida" são outras metas associadas à criação da Escola Portuguesa de Díli.

3 comentários:

Anónimo disse...

Timor: Falta definição a regras de actuação da ONU, diz MNE

O chefe da diplomacia portuguesa manifestou-se hoje preocupado e inquieto, em entrevista à Rádio Renascença, com a falta de definição das regras de actuação da missão da ONU e das forças internacionais presentes em Timor-Leste.

Em declarações feitas na Eslovénia, à margem do Conselho Informal dos chefes da diplomacia da União Europeia, Luís Amado salientou que já em 2006, em Nova Iorque, aquando da formação da Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT), Portugal manifestou as suas dúvidas.

Nesse sentido, Luís Amado afirmou que desde o início que a UNMIT oferece motivos de preocupação e inquietação, em grande parte pela definição pouco clara das regras de actuação no terreno. «É sempre difícil quando temos missões com mandatos muito abertos, com regras de empenhamento muito pouco clarificadas e, em particular, quando a missão tem as características que tem em Timor.

Dada a natureza da operação militar e a natureza da operação de segurança, é natural que problemas surjam e que críticas ocorram», sustentou. Contudo, os problemas acontecem «em todas as missões e em todos os teatros», acrescentou.

O ministro comentava a recente entrevista que o presidente timorense, José Ramos-Horta, deu também à Rádio Renascença, em que denunciou «graves falhas de segurança» por parte das forças internacionais, que deveriam ter reagido imediatamente ao ataque à sua residência, a 11 de Fevereiro.

No atentado, José Ramos-Horta foi gravemente ferido a tiro, junto da sua residência em Díli.Na mesma entrevista, em Darwin, Austrália - onde convalesce da frustrada tentativa de homicídio -, José Ramos-Horta considerou ter havido falhas na segurança quer da parte da Polícia das Nações Unidas (UNPOL) quer das Forças de Estabilização Internacionais (ISF), constituídas por efectivos militares da Austrália e da Nova Zelândia.

«Alguma coisa aconteceu de errado, todos nós reconhecemos isso. Ainda hoje o meu colega irlandês, que esteve em Timor uma semana depois desses acontecimentos, manifestava a sua estranheza pela forma como os acontecimentos tinham ocorrido.

É natural que todos nós nos inquietemos sobre como pôde acontecer o que aconteceu em Timor-Leste, no quadro de uma missão tutelada pelas Nações Unidas», frisou Luís Amado na entrevista à Rádio Renascença.
Diário Digital / Lusa

Anónimo disse...

Presidente timorense Ramos-Horta acusa Angelita Pires de ter manipulado o ex-major Alfredo Reinado

Público, 29.03.2008

O Presidente timorense, José Ramos-Horta, acusou ontem Ângela Pires, conhecida por Angelita ou Angie, uma sua compatriota que também tem nacionalidade australiana e que foi constituída arguida no processo do 11 de Fevereiro, de ter "manipulado e influenciado" o ex-major Alfredo Reinado.
Ao falar assim ao jornal The Age, de Melbourne, o chefe de Estado deu mais peso às especulações que têm vindo a ser feitas sobre esta mulher de 38 anos que parece estar no centro das investigações sobre o que aconteceu naquela data, quando o chefe dos rebeldes se dirigiu à residência do Presidente e o alvejou.
A Procuradoria-Geral da República considerou que Angelita Pires era oficialmente suspeita de participar numa conjura para que fossem mortos Ramos-Horta e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão; e a sua amizade com Reinado não era segredo para ninguém em Díli.
O Presidente, que hoje é visitado pelo secretário de Estado português dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, também disse que pretende saber por que é que a Força Internacional de Estabilização (ISF), dirigida pela Austrália, não perseguiu de imediato as pessoas que o atacaram e deixaram gravemente ferido.
Contou ainda que nessa manhã, ao regressar da praia, o gerente de um banco australiano lhe dissera que a ISF andava em manobras perto da sua residência. O comandante das tropas australianas em Timor-Leste, brigadeiro James Baker, já desmentiu as notícias de que um bloqueio nas estradas atrasou a prestação de ajuda ao Presidente.

Anónimo disse...

Ramos-Horta está «mais preocupado com problemas de fundo»

O Presidente de Timor-Leste «está mais preocupado com os problemas de fundo do país do que com o atentado de 11 de Fevereiro», afirmou hoje o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português.

«Para José Ramos-Horta, o atentado que ele sofreu é sério mas menor em relação aos problemas de fundo de Timor», afirmou João Gomes Cravinho, que hoje visitou o Presidente timorense em Darwin, Austrália.

Foi a primeira visita de um membro do Governo português ao Presidente timorense desde o ataque em que José Ramos-Horta ficoou gravemente ferido.

«O Presidente está mais concentrado no médio e longo prazo do que no que se passou a 11 de Fevereiro», acrescentou João Gomes Cravinho, contactado por telefone pela Lusa a partir de Díli.

No entanto, José Ramos-Horta e João Gomes Cravinho falaram sobre o duplo ataque contra o Presidente e o primeiro-ministro Xanana Gusmão, «e também o que aconteceu nos dias anteriores e a situação que se vivia no país».

José Ramos-Horta «reiterou as ideias conhecidas» sobre a responsabilidade directa pelo ataque, onde referiu uma assessora legal do major Alfredo Reinado, e a má actuação das forças internacionais, acusações que o chefe de Estado tem repetido nas entrevistas que deu nos últimos dias.

«Há uma grande determinação do Presidente em saber tudo o que se passou, mas a questão mais abrangente é como resolver as questões de fundo dos peticionários e dos deslocados», afirmou João Gomes Cravinho depois da sua conversa de hora e meia com José Ramos-Horta.

«A preocupação do Presidente timorense é que o que aconteceu não traga qualquer distúrbio ao processo político que estava em curso», explicou.

«Ele não confunde o atentado de que foi vítima com as grandes questões nacionais», referiu.

O secretário de Estado português manifestou grande satisfação pela recuperação do Presidente timorense que pôde constatar no encontro de hoje.

«Uma coisa é ouvir os médicos. Outra é vermos pelos nossos próprios olhos», explicou João Gomes Cravinho.

Diário Digital / Lusa
29-03-2008 12:42:01

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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