The Australian
Paul Toohey March 18, 2008
A LARGE amount of cash was allegedly found on the body of rebel soldier Alfredo Reinado after he was shot dead in President Jose Ramos Horta's compound in East Timor last month.
"It was not $29,000. It was not $31,000. It was exactly $30,000, in $US100 notes," said a senior East Timorese government source.
The apparent discovery of the new bank notes by a guard searching the dead rebel has renewed speculation that Reinado had powerful backers, although his lawyer, Benny Benevides, does not believe it. "After he was shot, I am suspicious someone put money in his pocket," Mr Benevides said. "It is so easy to blame him that he was an actor on behalf of masterminds.
"He had no money at all - for two years he had no money. I was told the maximum he had in his pocket that day was between $20 and $50."
Reinado was close to Angelita Pires, a joint Australian-East Timorese citizen who was with him until 11 o'clock the night before his deadly dawn visit to Mr Ramos Horta's compound. She denied giving Reinado money.
Yesterday, she would only repeat what she has already told an investigating judge.
While she had gone to see Reinado the night before, she said, it was to give him a mobile phone as a "Valentine's Day gift".
Ms Pires said the investigation into events of February 11 were moving fast and would see her fully exonerated, but she was forbidden from discussing the case.
Reinado, who led a band of fugitive former soldiers called "petitioners", was shot dead during an assault on Mr Ramos Horta's villa outside the East Timor capital, Dili. The President was shot several times and continues to recover in Darwin hospital.
Ms Pires spent most of her life in Australia and had in recent months acted as a representative of Reinado. The Australian-led International Stabilisation Force said in a statement it had met her "in a public place in Dili" in January as a conflict-avoidance measure. The ISF said it had used her contact with Reinado to ensure his men and the ISF knew each other's general movements, and added that she was "not a paid informant of the ISF and no money or gratuities were ever passed to Ms Pires".
Prime Minister Xanana Gusmao and Mr Ramos Horta hold Ms Pires responsible for mucking up negotiations in early December last year, which could have seen Reinado surrender.
In that planned meeting, military heads and Mr Gusmao had arranged for Reinado to come to Dili at 8am. Mr Ramos Horta was on standby to attend and ratify documents as the meeting concluded. They waited until midday for Reinado.
"Then Angelita Pires called and said, 'He's not coming'," said the source. "The Prime Minister was very upset and very disturbed that a third party was throwing stones into this.
"Alfredo never called us to explain. She called. She was saying the real plan was to arrest Reinado and then shoot him dead in front of the Prime Minister. It was ridiculous."
The source said it was likely that Reinado had received the cash late on Sunday. "Why did he have $30,000 in his pocket? Because he had only received it a few hours before. He did not have time to put the money anywhere safe. He could not leave it behind - he had to take it with him.
"Who gave him the money? What were his instructions? I don't know. My strong information is that he had been told he had an invitation to go to the President's house that morning. He had no such invitation."
Ms Pires was one of the first people pulled in by police after the shooting. Initially, it was said she would be charged with conspiracy to murder and crimes against the state. She was released after a night in a Dili police cell pending further investigation. She is not allowed to leave Dili.
Prosecutor-General Longuinhos Monteiro has told The Australian: "From sources we have, indications are she was a financial backer (of Reinado)."
Ms Pires said she had no money to give Reinado and says the truth about the events of February 11 will soon be known.
Tradução:
Levantadas suspeitas com o dinheiro de Reinado
The Australian
Paul Toohey Março 18, 2008
Alegadamente foi encontrada uma grande quantidade de dinheiro no corpo do soldado amotinado Alfredo Reinado depois de ter sido morto a tiro no complexo do Presidente José Ramos Horta em Timor-Leste no mês passado.
"Não foram $29,000. Não foram $31,000. Foram exactamente $30,000, em notas de $US100," disse uma fonte de topo do governo Timorense.
A aparente descoberta das notas novas de banco por um guarda que estava a revistar o amotinado morto renovou especulações que Reinado tinha apoiantes poderosos, apesar do seu advogado, Benny Benevides, não acreditar nisso. "Depois dele ter sido baleado, suspeito que alguém pôs o dinheiro nos seus bolsos," disse o Sr Benevides. "É tão fácil acusá-lo de ter sido um actor ao serviço de organizadores nos bastidores.
