segunda-feira, setembro 18, 2006

De um leitor

Meus caros,

Xanana Gusmão e sua mulher AUSTRALIANA orquestraram um golpe de Estado com muita antecedência. Para o justificar, vou relembrar alguns episódios:

1º Xanana Gusmão não apoia a FRETILIN mas sim a criação do CNRT.

2º Xanana sugeriu a reconciliação nacional sem sequer fazer um julgar os malfeitores que cooperaram com as milícias indonésias. Lembro que uma boa parte da família do PR foi pró-indonésia...

3º Xanana Gusmão não concorda com a constituição timorense (praticamente igual à portuguesa) uma vez que não lhe confere muitos poderes como Presidente.

4º Xanana e o Major Alfredo são estão a favor da actual Bandeira de Timor uma vez que esta tem semelhanças com a bandeira da FRETILIN. Eles defendem como Bandeira Nacional a do CNRT.

5º Entre os conselheiros do Presidente da Republica de Timor existem, apenas, pessoas dos partidos políticos que são oposição à FRETILIN. Portanto, não há um conselheiro que represente o partido que governa com maioria absoluta.

6º A FRETILIM tem raízes muito profundas que a ligam à libertação de Timor. Portanto a maioria do Povo Maubere votou, vota e votará FRETILIN. Só um golpe muito bem orquestrado a fragilizará.

7º Antes de acontecer este conflito em Timor, as tropas australianas e os sues navios estavam preparados com mantimentos e equipamentos em Darwin (cidade australiana mais próxima de Timor). Não acham estranho que os australianos foram demasiado rápidos a responder ao pedido do Xanana? Outra coisa: o governo australiano enviou mais tropas do que aquilo que tinha sido pedido...

8º A primeira dama de Timor, que não é timorense, não tem ligação politica e que, portanto, não tem legitimidade politica para fazer declarações politicas deu entrevistas a meios de comunicação australianos dando a ideia que o Governo de Mari Alkatiri é incompetente...

9º Xanana defendia que os GNR portugueses deviam estar sob o comando autraliano...

10º foi clara a cumplicidade entre as tropas australianas e os infractores que queimavam sa casas das pessoas apoiantes da FRETILIN...

11º Os infractores são os mesmos que apoiaram o Xanana na celebre manifestação contra o Governo de Alkatiri. Além disso, entre os infractores há ex-milicianos pró-indonésios que foram "perdoados" pela reconciliação do PR... Não acham estranho que nos primeiros dias de conflito, foram roubados os processos que incriminavam os ex-milicias?

12º Xanana Gusmão pressionou a demissão de Alkatiri, Governo de maioria absoluta, sabendo que no próximo ano há eleições. Será que a demissão é necessária? Apenas faltam alguns meses para as eleições...

13º Xanana Gusmão, depois da demissão de Mari, queria impingir pessoas que não têm ligações à FRETILIN para substituir os ministros que se demitiram... estas pessoas, para quem está por dentro do assunto, seriam as marionetas do Xanana...

14º O Governo australiano tem todo o interesse na demissão do Mari uma vez que não concorda com o excelente acordo a favor de Timor relativamente ao petróleo. Por outro lado O Governo de Timor tem boas relações com Cuba (que cedeu muitos médicos cubanos para Timor e onde estão muitos timorenses a estudar medicina), com a China (que está interessada na exploração dos recursos naturais de Timor) e com o Kuwait(que vai dar um grande contributo na construção de autoestradas em Timor).

15º conhecem a frase "já ganhamos esta guerra!" presenciada por várias pessoas incluindo jornalistas? Pois é... foi proferida pelo Xanana...

16º porque é que o Xanana não queria receber a manifestação a favor do Governo da Fretilin?

17º Xanana foi eficaz ao pressionar um rápido julgamento de Alkatiri e de Rogério Lobato (ex-Ministro do Interior) enquanto o Major Alfredo, depois da entrega de armas circulava livremente em Dili exibido um documento do Presidente que lhe dava autorização para estar livre. Não se esqueçam que o Major Alfredo matou forças policiais timorenses. Outra coisa: há um video que mostra o Alfredo a matar uma pessoa e que foi feito com a intenção de aterrorizar os seus opositores e de gerar um maior pânico na população.

18º Alguns dias depois de expirar o prazo da entrega de armas foram encontradas armas e milhares de munições na casa que dava abrigo ao Alfredo. Sabem de que era a casa? Pois é... do Xanana! Outra coisa: quando a GNR queria deter o Alfredo com provas tão evidentes de crime, sabem o que é que o PR fez? Disse à GNR que a detenção era ilegal porque não tinham uma procuração!!!!

19º Sabem porque é que o Alfredo e outros criminosos fugiram calmamente da prisão? Porque militares australianos e neozelandeses abandonaram as instalações!!! Custa acreditar, não custa?

20º Porque é que será que os autralianos querem enviar mais tropas para Timor sabendo que já foi aprovado pelas Nações Unidas o envio de uma grande força policial nos próximos meses para Timor? É fácil: porque, assim, os australianos estarão em superioridades numérica e poderão facilmente defender a ideia de que devem ser eles a comandar as forças internacionais. Não se esqueçam que as eleições estão à porta...

Para que é que Timor precisa de militares se não está em guerra? Trata-se apenas do estabelecimento da ordem pública! Basta prender os civis que estão a provocar os distúrbios!!!

Caros, é óbvio a associação entre Xanana, Camberra, Alfredo e o grupo de jovens infractores.

Há muito poder em jogo, o poder do Petróleo.

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Sayonara! Representante de Kofi Annan abandona funções na quarta-feira

Díli, 18 Set (Lusa) - O japonês Sukehiro Hasegawa, actual representante especial do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, termina aquelas funções na quarta-feira, disse hoje à Lusa fonte da ONU.

Presente em Timor-Leste desde 2002, onde desempenhou sucessivamente as funções de representante adjunto (2002-2004) e representante especial (2004-2006 ), Hasegawa poderá ser substituído no cargo por António Mascarenhas Monteiro, ex-Presidente da República de Cabo Verde.

No passado dia 08, em declarações à Lusa, Mascarenhas Monteiro confirmou a existência de "contactos" para vir a ocupar o cargo de Sukehiro Hasegawa.

Com 62 anos, Mascarenhas Monteiro, que foi Chefe de Estado em dois mandatos, entre 1991 e 2001, o primeiro eleito em sistema democrático no arquipélago, é jurista e foi ainda presidente do Supremo Tribunal de Justiça de Cabo Verde.

EL/RB-Lusa/Fim

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UNMIT – Revista dos Media Diários

Tradução da Margarida.


Segunda-feira, 18 Setembro 2006

Relatos dos Media Nacionais
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste

Soares: Partidos Políticos devem fazer Declaração Conjunta antes das Eleições Gerais de 2007

O Timor Post (16/09) relata que o advogado de direitos humanos, Adérito de Jesus Soares, disse que todos os partidos políticos Timorenses devem fazer uma declaração conjunta (promessa) antes de competirem nas próximas eleições gerais em 2007. Argumenta que isto evitará criar conflitos entre eles ou conflito sobre a crise política que acontece correntemente em Timor-Leste. Acrescentou que os partidos políticos mostrariam à população a sua disponibilidade e seriedade para ser parte do próximo processo (eleições gerais). (STL)


Dos Santos: Manifestação em 20 Set porque Horta se vergou às políticas de Alkatiri

Vital dos Santos, o Secretário-Geral da Frente Nacional da Justiça e Paz (FNJP) disse que a manifestação planeada para 20 de Setembro é para criar justiça, paz e fortalecer a estabilidade e não para incitar à instabilidade. Também argumentou que a FNJP organiza a manifestação planeada porque o Primeiro-Ministro, José R. Horta se comprometeu demasiado com as políticas do grupo de Maputu ou do grupo Moçambicano, que o levou então a alinhar com as políticas do antigo Primeiro-Ministro, Alkatiri. Foi também relatado que o compromisso do PM Horta com as políticas dos seu predecessor é considerado ser a causa principal da corrente crise sem fim. (TP)


Mandato da CVA prolongado mas ainda não Mandate Extended but Still Cannot Meet Ex-Indonesian General, Wiranto

Jacinto Alves, um comissário da Comissão da Verdade e da Amizade (CVA, declarou que o mandato da CVA foi prolongado por outro ano para rever o relatório final da Comissão da Verdade e Reconciliação ou CAVR, a Unidade dos Crimes Sérios, KKP HAM, e o Tribunal Ad Hoc sobre o envolvimento das Forças Armadas Indonésias em 1999 (Violações de Direitos Humanos). Acrescentou que a CVA não se conseguiu encontrar com o antigo General Indonésio, Wiranto, porque a CVA precisa de tempo para se preparar para a reunião. O Timor Post também citou Alves, que declarou que é uma tarefa medonha rever os relatórios dessas quarto instituições. O relatório também mencionou que a CVA só conseguiu encontrar-se e entrevistar com o antigo Ministro dos Estrangeiros, Ali Alatas, Director da Comissão de Paz e Estabilidade e com o procurador público, que submeteram as suas alegações ao Tribunal Ad Hoc. (TP)


Títulos das notícias da RTTL
11-09-2006

A Associação de Jovens, em conjunção com o governo, o Conselho de Solidariedade dos Estudantes, e ONG albergarão um Encontro de Diálogo Nacional de 5 diasem Oe-cusse.

