Jakarta Post - Monday, June 11, 2007
Janet Steele and Jerry Macdonald, Denpasar
On June 6, 2007, Timor Leste President Josi Ramos-Horta met with Indonesian President Susilo Bambang Yudhoyono and made a historic commitment to affirm the importance of bahasa Indonesia as a working language in Timor Leste.
This was a courageous gesture on the part of someone who for 24 years struggled to end the Indonesian occupation of his country. Such enlightened leadership bodes well not only for the future of Timor Leste, but also for bilateral relations with its large and influential neighbor.
The simple fact is that Indonesian language is the lingua franca of Timor Leste. The only people in Timor Leste who can ignore this reality are the many foreigners who come with the pre-conceived notion that the history of East Timor began in 1999 with the vote for independence.
During a recent visit to Dili, Manatuto, Baucau, and Ossu, we talked with Timorese from all walks of life and found that everyone recognized Indonesian, that Indonesia is Timor Leste's most important trading partner, and that despite the intrigue between Australia and Portugal over which country will dominate the economic and political future of Timor Leste, for ordinary Timorese the ties that matter are with Indonesia.
For the majority of Timorese who did not spend the years of Indonesian occupation in exile, Indonesian language is the language of the literate.
Although Tetum is spoken day to day, there is not yet a universally accepted grammar and spelling. For example, when we asked a group of 30 young Timorese who were studying journalism what language they preferred to write in, all but one answered "Indonesian."
Unfortunately right now there are very few books available in East Timor in any language. The Xanana Gusmao reading room -Dili's leading public library has a small tattered collection, mostly in English. There are no bookstores, and even students at UNTL (the University of Timor Leste) must struggle to find reference materials that they can use to write their skripsi (theses).
Timor Leste Education and Culture Minister Rosaria Maria Corte de Real recently stated the literacy rate among Timorese over the age of 15 is 50 percent. It's a fact of life that if there's nothing to read, literacy will never improve.
Although Timorese are enormously proud of their newly independent nation, they are practical enough to recognize the
advantages of building on the foundation of the economic and educational infrastructure started by Indonesia. It's time that the American government showed a similar appreciation of realpolitik as well as the enormous power of reconciliation.
For many years, the United States Embassy in Jakarta has translated a wide range of books from English to Indonesian. Sadly, these books are not available in Timor Leste.
One reason for this is the politically dicey topic of language policy, as American officials fear that support for the Indonesian language will be mis-interpreted by the Timorese government as nostalgia for Indonesian influence.
This shortsightedness has had the unintended consequence of hurting the Timorese people.
So here's our modest proposal: If President Ramos Horta has the courage and foresight to recognize the importance of Indonesian as a working language, the U.S. government should likewise have the guts to reconsider its position on sending Indonesian language translations of American books to Timor Leste.
At a time when spending two billion dollars a week on the war in Iraq, how about spending a few thousand dollars a year in the war on illiteracy in East Timor? Such a plan would cost virtually nothing, and have an enormous impact.
- Janet Steele and Jerry Macdonald are former Fulbright grantees and frequent visitors to Indonesia and East Timor.
segunda-feira, junho 11, 2007
Timor Leste needs Indonesian language more than others
Por Malai Azul 2 à(s) 23:18
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
4 comentários:
Tradução:
Timor-Leste precisa da língua Indonésia mais do que das outras
Jakarta Post – Segunda-feira, Junho 11, 2007
Janet Steele e Jerry Macdonald, Denpasar
Em 6 de Junho de 2007, o Presidente de Timor-Leste José Ramos-Horta encontrou-se com o Presidente Indonésio Susilo Bambang Yudhoyono e tomou o compromisso histórico de afirmar a importância do bahasa Indonésio como língua de trabalho em Timor-Leste.