"Ele não tinha nenhum dinheiro – durante dois anos não teve nenhum dinheiro. Disseram-me que o máximo que tinha nas algibeiras nesse dia era entre $20 e $50."
Reinado era próximo de Angelita Pires, uma cidadã de dupla nacionalidade Australiana-Timorense que esteve com ele até às 11 horas da noite anterior antes da sua visita mortal ao nascer do dia ao complexo do Sr Ramos Horta. Ela negou ter dado dinheiro a Reinado.
Ontem, limitou-se a repetir o que já tinha dito a um juiz de investigação.
Quando foi ver Reinado na noite anterior, disse ela, foi para lhe dar um telemóvel como prenda do Dia de São Valentino.
A Srª Pires disse que a investigação aos eventos de 11 de Fevereiro estavam a andar depressa e que iriam inocentá-la completamente, mas que estava proibida de discutir o caso.
Reinado, que liderava um bando de antigos soldados foragidos chamados "peticionários", foi morto a tiro durante um assalto à casa do Sr Ramos Horta no exterior da capital de Timor-Leste, Dili. O Presidente foi baleado várias vezes a continua a recuperar num hospital em Darwin.
A Srª Pires passou a maior parte da sua vida na Austrália e tinha nos meses mais recentes actuado como representante de Reinado. A Força Internacional de Estabilização liderada pelos Australianos disse numa declaração que se tinha encontrado com ela "num local público em Dili" em Janeiro como uma medida para evitar conflitos. A ISF disse que tinha usado o contacto dela com Reinado para assegurar que os seus homens e a ISF conheciam os movimentos gerais de uns e de outros e acrescentou que ela "não era uma informadora paga da ISF e que nunca alguma vez tinham passado para a Srª Pires qualquer dinheiro ou doações".
O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão e o Sr Ramos Horta responsabilizaram a Srª Pires por ter descarrilado negociações no princípio de Dezembro do ano passado, que podiam ter levado à rendição de Reinado.
Nesse encontro planeado, os responsáveis das forças militares e o Sr Gusmão tinham feito arranjos para Reinado vir a Dili às 8 am. O Sr Ramos Horta estava em estado de prontidão para participar e ratificar documentos quando acabasse o encontro. Eles esperaram por Reinado até ao meio-dia.
"Então Angelita Pires ligou e disse, 'Ele não vem'," disse a fonte. "O Primeiro-Ministro estava muito zangado e muito perturbado por uma terceira parte estar a atirar pedras contra isto.
"Alfredo nunca nos ligou a explicar. Ela ligou. Ela disse que o plano real era prender Reinado e depois matá-lo a tiro em frente do Primeiro-Ministro. Isso era ridículo."
A fonte disse que era provável que Reinado tivesse recebido o dinheiro tarde, no Domingo. "Porque é que ele tinha o dinheiro nas algibeiras? Porque o recebera apenas horas antes. Não teve tempo para pôr o dinheiro noutro lado seguro, Não o podia deixar para trás – tinha que o levar com ele.
"Quem é que lhe deu o dinheiro? Quais foram as suas instruções? Não sei. As informações fortes que tenho é que lhe disseram que tinha um convite para ir a casa do Presidente nessa manhã. Ele não teve um tal convite."
A Srª Pires foi uma das primeiras pessoas apanhadas pela polícia depois do tiroteio. Inicialmente, foi dito que seria acusada de conspiração para matar e de crimes contra o Estado. Foi libertada depois de passar uma noite numa cela da polícia de Dili *a espera de mais investigações. Ela não está autorizada a sair de Dili.
O Procurador-Geral Longuinhos Monteiro disse ao The Australian: "de fontes que temos, há indicações que ela era uma apoiante financeira (de Reinado)."
A Srª Pires disse que não tinha nenhum dinheiro para dar a Reinado e diz que a verdade acerca dos eventos de 11 de Fevereiro serão em breve conhecida.
terça-feira, março 18, 2008
Suspicions raised over Reinado's cash
Por Malai Azul 2 à(s) 01:05
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução:
Levantadas suspeitas com o dinheiro de Reinado
The Australian
Paul Toohey Março 18, 2008
Alegadamente foi encontrada uma grande quantidade de dinheiro no corpo do soldado amotinado Alfredo Reinado depois de ter sido morto a tiro no complexo do Presidente José Ramos Horta em Timor-Leste no mês passado.
"Não foram $29,000. Não foram $31,000. Foram exactamente $30,000, em notas de $US100," disse uma fonte de topo do governo Timorense.
