segunda-feira, junho 11, 2007

PSP pode constituir força autónoma

Primeiro de Janeiro – 10 de Junho de 2007

Superintendente-chefe Herlander Chumbinho assegura disponibilidade do corpo de segurança
O director-nacional-adjunto da PSP está em Timor-Leste para visitar o contingente na UNPol e acompanhar as comemorações do Dia de Portugal com o secretário de Estado da Administração Interna. Ocasião para garantir a prontidão desta força de segurança.

A PSP está preparada para colocar uma força autónoma, “do tipo corpo de intervenção”, numa missão internacional, se isso for pedido pelo Estado português. De acordo com o director-nacional-adjunto da instituição, superintendente-chefe António Herlander Chumbinho, “a PSP tem capacidade de resposta para uma situação de unidade constituída e o ministério [da Administração Interna] tem esses elementos”.

“Até agora, isso nunca aconteceu”, recordou o próprio, em Díli, “porque a PSP tem actuado sempre no formato de monitorização, de desempenho selectivo de funções em proveito da recuperação ou da formação de uma polícia local”. É o caso do contingente da PSP no quadro da missão internacional das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT), onde estão 57 oficiais, chefes e agentes da Polícia portuguesa, além de nove elementos da GNR e um inspector do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Estão também em Timor-Leste nove elementos do Grupo de Operações Especiais da PSP, na segurança à Missão Portuguesa, não integrados na UNMIT.

Portugal tem uma unidade autónoma sob o comando integrado da UNMIT, o Subagrupamento Bravo da GNR, constituído actualmente por 220 militares, uma das quatro unidades especiais de polícia da missão internacional.

Destacamento em espera

Herlander Chumbinho encontra-se em Timor-Leste desde sexta-feira para visitar o contingente da PSP na Polícia das Nações Unidas (UNPol) e acompanhar as comemorações do Dia de Portugal com o secretário de Estado-adjunto e da Administração Interna, José Magalhães, que chegou ontem a Díli [ver texto inferior]. “A PSP preparou já há algum tempo uma estrutura que pode corresponder, quando assim for entendido pela tutela, a uma missão como unidade constituída”, explicou Herlander Chumbinho. “Essa unidade não existe, mas está elencada. O levantamento está feito”, salientou aquele responsável da PSP. “Se uma instância internacional necessitar de uma unidade com essas características, a PSP aprontará uma unidade, por exemplo, com uma valência prioritária de unidade de corpo de intervenção, onde se associam valências como o grupo de operações especiais, ou outras como a inactivação de engenhos explosivos, a segurança pessoal e a vertente sinotécnica”, afirmou.

Sobre a possibilidade de existir uma integração directa das forças de segurança portuguesas em Timor-Leste, Herlander Chumbinho admitiu que “essa coordenação já ocorreu” no terreno, em momentos mais agudos da crise de segurança entre Janeiro e Março deste ano. “Falando pela PSP, toda a estrutura policial que está aqui, tanto as unidades constituídas portuguesas ou outras como outros contingentes, respondem por um comissário [da UNPol, Rodolfo Tor]”, sublinhou o responsável da PSP.

Historial - Missões internacionais

A primeira missão de manutenção de paz da PSP foi na Bósnia-Herzegovina, em 1992, e desde então a Polícia já participou em várias missões das Nações Unidas, da União Europeia e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa. Cerca de oitocentos elementos da PSP estiveram envolvidos em missões tão diversas como o Kosovo, Haiti, Moçambique, Albânia, Croácia e Congo-Kinshasa. Para a missão em Timor-Leste, “a ONU pediu um contingente por especialidades, com elementos de investigação criminal, para a formação de base, policiamento de proximidade, de manutenção e reposição de ordem pública e segurança pessoal”. Herlander Chumbinho, «número-dois» da hierarquia nacional da PSP sublinha, por isso, a “experiência riquíssima acumulada” pelos elementos da PSP nas missões internacionais.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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