Falando na Universidade Nacional de Timor-Leste na Sexta-feira, o Coordenador do Diálogo Nacional, Aurelio Ribeiro foi relatado ter dito aos media que o propósito do encontro é partilhar informação uns com os outros, identificar problemas, e propor soluções que serão usados mais tarde para Educação Cívica.

Foi também relatado que explicou que durante a crise os jovens mostraram a sua responsabilidade em assegurar-se a eles próprios e às suas propriedades dos que não tiveram responsabilidades. Os jovens jogaram um papel importante na redução da tensão durante a crise.
Participarão 180 estudantes no encontro que está planeado ser inaugurado pelo Primeiro-Ministro, Dr. Ramos Horta.


O Instituto de Lao Hamutuk em conjunção com a Universidade Nacional de Timor-Leste (UNTL), e o Ministério de Planeamento e Finanças (MoPF) realizaram um encontro para discutir a Transparência e a Responsabilidade da Distribuição Orçamental.

Foi relatado que o membro do comité organizador, Julio Ximenes, disse aos media que o encontro visava partilhar informação sobre as vantagens e desvantagens da distribuição orçamental de acordo com o Orçamento Geral que foi aprovado no mês passado. O resultado será usado para reforçar a transparência e responsabilidade do governo na execução das verbas orçamentais distribuídas.

Jacinto Alves, um comissário da Comissão da Verdade e da Amizade (CVA, declarou que o mandato da CVA foi prolongado por outro ano para rever o relatório final da Comissão da Verdade e Reconciliação ou CAVR, a Unidade dos Crimes Sérios, KKP HAM, e o Tribunal Ad Hoc sobre o envolvimento das Forças Armadas Indonésias em 1999 (Violações de Direitos Humanos). Acrescentou que a CVA não se conseguiu encontrar com o antigo General Indonésio, Wiranto, porque a CVA precisa de tempo para se preparar para a reunião. O Timor Post também citou Alves, que declarou que é uma tarefa medonha rever os relatórios dessas quarto instituições. O relatório também mencionou que a CVA só conseguiu encontrar-se e entrevistar com o antigo Ministro dos Estrangeiros, Ali Alatas, Director da Comissão de Paz e Estabilidade e com o procurador público, que submeteram as suas alegações ao Tribunal Ad Hoc. (TP)

De um leitor

Tradução da Margarida.

O que está a seguir é o prefácio do livro de Martinkus, ganhador de prémios, "Dirty Little war" que documenta a opressão Indonésia contra Timor e contra o seu povo. Este é o mesmo jornalista que escreve e produz documentários sobre a crise recente. Ele conhece e compreende as personalidades envolvidas nas políticas de Timor. Até agora foi o único a mostrar a mão de figuras de milícia, como Nemesio Carvalho e Rui Lopes. Dêmos a Martinkus algum benefício da dúvida; pois que ele tem altas referência pelo seu trabalho e obras no jornalismo e não só em Timor-Leste mas também no Iraque e em Ache. Não é um jornalista alugado como a Liz Jackson.

"O Prefácio do (livro) Dirty Little War, Random House, 2001
Por Xanana Gusmão


Quando ler este livro é importante tentar compreender o efeito que a violência catalogada aqui teve nos Timorenses de hoje. Lembre-se que as consequências violentas do governo Indonésio sobre Timor-Leste no período coberto aqui foram só as cenas finais duma ocupação brutal de 25 anos. Muito piores atrocidades do que as detalhadas aqui foram cometidas contra os Timorenses nos finais dos anos 70 e nos anos 80. Infelizmente para nós, essas (atrocidades) não foram bem documentadas. Os media internacionais estiveram lagamente silenciadas por causa das preocupações dos governos estrangeiros com as suas relações com a Indonésia e (também) com a grande impossibilidade de alguém ter acesso físico ao Leste de Timor.

Até 1989, o Leste de Timor estava proibido a todos os estrangeiros e o conflito interno, que todos os Timorenses conheceram muito bem, era largamente desconhecido para lá da nossa ilha-prisão.Em 1991 a corajosa resistência dos jovens liderou uma manifestação de massas que teve um extraordinário impacto político. A filmagem dramática de forces Indonésias a matarem civis Timorenses desarmados abriu os olhos do mundo para a violência que até lá estivera escondida.

Apesar da alargada atenção internacional que a filmagem provocou, somente ummuito pequeno número de jornalistas e de políticos continuaram a prestar atenção próxima, a falar e a relatar sobre a continuada repressão dentro do Leste de Timor. Apesar de ter dito muitas vezes que estávamos sozinhos na nossa luta, não estávamos; havia gente em todo o mundo que se preocupavam connosco e que nos ajudaram.

O trabalho de jornalistas, como John Martinkus, no Leste de Timor tornou-se crescentemente importante nos anos 90. Documentação compreensiva e imparcial de violência contra os Timorenses construíram o caminho para a pressão internacional sobre o governo Indonésio que permitiram que a ONU dirigisse a votação em Agosto de 1999.

Quando os militares Indonésios e as suas milícias próximas embarcaram na campanha de assassinatos, deslocação da população, destruição e roubo de propriedades no Leste de Timor em resposta ao resultado pela independência, parecia que outra vez o Leste de Timor e o sofrimento do seu povo seria outra vez escondida do mundo exterior. Foram somente uma mão cheia de internacionais que permaneceram para tentar e documentar os crimes finais dos militares Indonésios cometidos antes dos capacetes azuis serem autorizados a entrar no país. Este livro é um desses documentos.

John Martinkus cobriu o nosso conflito do interior de Timor-Leste desde o período de luta armada da nossa heróica guerrilha Falinti, os anos dos jovens corajosos e da resistência clandestina, a violência antes e depois da votação bem como (no período) da chegada eventual dos capacetes azuis e a partida das forças Indonésias. As histórias que ele escreveu sobre as atrocidades ajudaram a chamar a atenção internacional para o genocídio que o mundo estava a ignorar.

Este livro conta em primeira-mão alguns dos eventos chave que levaram à muito esperada independência de Timor-Leste. A violência que documenta ilustra as tácticas cruéis e violentas usadas durante tanto tempo contra o nosso povo. Estamos ainda a tentar recuperar dessas manipulações na nossa sociedade. A liberdade tem um gosto amargo para alguns que tentam superar tudo o que foi perpetrado contra eles e lidar com os enormes problemas sociais e económicos que existem no nosso país. Um processo politico complexo espera por nós nos próximos anos: registo civil, educação cívica, instalação de um sistema eleitoral, eleições nacionais, a feitura duma constituição e a instalação de instituições democráticas. Queremos uma transição harmoniosa e para isso precisamos de liderança sábia e pensada e de apoio.

Tenho esperança que este livro leve as pessoas a compreender a história violenta muito recente da nossa pátria e os efeitos correntes e a longo termo que isto terá na nossa sociedade. Tenho esperança que os leitores do livro serão capazes de melhor se identificarem connosco na nossa luta continuada para ultrapassar o nosso passado trágico e criar uma sociedade pacífica, justa e democrática. Ainda precisamos dos nossos amigos para nos apoiarem e compreenderem na nossa nova luta."

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Sugestões de trabalho de casa para jornalistas menos atentos aos últimos acontecimentos

1. Tentar obter declarações do Presidente da República acerca das acusações de Abílio Mesquita e das exigências dos manifestantes. Porta do Palácio das Cinzas/Residência em Balibar. Pelo menos imagens da recusa do PR.

2. Idem PM Ramos-Horta, General Matan Ruak/Coronel Lere/ Oficiais FDTL e antigos combatentes, sobre as reuniões do PR. QG das FDTL, Hera e Metinaro.

3. Visita à prisão de Becora para entrevistar Abílio Mesquita "Mausoko". Pedir autorização ao Ministro da Justiça e ao próprio.

4. Entrevistar Leandro Isaac e questioná-lo sobre a sua presença/participação no ataque a casa do General Matan Ruak.

5. Entrevistar Hasegawa, que parte nos próximos dias, sobre o incidente e sobre o que pensam as Nações Unidas da realização de eleições em 2007. Que modelo de apoio ao processo eleitoral e sobre a última resolução do Conselho de Segurança.

6. Entrevista ao General Mick Slater sobre a redução da presença militar australiana para 900 efectivos, numa fase em que o Governo australiano emite avisos sobre eventuais conflitos. Questionar porque ainda não foi capturado nenhum dos 56 reclusos evadidos.

7. Idem ao responsável da UNPOL, sobre a capacidade de patrulhamento e restabelecimento da ordem na cidade de Díli, caso se confirmem as manifestações que exigem a demissão do Governo, a dissolução do Parlamento e a destituição do Presidente do Tribunal de Recurso. Questionar porque ainda não foi capturado nenhum dos 56 reclusos evadidos.

