22-10-2007 12:43:42
Dili, 22 out (Lusa) - O turismo no Timor Leste "é uma alternativa ao petróleo" e pode servir de complemento a grandes destinos regionais como Bali, afirmou à Agência Lusa Christine Cabasset, economista francesa especializada em turismo na Indonésia e no Sudeste Asiático.
Christine Cabasset defendeu que "o investimento de pequena escala deveria ser o caminho para o setor turístico timorense". Apesar disso, ela notou que "para o Estado timorense, é atraente a idéia de começar por grandes projetos e grandes investimentos".
"Por enquanto, nota-se uma distância entre a fraca iniciativa do Estado no setor do turismo e o dinamismo de certas pessoas que envolveram comunidades locais", relata, destacando que o trabalho local e da população seria um investimento importante, mas que ainda não foi feito.
A fragilidade do investimento turístico é confirmada pelo orçamento da Direção Nacional do Turismo timorense, que ficou em apenas US$ 68 mil em 2006, "incluindo salários", afirma Christine Cabasset em sua visita ao Timor, país cuja evolução acompanha desde antes de sua independência definitiva, em 2002.
Ainda assim, Cabasset defende que "é possível afirmar o Timor Leste como extensão ao destino de massa que é Bali" e salienta que "há nichos importantes de mercado viáveis para o país". No entanto, para que possam ser explorados, "é preciso assegurar estruturas de transportes, de alimentação, entre outras".
As atividades de mergulho, o montanhismo e a observação de pássaros são três exemplos de atividades com potencial turístico no Timor. Para Cabasset, estes são nichos "menos vulneráveis a flutuações da procura", seja por motivos econômicos, seja por políticos.
"A Ilha das Flores não sentiu a crise no setor turístico na região, enquanto que Bali é fortemente afetada pela queda da procura após 2002", ano marcado por atentados contra lugares freqüentados por turistas ocidentais.
Investindo na China
Timor Leste participa, até 23 de outubro, de uma feira internacional de ecoturismo em Nanchang, província de Jiangxi, na China. O esforço de Timor Leste de se promover como destino turístico começou em 2003, com sua participação em uma feira anual do setor, em Bali.
Com a presença do Timor na feira de Nanchang, a embaixada timorense em Pequim faz seu segundo esforço para posicionar o país como alternativa de ecoturismo no Sudeste Asiático, afirmou o embaixador na China, Olímpio Branco, em um comunicado. Com isso, o Timor pretende também "atrair potenciais investidores chineses" para o setor turístico.
Em junho, o Timor havia participado da Feira Internacional de Turismo de Pequim, mas sofisticou sua participação no evento de Nanchang. "Enquanto na Feira de Pequim participamos só com um pavilhão normal, para Nanchang decidimos apresentar Timor Leste de forma mais animada e tradicional", disse o representante da embaixada em Pequim, Tony Duarte.
Durante os três dias de feira, na tradicional casa timorense que a embaixada montou em seu pavilhão, os visitantes receberão brochuras de destinos e programas turísticos amigos do meio-ambiente no Timor Leste, bem como livros e um CD de promoção turística.
A China não atribuiu ao Timor Leste o estatuto de destino turístico aprovado, que permite aos cidadãos chineses viajar em grupo sem a necessidade de pedir autorização governamental de saída do país.
Timor Leste escolheu, no entanto, apostar na promoção na China devido ao grande número de operadores turísticos internacionais que visitam as feiras no gigante asiático, já que o número de turistas chineses no exterior registra constante expansão graças ao crescimento econômico do país e às políticas de reforma e abertura ao exterior.
A China assumiu, em 2006, a posição de maior mercado emissor de turistas em toda a Ásia, com 34,5 milhões de chineses visitando o exterior, 11% a mais que em 2005.
