UNMIT
PRESS RELEASE
4.06.07
3 de Junho de 2007, Dili – O chefe interino da Missão da ONU em Timor Leste (UNMIT), Sr. Eric Tan disse hoje que a segurança no Districto de Viqueque está sendo revista após a morte de duas pessoas, ontem, no districto.
O primeiro incidente ocorreu uma hora depois do termino da campanha do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor Leste na cidade de Viqueque. Um homem proviniente da vila próxima de Ossu foi fatalmente alvejado num mercado, ás 15:45hrs, seguindo duma forte discussão entre os apoiantes do CNRT e os que o opõe. A UNPol interveio rápidamente e a situação ficou controlada com o uso de gás lacrimogênio e disparos de alerta, para se poder dispersar a multidão.
Crê-se que o homem tenha sido alvejado por um official da PNTL fora de serviço e está-se a procura com finalidade de preender o suposto autor do crime.
O segundo incidente ocorreu quando um grupo de apoiantes do CNRT, acompanhado pelo Sr. Gusmão, devolveu o corpo ao Ossu do homem que morreu. Informações iniciais indicam que PNTL disparou rajadas para controlar a multidão num bloqeio de estrada perto de Ossu. Um homem de 24 anos de idade foi fatalmente alvejado e o segundo foi um jovem de 16 anos de idade que ficou ferido.
O partido CNRT é liderado pelo ex-Presidente de Timor Leste, Xanana Gusmão.
“Estamos a tratar de ambos os tiroteios sériamenzte,” disse o Sr. Eric Tan, o chefe interino de UNMIT.
“Investigações iniciais mostram que o primeiro tiroteio aconteceu uma hora após ter terminado a campanha. A segurança foi providenciada para a própria campanha. O motivo da morte ainda é conhecido, neste momento.
Não há sugestão alguma que indica um atentado à vida do Sr. Gusmão,” disse o Sr. Tan.
A liderança, ao nível superior da UNMIT, assistiu uma reunião convocada pelo Presidente José Ramos-Horta, com o Primeiro-Ministro, Estanislau da Silva, o ministro de Interior Alcino Barris, as Forças Internacionais de Estabilização e as F-FDTL, esta manha, em Dili.
“As ISF – sigla inglesa por Forças Internacionais de Estabilização – também colocaram um plotão na região. As Nações Unidas reforcará o seu plano de segurança antes das eleições de 30 de Junho.
A liderança superior de Timor-Leste também insistiu, na reunião de hoje, que não toleraria retaliação pelos acontecimentos de ontem e pediu aos apoiantes políticos a manterem calma e obdecer aos principios democráticos afim de assegurar um processo eleitoral livre e justo.
segunda-feira, junho 04, 2007
A ONU fortalece a segurança eleitoral depois de dois tiroteios fatais, ontem
Por Malai Azul 2 à(s) 19:27
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
3 comentários:
Ramos-Horta lamenta falta de disciplina da polícia
Diário Digital / Lusa
04-06-2007 13:13:00
O Presidente de Timor-Leste lamentou hoje a «falta de disciplina» da polícia timorense, após alguns agentes terem alegadamente morto dois simpatizantes de um partido político durante a campanha para as eleições legislativas de 30 deste mês.
Falando aos jornalistas antes de partir para Jacarta, onde fará a sua primeira visita oficial ao estrangeiro desde que assumiu a presidência de Timor-Leste, a 20 de Maio último, José Ramos-Horta sublinhou que a morte de dois simpatizantes do Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), do ex-chefe de Estado Xanana Gusmão, «embaraçou o país» e que os responsáveis serão «duramente punidos».
Hoje, as forças de paz das Nações Unidas intensificaram as acções de segurança em Viqueque, a sudeste de Díli, receando que a morte dos dois apoiantes da recém-criada CNRT possam acirrar os ânimos e aumentar actos de violência, refere o diário australiano Sydney Morning Herald.
Domingo, a Polícia da ONU (UNPol) disparou granadas de gás lacrimogéneo em Viqueque para pôr cobro a confrontos entre apoiantes do CNRT e da Fretilin, na sequência de uma manifestação do partido de Xanana Gusmão naquela localidade, considerada bastião da antiga força no poder.
Alfonso «Kuda Lay» Guterres, um dos seguranças de Xanana Gusmão, morreu após ter sido atingido por um tiro alegadamente disparado por um agente da polícia.