8. Entrevistas ao organizadores das manifestações anunciadas e adiadas. Investigar quem patrocina a logística das mesmas. Ir a Ermera, Gleno, Liquiçá, etc.

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No pasa nada?!


Lusa
Timor-Leste > todas as notícias

14-09-2006
Não existem notícias.

15-09-2006
Existem 1 notícias disponíveis
15-09-2006 14:40:00. Notícia SIR-8340157
Timor-Leste: Falta segurança no único hospital nacional do país - Director

16-09-2006
Existem 1 notícias disponíveis

16-09-2006 14:08:00. Notícia SIR-8343454
Timor-Leste: Jornal australiano noticia alegado envolvimento Xanana na crise

17-09-2006

Existem 1 notícias disponíveis
17-09-2006 9:49:00. Notícia SIR-8345083
Timor-Leste: Austrália alerta para possibilidade de aumento da tensão política

18-09-2006

Não existem notícias.


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UNMIT Daily Media Review - Monday, 18 September 2006

National Media Reports
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste

Soares: Political Parties Should Make Joint Statement Before 2007 General Election

Timor Post (16/09) reports that Human Rights Lawyer, Aderito de Jesus Soares, said that all Timorese political parties should make a joint statement (promise) before competing in the up-coming general elections in 2007. He argued that this would avoid creating conflict among them or conflict that has links with the political crisis that is currently taking place in Timor-Leste. He added that the political parties would show the population their willingness and seriousness to be a part of the up-coming process (general election). (STL)


Dos Santos: 20 Sept Demonstration Cause Horta bows down to Alkatiri’s Politics

Vital dos Santos, the Secretary-General of National Front for Justice and Peace (FNJP) said that the demonstration planned on 20th September is to create justice, peace and strengthen stability and not to incite instability. He also argued that FNJP organizes the planned demonstration because Prime Minister, José R. Horta compromises too much with the politics of Maputu or the Mozambican group, which then leads him to play along with the politics of the former Prime Minister, Alkatiri. It was also reported that PM Horta’s compromise on the politics of his predecessor is considered to be the main cause of the current endless crisis. (TP)


CTF Mandate Extended but Still Cannot Meet Ex-Indonesian General, Wiranto

Jasinto Alves, a commissioner for Commission of Truth and Friendship (CTF), stated that the mandate of CTF had been extended for another year to review the final reports of the Commission of Truth and Reconciliation or CAVR, Serious Crimes Unit, KKP HAM, and Ad Hock Tribunal on the involvement of Indonesian Army in 1999 (Human Rights Violations). He added that CTF could not meet the former Indonesian General, Wiranto, because CTF needs time to prepare for the meeting. Timor Post also quoted Alves, who stated that it is a daunting task to review the reports of those four institutions. The report also mentioned that CTF have only managed to meet and interview the former Indonesian Foreign Minister, Ali Alatas, Director of Peace and Stability Commission, and the public prosecutor, who submitted their allegations to the Ad Hoc Tribunal. (TP)


RTTL news headlines
11-09-2006

Youth Association, in conjunction with the government, Council of Student Solidarity, and NGO will host a 5 day National Dialogue Meeting in Oe-cusse.

Speaking at the National University of East Timor on Friday, the Coordinator of the National Dialogue, Aurelio Ribeiro reportedly told the media that the purpose of the meeting is to share information with each other, to identify problems, and to propose solutions which will later will be used for Civic Education.

He also reportedly explained that during the crisis the youths have shown their responsibility to secure themselves and their properties from those who did not have responsibilities. The youths have played an important role to reduce the tension during the crisis.
There will be 180 students to attend the meeting and it is planned to be opened by the Prime Minister, Dr. Ramos Horta.


Institute of Lao Hamutuk in conjunction with the National University of East Timor (UNTL), and the Ministry of Planning and Finance (MoPF) held a meeting to discuss the Transparency and Accountability of the Budget Allocation

The organizing committee, Julio Ximenes reportedly told the media that the meeting aimed to share information on the advantages and disadvantages of the budget allocation according to the General Budget that was approved last month. The result will be used to enforce the transparency and accountability of the government in executing the allocated-budget.

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De um leitor

The following is the forward to Martinkus' award winning book "Dirty Little war" which documents Indonesian oppression of Eas Timor and its people. This is now the same journalist wrting and producing documentaries about the recent crisis. He knows and understands the personalities involved in Timor politics. He has thus far been the only one to clearly show the hand of the militia figures like Nemesio Carvalho and Rui Lopes. Lets give Martinkus some benefit of doubt; after all he has high references for his works and achievements in journalism not only in Timor-Leste but in Iraq and Ache. He is no hack journalist like Liz Jackson.

"Foreword to Dirty Little War, Random House, 2001
By Xanana Gusmão


When reading this book it is important to try to understand what the effect of the violence catalogued here has had upon the East Timorese people today. Remember that the violent consequences of Indonesian military rule of East Timor in the period covered here were only the final stages of a 25 year brutal occupation. Far worse atrocities that those detailed here were carried out against the East Timorese people in the late seventies and eighties. Sadly for us, these were not well documented. The international media were largely silent because of foreign governments concern for their relations with Indonesia and the great impossibility of anyone gaining physical access to East Timor.

Until 1989, East Timor was barred to all outsiders and the internal conflict, which all Timorese knew very well, was largely unknown beyond our prison-island. In 1991 the brave Youth resistance led a massive demonstration that had an extraordinary political impact. The dramatic footage of Indonesian forces murdering unarmed East Timorese civilians opened the world’s eyes to the violence that until then had been kept hidden.

Despite the widespread international attention the footage aroused, only a very small number of journalists and politicians continued to pay close attention to, report and speak out about the continuing repression inside East Timor. Although I often said we were alone in our struggle we were not; there were people all over the world who worried about us and helped us.

The work of journalists, such as John Martinkus, in East Timor became increasingly important throughout the nineties. Comprehensive and impartial documentation of incidents of violence conducted against East Timorese people paved the way for the international pressure on the Indonesian government to allow the United Nations to conduct the ballot in August 1999.

When the Indonesian military and their militia proxies embarked on the campaign of killing, depopulation and the destruction and theft of property in East Timor in response to the independence result, it looked as though East Timor and the suffering of its people would once again be hidden from the outside world. It was only a handful of internationals who remained to try and document the final crimes of the Indonesian military that took place before international peacekeepers were allowed into the country. This book is one such document.

John Martinkus covered our conflict from inside East Timor through the period of armed struggle by our heroic Falintil guerillas, the years of brave youth and clandestine resistance, to the violence before and after the ballot as well as the eventual arrival of the peacekeepers and the departure of the Indonesian forces. The stories he wrote about the atrocities helped to bring international attention to the genocide the world was ignoring.

This book provides a first-hand account of some of the key events that led to the long awaited independence of East Timor. The violence that it documents illustrates the cruel and violent tactics so long applied to our people. We are still trying to recover from these manipulations to our society. Freedom has a sour taste for some trying to overcome all that has been perpetrated on them and cope with the huge social and economic problems that exist in our country. A complex political process awaits us over the next year: civil registration, civic education, setting up of an electoral system, nationwide elections, the drafting of a constitution and the setting up of democratic institutions. We want a harmonious transition and for that we need wise and thoughtful leadership and support.

I hope his book goes some way towards making people understand the very recent violent history of our homeland and the current and long-term effects this will have on our own society. I hope readers of the book will be better able to empathize with us in our continuing struggle to overcome our tragic past and create a peaceful, just and democratic society. We still need our friends to support and understand us in our new struggle."

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Manifestação adiada?

Tudo indica que a manifestação que tinha sido anunciada para quarta-feira foi adiada.

Falta de fundos?...

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O ataque a casa de Matan Ruak partiu de casa de Leandro Isaac

O grupo liderado por Mausoko que atacou a casa do Chefe de Estado Maior General Matan Ruak e do Ministro da Defesa Roque Rodrigues, saiu de Marabia, ou melhor, de casa do deputado Leandro Isaac, segundo testemunhas e filme realizado no local.

O mesmo deputado que agora defende Reinado e exige a demissão do Governo, a dissolução do Parlamento Nacional e a destituição do Presidente do Tribunal de Recurso.

Sem Governo, sem Parlamento e sem o Tribunal de Recurso, não restaria nenhuma entidade que pudesse responsabilizar os responsáveis pelo golpe de Estado.

Lei da... Selva.

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domingo, setembro 17, 2006

De um leitor

A Comissão Especial de Inquérito da ONU vai publicar tudo isto. E não só. Eles receberam mais outras evidências e esperemos que o Parlamento Nacional e os Tribunais de Timor-Leste tomem as medidas necessárias para se fazer cumprir as recomendações.

A não ser que as demonstrações instigadas para os próximos dias consigam mesmo dissolver o Parlamento...


Nota: Uma das exigências dos organizadores da manifestação anunciada para os próximos dias, além da demissão do Governo e da dissolução do Parlamento, é o afastamento do Presidente do Tribunal de Recurso, Cláudio Ximenes...

Tudo encaixa...

