Jakarta Post
Kristio Wahyono, Jakarta
11.07.2006
Jose Ramos Horta is the new prime minister of Timor Leste, replacing Mari Alkatiri, which will lessen Alkatiri's likelihood of becoming prime minister again in 2007.
However, the people of Timor Leste only notice one side of the coin, which is a series of internal conflicts starting from the dismissal of 600 members of Timor Leste's armed forces, the killing of five unarmed policemen and at least 21 civilians, the burning and looting of houses and stores, 150,000 people fleeing their homes for refugee camps, people obtaining illegal arms to gun down Fretilin's political rivals and an undemocratic election of the party's secretary-general.
But the other side of the same coin is often overlooked.
Although since 1975 Alkatiri was not involved in the guerrilla struggle, like Xanana Gusmao (president), Lu Olo (speaker) or Taur Matan Ruak (the defense force commander), his position as Fretilin's secretary-general since 2000 enabled him to become the prime minister, indicating the brilliance of his strategy after winning the 2001/2002 general election.
That he achieved the highest government position and attempted to make the president's role somewhat "powerless", according to the constitution, also shows his political aptitude.
Perhaps it was because of the euphoria of independence that Alkatiri was able to create and gain vast and strong political support for Fretilin, which also provided similar support for himself.
In a seminar at the Centre for Strategic and International Studies on June 16, 2006, four resource people, including myself, agreed that Mari Alkatiri not only possess a great deal of nationalism, but also has the ability to instill nationalism in others, in the manner of Marxist and Leninist leaders.
It should be noted that the strong presence of Alkatiri in the legislative and executive bodies owed much to the support of certain countries with their own interests.
Alkatiri is fully aware that when Timor Leste was an Indonesian province, Australia and Indonesia cooperated in oil and natural gas exploration, in an oil and gas field called the Greater Sunrise, located in the Timor Gap. According to the profit split, Indonesia would receive 10 percent of revenue from the field, with the rest going to Australia, despite the fact that the field is twice as close to Timor Leste as it is to Australia. Bayu Undan and other oil and gas fields were evenly divided. After Timor Leste gained independence, an Australian delegation insisted on 82 percent of the revenue from the Sunrise field, while Alkatiri, a tough negotiator, demanded an even split.
Despite the fact that the Treaty on Certain Maritime Arrangements in the Timor Sea (CMATS) was signed by Alkatiri and his counterparts on Jan. 12, 2005, following pressure from Western countries to sign the interim Timor Sea Treaty immediately after gaining independence, Alkatiri gained some satisfaction because five months after independence, a Maritime Boundary Law on the United Nations Convention on the Law of the Sea (UNCLOS) was enacted, asserting Timor Leste's claim of 200 nautical miles of exclusive economic zone in all directions.
Alkatiri also rejected an International Unitization Agreement (IUA) for the Greater Sunrise field, which larger than the Bayu Undan field and straddles the Joint Development Area. The withdrawal of the Australian government from the UNCLOS negotiations in the International Court of Justice hardened Alkatiri's attitude toward Australia's behavior in usurping control of most of Timor Leste's offshore oil and gas resources.
In an interview, Alkatiri said he believed he was being targeted by Australia because of his tough negotiations over oil and gas reserves in the Timor Sea.
Unfortunately, Alkatiri definitely has few friends. He made a mistake in seeking a close relationship with Cuba, which annoyed the United States, in making enemies with freedom fighters, opposing Xanana's concept of reconciliation, forcing young people to speak Portuguese, having a distant relationship with the Church and taking a tough and inflexible line with the World Bank, which wanted to provide loans to Timor Leste. All of these thins accelerated his downfall.
Although Alkatiri may not be a good communicator, it should also be noted that he is an exceptional negotiator. Sooner or later the new government of this tiny country will face stronger pressure from other countries.
Timor Leste still needs a negotiator like Mari Amude Alkatiri, who has demonstrated his willingness to bear tremendous responsibility for the people of Timor Leste.
The writer was former co-director of the Joint Secretariat of the Commission of Truth and Friendship Indonesia-Timor Leste (2005) and Indonesian representative in East Timor (2000-2003). He can be reached at kristiowh@hotmail.com.
quarta-feira, julho 12, 2006
Timor Leste still needs negotiator Mari Alkatiri
Por Malai Azul 2 à(s) 01:29
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
2 comentários:
Tradução:
Timor-Leste ainda precisa do negociador Mari Alkatiri
Jakarta Post
Kristio Wahyono, Jakarta
11.07.2006
José Ramos Horta é o novo primeiro-ministro de Timor-Leste, substituindo Mari Alkatiri, o que dimunuirá a probabilidade de se tornar outra vez primeiro-ministro em 2007.
Contudo, o povo de Timor-Leste somente repara num dos lados da moeda, que são a série de conflitos internos que começaram com o despedimento de 600 membros das forces armadas de Timor-Leste, o assassinato de cinco polícias desarmados e pelo menos 21 civis, o queimar e as pilhagens de casas e lojas, 150,000 pessoas que fugiram de casa para campos de refugiados, pessoas obtendo armas ilegais para disparar contra os rivais políticos da Fretilin e uma eleição anti-democrática do secretário-geral do partido.