Pouco depois, outro apoiante do CNRT, de 24 anos, foi morto e um jovem de 16 anos ficou ferido quando tentavam transportar o corpo de «Kuda Lay» para Ossu, tendo, em ambos os casos, sido atingidos por balas, aparentemente disparadas pela polícia.
«As primeiras investigações indicam que a PNTL (Polícia Nacional de Timor-Leste) disparou os tiros para controlar uma multidão numa barricada numa estrada próximo de Ossu», disse Eric Tan, responsável da missão das Nações Unidas em Timor-Leste.
Pouco depois dos incidentes, as forças de estabilização australianas, que partilham com a UNPol a segurança do país, enviaram para a região um pelotão para apoiar as operações.
Hoje, Ramos-Horta afirmou que a polícia timorense «falhou» na sua missão de proteger e garantir a segurança da população« durante o período eleitoral das legislativas.
»Vários membros da PNTL estão envolvidos em actos criminosos. Podemos, assim, constatar que a indisciplina é ainda muito grande dentro da corporação. Mas não haverá impunidade«, avisou o novo chefe de Estado timorense.
A reforma das forças de segurança em Timor-Leste é considerada »vital« para o futuro do país, sobretudo depois dos confrontos e do clima de intimidação que, desde Maio de 2006, têm assolado o jovem Estado, que acedeu à independência há cinco anos.
Xanana Gusmão, que chefiou o Estado timorense entre 2002 e 2007, condenou já que a morte de dois apoiantes do CNRT, partido que segundo observadores locais poderá vir a fazer frente à Fretilin nas legislativas do próximo dia 30, declarando tratar-se de um »dia triste« para Timor-Leste.
Hoje, Xanana Gusmão juntou-se a outros líderes partidários para apelar à paz, advertindo que os responsáveis pelos actos de violência »não querem assistir a um processo eleitoral pacífico«.
»Apelo mais uma vez a todos os que residem no nosso jovem país para desistirem da violência. A violência só nos trará problemas«, afirmou o antigo Presidente e actual candidato a primeiro-ministro.
Entretanto, Eric Tan, da UNPol, adiantou já hoje que a polícia continua a investigar o paradeiro do agente que acredita ser o responsável pela morte do segurança de Xanana Gusmão, negando que o antigo Presidente timorense tenha sido alvo de uma tentativa de homicídio.
»Estamos a investigar seriamente os dois incidentes, mas nenhum deles sugere que tenha existido um atentado à vida de (Xanana) Gusmão«, afirmou Eric Tan, que apelou aos líderes partidários para que solicitem aos seus apoiantes que promovam a paz e se abstenham de actos violentos.
Por seu lado, a Fretilin, liderada por Francisco »Lu Olo« Guterres, candidato presidencial derrotado nas eleições de 09 de Abril e 09 de Maio passados, condenou já os actos de violência e apelou a uma investigação aos incidentes de Viqueque, mas lembrou que a vítima mortal »estava armada«.
»É também precisa uma investigação para que seja explicado porque é que um elemento da campanha de um partido político estava armado e quem lhe forneceu a arma«, afirmou o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, antigo primeiro-ministro (2002/06), que não comentou o facto de a vítima ser um dos membros da segurança de Xanana Gusmão.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=279475
Membro do CNRT morto em Viqueque
Diário de Notícias, 04/06/07
A coluna de campanha do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), em que participava o ex-presidente Xanana Gusmão, foi ontem obrigada a retirar do distrito de Viqueque para norte, em direcção a Baucau.
Uma fonte da ONU disse à Lusa que a retirada foi decidida depois de incidentes em Viqueque e em Ossú, no centro-leste do país, que causaram pelo menos um morto na caravana do CNRT. Um segurança da campanha do CNRT, Afonso Kudelai, de Ossú, "foi morto à queima-roupa por um elemento não uniformizado e fora de serviço da Polícia Nacional de Timor-Leste" (PNTL), declarou uma fonte oficial da missão das Nações Unidas (UNMIT). O incidente ocorreu cerca das 16 horas (8 horas em Lisboa).
"O polícia acertou primeiro numa perna e depois deu três tiros na cabeça do segurança", relatou à Lusa, minutos após o incidente, Germano da Silva, um dos organizadores da campanha do CNRT em Viqueque.
Posteriormente, a caravana do CNRT foi atacada à chegada a Ossú "e houve mais um rapaz baleado", relataram elementos da campanha. A ONU estava "a investigar a existência de mais dois feridos graves em Ossú" pelas 21 horas (13 em Lisboa).
