António Veríssimo deixou um novo comentário na sua mensagem "A lata do costume":
"Vamos ver se este novo mandato da UNMIT vai ser aproveitado pelo Sr. Khare para se redimir ou se vai ser mais do mesmo."
Com dúvidas mas...
Pensar positivo é óptimo e H. Correia como bom ser humano que devemos prezar não foge à regra. É assim que aqui manifesta esperança no “acordar” de Atul Kare e de toda a orientação estratégica da ONU em Timor-Leste.
Estimo bastante que ainda exista quem sobre a ONU consegue manter pensamentos positivos nos seus procedimentos futuros e fico razoavelmente combalido por não saber analisar os actuais procedimentos ou acções futuras da ONU, em Timor ou fora dela, com tanta esperança nas correcções que imperiosamente devia fazer mas que de ano para ano é sempre mais do mesmo, restando aos mais optimistas ter esperanças de melhorias.
Tenho para mim que Atul mais não faz do que seguir as regras do SG daquela descredibilizada organização. Se temos no topo um SG, Ban Ki-moon, completamente dominado pelas políticas norte-americanas e pelos lobys que governam aquela nação como será possível tudo melhorar e termos esperança de que o melhor aconteça?
Em minha opinião, Atul Kahre é um fiel representante dos interesses norte-americanos e australianos em Timor-Leste, a par de Xanana Gusmão e de Ramos Horta, com a diferença de que Ramos Horta é um individuo bem formado e que não esquece determinados ensinamentos da sua “primeira escola”, da juventude. Ramos Horta julga saber onde, como e quando poderá tirar algum partido do cerco imposto pelos interesses das duas potências e com isso beneficiar o país, os timorenses. É um diplomata "avisado" e acima de tudo timorense.
O mesmo já hoje não se pode afirmar de Xanana Gusmão. Vendeu a alma ao “diabo” quando começou a meter os pés pelas mãos e a comprometer-se com gente estranha e adversa à luta dos timorenses, por uma pátria, por independência e auto-suficiência.
Pessoalmente custa-me bastante analisar e concluir assim, sobre Xanana, e disto não sair, mas só o faço – assim como muitos outros – por verificar que ele mudou radicalmente e que o veio fazendo lenta e metodicamente – indiciando que sabe onde se meteu e que este é o caminho por que optou seguir, traindo os ideais que o levaram para a luta de que se tornou digno líder até determinado momento.
O perigo reside todo nas suas qualidades determinantes: ele não vai olhar a meios para atingir os seus fins. Quem se irá tramar serão os seus adversários e os timorenses sem alternativa de abandonar o país e o regime que Xanana irá impor mesmo à revelia de Ramos Horta. O tempo o dirá.
Assim, temos que a ONU e Atul Kahre irá continuar a privilegiar a Austrália (Xanana) em tudo.
Esse “em tudo” também significa beneficiar-se a si próprio e à pandilha abútrica dos que com tachos eventuais e permanentes engordam as suas contas bancárias e os seus currículos à custa da miséria para onde empurram os timorenses.
Ou seja: algumas centenas de abutres, os “chulos”, como João Severino, que os conhece, ainda há dias referia no seu “Pau Para Toda a Obra”.
Por isso, abençoados aqueles que ainda têm esperanças e não andam “neuras”, como eu, ao pensar nestas “coisas”.
Gostaria de me enganar. Nem sabem quanto. Mas as experiências que tenho vivido ao longo destas largas dezenas de anos têm-me demonstrado que a história repete-se sempre e que “quem se lixa é o mexilhão”.
Bem, mas, apesar de tudo, vale sempre a pena dizermos que não é o que queremos, por não ser o que está certo. Aplica-se a Timor e ao resto do mundo.
terça-feira, fevereiro 26, 2008
Com dúvidas mas...
Por Malai Azul 2 à(s) 23:03
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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