quarta-feira, julho 12, 2006

Posse restantes membros governo de novo adiada, agora é 6ª feira

Díli, 11 Jul (Lusa) - A posse dos restantes membros do II Governo Const itucional de Timor-Leste foi novamente adiada, agora para sexta-feira, depois de já ter estado agendada para hoje e para quinta-feira, anunciou o gabinete do pr imeiro-ministro, José Ramos-Horta.

Em comunicado enviado à Agência Lusa, o gabinete de José Ramos-Horta in dicou que o novo adiamento da cerimónia de posse partiu do Presidente da Repúbli ca, Xanana Gusmão, mas sem adiantar qualquer explicação.

Contactada pela Lusa, a Presidência da República também não deu qualque r explicação para o novo adiamento da posse dos membros do governo, formado para já pelo primeiro-ministro e pelos vice-primeiros-ministros Estanislau da Silva (FRETILIN) e Rui Araújo (independente), empossados segunda-feira passada.

No comunicado, o gabinete de José Ramos-Horta refere que o adiamento da posse dos restantes membros do executivo obrigou igualmente a adiar para sexta- feira à tarde (hora local) o primeiro Conselho de Ministros do II Governo, com o Orçamento de Estado para o ano fiscal iniciado a 01 de Julho na agenda de traba lhos.

Entretanto, Xanana Gusmão viu hoje frustrados os encontros que tinha marcado com os partidos políticos da oposição com representação parlamentar.

Quatro dos partidos, por razões diferentes, não estiveram presentes no encontro colectivo com o chefe de Estado.

Os três maiores, Partido Democrático (PD), Partido Social Democrata (PSD) e a Associação Social Democrata Timorense (ASDT), elegeram em conjunto 19 dos 88 deputados que fazem parte do Parlamento Nacional, em que a FRETILIN tem maioria (55 deputados).

Em declarações à Lusa, Mário Carrascalão, presidente do PSD, disse que os três partidos "apenas aceitam falar com o Presidente depois da formação do novo governo".

"O Presidente Xanana Gusmão deve assumir as suas responsabilidades. Dep ois de formado o novo governo, e de ser empossado, podemos falar com ele. Agora não", disse Carrascalão.

"Entendemos que agora não há nada para falar, porque o processo de form ação deste governo passou ao lado dos partidos da oposição. [O novo executivo] Vai integrar ministros que provêm de um governo que falhou e é responsável pela crise em Timor-Leste", acrescentou.

Mário Carrascalão contestou, por outro lado, a metodologia utilizada pelo Presidente da República para os encontros com os partidos com representação parlamentar.

"Que é que há para dizer aos partidos da oposição que não pode ser dito à frente da FRETILIN?", questionou.

O quarto partido que também não participou no encontro, a União Democrática Timorense (UDT, 2 deputados), justificou a ausência com o facto de ter renu nciado aos mandatos por defender a dissolução do parlamento, segundo disse à Lus a o seu presidente, João Viegas Carrascalão.

A formação do novo governo, na sequência da demissão de Mari Alkatiri d o cargo de primeiro-ministro, a 26 de Junho, suscitou críticas dos maiores parti dos da oposição, que defendem a dissolução do Parlamento Nacional e a convocação de eleições antecipadas.

Contactado pela Lusa, o porta-voz de Xanana Gusmão desvalorizou a ausên cia dos principais partidos da oposição do encontro com o Presidente da Repúblic a.

Agio Pereira confirmou, por outro lado, que o primeiro encontro ordinár io de Xanana Gusmão com José Ramos-Horta se realiza quinta-feira, retomando os h abituais encontros semanais entre o Presidente da República e o chefe do governo .
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EL.

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5 comentários:

Anónimo disse...

Então mas o responsável não era o Mari Alkatiri?!

A crise ficaeria resolvida se Alkatiri se demitisse?!

Foram todos unanimes em arfirmá-lo.

Então qual é o problema?!

Querem constituir um governo "popular" sem qualquer legitimidade?!

Anónimo disse...

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FALHADO

Que oposição é esta que é convocada pelo Chefe de Estado e diz que não fala com ele e não comparece como se de um encontro entre amigos no Hotel Timor se tratasse?!

Ou será que foram convocados pelo Chefe da aldeia de Dili?!

A teoria do Estado falhado transformou-se numa nova teoria:

A do PRESIDENTE DA REPÚBLICA FALHADO.

Anónimo disse...

Só mesmo em Timor é possivel que alguém com responsabilidades nacionais possa dizer que não aceita falar com o Chefe de Estado.

Timor é sem dúvida um país com caracteristicas de excepção...

Anónimo disse...

Será que um País com um Presidente da República que se tem revelado de forma peculiar, e uma oposição que pretende dissolver um parlamento num país que ainda não tem lei eleitoral tem alguma probabilidade de sobrevivência como Estado soberano?

Partindo é claro da própria definição de

Estado

é uma comunidade organizada politicamente, ocupando um território definido, normalmente aonde a lei máxima é uma Constituição escrita, e dirigida por um governo, também possuindo soberania reconhecida internamente e externamente. Um Estado soberano é sintetizado pela máxima "Um governo, um povo, um território". O Estado é responsável pela organização e pelo controle social, pois detem o monopólio legítimo do uso da força.

Anónimo disse...

Talvez Timor seja não um Estado mas sim um

Anarquismo

é uma palavra que deriva da raiz grega αναρχία — an (não, sem) e archê (governador) — e que designa um termo amplo que abrange desde teorias políticas a movimentos sociais que advogam a abolição do Estado enquanto autoridade imposta e detentora do monopólio do uso da força. De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita[1], defendendo tipos de organizações horizontais e libertárias.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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