segunda-feira, junho 11, 2007

Mari Alkatiri: “A Fretilin Garante a Soberania Económica”

Jornal Nacional Semanário – 09 de Junho de 2007

O Secretário-Geral da Fretilin, Dr. Mari Alkatiri, acusou os críticos do Governo da Fretilin pedindo-lhes que apresentem o seu modelo de política, provando que podem garantir uma soberania económica e uma base forte para implementar uma gestão económica em Timor-Leste, como a Fretilin tem apresentado.

Mari Alkatiri declarou ao Jornal Nacional Semanário, segunda-feira (4/6), que quando a Fretilin assumiu o Governo, cinco anos atrás, recebeu um Estado com uma economia diversificada.
“Desde 2002 assumimos a consolidação da independência económica de Timor-Leste. Hoje em dia muitos criticam e declaram poder fazer o melhor do que a Fretilin. Quero pedir-lhes que falem claramente ao povo sobre a sua política de consolidação da independência económica para estabelecer uma sociedade com uma vida melhor para todos os cidadãos,” afirma Mari Alkatiri no Comunicado de Imprensa.

No mesmo documento afirmou que foi muito criticado pela Austrália pela sua posição dura na defesa dos interesses de Timor-Leste, quando das negociações sobre a exploração petrolífera no Mar de Timor.

“Neste momento sou candidato na lista da Fretilin para as eleições parlamentares do dia 30 de Junho, próximo. A capacidade de gestão do Dr. Mari Alkatiri como Primeiro-Ministro foi reconhecida por muita gente, incluindo pelos que o criticaram. Muita gente sabe que Mari Alkatiri tem uma política económica nacionalista bastante forte para Timor Leste,” afirmou.

“Vivemos um mundo globalizado. Muitos Países lutam pela sua independência mas perdem a sua soberania se não conseguirem controlar a sua economia. Podemos ver vários Países da nossa região que perderam o controlo do seu País e dos seus recursos naturais e os seus cidadãos optaram por trabalhar noutros Países. Um pequeno País como Timor-Leste é muito vulnerável a estes problemas,” explicou o documento de informação.

A nota de imprensa acrescentou que Mari Alkatiri exemplificou alguns aspectos que a Fretilin conseguiu implementar, como o resultado da distribuição do petróleo no Mar de Timor. Neste momento Timor-Leste ganha uma percentagem maior do que o que é desejado desde o princípio pela Austrália.

Timor-Leste criou um sistema de gestão do fundo petrolífero que pode garantir a independência ao longo de muitos anos.

A nota de comunicado acrescentou que o Governo da Fretilin não pediu empréstimos por ter conhecimento de que os Países que atribuem empréstimos os utilizam para controlar politicamente os países que os pede. A Fretilin criou um regime forte para controlar o investimento estrangeiro a fim de evitar que os seus assets vitais caíssem nas mãos de estrangeiros, incluindo a soberania da Nação Timor-Leste.

“Terminámos recentemente um programa que poderá acelerar o processo de desenvolvimento nacional. É um projecto para construir redes de estradas, redes de electricidade, sistemas de água potável e mãos-de-obra,” acrescentou.

Segundo afirma Mari Alkatiri no comunicado de imprensa, os Partidos da Oposição ainda não apresentaram propostas alternativas à estratégia da Fretilin.

Isto acontece porque ainda não têm uma política que garanta a protecção dos recursos de Timor-Leste, o que é bastante importante. O Presidente da República recém-eleito afirma que tem ideias melhores, mas não as implementou quando era Primeiro-Ministro. Isto significa que ele não está a falar com cuidado.

Não nos podemos esquecer de que Horta era membro do Governo, um Governo que estabeleceu esta política. Ele próprio participou nas reuniões dos Ministros que tratavam destes assuntos mas não apresentava alternativas que pudessem ser discutidas em conjunto.

O anterior Presidente da República acusou-nos de utilizar carros e as nossas posições para enriquecer. Acusam-nos de utilizar facilidades do Governo para a campanha eleitoral. É fácil falar alto nos comícios. Todos nós aprendemos esta habilidade no período da resistência.

Precisamos de uma liderança que possa implementar a função de gestão económica, que é muito complexa. Toda a nossa liderança que está no Governo ou na oposição deve aprender mais em relação à gestão económica e financeira. Não podemos estar dependentes dos estrangeiros para governarem o nosso País. É verdade que necessitamos e apreciamos a assistência técnica de peritos internacionais, mas a liderança deve estar nas mãos dos timorenses que devem saber gerir,” declara o documento de informação.

A nota de informação afirma ainda que, para efeitos de democracia, deseja realizar um debate com todos os Partidos da Oposição sobre a gestão económica de Timor-Leste. Deixar o povo decidir o melhor para a defesa da independência económica do País nas novas condições do Século XXI.

“Temos em dívida o sacrifício das nossas mães, pais, irmãos, tios que deram a sua vida para ganhar a independência. Portanto temos que gerir bem isto. Se não promovermos uma boa política económica, os estrangeiros vão utilizar o seu orçamento para tirar a independência conseguida pelos nossos mártires,” explicou a nota de imprensa.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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