A aparente descoberta das notas novas de banco por um guarda que estava a revistar o amotinado morto renovou especulações que Reinado tinha apoiantes poderosos, apesar do seu advogado, Benny Benevides, não acreditar nisso. "Depois dele ter sido baleado, suspeito que alguém pôs o dinheiro nos seus bolsos," disse o Sr Benevides. "É tão fácil acusá-lo de ter sido um actor ao serviço de organizadores nos bastidores.
"Ele não tinha nenhum dinheiro – durante dois anos não teve nenhum dinheiro. Disseram-me que o máximo que tinha nas algibeiras nesse dia era entre $20 e $50."
Reinado era próximo de Angelita Pires, uma cidadã de dupla nacionalidade Australiana-Timorense que esteve com ele até às 11 horas da noite anterior antes da sua visita mortal ao nascer do dia ao complexo do Sr Ramos Horta. Ela negou ter dado dinheiro a Reinado.
Ontem, limitou-se a repetir o que já tinha dito a um juiz de investigação.
Quando foi ver Reinado na noite anterior, disse ela, foi para lhe dar um telemóvel como prenda do Dia de São Valentino.
A Srª Pires disse que a investigação aos eventos de 11 de Fevereiro estavam a andar depressa e que iriam inocentá-la completamente, mas que estava proibida de discutir o caso.
Reinado, que liderava um bando de antigos soldados foragidos chamados "peticionários", foi morto a tiro durante um assalto à casa do Sr Ramos Horta no exterior da capital de Timor-Leste, Dili. O Presidente foi baleado várias vezes a continua a recuperar num hospital em Darwin.
A Srª Pires passou a maior parte da sua vida na Austrália e tinha nos meses mais recentes actuado como representante de Reinado. A Força Internacional de Estabilização liderada pelos Australianos disse numa declaração que se tinha encontrado com ela "num local público em Dili" em Janeiro como uma medida para evitar conflitos. A ISF disse que tinha usado o contacto dela com Reinado para assegurar que os seus homens e a ISF conheciam os movimentos gerais de uns e de outros e acrescentou que ela "não era uma informadora paga da ISF e que nunca alguma vez tinham passado para a Srª Pires qualquer dinheiro ou doações".
O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão e o Sr Ramos Horta responsabilizaram a Srª Pires por ter descarrilado negociações no princípio de Dezembro do ano passado, que podiam ter levado à rendição de Reinado.
Nesse encontro planeado, os responsáveis das forças militares e o Sr Gusmão tinham feito arranjos para Reinado vir a Dili às 8 am. O Sr Ramos Horta estava em estado de prontidão para participar e ratificar documentos quando acabasse o encontro. Eles esperaram por Reinado até ao meio-dia.
"Então Angelita Pires ligou e disse, 'Ele não vem'," disse a fonte. "O Primeiro-Ministro estava muito zangado e muito perturbado por uma terceira parte estar a atirar pedras contra isto.
"Alfredo nunca nos ligou a explicar. Ela ligou. Ela disse que o plano real era prender Reinado e depois matá-lo a tiro em frente do Primeiro-Ministro. Isso era ridículo."
A fonte disse que era provável que Reinado tivesse recebido o dinheiro tarde, no Domingo. "Porque é que ele tinha o dinheiro nas algibeiras? Porque o recebera apenas horas antes. Não teve tempo para pôr o dinheiro noutro lado seguro, Não o podia deixar para trás – tinha que o levar com ele.
"Quem é que lhe deu o dinheiro? Quais foram as suas instruções? Não sei. As informações fortes que tenho é que lhe disseram que tinha um convite para ir a casa do Presidente nessa manhã. Ele não teve um tal convite."
A Srª Pires foi uma das primeiras pessoas apanhadas pela polícia depois do tiroteio. Inicialmente, foi dito que seria acusada de conspiração para matar e de crimes contra o Estado. Foi libertada depois de passar uma noite numa cela da polícia de Dili *a espera de mais investigações. Ela não está autorizada a sair de Dili.
O Procurador-Geral Longuinhos Monteiro disse ao The Australian: "de fontes que temos, há indicações que ela era uma apoiante financeira (de Reinado)."
A Srª Pires disse que não tinha nenhum dinheiro para dar a Reinado e diz que a verdade acerca dos eventos de 11 de Fevereiro serão em breve conhecida.
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