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De um leitor

Era importante que a Igreja timorense atentasse seriamente nas palavras sábias do papa Bento XVI: a fé é racional, e agir irracionalmente é agir em desobediência a Deus.

Para que a esperança não desapareça completamente e o povo não se entregue ao desespero, é importante que a Igreja neste momento de crise consiga estar à altura das suas responsabilidades.

As responsabilidade de estar em paz, de agir em paz, de promover a ordem e a obediência à lei.
Senhores bispos estar ao lado do povo é apelar à paz, à oração, à alegria da reconciliação e da esperança.

Em Itália, em Espanha ou no Brasil, grandes países católicos, os partidos ganham e perdem eleições, os políticos passam mas a igreja, porque não se envolve na política partidária, permanece ao lado do povo. Deus é um, a fé é universal pelo que não releva se a pessoa é do partido A, ou B, ou C ou D. E se é o partido A ou B que está no Governo ou na oposição. O que importa é o povo, todo ele nas suas múltiplas diferenças e convicções políticas Igreja tem de trabalhar com todos. Com todos, E com todos os que, em cada momento estão no poder.
Para cumprir a sua missão não se deve envolver na política partidária. Não deve fomentar a divisão mas a união, não o conflito, mas a harmonia, não a vingança, mas o perdão, não a violência mas a amizade.

A espíritos verdadeiramente envolvidos na palavra de Deus não deveria ser necessário estar a lembrar isto.

Senhores bispos, a paz tem de começar na própria estrutura da Igreja: é inadmissível que padres apelem à desobediência, à vingança, ao ódio! Esqueceram a sua missão? A sua razão de existir?

A tragédia está em curso, e o colapso parece iminente. Senhores bispos, ponham ordem na hierarquia da Igreja.

As manifestações agora vão redundar em mais violência e em mais sofrimento e em mais violência e em mais perdas e em mais dor e em mais ódio.

Pela paz e em nome da palavra de Deus, senhores bispos, deixem a política para os políticos e concentrem-se tão só na evangelização que é já uma tarefa, se encarada com seriedade, tão ambiciosa.

O que é importante neste momento tão grave é a paz. PAZ.

No dia que a casa do General Matan Ruak foi atacada...

No dia 24 de Maio de 2006. Alguns dos nossos posts:


O cúmulo do cinismo...

Reunião no Palácio das Cinzas

O presidente Xanana Gusmão, o primeiro-ministro Mari Alkatiri e o presidente do Parlamento nacional, Francisco Lu-Olo, estiveram reunidos no Palácio das Cinzas. A reunião contou com a presença do Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, do Ministro da Defesa, do Ministro do Interior e do Comandante da Polícia.

No final, o Presidente Xanana proferiu algumas palavras e comunicou que continuaria o diálogo com o major Reinado apesar das críticas que lhe fez sobre a sua actuação ontem contra as FDTL.

# posted by Malai Azul : 12:09
http://timor-online.blogspot.com/2006/05/reunio-no-palcio-das-cinzas.html


Declarações do Presidente Xanana

Lusa - Xanana Gusmão condenou actos de violência

# posted by Malai Azul : 12:23
http://timor-online.blogspot.com/2006/05/declaraes-do-presidente-xanana.html


A violência encomendada ao mais alto nível...

Tiroteio em Lahane e nos montes por cima de Taibessi

Testemunhas dizem que assaltantes vindos de Marabia atacaram a casa do Chefe de Estado Maior General Matan Ruak e do Ministro da Defesa Roque Rodrigues.

As mesmas testemunhas desmentem que a casa do General tenha sido queimada.
Neste momento ainda se ouvem tiros esporadicamente.

# posted by Malai Azul : 13:04
http://timor-online.blogspot.com/2006/05/ataque-casa-do-general-matan-ruak.html

Tiroteio em Lahane e nos montes por cima de Taibessi
Novo tiroteio a sul de Díli

Díli, 24 Mai (Lusa) - Residentes em Díli disseram hoje à Lusa que se ou vem disparos na estrada para Aileu, na saída sul de Díli, no segundo foco de com bates depois do ataque ao quartel-general das forças armadas timorenses.

A fonte contactada pela Lusa indicou que vários homens, alegadamente da facção rebelde, "estavam a efectuar disparos" cerca das 14:30 (06:30 em Lisboa) .

A estrada para Aileu conduz à zona de Marabia, onde se situa a residênc ia do comandante das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), brigadei ro-general Taur Matan Ruak.

Este novo incidente segue-se aos ataques às primeiras horas da manhã (h ora local) contra o quartel-general das F-FDTL, em Taci Tolo, a oeste de Díli.

EL.

# posted by Malai Azul : 14:50
http://timor-online.blogspot.com/2006/05/tiroteio-em-lahane-e-nos-montes-por_24.html


Ataque a casa do General Matan Ruak

Segundo fonte próxima, os filhos do General Taur Matan Ruak encontravam-se em casa quando se deu o ataque.

# posted by Malai Azul : 15:43
http://timor-online.blogspot.com/2006/05/tiroteio-em-lahane-e-nos-montes-por.html


E por fim...

Declaraçóes do Presidente da República

O Presidente da República acaba de fazer uma declaração ao RESG das Nações Unidas e ao corpo diplomático acreditado em Timor-Leste, e faz pedido de ajuda às Nações Unidas para o envio por parte de Portugal e da Malásia de forças policiais, Austrália e à Nova Zelândia de forças militares.

# posted by Malai Azul : 15:58
http://timor-online.blogspot.com/2006/05/declaraes-do-presidente-da-repblica.html

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Editorial - Jornal Nacional Semanário

16.09.2006
Porque Pecamos?

Quando falamos de reconciliação não podemos saturar o termo. A reconciliação deve imperar sobre a não conciliação, mas não deve ser palavra e forma para apagar as asneiras. Seja dizer que não poderemos ancorar sempre os maus actos com base numa resolução de reconciliação.
Numa sociedade de direito democrático, onde as regras estão definidas e claras através da Constituição da República e das Leis que a encorpam, não se pode permitir que se atropele a Lei com base na “Reconciliação”. A nossa sociedade só o conseguirá ser se afirmado o “edifício da democracia”. A lei e ordem têm de ser cumpridas por todos sem excepção. Num sistema democrático a ignorância da Lei significa um passo para se entrar na ilegalidade do sistema..

Logo, na questão da reconciliação, sobressairá sempre a permanente duvida sobre a força rectificativa do resultado alcançado. A reconciliação deixa efeitos retroactivos que a seu tempo se farão sentir – isto se não for alcançada com o caminho da justiça e da paz.

No termo em si, Reconciliação, remete-nos para “a ideia de reatamento das relações, ou do diálogo, entre duas pessoas que supostamente são ou estão inimigas”. “A Reconciliação deve ser o momento de encontro do amor de Deus, amor misericordioso que nos impele ao compromisso de não mais pecar”, então qual a razão de continuarmos a pecar? Simplesmente pela razão de usarmos e abusarmos da Reconciliação. Nem mais. A reconciliação deve surgir em momentos certos da nossa vida e não como remendo para o dia-a-dia da vida. A Reconciliação não pode conduzir-nos à facilitação de repetição do erro, como lavagem da consciência. Quem promover a falsa reconciliação terá o ónus das falhas seguintes. A cada repetição a gravidade sobe de tom.

Numa Democracia plena a Reconciliação é necessária, mas não poderá nunca servir para esquecer a crueldade do erro propositado ou negligente. O nosso país só dará passos em frente quando em definitivo aprender e respeitar o significado de Democracia para que aí sim se aplique nos domínios relacionados com a reconciliação, como sendo a justiça e a paz.

Como tal precisamos de Justiça e de Paz. Desta forma teremos a reconciliação no fortalecimento de um sistema Democrático e no encontro imediato com o perdão.

JNSemanário.

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No Bloguítica

15.9.06

TIMOR, UMA VEZ MAIS

«Violence that ran over four days in May in East Timor and led to the resignation of Prime Minister Mari Alkatiri was part of a plan instigated by the President Xanana Gusmao, according to new claims in Dili.

A statement by the former vice-commander of Dili district police, Abilio "Mausoko" Mesquita, alleges that Mr Gusmao ordered him to carry out an attack on the house belonging to army Brigadier Taur Matan Ruak.»

«Claim that Gusmao ordered Dili's days of rage», por John Martinkus (THE AGE, 16.9.2006).

1. Não tenho a mais pequena dúvida de que os amantes das teorias da conspiração encontrarão, seguramente, uma explicação. Encontram sempre, por mais inverosímil que possa parecer...

Se bem me recordo, na opinião destes, a imprensa australiana tinha estado ao serviço do seu Governo com o intuito de demitir Mari Alkatiri. Xanana Gusmão era a sua marioneta.

Agora, a mesma imprensa, deixou de estar ao serviço do seu Governo? Ou foi o seu Governo que, agora, deixou de ter interesse na marioneta?

Afinal, foi a Polícia Federal Australiana que prendeu Abilio "Mausoko" Mesquita...

Então, os australianos não se decidem?