Este foi um gesto corajoso da parte de alguém que durante 24 anos lutou para acabar com a ocupação Indonésia do seu país. Uma liderança tão iluminada é um bom prenúncio não apenas para o futuro de Timor-Leste, mas também para as relações bilaterais com o seu grande e influente vizinho.
O simples facto de a língua Indonésia ser a língua franca de Timor-Leste. As únicas pessoas em Timor-Leste que podem ignorar esta realidade são os muitos estrangeiros que chegam com a noção pré-concebida de que a história de Timor-Leste começou em 1999 com a votação para a independência.
Durante uma visita recente a Dili, Manatuto, Baucau, e Ossu, falámos com Timorenses de todos os tipos de vida e descobrimos que toda a gente reconhece o Indonésio, que a Indonésia é o parceiro comercial mais importante de Timor-Leste e que apesar das intrigas entre a Austrália e Portugal sobre qual dos países dominará o futuro político e económico de Timor-Leste, para os Timorenses comuns os laços que interessam são com a Indonésia.
Para a maioria dos Timorenses que não passaram os anos da ocupação Indonésia no exílio, a língua Indonésia é a língua dos letrados.
Apesar do Tétum ser falado no dia-a-dia, não há ainda uma gramática e ortografia universalmente aceites. Por exemplo, quando perguntámos a um grupo de 30 jovens Timorenses que estudavam jornalismo em que língua preferiam escrever, todos menos um responderam "Indonésio."
Infelizmente agora há poucos livros disponíveis em Timor-Leste em qualquer língua. A biblioteca Xanana Gusmão – a biblioteca principal de Dili tem uma pequena e danificada colecção, a maioria em Inglês. Não há livrarias, e mesmo estudantes da UNTL (a Universidade de Timor-Leste) têm de lutar para encontrarem materiais de referência que possam usar para escrever as suas teses.
A Ministra da Educação e Cultura de Timor-Leste Rosária Maria Corte de Real recentemente afirmou que a taxa de analfabetismo entre os Timorenses com mais de 15 anos de idade está acima dos 50 por cento. É um facto da vida que se não há nada para ler a alfabetização nunca melhorará.
Apesar de os Timorenses estarem enormemente orgulhosos da sua nação recentemente independente, são suficientemente pragmáticos para reconhecer as vantagens da construção da infra-estrutura económica e educativa começada pela Indonésia. É tempo de o governo Americano mostrar uma similar apreço da realpolitica bem como do enorme poder da reconciliação.
Durante muitos anos, a embaixada dos Estados Unidos em Jacarta traduziu uma grande quantidade de livros do Inglês para o Indonésio. Tristemente, esses livros não estão disponíveis em Timor-Leste.
Uma razão para isto é o politicamente arriscado tópico da política de língua, visto que os funcionários Americanos receiam que o apoio à língua Indonésia seja mal interpretado pelo governo Timorense como nostalgia pela influência Indonésia.
Esta curteza de vistas teve a consequência não intencionada de magoar os Timorenses.
Assim aqui está a nossa modesta proposta: Se o Presidente Ramos Horta tiver a coragem e a visão de reconhecer a importância do Indonésio como língua de trabalho, o governo dos USA deve do mesmo modo ter a coragem de reconsiderar a sua posição e mandar traduções em língua Indonésia de livros Americanos para Timor-Leste.
Numa altura em que gasta dois biliões de dólares por semana na guerra no Iraque, que tal gastar uns tantos milhares de dólares por ano na guerra contra o analfabetismo em Timor-Leste? Um plano destes custará virtualmente nada, e tem um impacto enorme.
- Janet Steele e Jerry Macdonald são antigos bolseiros Fulbright e visitantes frequentes na Indonésia e Timor-Leste.
"The simple fact is that Indonesian language is the lingua franca of Timor Leste. The only people in Timor Leste who can ignore this reality are the many foreigners who come with the pre-conceived notion that the history of East Timor began in 1999 with the vote for independence."
