segunda-feira, agosto 21, 2006

Mais casas queimadas em Comoro e pedradas junto a embaixada EUA

Díli, 20 Ago (Lusa) - Grupos de jovens voltaram hoje a queimar pelo menos duas casas e apedrejaram diversos automóveis em Díli mas até ao momento não se registaram vítimas ou detenções, disse à Lusa o comandante da força da GNR em Timor-Leste.

O capitão Gonçalo Carvalho, que se encontra no bairro de Comoro a comandar as operações de busca na tentativa de deter os autores dos incêndios, afirma que há indicações de duas habitações queimadas, mas "só mais tarde será possível" apurar toda a extensão de mais uma noite em que a violência regressou às ruas da capital timorense.

Junto à embaixada dos Estados Unidos, cuja entrada principal fica na Avenida de Portugal, a marginal de Díli, grupos de jovens alegadamente lorosai e loromono entraram em confronto com o lançamento de pedras, uma situação que está a ser apurada pelas forças australianas.

Ainda de acordo com o comandante da força da GNR em Díli, pelo menos uma viatura de uma organização das Nações Unidas foi esta noite apedrejada por desconhecidos.

Desde que as notícias de confrontos e de fogo-posto foram conhecidas é habitual a passagem de helicópteros a sobrevoar a zona dos incidentes.

Habitualmente, é durante a noite e a coberto da escuridão das ruas de Díli que os grupos de jovens praticam actos de violência quer atirando pedras a carros quer incendiando casas tentando aproveitar a escuridão para fugirem rapidamente dos locais.

Já no sábado tinham sido registados vários incidentes que se saldaram em pelo menos sete casas queimadas e alguns vidros de viaturas partidos.

Desde o final de Abril, foram mortas três dezenas de pessoas em confrontos entre grupos rivais.

A violência provocou ainda mais de 150 mil deslocados, que vivem em campos improvisados em Díli e fora da capital.

Os novos actos de vandalismo ocorrem numa altura em que o Conselho de Segurança das Nações Unidas discute ainda o formato da nova missão da ONU em Timor-Leste, que incluirá uma força de segurança.

Sexta-feira passada, o Conselho de Segurança decidiu adiar por uma semana a votação da resolução sobre a nova missão da ONU em Timor- Leste, por a Austrália reivindicar o comando da respectiva componente militar, exigência que enfrenta a oposição de alguns países.

O mandato da actual missão da ONU em Timor-Leste, a UNOTIL, terminava hoje, mas o Conselho de Segurança decidiu prolongá-lo também por uma semana.

Na sequência da crise, Mari Alkatiri, líder do partido maioritário, a FRETILIN, demitiu-se e foi substituído na chefia do Governo por José Ramos-Horta, que exercia no executivo anterior o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros.

JCS.

1 comentário:

Anónimo disse...

Aussie let my country.....
go back...and let the other to bring peace for us..,,,,don't divided us with your ambicious for our Oil....

Go back,..
goo bacckkkk.....
get out here......
getttt outttt....hereeeeeeeeee......AUSSIE!!!


LET MY COUNTRY IN PEACE!!!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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