2. Adiante. Confesso, de imediato, a minha enorme curiosidade. Aqueles que se apressaram a dar credibilidade às acusações contra Mari Alkatiri, proferidas por personagens desconhecidos, irão assumir, agora, a mesma postura?

Será que desta vez também irão exigir uma investigação independente, para apurar se as acusações de que Xanana Gusmão é alvo têm, ou não, razão de ser?

3. A FRETILIN, claro, não deixará de dar o devido destaque às acusações de Mesquita. Mas até onde é que está disposta a ir?

Esperemos que a prudência seja a palavra de ordem, apesar de existir, seguramente, muita gente com vontade de ajustar contas.

Como reagirá Alkatiri?

4. A situação política em Timor-Leste parece conter todos os ingredientes para um bom thriller. Há heróis e vilões. Heróis que, afinal, são vilões e vilões que, na realidade, são heróis. Manobras súbitas e inesperadas que alteram por completo o curso dos acontecimentos. Drama, perigo, violência, mortos. Romance. Mas terá um final feliz?

# posted by PG : 23:32 http://bloguitica.blogspot.com/

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Oposição pode manifestar-se amanhã contra Ramos Horta

Austrália avisa que tensão política em Timor pode aumentar nos próximos dias.

17.09.2006 - 10h26 Reuters, PUBLICO.PT

O governo australiano recomendou este fim-de-semana aos seus cidadãos que reconsiderem a necessidade de viajar para Timor-Leste, devido à possibilidade de aumento da tensão política devido à eventual realização de manifestações na capital nos próximos dias.

"O potencial de protestos anti-governo, manifestações de rua e outros tipos actividade de instabilidade civil deve aumentar durante o período de 17-19 de Setembro e na semana seguinte", diz o aviso do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Comércio, que nada adianta sobre os motivos para as datas serem problemáticas.

"Aconselhamo-vos a reconsiderar a necessidade de viajar para Timor Leste nesta altura", diz a diplomacia australiana, que acrescenta que os visitantes da antiga colónia portuguesa devem evitar edifícios governamentais e ajuntamentos públicos.

Desde o início do Verão que Timor Leste está mergulhado numa crise política que forçou a deslocação de mais de cem mil pessoas e ao envio de uma força de manutenção de paz de 2500 homens.

Na quarta-feira passada, o primeiro-ministro José Ramos Horta manifestou-se disposto a demitir-se se o povo já não o quiser no lugar de chefe do executivo, no qual substituiu o contestado Mari Alkatiri. As suas palavras surgiram na sequência de rumores de que os seus opositores iriam realizar um protesto no dia 20 para tentar que resignasse e exigir a dissolução do Parlamento.

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Segundo jornal australiano, Xanana acusado de golpe contra Alkatiri

17 de Setembro 2006

O presidente Xanana Gusmão é acusado de instigar a crise em Timor-Leste e poderá ter estado envolvido no derrube do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri – noticiou ontem o jornal australiano ‘The Age’, que cita declarações de um responsável da Polícia timorense, actualmente detido. Na notícia, sob o título ‘Alegação de que Gusmão ordenou os dias de raiva em Díli’, são citadas declarações de Abílio Mesquita (‘Mausoko’), antigo vice-comandante da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) no distrito de Díli, segundo o qual Xanana Gusmão lhe terá ordenado que atacasse a casa do brigadeiro-general Taur Matan Ruak, comandante das Forças Armadas timorenses.

Xanana é acusado de ter instigado a violência que, em Maio, contribuiu para a resignação – cerca de um mês depois – de Mari Alkatiri, como parte de um plano que incluiu pelo menos uma reunião na residência do presidente, em Balibar, em Março. A notícia tem por base declarações alegadamente proferidas por Mesquita em Bécora (Díli), na sequência da sua detenção, em 19 de Junho, por militares australianos.

Nessas declarações, que o jornal refere terem sido escritas na prisão de Bécora e entregues na embaixada dos EUA em Díli, “como um meio para Mesquita garantir a sua libertação”, o antigo quadro da PNTL refere que “durante o confronto entre a PNTL e as F-FDTL [Forças Armadas] quem ordenou o tiroteio contra a casa do brigadeiro Matan Ruak foi o comandante supremo, o senhor Xanana”. Segundo o jornal, Mesquita terá informado previamente Matan Ruak e quatro comandantes das Forças Armadas das ordens que o presidente lhe deu.

Além disso, Mesquita refere que informou ainda o responsável da missão da ONU em Timor, Sukehiro Hasegawa, que “o visitou na cadeia”, e a quem denunciou repetidamente o alegado envolvimento de Xanana na crise. Ainda de acordo com o ‘The Age’, também o actual primeiro-ministro, José Ramos-Horta, foi informado quando, alegadamente, visitou Mesquita na prisão, a 13 de Agosto. O jornal acrescenta que, se for verdade, as declarações implicam Xanana num golpe armado para derrubar Alkatiri, “devido às suas alegadas simpatias comunistas”.

Mesquita está ainda preso em Bécora, de onde o major revoltoso Alfredo Reinado e 56 outros prisioneiros fugiram a 30 de Agosto. Recorde-se que o CM noticiou a 1 de Junho que Portugal tinha sido informado sobre uma aquisição excessiva de armas por parte do governo timorense.

Paulo Madeira com agências.

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Xanana terá estado envolvido na queda de Mari Alkatiri

DN, 17/09/06

O diário australiano The Age revela, na sua edição de ontem, o alegado envolvimento do Presidente Xanana Gusmão no derrube do primeiro-ministro Mari Alkatiri. Para o efeito, o jornal cita declarações de um antigo responsável da polícia timorense, detido em Díli.

"Alegação de que Gusmão ordenou os dias de raiva em Díli" é o título do artigo, cuja base são as declarações de Abílio Mesquita "Mausoko", antigo vice-comandante da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) no distrito de Díli. Segundo "Mausoko", Xanana ter-lhe-á ordenado o ataque à casa de Taur Matan Ruak, comandante das forças armadas timorenses.

O diário, citado pela agência Lusa, acusa Xanana de ter instigado a violência de Maio que contribuiu para a resignação, um mês depois, de Alkatiri. Detido, por posse de armas automáticas, a 19 de Junho por militares australianos,"Mausoko" registou as suas declarações por escrito, as quais fez entregar na embaixada dos EUA em Díli.

É nesse texto, segundo The Age, que "Mausoko" revela ter sido Xanna quem deu o comando e as ordens para o tiroteio "durante o confronto entre a PNTL e as F-FDTL (forças armadas)" e o ataque à casa de Matan Ruak."Mausoko" diz também que, antes da operação, informou Matan Ruak e quatro comandantes das forças armadas.

A história foi contada já ao responsável da missão da ONU em Timor-Leste, Sukehiro Hasegawa, quando este visitou "Mausoko" na prisão.

The Age, ainda a citar "Mausoko", revela a realização de uma reunião, em Março, no gabinete de Xanana, durante a qual este "debateu a necessidade de se livrar do governo do senhor Alakatiri devido às suas consideradas simpatias 'comunistas". Presentes no encontro terão estado o comandante-geral da PNTL, Paulo Martins, Ramos-Horta, e o bispo de Baucau, D. Basílio do Nascimento. Reunião confirmada por outras fontes, segundo o diário.

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Austrália alerta para possibilidade de aumento da tensão política

Díli, 17 Set (Lusa) - O governo australiano recomendou este fim-de-semana aos seus cidadãos que reconsiderem a necessidade de viajar para Timor-Leste, devido à possibilidade de aumento da tensão política, com a eventual realização de manifestações na capital ao longo dos próximos dias.

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Dos leitores

Tradução da Margarida.


É fácil confirmar esta história.

Arranje um jornalista para visitar a prisão de Becora e tenha uma conversa com Abilio Mesquita.

Abilio foi o comandante operacional da polícia de Dili. Só para confirmar se ele fez estas declarações ou não. Se ele fez, então pode mover-se para confirmar a sua história.

Arranje uma entrevista com os dois bispos. São os homens de Deus que prometeram ter uma vida pia e dizer a verdade. Não mentirão. E arranje uma entrevista com o próprio Xanana para confirmar.

Entreviste também TMR, Koliaty, Ular, Falur e Lere para confirmar a sua história, se realmente ele lhes telefonou nesse dia.

Ou, a melhor coisa é talvez esperar pela conclusão da investigação da ONU.

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A verdade dói. A todos.

Engraçado, como para uns, as declarações de um comandante da PNTL têm menos valor do que as declarações de um arruaceiro como o Railos.

O facto é que o autor destas declarações que acusam directamente o PR, comandou o ataque violento a casa do General Matan Ruak.

E não é a única testemunha que confirma as reuniões de preparação do golpe de Estado em casa do PR.

Nem Mari Alkatiri, nem Taur Matan Ruak mereciam esta traição. Muito menos o povo de Timor-Leste.

Esperemos que a Comissão de Investigação das Naçõe Unidas tenha a coragem de assumir o dever que tem perante o povo e a História de Timor-Leste.

Sem justiça não há reconciliação.


