Reporters Without Borders/Reporters sans frontières
25 February 2008
EAST TIMOR
Reporters Without Borders condemns the action of the police in arresting and beating a Timor Post journalist on the night of 22 February as he was travelling to the location in Kaikoli, near Dili, where his daily is printed in order to help prepare the next issue. He was freed the next day.
The staff of daily newspapers have had to take risks to bring out issues on time since an
8pm-to-6am curfew was imposed under a state or emergency that was declared after the attempted murders of President José Ramos-Horta and Prime Minister Xanana Gusmao on 11 February. The emergency was extended for another 30 days on 22 February.
Reporter Rory Callinan of Time magazine and photographer John Wilson were detained and threatened by Australian members of an international peace-keeping force near Dili in mid-February when they tried to avoid a roadblock set up by the peace-keepers during a sweep for rebel soldiers.
According to their story, published in The Australian, they were eventually able to continue on their way but were arrested again for violating the curfew. Other reporters, including The Australian's correspondent, were blocked at a checkpoint by Australian soldiers.
The Australian photographer Lindsay Moller was meanwhile manhandled by two Portuguese peace-keepers and forced to delete the photos she had taken of an Australian woman of Timorese origin, Angelita Pires, who had been arrested on suspicion of supporting soldiers participating in the uprising.
Prime Minister Gusmao imposed the state of emergency in order to facilitate operations
against the rebels. Gusmao was not hurt in the 11 February murder attempts but the president was serious injured. Three weeks before, on 18 January, Gusmao had threatened to arrest journalists who published "erroneous" information. He referred at the time to recent interviews with rebel leader Alfredo Reinado which, he said, had contributed to national instability.
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TIMOR LESTE
Un employé du Timor Post arrêté et passé à tabac par la police, des reporters étrangers empêchés de travailler
Reporters sans frontières dénonce le traitement infligé à un reporter du Timor Post qui a été arrêté puis battu par la police, dans la nuit du 22 février 2008, alors qu'il se rendait à
l'imprimerie de Kaikoli, près de Dili, pour préparer la parution du quotidien. Il a été relâché le lendemain.
L'agression est survenue alors que l'état d'urgence a été prolongé de trente jours, à
compter du 22 février 2008, suite aux tentatives d'assassinat, le 11 février, du Premier ministre et du président José Ramos-Horta. Le couvre-feu imposé à la population de 20 heures à 6 heures du matin contraint les rédactions des quotidiens à prendre des risques importants pour pouvoir boucler leurs publications.
Par ailleurs, Rory Callinan du magazine américain Time et le photographe John Wilson ont été interpellés et menacés mi-février par des soldats australiens près de Dili. Selon leur témoignage, publié dans The Australian, les deux journalists tentaient de contourner un barrage installé par les forces internationales qui menaient une opération pour retrouver des mutins. Après avoir pu reprendre la route, les deux reporters et leurs enterprètes ont été de nouveau interpellés pour avoir violé le couvre-feu. D'autres
collègues, notamment du quotidien The Australian, ont été bloqués à un check-point par des soldats australiens.
Et au même moment, Lindsay Moller, photographe de The Australian, a été malmenée par deux soldats portugais de la force internationale puis contrainte d'effacer des clichés d'une Australienne d'origine timoraise, Angelita Pires, en état d'arrestation. Cette dernière est soupçonnée d'avoir soutenu les mutins.
Le Premier ministre Xanana Gusmao, sorti indemne de l'attaque dont il était la cible, a imposé l'état d'urgence pour lutter contre les insurgés.
Déjà le 18 janvier 2008, le chef du gouvernement avait menacé d'arrêter les journalistes qui publieraient des informations "erronées". Il avait notamment évoqué de récentes interviews du chef rebelle Alfredo Reinado, qui, selon lui, auraient contribué à l'instabilité nationale.
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Vincent Brossel
Asia - Pacific Desk
Reporters Sans Frontières
47 rue Vivienne
75002 Paris
33 1 44 83 84 70
33 1 45 23 11 51 (fax)
asia@rsf.org
www.rsf.org
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Tradução:
Polícia prende e agride jornalista do Timor Post e impede trabalho de repórteres estrangeiros
Repórteres Sem Fronteiras /Reporters sans frontières
25 Fevereiro 2008
TIMOR-LESTE
Os Repórteres Sem Fronteiras condenam as acções da polícia que prendeu e agrediu um jornalista do Timor Post na noite de 22 de Fevereiro quando ele ia para Kaikoli, perto de Dili, onde é impresso o seu jornal, para preparara edição seguinte. Foi libertado no dia seguinte.