A Organização Mundial do Turismo prevê que em 2020 a China seja o maior mercado emissor de turistas do mundo, com cerca de 100 milhões de pessoas viajando para fora todos os anos.
terça-feira, outubro 23, 2007
Turismo no Timor é alternativa a petróleo, diz especialista
Por Malai Azul 2 à(s) 07:12
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
4 comentários:
Fundação Chissano satisfeita com reconhecimento internacional
Diário Digital / Lusa
22-10-2007 16:40:00
O director-executivo da Fundação Joaquim Chissano, Leonardo Simão, afirmou hoje que o Prémio Mo Ibrahim de Boa Governação atribuído a Joaquim Chissano «representa mais um reconhecimento internacional pelos esforços do laureado em resolver os grandes problemas do país».
Joaquim Chissano, Presidente de Moçambique entre 1985 a 2005, venceu hoje o Prémio Mo Ibrahim de Boa Governação, no valor de 3,5 milhões de euros, entregue pela primeira vez em Londres pelo ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan.
Na cerimónia de anúncio oficial, Kofi Annan salientou o contributo de Chissano «para uma democracia estável e para o progresso económico» de Moçambique e elogiou «a decisão de sair voluntariamente de cargo de Presidente», em 2005, decisão que «demonstrou que o processo democrático era mais importante».
Annan considerou igualmente que Moçambique «é uma das histórias de sucesso em Africa».
Falando em Maputo após o anúncio da atribuição do prémio ao ex-chefe de Estado moçambicano, o director-executivo da Fundação Joaquim Chissano sublinhou o empenho do ex-presidente na conquista da paz, após cerca de 16 anos de guerra civil, promoção da reconciliação nacional e abertura democrática.
«Para a escolha e olhando para os critérios a que a atribuição do prémio se subordinou, vê-se que contribuiu um conjunto de factores, entre os quais a abertura e consolidação democrática, bem como o desenvolvimento económico e social do país», enfatizou Leonardo Simão, ex-ministro da Saúde e dos Negócios Estrangeiros, nos últimos dois mandatos de Joaquim Chissano.
Simão afirmou que o laureado se manteve «sempre sereno e calmo», quando o seu nome começou a ser ventilado como favorito à conquista do Prémio Mo Ibrahim de Boa Governação, antes de rumar para o norte do Uganda, onde se encontra neste momento no âmbito da mediação do processo de paz naquele país.
Depois de ter granjeado simpatia internacional pela forma bem sucedida como conseguiu pôr termo a 16 anos de guerra civil no país e promoveu a reconciliação, Joaquim Chissano, que completa hoje 68 anos, viu o seu prestígio a aumentar, quando renunciou a uma terceira eleição à Presidência do país, apesar de a Constituição lhe permitir essa possibilidade.
Chissano sucedeu na chefia de Estado moçambicano Samora Machel, morto em 1986 num acidente de aviação, quando a FRELIMO era ainda o único partido legalmente permitido em Moçambique, tendo continuado no posto em 1994, quando ganhou as primeiras eleições presidenciais no país, a que se seguiu nova vitória em 1999, até à sua retirada, em 2005.
SERÁ QUE PODIAM DEIXAR DE ALTERAR AS NOTÍCIAS DA LUSA PARA PORTUGUÊS DO BRASIL??
A notícia é da LUSA... Brasil.
O que esta senhora francesa nos diz sobre as grandes potencialidades turísticas de Timor já nós sabemos há muito.
O problema é que ninguém quer viajar para um país ocupado por tropas estrangeiras que estragam o meio ambiente e agridem ou matam cidadãos (ainda por cima as balas não escolhem nacionalidade); com um foragido a monte protegido pelo Governo, PR e PGR; com milhares e milhares de desalojados vivendo em tendas(?) na rua; com a possibilidade de a qualquer momento arderem casas ou veículos serem apedrejados; e sobretudo se os hotéis forem caixotes de cimento cravados à beira-mar, como parece que quer RH, a pedido dos seus amigos OZ.
Isto para não acrescentar a falta de um aeroporto operacional onde possam aterrar aviões de grande porte, estradas em condições e energia eléctrica permanente nas principais localidades. Já nem falo nisto, de tão óbvio.
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