Blog Causa Nossa
Terça-feira, 18 de Março de 2008
Já se sabia que Isabel Pires de Lima, ex-Ministra da Cultura, não era adepta do acordo ortográfico, a que não deu seguimento enquanto governante. Mas o seu artigo no semanário Sol da semana passada sobre o assunto incorre em dois erros. Primeiro, o Acordo ainda só está juridicamente em vigor para os três Estados da CPLP que o tinham ratificado e que ratificaram também o protocolo adicional de 2004 (Brasil, Cabo Verde e São Tomé), que permitiu a sua entrada em vigor desde que ratificado por três países (e não todos os da CPLP). Segundo, a próxima ratificação desse protocolo adicional pelo nosso País, que ratificou o Acordo logo em 1991, tornará este imediatamente aplicável em Portugal, embora só se torne oficialmente obrigatório ao fim de seis anos, como foi anunciado.Quanto à sua efectiva aplicação em todo o espaço lusófono, é de esperar que Portugal use os meios diplomáticos necessários para levar os países que ainda o não fizeram a ratificar tanto o Acordo como o protocolo de 2004 (Guiné, Angola, Moçambique e Timor), bem como a combinar com todos eles, especialmente com o Brasil, uma data comum para a sua entrada em vigor efectiva, desde logo nos textos oficiais (diário oficial e demais documentos oficiais).
Aditamento
Para uma breve introdução ao acordo ortográfico, ver este artigo na Wikipédia.
[Publicado por Vital Moreira]
terça-feira, março 18, 2008
Acordo ortográfico
Por Malai Azul 2 à(s) 21:36
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
A unificação da língua Portuguesa, usada em Portugal e no Brasil não poderá fazer-se de uma vez só e por decreto. Porém, é altura de parar de divergir e começar convergir na unificação das duas variantes da língua; de contrário os 200 milhões de brasileiros acabarão por abafar a língua escrita e falada em Portugal e os restantes países dos CPLP, a prazo juntar-se-ão ao Brasil, dada a influência crescente do Brasil naqueles territórios.
Se o português tem hoje a importância que conhecemos, devemo-lo em grande parte ao Brasil e não aos nossos 10 milhões de portugueses.
Muitas das instruções em português que acompanham aparelhos vindos do estrangeiro estão em português do Brasil. Muitas das pessoas que aprendem português pelo mundo fora fazem-no na variante brasileira. A legendagem automática de filmes é feita a maior parte das vezes em português do Brasil.
Poderemos comparar com o inglês de Inglaterra e o dos EUA. Apesar da Inglaterra ter um impacto no mundo muito superior a Portugal, o Inglês dos EUA está em expansão e entrou já nas nossas escolas secundárias, com prejuízo para o inglês de Inglaterra.
Se recusarmos qualquer cedência e continuarmos orgulhosamente a divergir, acabaremos a prazo por ficar sós e assim quem perde somos nós. Disse divergir, porque as línguas estão constantemente a evoluir, seja em Portugal, seja no Brasil ou em qualquer outra parte.
Zé da Burra o Alentejano
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