E eu a julgar que a língua franca de Timor-Leste é, e sempre foi, o Tétum. Se há estrangeiros que pensam que a História de Timor-Leste começou em 1999, parece-me que os autores deste "artigo" são estrangeiros de um outro tipo: os que pensam que a História de Timor-Leste começou em Dezembro de 1975.
Aliás, o nome deles diz tudo: anglófonos "visitantes frequentes", escrevendo em Denpasar sobre o que se "passa" em Timor-Leste.
A insistência em nos fazer crer que todo o mundo em TL usa e gosta muito do Malaio-indonésio, exemplificando com "testemunhos" de timorenses é uma táctica já muito velha.
"For the majority of Timorese who did not spend the years of Indonesian occupation in exile, Indonesian language is the language of the literate."
Que língua havia de ser? Pois se durante 24 anos foi a única que foi autorizada e imposta.
"Although Tetum is spoken day to day, there is not yet a universally accepted grammar and spelling."
Isto é outro exemplo das tais tácticas muito batidas por este tipo de gente: querem-nos convencer de que o Tétum é uma língua subdesenvolvida e não tem gramática ou ortografia "universally accepted", ou seja, "anglophonelly accepted". Tanto uma coisa como outra foram já há muito elaboradas pelo INL e estão em vigor em TL pela competente lei, mas estes inocentes "jornalistas" fazem de conta que não sabem de nada. A gramática e a ortografia não precisam de ser "universally accepted" porque só a Timor-Leste dizem respeito.
"Unfortunately right now there are very few books available in East Timor in any language."
Quando eu vivia em Timor, no tempo do "colonialismo", havia várias bibliotecas e eu próprio era frequentador assíduo das existentes na escola preparatória e no liceu. Só que os respectivos livros (e arquivos,etc.) foram todos queimados pelos indonésios. Mas hoje em dia há também muitas bibliotecas em TL, que são deliberadamente ignoradas pelos autores do "artigo". Uma das melhores, senão a melhor, é precisamente a da UNTIL, contrariamente ao que escrevem estes senhores.
Lembro também que nas feiras do livro lusófono, que se têm realizado anualmente em Dili, milhares e milhares de livros são vendidos a preços simbólicos, desaparecendo todos num ápice.
Para além disso, vários grupos de cidadãos anónimos tem contribuido para apetrechar as escolas timorenses de livros infantis, juvenis e didácticos, como a campanha promovida pelo grupo da internet "Crocodilo Voador", que dispõe de uma rede luso-brasileira que distribui os livros por escolas de todo o Timor, de acordo com as necessidades de cada uma.
"Although Timorese are enormously proud of their newly independent nation, they are practical enough to recognize the advantages of building on the foundation of the economic and educational infrastructure started by Indonesia". Infraestrutura económica e educacional? Só se for anedota. Mas é curioso como frases como esta aparecem escritas na imprensa apenas escassos dias depois de Ramos Horta ter dito mais ou menos a mesma coisa:
"If President Ramos Horta has the courage and foresight to recognize the importance of Indonesian as a working language, the U.S. government should likewise have the guts to reconsider its position on sending Indonesian language translations of American books to Timor Leste."
Uma ideia muito inocente, sem dúvida, e tudo mera coincidência...
I have had the pleasure of meeting with a couple of groups of Timorese who have come to Australia for short training courses . I guess you could call them middle level public servants in TL. They were all educated under Indonesian rule and of course spoke Indonesian fluently. They were all learning Portuguese, with various degrees of success. Their Australian minders mostly spoke to them in Indonesian, but one spoke Portuguese. They clearly felt most at home with her. I asked some of them why. "Of course we speak Indonesian," they said. "But what the Aussies don't understand is, that we don't really like to."
hahaha...
Nem pensa...
Eu nao kero os estudos vao dados em lingua indonesia....isso naooooo
continuamos a falar sim, mas pr estudar NAO..Obrigada....
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