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Dos leitores

It' easy to confirm this story.

Get a journalist to visit Becora prison and have a chat to Abilio Mesquita.

Abilio was the operational commander of Dili police. This is just to confirm whether he made those statements or not. If he did, the you can move to confirm his story.

Get an interview with the two bishops. They are men of God who have vowed to take a pious life and will tell the truth. They would not lie. And get an interview with Xanana himself to confirm.

Also interview with TMR, Koliaty, Ular, Falur and Lere to confirm his story, whether he really called them on that day.

Or the best thing may be to wait untill the conclusion of the UN's investigation.

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Dos leitores

Tradução da Margarida.

Se isto tudo for oficialmente confirmado,será realmente um prazer poder ver os senhores tão ilustres em Becora.

Tudo o que eles fizeram, principalmente o homen eleito para um dos principais pilares da soberania e que jurou defender a constitucionalidade de actos políticos, além de grave violação de preceitos legais, como o sejam alta traição, golpe de estado, instigação à destruição de propriedade privada, perigo que as vidas humanas corriam subsequentemente, alienação da propriedade privada, cobertura a desertores e criminosos, culpa indirecta em assassínios, êxodo da população civil, etc... etc..., extendem-se ainda ao moral e aos sentimentos que pessoas decentes tenham.

É choquante, é nojento, é repugnante, é baixo....

é horrendo! ...



Não é necessário que John Martinkus relate (isso) realmente, porque toda a gente em Dili já sabe da declaração de Abilio, agora os Australianos saberão o que os Timorense já sabiam.

Porque é que pensa que o Abílio não fugiu da Prisão...quando facilmente o podia ter feito...Abílio como toda a gente em Dili já está farto, é tempo para se saber a verdade.

Uma outra coisa. Alfredo mencionou que Horta estava com medo que se pudesse saber a verdade. Bem, se Horta esteve nessa alegada reunião de amotinados, outras verdades se virão a saber.

"crimes do Mari, do Rogério e do Domingos Sarmento"

Que leis temos nós contra gente que organiza um golpe contra o Estado, um crime do mais alto nível?

De qualquer modo tudo se está a desatar não está … sim a verdade é difícil de engolir e a verdade dói.



E não esqueçamos que dentro da casa do Comandante das F-FDTL, aquando do ataque, estavam os seus dois filhos pequenos, um ainda bébé!

São cinco e vinte da manhã. O golpe continua.

Exaustos. Tristes. Cínicos. Mas não desistimos.

Até já.


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Golpe de Estado, Traição, etc?... Não. Lei da Selva...

“… antigo vice-comandante da polícia do distrito de Dili, Abilio "Mausoko" Mesquita, alega que o Sr Gusmão lhe deu ordens para atacar a casa do Brigadeiro Taur Matan Ruak.”

“Contou repetidamente a Mr Hasegawa que Xanana foi o autor da crise.”

“… refere-se a uma reunião no gabinete do Presidente antes da crise, onde, na presença de líderes locais, incluindo o chefe da polícia Paulo Martins, o Sr Ramos Horta e o Bispo de Baucau, foi alegado que o Presidente discutiu a necessidade de se livrar do governo do Sr Alkatiri por causa das suas entendidas simpatias "comunistas".”

“Outras fontes da organização dos veteranos confirmaram, independentemente, que foram convidados para uma reunião com o Presidente na sua residência nas montanhas por cima de Dili em Março, onde foi discutido um plano para remover o Sr Alkatiri.”


“As Investigações a individuos envolvidos nos três ataques principais em Maio contra as Forças de Defesa de Timor-Leste mostram que cada um deles foi dirigido por líderes que desde então reconheceram a sua fidelidade ao Presidente.

Os que lideraram os outros dois ataques principais às forças armadas, nomeadamente o Major Reinado e Vicente de Conceição, declararam repetidamente o seu apoio ao Sr Gusmão.”

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Não perca. Próximos episódios.

Próxima quarta-feira, mais do mesmo, pelos mesmos. Manifestação anunciada.

Até lá assista aos "gangs" na rua, nos locais habituais. Não perca, todos os dias, à mesma hora, a


Lei... da Selva.


(com os artistas convidados da Companhia do Golpe)


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E Railos continua à solta...

Apesar de ser do conhecimento das forças australianas por onde anda, incluindo nas reuniões dos ditos "renovadores" da FRETILIN, Railos sob o qual pende um mandado de captura, também continua à solta.

A aterrorizar, a ameaçar a exercer violência e, nada.


Lei... da Selva.

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Lembramos que já lá vão mais de 16 dias...

E nada. Reinado e 56 reclusos evadidos continuam à solta.


Lei... da Selva.

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Jornal australiano noticia alegado envolvimento Xanana na crise

Díli, 16 Set (Lusa) - O alegado envolvimento do Presidente Xanana Gusmão no derrube do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri foi hoje noticiado pelo jornal australiano The Age, que cita declarações de um responsável da polícia timorense, actualmente detido numa prisão timorense.

Sob o título "Alegação de que Gusmão ordenou os dias de raiva em Díli", The Age cita declarações de Abílio Mesquita "Mausoko", antigo vice-comandante da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) no distrito de Díli, segundo o qual Xanana Gusmão lhe terá ordenado que atacasse a casa do brigadeiro-general Taur Matan Ruak, comandante das forças armadas timorenses.

Reportando o que alega serem "novas revelações", o jornal acusa Xanana Gusmão de ter instigado a violência que em Maio contribuiu para a resignação, cerca de um mês depois, de Mari Alkatiri, como parte de um plano que incluiu pelo menos uma reunião na residência do Presidente, em Balibar, nas montanhas a sul da capital, em Março.

Mas a alegação do jornal assenta nas declarações que Abílio Mesquita "Mausoko" alegadamente fez já em Bécora, na sequência da sua detenção, em 19 de Junho passado, por militares australianos, na posse de várias armas automáticas.

Nessas declarações, que 'The Age' reporta terem sido escritas na prisão de Bécora, em Díli, e entregues na embaixada norte-americana em Díli, "como um meio para Mesquita garantir a sua libertação", o antigo quadro da PNTL em Díli refere que "durante o confronto entre a PNTL e as F-FDTL [forças armadas] e o tiroteio contra a casa do Brigadeiro, o Comandante Supremo, o Senhor Xanana deu o comando e as ordens para o tiroteio".

Antes da operação, Abílio Mesquita "Mausoko" terá informado Taur Matan Ruak e quatro comandantes das forças armadas das ordens que o Presidente lhe deu", acrescentou o jornal.

Abílio Mesquita "Mausoko" "refere na declaração que contou a história ao responsável da missão da ONU em Timor-Leste, Sukehiro Hasegawa, que o visitou na cadeia depois da sua prisão", a quem denunciou repetidamente o alegado envolvimento de Xanana Gusmão na crise em Timor-Leste.

As acusações foram também feitas ao actual primeiro-ministro José Ramos-Horta, quando este "alegadamente o visitou na prisão, a 13 de Agosto", prossegue o jornal.

O ataque contra a casa de Taur Matan Ruak ocorreu a 25 de Maio, e segundo The Age existem registos filmados que comprovam a participação de Abílio Mesquita "Mausoko" no ataque.

"Se for verdade, a declaração implica o Presidente no que foi efectivamente um golpe armado para criar as condições para a resignação do legalmente eleito Primeiro-Ministro (Mari Alkatiri)", continua o jornal.

Continuando a citar Abílio Mesquita "Mausoko", 'The Age' reporta a realização de uma reunião no gabinete de Xanana Gusmão, antes do eclodir da crise, onde na presença, designadamente, do comandante-geral da PNTL, Paulo Martins, do então chefe da diplomacia e actual primeiro-ministro, Ramos-Horta, e do Bispo de Baucau, D.

Basílio do Nascimento, o Presidente da República "debateu a necessidade de se livrar do governo do Senhor (Mari) Alkatiri devido às suas consideradas simpatias 'comunistas'".

The Age cita também fontes no seio dos veteranos da luta contra a ocupação indonésia, mas sem as identificar, como tendo confirmado a realização, em Março, de um encontro em Balibar em que terá sido debatido o plano para afastar Mari Alkatiri da chefia do governo.

A Agência Lusa tentou obter um comentário a estas alegações junto do gabinete de Xanana Gusmão, mas o seu porta-voz não devolveu as várias chamadas telefónicas efectuadas.

EL-Lusa/Fim

Dos leitores

É muito grave esta notícia.

O Presidente da República ordena ataques às Forças Armadas do Estado Timorense?! As FDTL/Falintil?!!!

É uma irresponsabilidade.

É uma loucura!

O próprio Presidente da República apela à desobediência civil, ao caos, à desordem!?
Os resultados estão à vista...

É triste demais!É grave de mais! É trágico demais!
XANANA É O GRANDE RESPONSÁVEL PELOS REFUGIADOS EM DILI E ARREDORES!
Pelo sofrimento do povo!!
Triste fim vai ter Xanana.
Deus queira que com o seu colapso não fique também comprometida a independência de Timor Leste!