Mas o outro lado da mesma moeda é muitas vezes visto por cima.
Apesar de desde 1975 Alkatiri não ter estado envolvido na luta da guerrilha, como Xanana Gusmão (presidente), Lu Olo (presidente do Parlamento) ou Taur Matan Ruak (o comandante das forças de defesa), a sua posição como secretário-geral da Fretilin desde 2000 permitiu-lhe tornar-se primeiro-ministro, indicando o brilho da sua estratégia depois de ter ganho as eleições gerais de 2001/2002.
Com isso ele atingiu a mais alta posição do governo e tentou fazer do papel do presidente algo “sem poder”, de acordo com a constituição, o que também mostra a sua aptidão politica.
Talvez fosse por causa da euforia da independência que Alkatiri foi capaz de criar e ganhar vasto e forte apoio político para a Fretilin, que também lhe providenciou apoio similar para ele próprio.
Num seminário no Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais em 16 de Junho de 2006, quatro pessoas de recursos, incluindo eu próprio, concordámos que Mari Alkatiri não só possuía uma grande dose de nacionalismo como também tinha a capacidade para instalar o nacionalismo noutros, ao modo dos líderes Marxistas e Leninistas.
Deve ser sublinhado que a presença forte de Alkatiri nos corpos legislativos e executivos se deve muito ao apoio de certos países com os seus interesses próprios.
Alkatiri está completamente ciente de que quando Timor-Leste foi uma provincia da Indonésia, a Austrália e a Indonésia cooperavam na exploração do petróleo e do gás natural, num campo de petróleo e gás chamado o Greater Sunrise, localizado no Timor Gap. De acordo com a divisão dos lucros, a Indonésia receberia 10 por cento do rendimento do campo, com o resto a ir para a Austrália, apesar do facto de o campo estar duas vezes mais perto de Timor-Leste do que está da Austrália. Bayu Undan e outros campos de petróleo e de gás foram divididos ao meio. Depois de Timor-Leste ter ganho a independência, uma delegação Australiana insistiu em ter 82 por cento do rendimento do campo Sunrise, enquanto Alkatiri, um negociador duro, exigiu uma divisão ao meio.
Apesar do facto do Tratado sobre Certos Arranjos Marítimos no Mar de Timor (CMATS) ter sido assinado por Alkatiri e a sua contraparte em 12 de Janeiro de 2005, no seguimento de pressões de países ocidentais para assinar imediatamente o Tratado interino do Mar de Timor depois de ter ganho a independência, Alkatiri ganhou alguma satisfação porque cinco meses depois da independência, uma Lei sobre as Fronteiras Marítimas na Convenção das Nações Unidas sobre a Lei do Mar (UNCLOS) foi estabelecida, assegurando a exigência de Timor-Leste de 200 milhas náuticas de zona económica exclusiva em todas as direcções.
Alkatiri também rejeitou um Acordo de Unificação Internacional (IUA) para o Campo Greater Sunrise, que é maior que o campo Bayu Undan e escarrapacha-se em cima da Joint Development Area. A retirado do governo Australiano das negociações da UNCLOS no Tribunal Internacional de Justiça endureceu a atitude de Alkatiri em relação ao comportamento da Austrália na usurpação do controlo da maioria dos recursos offshore de petróleo e de gás de Timor-Leste.
Numa entrevista, Alkatiri disse que acreditava que estava a ser alvejado pela Austrália por causa das suas negociações duras sobre as reservas de petróleo e gás no Mar de Timor.
Infelizmente, Alkatiri definitivamente tem poucos amigos. Fez um erro em procurar uma relação mais próxima com Cuba, o que aborreceu os Estados Unidos, em fazer inimigos os lutadores da liberdade, em se opôr ao conceito de reconciliação de Xanana, em obrigar os jovens a falar português, em ter uma atitude distante com a Igreja e em tomar uma atitude dura e inflexível com o Banco Mundial, que queria dar empréstimos a Timor-Leste. Todas estas coisas aceleraram a sua queda.
Apesar de Alkatiri poder não ser um bom comunicador, deve ser realçada que ele é um excepcional negociador. Mais cedo ou mais tarde o novo governo do seu pequeno país enfrentará uma pressão mais forte doutros países.
Timor-Leste ainda precisa de um negociador como Mari Amude Alkatiri, que tem demonstrado a sua vontade de suportar tremendas responsabilidades para o povo de Timor-Leste.
O escritor foi um antigo co-director do Secretariado Conjunto da Comissão de Verdade e Amizade Indonesia-Timor Leste (2005) e representante Indonésio em Timor-Leste (2000-2003). Está disponível em kristiowh@hotmail.com.
I complately agree with Kritio Whayono!
Let see how Mr. Horta going to handle these issue?
Timorese should watchout to the new P.M behaviour on dealing with these issues otherwise we will f**k up!
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