quarta-feira, novembro 01, 2006

Presidente do Parlamento de Timor-Leste pede a saída das tropas

Tradução da Margarida.

AAP - Outubro 31, 2006 06:49pm

As forças lideradas pelos Australianos em Timor-Leste falharam ao não restaurar a ordem em Dili e devem ser substituídas por tropas da ONU, disse o Presidente do Parlamento de Timor-Leste hoje.

A segurança está a ser a última questão divisora na jovem nação inquieta, com o Parlamento a votar, na semana passada, a favor do destacamento duma força da ONU e o governo por sua vez a pedir que as tropas regionais fiquem.

O Presidente do Parlamento Francisco Guterres disse que as tropas, destacadas para Timor-Leste em Maio no meio do desassossego civil, tinham falhado em diminuir a violência que ressurgiu outra vez recentemente.

"No princípio, os soldados não prendiam ninguém, assim os ataques incendiários continuaram a acontecer e diziam que isso (prender criminosos) era trabalho da polícia. Mas agora, estão a prender pessoas e a fazer o trabalho da polícia," disse o Sr Guterres.

"Há muitas tropas em Timor-Leste mas não são capazes de prender criminosos. Que tipo de trabalho é esse?" perguntou.

Disse que Timorenses se queixaram a ele sobre alegadas detenções erradas e assaltos a civis feitos por tropas lideradas pelos Australianos.

"Para mim, isto são acções intoleráveis e como eleito pelo povo, digo que ninguém pode levantar a mão e bater num filho meu na minha própria casa," disse.

Cerca de 3200 forças regionais lideradas pelos Australianos foram inicialmente despachadas para Timor-Leste em Maio depois da violência entre facções das forças de segurança, bem como entre gangs de ruas, terem deixado 37 pessoas mortas em dois meses.

Desde então o número reduziu-se para 1100, reforçadas pela presença de cerca de 1000 polícias da ONU.

O Parlamento Timorense votou na Sexta-feira a favor duma força da ONU, mas também disse que estava preparada para considerar arranjos militares bilaterais e trilaterais.

"O que queremos para todas as tropas, sejam elas militares ou polícias, é que estejam sob a administração da ONU, incluindo elas (Austrália e Nova Zelândia)," disse o Sr Guterres, quando lhe perguntaram qual era a melhor solução.

O comandante das forças da Austrália em Timor-Leste no Sábado rejeitou queixas de que as suas tropas tinham tomado partido e que a sua missão tinha falhado.

O Brigadeiro Mal Rerden defendeu a conduta dos seus soldados depois do chefe das forças armadas de Timor-Leste, Brigadeiro-General Taur Matan Ruak, ter dito que a operação Australiana tinha falhado porque Dili ainda "parece uma cidade cowboy ".

O Brig Rerden disse que não acredita que haja alguma queixa válida contra as suas tropas.

A Austrália deixou claro que quer manter o controlo da força e tem dito que as suas tropas ficarão até às eleições agendadas para Maio do próximo ano.

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Traduções

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Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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