Os funcionários dos jornais têm tido que correr riscos para que os jornais possam sair a horas desde que foi instaurado um recolher obrigatório sob um estado de emergência que foi declarado depois das tentativas de assassínio do Presidente José Ramos-Horta e Primeiro-Ministro Xanana Gusmão em 11 de Fevereiro. O estado de emergência foi prolongado por mais 30 dias em 22 de Fevereiro.
O repórter Rory Callinan da revista Time e o fotógrafo John Wilson foram detidos e ameaçados por tropas Australianas membros da força internacional perto de Dili em meados de Fevereiro quando tentaram evitar um posto de controlo de estrada montado pelas tropas estrangeiras durante uma busca aos soldados amotinados.
De acordo com a história deles, publicada no The Australian, eles acabaram por conseguir continuar o caminho mas foram novamente presos por terem violado o recolher obrigatório. Outros repórteres, incluindo o correspondente do The Australian, estiveram bloqueados em postos de controlo por soldados Australianos.
A fotógrafa do The Australian Lindsay Moller foi entretanto importunada por dois polícias Portugueses e forçado a eliminar as fotos que tinha tirado a uma mulher Australiana de origem Timorense, Angelita Pires, que fora presa por suspeita de apoio aos amotinados que tinham participado no levantamento.
O Primeiro-Ministro Gusmão impôs o estado de emergência de modo a facilitar as operações contra os amotinados. Gusmão saiu ileso nas tentativas de assassínio de 11 de Fevereiro mas o presidente ficou ferido com gravidade. Três semanas antes, em 18 Janeiro, Gusmão tinha ameaçado prender os jornalistas que publicassem informações "erradas". Na altura referia-se a entrevistas recentes com o líder amotinado Alfredo Reinado que, disse, tinham contribuído para a instabilidade nacional.
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TIMOR-LESTE
Um jornalista do Timor Post preso e metido na prisão pela polícia, repórteres estrangeiros impedidos de trabalhar
Os Repórteres sem fronteiras denunciaram o tratamento infligido a um repórter do Timor Post que foi preso, depois agredido pela polícia, na noite de 22 de Fevereiro quando se dirigia para a gráfica em Kaikoli, perto de Dili, porá preparar a saída do quotidiano. Foi libertado no dia seguinte.
A agressão aconteceu quando o estado de emergência foi prolongado por trinta dias, a começar em 22 de Fevereiro de 2008, depois das tentativas de assassínio de 11 de Fevereiro, do Primeiro-ministro e do presidente José Ramos-Horta. O recolher obrigatório imposto à população das 20 horas às 6 horas da manhã obriga as redacções dos jornais diários a correrem riscos para prepararem as suas publicações.
Por outro lado, Rory Callinan da revista americana Time e o fotógrafo John Wilson foram interpelados a ameaçados em meados de Fevereiro por soldados australianos perto de Dili. Conforme o testemunho deles, publicado no The Australian, os dois jornalistas tentaram contornar um posto de controlo instalado pelas tropas internacionais que conduziam uma operação para encontrar os amotinados. Depois de conseguirem retomar a estrada, os dois repórteres e os seus intérpretes foram de novo interpelados por terem violado o recolher obrigatório. Outros colegas, nomeadamente do diário The Australian, foram bloqueados num posto de controlo por soldados australianos.
E na mesma altura, Lindsay Moller, fotógrafa do The Australian, foi importunada por dois polícias portugueses da força internacional e depois obrigada a eliminar as fotos duma Australiana de origem timorense, Angelita Pires, quando estava a ser presa. Esta última é suspeita de ter ajudado os amotinados.
O Primeiro-ministro Xanana Gusmão, que saiu ileso do ataque que o visou, impôs o estado de emergência para lutar contra os amotinados.
Já em 18 Janeiro 2008, o chefe do governo tinha ameaçado prender os jornalistas que publicassem informações "erradas". Ele tinha nomeadamente evocado as entrevistas recentes do líder amotinado Alfredo Reinado, que, segundo ele, tinham contribuido para a instabilidade nacional.
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Vincent Brossel
Gabinete Ásia - Pacífico
Repórteres Sem Fronteiras
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terça-feira, fevereiro 26, 2008
Police arrest and beat Timor Post employee, obstruct foreign reporters
Por Malai Azul 2 à(s) 06:54
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução.