A coluna do CNRT escoltou o corpo de Afonso Kudelai para Ossú, onde foi entregue à família. O segurança era pai de quatro crianças, segundo elementos do CNRT.
"A situação é muito tensa, apesar da presença da Polícia das Nações Unidas e de tropas australianas" das Forças de Estabilização Internacionais (ISF), descreveu um dos assessores de campanha de Xanana. A coluna do CNRT acabou por deixar Ossú - terra natal do presidente da Fretilin, Francisco Guterres "Lu Olo" -, continuando para norte, em direcção a Baucau, onde Xanana Gusmão esteve há apenas três dias.
A campanha para as legislativas de 30 de Junho teve início a 29 de Maio e tanto o CNRT como a Fretilin escolheram os distritos do Leste para os primeiros dias de comícios. A Fretilin tem forte implantação no distrito de Viqueque, onde "Lu Olo" obteve a 9 de Maio mais do dobro dos votos de José Ramos-Horta.
http://dn.sapo.pt/2007/06/04/internacional/membro_cnrt_morto_viqueque.html
Polícia mata com três tiros segurança civil de Xanana
Jornal de Notícias, 04/06/07
Orlando Castro
Um "segurança civil" da campanha do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT) foi ontem morto por um polícia à civil durante um comício de Xanana Gusmão em Viqueque, região onde - no dizer de uma fonte próxima do ex-presidente da República - a Fretilin "põe e dispõe". José Manuel Fernandes, assessor de "Lu Olo", cabeça-de-lista da Fretilin, garante que o seu partido "nada tem a ver com o incidente" (que causou mais três feridos), lembrando, contudo, que "o segurança empunhava à revelia da lei uma arma automática e ameaçava os populares que se manifestavam contra o CNRT".
O segurança, Afonso Kudelai, de Ossú, "foi morto à queima-roupa por um elemento não-uniformizado e fora de serviço da Polícia Nacional de Timor-Leste" (PNTL), declarou à Lusa uma fonte oficial da missão das Nações Unidas (UNMIT).
José Manuel Fernandes explica que, "mesmo não estando fardado, qualquer polícia está sempre de serviço", acrescentando que "a postura agressiva e ameaçadora do segurança, que ilegalmente transportava uma arma automática, fazia antever uma acção bem mais violenta e sangrenta se o agente da Polícia não tivesse feito o que fez".
"A Fretilin lamenta o que sucedeu, apela à paz, quer um inquérito ao que se passou e alerta para o empolamento que o CNRT vai fazer do incidente", afirma o assessor de "Lu Olo", acusando o CNRT "de acções provocatórias e intimidatórias contra os timorenses que são simpatizantes da Fretilin".
Queixa contra a Polícia
"O polícia acertou primeiro numa perna e depois deu três tiros na cabeça do segurança", relatou Germano da Silva, um dos organizadores da campanha do CNRT em Viqueque, acrescentando que a hostilidade era tão grande (a caravana de Xanana Gusmão já tinha sido atacada na véspera perto de Uatulari) que a comitiva anulou todo o programa previsto e retrocedeu para Baucau, apelando às forças internacionais para ajudarem a repor o clima de tranquilidade.
"A situação é muito tensa e explosiva, apesar da presença da Polícia das Nações Unidas e de tropas australianas" das Forças de Estabilização Internacionais, descreveu um dos assessores de campanha de Xanana Gusmão que o acompanhou nesta acção eleitoral a Viqueque.
Fonte do CNRT recorda que, durante a segunda volta das eleições presidenciais, José Ramos-Horta pedira ao Governo, liderado pela Fretilin, que substituísse o comandante da Polícia em Viqueque, bem como um dos seseus agentes, "alegando que eles não estavam ao serviço do país mas da Fretilin".
José Manuel Fernandes confirma que "o candidato Ramos-Horta fez esse pedido", mas salienta que "as substituições no Comando da Polícia não se podem fazer de um dia para o outro, para além de ser necessário haver matéria que justifique a alteração".
Sobre se o polícia que Ramos-Horta queria ver substituído era o mesmo que disparou sobre o segurança, o assessor de "Lu Olo" diz que "a Fretilin não tem ainda elementos concretos sobre o caso", mas "admite que possa tratar-se da mesma pessoa".
http://jn.sapo.pt/2007/06/04/mundo/policia_mata_tres_tirosseguranca_civ.html
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