terça-feira, março 18, 2008

Cavaco Silva expressa desejo de que Ramos-Horta possa reassumir em breve chefia do Estado

Lisboa, 17 Mar (Lusa) - O Presidente da República de Portugal expressou numa mensagem ao seu homólogo timorense o desejo de que possa reassumir a chefia de Estado, numa curta mensagem que acompanhava uma garrafa de vinho do porto e pastéis de Belém.

"Tenho acompanhado a recuperação do atentado de que foi vítima e dou graças da Deus pela melhoria do estado de saúde que tem vindo a registar", começa a carta dirigida por Cavaco Silva a José Ramos-Horta e que foi entregue no Hospital Particular de Darwin, norte da Austrália, pelo comandante do agrupamento da GNR destacado em Timor-Leste, capitão João Duque Martinho.

"Espero que, em breve, possa regressar a Timor e reassumir a chefia do Estado", escreve o Presidente português na carta dirigida ao seu homólogo timorense e que foi acompanhada por uma garrafa de vinho do Porto de 1949, ano do nascimento de José Ramos-Horta, e pastéis de Belém.

"Envio-lhe, caro amigo, um contributo para reforço do seu ânimo e prazer do paladar: um Porto de 1949 (ano da sua graça) e pastéis de Belém", adianta ainda Cavaco Silva

José Ramos-Horta foi baleado em 11 de Fevereiro, num ataque à sua residência, e transferido no mesmo dia para a Austrália onde tem vindo a recuperar dos ferimentos. Um outro ataque foi dirigido no mesmo dia contra o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, que saiu ileso.

"O Presidente Ramos-Horta está bem. Fisicamente vê-se que ainda está um pouco debilitado, mas psicologicamente tem um discurso coerente, lúcido. Teve alguma curiosidade em falar comigo sobre os atentados e estivemos cerca de uma hora a falar sobre os atentados e a questão de segurança em Díli. Discutimos sobretudo pontos de vista", disse à agência Lusa o comandante do subagrupamento Bravo, capitão Martinho, portador da carta e dos presentes de Cavaco Silva.

O oficial entregou outra encomenda do general comandante da GNR com produtos tradicionais portugueses, entre os quais se contavam vinhos, queijos, mel e azeite.

Em Timor-Leste ficaram os enchidos, que não passaram na alfândega devido ao crivo apertado dos australianos em matéria de saúde pública.

"Os enchidos ficaram em Timor. Quando o presidente voltar teremos todo o gosto em entregar-lhos", disse o capitão Martinho.

Um regresso, que segundo lhe foi transmitido pelo próprio Presidente Ramos-Horta, deverá acontecer "em breve".

"Diz que este mês ou no que vem estará em Timor", adiantou o responsável da GNR, que recebeu ainda de Ramos-Horta agradecimentos pela "amabilidade do Presidente da República português" e pela "pronta actuação" da força portuguesa no dia dos atentados.

O capitão Martinho destacou ainda "a recuperação notória" de Ramos-Horta, que segundo afirmou, "está melhor de semana para semana".

O presidente timorense sofreu a 11 de Fevereiro uma emboscada montada pelo grupo liderado por Alfredo Reinado, que foi morto pelos guardas presidenciais durante o ataque.

O primeiro-ministro Xanana Gusmão escapou ileso a um outro ataque quando viajava de carro no mesmo dia.

HB/CFF
Lusa/fim

1 comentário:

Anónimo disse...

Oxala que nunca mais. Por Amor de Deus, basta de Ramos Hortas e Xananas. Porque e que ainda ninguem se deu conta de que Xananas, Ramos Hortas e Alkatiris levaram Timor ao estado que esta?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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