Polícia prende e agride jornalista do Timor Post e impede trabalho de repórteres estrangeiros
Repórteres Sem Fronteiras /Reporters sans frontières
25 Fevereiro 2008
TIMOR-LESTE
Os Repórteres Sem Fronteiras condenam as acções da polícia que prendeu e agrediu um jornalista do Timor Post na noite de 22 de Fevereiro quando ele ia para Kaikoli, perto de Dili, onde é impresso o seu jornal, para preparara edição seguinte. Foi libertado no dia seguinte.
Os funcionários dos jornais têm tido que correr riscos para que os jornais possam sair a horas desde que foi instaurado um recolher obrigatório sob um estado de emergência que foi declarado depois das tentativas de assassínio do Presidente José Ramos-Horta e Primeiro-Ministro Xanana Gusmão em 11 de Fevereiro. O estado de emergência foi prolongado por mais 30 dias em 22 de Fevereiro.
O repórter Rory Callinan da revista Time e o fotógrafo John Wilson foram detidos e ameaçados por tropas Australianas membros da força internacional perto de Dili em meados de Fevereiro quando tentaram evitar um posto de controlo de estrada montado pelas tropas estrangeiras durante uma busca aos soldados amotinados.
De acordo com a história deles, publicada no The Australian, eles acabaram por conseguir continuar o caminho mas foram novamente presos por terem violado o recolher obrigatório. Outros repórteres, incluindo o correspondente do The Australian, estiveram bloqueados em postos de controlo por soldados Australianos.
A fotógrafa do The Australian Lindsay Moller foi entretanto importunada por dois polícias Portugueses e forçado a eliminar as fotos que tinha tirado a uma mulher Australiana de origem Timorense, Angelita Pires, que fora presa por suspeita de apoio aos amotinados que tinham participado no levantamento.
O Primeiro-Ministro Gusmão impôs o estado de emergência de modo a facilitar as operações contra os amotinados. Gusmão saiu ileso nas tentativas de assassínio de 11 de Fevereiro mas o presidente ficou ferido com gravidade. Três semanas antes, em 18 Janeiro, Gusmão tinha ameaçado prender os jornalistas que publicassem informações "erradas". Na altura referia-se a entrevistas recentes com o líder amotinado Alfredo Reinado que, disse, tinham contribuído para a instabilidade nacional.
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TIMOR-LESTE
Um jornalista do Timor Post preso e metido na prisão pela polícia, repórteres estrangeiros impedidos de trabalhar
Os Repórteres sem fronteiras denunciaram o tratamento infligido a um repórter do Timor Post que foi preso, depois agredido pela polícia, na noite de 22 de Fevereiro quando se dirigia para a gráfica em Kaikoli, perto de Dili, porá preparar a saída do quotidiano. Foi libertado no dia seguinte.
A agressão aconteceu quando o estado de emergência foi prolongado por trinta dias, a começar em 22 de Fevereiro de 2008, depois das tentativas de assassínio de 11 de Fevereiro, do Primeiro-ministro e do presidente José Ramos-Horta. O recolher obrigatório imposto à população das 20 horas às 6 horas da manhã obriga as redacções dos jornais diários a correrem riscos para prepararem as suas publicações.
Por outro lado, Rory Callinan da revista americana Time e o fotógrafo John Wilson foram interpelados a ameaçados em meados de Fevereiro por soldados australianos perto de Dili. Conforme o testemunho deles, publicado no The Australian, os dois jornalistas tentaram contornar um posto de controlo instalado pelas tropas internacionais que conduziam uma operação para encontrar os amotinados. Depois de conseguirem retomar a estrada, os dois repórteres e os seus intérpretes foram de novo interpelados por terem violado o recolher obrigatório. Outros colegas, nomeadamente do diário The Australian, foram bloqueados num posto de controlo por soldados australianos.
E na mesma altura, Lindsay Moller, fotógrafa do The Australian, foi importunada por dois polícias portugueses da força internacional e depois obrigada a eliminar as fotos duma Australiana de origem timorense, Angelita Pires, quando estava a ser presa. Esta última é suspeita de ter ajudado os amotinados.
O Primeiro-ministro Xanana Gusmão, que saiu ileso do ataque que o visou, impôs o estado de emergência para lutar contra os amotinados.
Já em 18 Janeiro 2008, o chefe do governo tinha ameaçado prender os jornalistas que publicassem informações "erradas". Ele tinha nomeadamente evocado as entrevistas recentes do líder amotinado Alfredo Reinado, que, segundo ele, tinham contribuido para a instabilidade nacional.
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