Díli, 20 Ago (Lusa) - Grupos de jovens queimaram pelo menos sete casas e apedrejaram diversos automóveis em Díli, sábado, mas sem que se registassem vítimas ou detenções, disse hoje à Lusa o comandante da força da GNR em Timor-Leste.
O capitão Gonçalo Carvalho referiu que vários grupos de jovens colocaram "quase em simultâneo" fogo em sete casas no bairro de Comoro, leste da cidade, ao final da tarde, enquanto que durante a noite se registaram pequenos incidentes de "apedrejamento de automóveis".
"Sem dúvida nenhuma que a moda agora é atirar pedras a carros", disse o comandante do sub-agrupamento Bravo da GNR, adiantando que alguns dos apedrejamentos foram feitos a partir de campos de deslocados.
Segundo o oficial português, os grupos que continuam a actuar em Díli "estão cada vez mais organizados" e muitas vezes "comunicam entre si com rádios".
Com a melhor organização dos grupos que praticam actos de vandalismo, a Guarda Nacional Republicana está a "concentrar esforços" na identificação dos líderes dos grupos de forma a conseguir provas que incriminem os seus responsáveis e desmembrar a organização.
No âmbito da actividade de investigação, a GNR tem vindo a identificar várias pessoas e a procurar pistas que conduzam aos mentores dos grupos de jovens que lideram os ataques às casas, acrescentou.
A GNR integra uma força policial e militar de mais de 3.000 efectivos que se encontra em Timor-Leste desde Maio, a pedido das autoridades timorenses, para garantir a segurança no país, depois da crise político-institucional do final de Abril.
Além dos 120 efectivos portugueses, a força internacional integra elementos da Austrália, Nova Zelândia e Malásia.
Desde o final de Abril, foram mortas três dezenas de pessoas em confrontos entre grupos rivais.
A violência provocou ainda mais de 150 mil deslocados, que vivem em campos improvisados em Díli e fora da capital.
Os novos actos de vandalismo ocorrem numa altura em que o Conselho de Segurança das Nações Unidas discute ainda o formato da nova missão da ONU em Timor-Leste, que incluirá uma força de segurança.
Sexta-feira passada, o Conselho de Segurança decidiu adiar por uma semana a votação da resolução sobre a nova missão da ONU em Timor- Leste, por a Austrália reivindicar o comando da respectiva componente militar, exigência que enfrenta a oposição de alguns países.
O mandato da actual missão da ONU em Timor-Leste, a UNOTIL, terminava hoje, mas o Conselho de Segurança decidiu prolongá-lo também por uma semana.
Fonte oficial em Díli disse à Lusa, sábado, que o Presidente da República, Xanana Gusmão, e o primeiro-ministro, José Ramos-Horta, vão analisar segunda-feira a necessidade de prorrogar as medidas de emergência decretadas pelo chefe de Estado, em Maio, para tentar travar a violência no país.
As medidas de emergência decretadas por Xanana Gusmão deveriam estar em vigor até hoje, coincidindo com o novo mandato da missão da ONU em Timor-Leste.
"Inicialmente tudo foi enquadrado na perspectiva de uma nova missão da ONU a partir do dia 21 de Agosto", disse a fonte contactada pela Lusa em Díli.
A mesma fonte, que solicitou o anonimato, acrescentou, no entanto, que hoje Timor-Leste "tem um Governo a funcionar no pleno das suas capacidades e pode chegar-se à conclusão que não se justificam as medidas decretadas pelo presidente".
Na sequência da crise, Mari Alkatiri, líder do partido maioritário, a FRETILIN, demitiu-se e foi substituído na chefia do Governo por José Ramos-Horta, que exercia no executivo anterior o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros.
JCS/PNG.
segunda-feira, agosto 21, 2006
Casas queimadas e automóveis apedrejados em Díli
Por Malai Azul 2 à(s) 11:51
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Aussie let my country.....
go back...and let the other to bring peace for us..,,,,don't divided us with your ambicious for our Oil....
Go back,..
goo bacckkkk.....
get out here......
getttt outttt....hereeeeeeeeee......AUSSIE!!!
LET MY COUNTRY IN PEACE!!!
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