Dos leitores

Pois é, Xanana. Xanana mais Xanana. Ramos Horta e o Bispo Basilio do Nascimento. Paulo Fátima Martins e os seus. Todos de Xanana!

Olhando para trás podemos ver nos arquivos deste blog, como também poderemos observar em órgãos de informação portugueses e dos quatro cantos do mundo, a forma como Xanana, Horta e a Igreja Católica foram intervindo na questão.

Passo a passo, Xanana ia ficando à mostra. Até as declarações da sua mulher foram e são incriminatórias de Xanana.

Há muitos nomes sonantes da história recente de Timor-Leste que terão de pagar os seus altos crimes contra o Estado que por jure se comprometeram em defender e não lesar.

Se a comissão da ONU que investiga e pretende identificar os autores da crise jamais poderão passar ao lado dos nomes que o polícia Abílio refere. Abílio não refere, acusa prontamente.

Esta é a verdade que não interessa que seja tornada pública. Xanana e Horta serão alvo de protecção de bom nme pelos amigos americanos e australianos.

Mas para quem conhece o povo de Timor como nós conhecemos sabemos que a verdade será sempre a vitória sobre a mentira.

Taur Matan Ruak já havia confirmado em circuito fechado junto dos poucos em quem confia que tinha sido avisado por Abilio do ataque a sua casa.

Agora resta esperar, esperar pela verdade que vai vindo ao de cima, devagar mas segura.

O golpe nunca foi apenas teoria nas reuniões e encontros secretos do Xanana, rapidamente se materializou.

A prisão de Bécora vai ter de se engalanar para receber tão ilustres hóspedes...

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Declaração que Gusmão ordenou os dias de raiva em Dili

Tradução da Margarida.

John Martinkus
The Age
Setembro 16, 2006

A violência que durante quatro dias percorreu Timot-Leste em Maio e levou à resignação do Primeiro-Ministro Mari Alkatiri foi parte de um plano instigado pelo Presidente Xanana Gusmão, de acordo com novas revelações em Dili.

Uma declaração do antigo vice-comandante da polícia do distrito de Dili, Abilio "Mausoko" Mesquita, alega que o Sr Gusmão lhe deu ordens para atacar a casa do Brigadeiro Taur Matan Ruak.

Mesquita foi detido pela Polícia Federal Australiana em 19 de Junho com várias espingardas automáticas. Foi filmado na cena do ataque à casa do Brigadeiro em 25 de Maio, que foi alegado ter liderado.

Na sua declaração a partir da Prisão Becora em Dili, Mesquita diz: "Durante o confronto entre a PNTL (a polícia) e as F-FDTL (as forças armadas) e o tiroteio contra a casa do Brigadeiro, o Comandante Supremo, o Sr Xanana, deu o comando e ordenou o tiroteio."

Mesquita diz na declaração que contou a história ao responsável da missão da ONU em Timor-Leste, Sukehiro Hasegawa, que o visitou na cadeia depois da sua prisão.

Diz que antes de desencadear o ataque, tinha notificado Taur Matan Ruak e quatro comandantes de topo das forças armadas das ordens que o Presidente lhe deu.

Contou repetidamente a Mr Hasegawa que Xanana foi o autor da crise.

Mesquita diz que repetiu estas revelações ao Primeiro-Ministro José Ramos Horta quando alegadamente visitou Mesquita na prisão em 13 de Agosto.

Se for verdade, a declaração implica o Presidente no que foi um golpe armado para criar as condições para a resignação do legalmente eleito Primeiro-Ministro.

O Sr Gusmão não pôde ser contactado ontem à noite para comentar.

A declaração também detalha a visita de dois majores das forças armadas Australianas que interrogaram Mesquita sobre o seu papel na violência e sobre as suas fidelidades políticas.

Mesquita ainda está na prisão de Becora, da qual o líder amotinado Major Alfredo Reinado e 56 outros saíram em 30 de Agosto.

Foi dito que a declaração foi escrita na prisão e entregue na Embaixada dos USA em Dili como um meio para Mesquita garantir a sua libertação.

A declaração refere-se a uma reunião no gabinete do Presidente antes da crise, onde, na presença de líderes locais, incluindo o chefe da polícia Paulo Martins, o Sr Ramos Horta e o Bispo de Baucau, foi alegado que o Presidente discutiu a necessidade de se livrar do governo do Sr Alkatiri por causa das suas entendidas simpatias "comunistas".

Outras fontes da organização dos veteranos confirmaram, independentemente, que foram convidados para uma reunião com o Presidente na sua residência nas montanhas por cima de Dili em Março, onde foi discutido um plano para remover o Sr Alkatiri.

As Investigações a individuos envolvidos nos três ataques principais em Maio contra as Forças de Defesa de Timor-Leste mostram que cada um deles foi dirigido por líderes que desde então reconheceram a sua fidelidade ao Presidente.

Os que lideraram os outros dois ataques principais às forças armadas, nomeadamente o Major Reinado e Vicente de Conceição, declararam repetidamente o seu apoio ao Sr Gusmão.

http://www.theage.com.au/articles/2006/09/15/1157827163239.html

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Xanana acusado de envolvimento

O alegado envolvimento do Presidente Xanana Gusmão no derrube do antigo Primeiro-ministro Mari Alkatiri foi noticiado pelo jornal "The Age".

16/09/2006

(17:06) A fonte australiana cita declarações de um responsável da polícia timorense, actualmente detido numa prisão timorense.

Sob o título "Alegação de que Gusmão ordenou os dias de raiva em Díli", "The Age" cita declarações de Abílio Mesquita "Mausoko", antigo vice-comandante da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) no distrito de Díli, segundo o qual Xanana Gusmão lhe terá ordenado que atacasse a casa do brigadeiro-general Taur Matan Ruak, comandante das forças armadas timorenses.

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Dos leitores

You don’t need John Martinkus to report it really because everyone Dili already knows about Abilio's statement, now Australian will know what Timorese already know.

Why did you think Abilio didn’t run away from Prison...when he could of easily done so...Abilio like everyone in Dili has had enough, its time for the truth to come out.

Another thing. Alfredo mentioned that Horta was scared the truth might come out. Well if Horta was at that alleged mutinous meeting what other truths lie ahead.

"crimes do Mari, do Rogerio e do Domingos Sarmento"

What laws do we have against people who organise a coup against the state, a crime of the highest order?

Anyway its all unravelling isn’t it…yes the truth is hard to swallow and truth hurts.

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Xanana Gusmão acusado de ordenar violência

Notícias Lusófonas
16.09.2006

O alegado envolvimento do Presidente Xanana Gusmão no derrube do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri foi hoje noticiado pelo jornal australiano The Age, que cita declarações de um responsável da polícia timorense, actualmente detido numa prisão timorense, noticia a Lusa.

Sob o título «Alegação de que Gusmão ordenou os dias de raiva em Díli», The Age cita declarações de Abílio Mesquita «Mausoko», antigo vice-comandante da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) no distrito de Díli, segundo o qual Xanana Gusmão lhe terá ordenado que atacasse a casa do brigadeiro-general Taur Matan Ruak, comandante das forças armadas timorenses.

Reportando o que alega serem «novas revelações», o jornal acusa Xanana Gusmão de ter instigado a violência que em Maio contribuiu para a resignação, cerca de um mês depois, de Mari Alkatiri, como parte de um plano que incluiu pelo menos uma reunião na residência do Presidente, em Balibar, nas montanhas a sul da capital, em Março.

Mas a alegação do jornal assenta nas declarações que Abílio Mesquita «Mausoko» alegadamente fez já em Bécora, na sequência da sua detenção, em 19 de Junho passado, por militares australianos, na posse de várias armas automáticas.

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Claim That Gusmao Ordered Dili's Days of Rage

The Age (Melbourne)
Saturday, September 16, 2006

by John Martinkus


VIOLENCE that ran over four days in May in East Timor and led to the resignation of Prime Minister Mari Alkatiri was part of a plan instigated by the President Xanana Gusmao, according to new claims in Dili.


A statement by the former vice-commander of Dili district police, Abilio "Mausoko" Mesquita, alleges that Mr Gusmao ordered him to carry out an attack on the house belonging to army Brigadier Taur Matan Ruak.


Mesquita was arrested by the Australian Federal Police on June 19 with several automatic rifles. He was filmed at the scene of the attack on the brigadier's house on May 25, which he was alleged to have led.


In his statement taken from Dili's Becora prison, Mesquita says: "During the confrontations between PNTL (the police) and FDTL (the army) and the shooting at the brigadier's house, the Supreme Commander, Mr Xanana, gave the command and ordered the shooting."


Mesquita says in the statement that he told his story to the UN head of mission in East Timor, Sukehiro Hasegawa, who visited him in the prison after his arrest.


He says that before carrying out the attack, he had notified Taur Matan Ruak and four senior commanders in the army of his orders from the President.


He repeatedly told Mr Hasegawa that Xanana was the author of the crisis.


Mesquita says he repeated these claims to Prime Minister Jose Ramos Horta when he allegedly visited Mesquita in jail on August 13.


If true, the statement implicates the President in what was effectively an armed coup to create the conditions for the resignation of the legally elected Prime Minister.


Mr Gusmao could not be contacted last night for comment.


The statement also details the visit of two Australian army majors who questioned Mesquita on his role in the violence and about his political allegiances.


Mesquita is still in the Becora jail, from which rebel leader Major Alfredo Reinado and 56 others walked out on August 30.


The statement was said to have been written in the prison and delivered to the US embassy in Dili as a means for Mesquita to secure his release.


The statement refers to a meeting at the President's office before the crisis, where, in the presence of local leaders, including chief of police Paulo Martins, Mr Ramos Horta and the Bishop of Baucau, it is alleged that the President discussed the need to get rid of the government of Mr Alkatiri because of its perceived "communist" sympathies.


Other sources within the veterans' organisation independently confirm that they were invited to a meeting with the President at his residence in the hills above Dili in March, where a plan to remove Mr Alkatiri was discussed.


Investigation of the individuals involved in the three main attacks on the East Timor Defence Force in May shows that every one of them was led by leaders who have since publicly acknowledged their allegiance to the President.


Those who led the other two major attacks on the army, namely Major Reinado and Vicente de Conceicao, have repeatedly declared their support for Mr Gusmao.

Jornal australiano noticia alegado envolvimento Xanana na crise

Díli, 16 Set (Lusa) - O alegado envolvimento do Presidente Xanana Gusmão no derrube do antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri foi hoje noticiado pelo jornal australiano The Age, que cita declarações de um responsável da polícia timorense, actualmente detido numa prisão timorense.
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Declaration from Abilio Mausoko

Sent through XXX.

On the 28 June 2006 Abilio Mausoko’s wife went to meet President Xanana, at Dare with the objective of freeing her husband in Becora Jail. Abilio’s wife who is 6 months pregnant reached Halilaran at Taibessi (maluk in the sense that from the same district) from Loromono attacked and beat her and told her that her husband is an assassin who has made them suffer during this crisis. After this incident Mausoko’s wife went to met President Xanana at Dare and asked Xanana: Mr President can you release your young brother that is now in Becora Prison?

The President responded that: Mausoko is now loyal to FRETILIN and Mari Alkatiri and that he has no confidence now to release him from prison. Mausoko’s wife passed on the message immediately after to her husband at Becora Prison.

The 11 th June two majors form Australia went to see Abilio Mausoko at Becora Prison investigating him and asked” Abilio are you loyal to President Xanana or to Mari A. “Malai” (the foreigner) asked him three times and Mausoko responded: I am loyal to all of them Xanana because he is the Head of State and Mari because he is the Sec Gen of FRETILIN, but personally I am loyal to Mari because he is the Sec Gen of F, my dad died for F. and I am a person of F. – They major continued because they knew Mausoko was a person of the Party F. They left for Dare.

16 June (Date not clear) Mr Hasegawa went to visit the Prison and meet Mausoko.

He asked Abilio Mausoko:

Is it true? Did you receive US$5000 from Mari to take the rebels to start this crisis?

Abilio replied that: I never received money from Dr Mari but I recognise that, during the confrontations between PNTL and FDTL and the shooting at the Brigadier’s house; the Supreme Commander Mr Xanana gave the command and ordered the shooting, but before we exchanged fire against the FFDTL I telephoned first to Brigen Taur, Cmdr Falur, Cmdt Lere, Comdt Koliaty, Cmdt Ular. Mausoko continued to say that the author of the crisis in Timor is President X.

The 13 August 2006 the PM Horta visited Becora Prison and asked Mausoko:

Where are you from and why are you here?

Mausoko replied: I am Abilio Audian, I am Operational commander for PNTL in Dili district, at this moment the PNTL institution gave me the gun for me to keep security to the city of Dili bu after the Supreme Commander XG ordered my group of seven at Marabia my residence to shoot at the Brigadiers house.

I was able to shoot but I warned the FFDTL that the orders were from the Supreme Commander. But at the end the Government through the International forces disarmed me and said I was a criminal in this crisis. They said the guns that I had was illegal, said Mausoko.

Before the crisis the President organised a meeting at his residence at Dare (note: Balibar is also know to Timorese as Dare) at this moment there was present the Bishop of Dili and Baucau, Mr Paulo Martins, Mr Ramos Horta and opposition leaders were there too. At that time the President recommended to remove/overthrow the Government led by Mari and FRETILIN because they were applying Communism to Timor L, to FFDTL through Cuba. This attitude was against our Culture and Timorese tradition. This is why the Churches presence at that time was important in order to contribute to development to Timor Future.

Abilio M, asked X. the question if removing MA will cause blood shed?

The President turned around and tapped Mausoko in the shoulder and said a boy can remove the man easily don’t be scared.

At that time the Xan. Gus guaranteed that Horta will serve as the new PM. Mausoko did not reveal the date of the meeting. And said that Xan. Dreamed of destroying everything and later build it up again so then he could be seen internationally more over as the charismatic figure.

Jornal australiano envolve Xanana na crise

O alegado envolvimento do Presidente Xanana Gusmão no derrube do antigo
primeiro-ministro Mari Alkatiri foi hoje noticiado pelo jornal australiano
The Age, que cita declarações de um responsável da polícia timorense,
actualmente detido numa prisão timorense.

Sob o título «Alegação de que Gusmão ordenou os dias de raiva em Díli», The Age cita declarações de Abílio Mesquita «Mausoko», antigo vice-comandante da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) no distrito de Díli, segundo o qual Xanana Gusmão lhe terá ordenado que atacasse a casa do brigadeiro-general Taur Matan Ruak, comandante das forças armadas timorenses.

Reportando o que alega serem «novas revelações», o jornal acusa Xanana Gusmão de ter instigado a violência que em Maio contribuiu para a resignação, cerca de um mês depois, de Mari Alkatiri, como parte de um plano que incluiu pelo menos uma reunião na residência do Presidente, em Balibar, nas montanhas a sul da capital, em Março.

Mas a alegação do jornal assenta nas declarações que Abílio Mesquita «Mausoko» alegadamente fez já em Bécora, na sequência da sua detenção, em 19 de Junho passado, por militares australianos, na posse de várias armas automáticas.

Nessas declarações, que o The Age reporta terem sido escritas na prisão de Bécora, em Díli, e entregues na embaixada norte-americana em Díli, «como um meio para Mesquita garantir a sua libertação», o antigo quadro da PNTL em Díli refere que «durante o confronto entre a PNTL e as F-FDTL [forças armadas] e o tiroteio contra a casa do Brigadeiro, o Comandante Supremo, o
Senhor Xanana deu o comando e as ordens para o tiroteio
».

Antes da operação, Abílio Mesquita terá informado Taur Matan Ruak e quatro comandantes das forças armadas das ordens que o Presidente lhe deu, acrescentou o jornal.

Abílio Mesquita «refere na declaração que contou a história ao responsável da missão da ONU em Timor-Leste, Sukehiro Hasegawa, que o visitou na cadeia depois da sua prisão», a quem denunciou repetidamente o alegado envolvimento de Xanana Gusmão na crise em Timor-Leste.

As acusações foram também feitas ao actual primeiro-ministro José Ramos-Horta, quando este «alegadamente o visitou na prisão, a 13 de Agosto», prossegue o jornal.

O ataque contra a casa de Taur Matan Ruak ocorreu a 25 de Maio, e segundo The Age existem registos filmados que comprovam a participação de Abílio Mesquita «Mausoko» no ataque.

«Se for verdade, a declaração implica o Presidente no que foi efectivamente um golpe armado para criar as condições para a resignação do legalmente eleito Primeiro-Ministro (Mari Alkatiri)», continua o jornal.

O jornal descreve ainda a realização de uma reunião no gabinete de Xanana Gusmão, antes do eclodir da crise, onde na presença, designadamente, do comandante-geral da PNTL, Paulo Martins, do então chefe da diplomacia e actual primeiro-ministro, Ramos-Horta, e do Bispo de Baucau, D. Basílio do Nascimento, o Presidente da República «debateu a necessidade de se livrar do governo de Mari Alkatiri devido às suas consideradas simpatias comunistas».

Diário Digital/Lusa

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sábado, setembro 16, 2006

Dos leitores

Tradução da Margarida.

Um artigo muito bem argumentado e pensado. Sim, são essas regras básicas que são o caminho para a salvação de Timor-Leste. As regras da democracia, debate aberto e o livre exercício da vontade popular pela caixa dos votos. Reinado is not the only one though speaking counter to these building blocks for a democratic and free East Timor.

Um número de partidos da oposição apelam à dissolução do parlamento e ao adiamento das eleição e o governo por decreto Presidencial até "existirem condições para eleições " (código para quando sentirem que podem ganhar e não a Fretilin) como Mr Manuel Tilman e outros não estão nesta disposição democrática. Infelizmente o discurso livre não só está ameaçado mas em perigo agora mesmo e estará durante algum tempo. Não há ldiscurso livre hoje em Timor-Leste.

Há somente a opinião do Gusmão de como deve ser Timor-Leste e a opinião da Fretilin não tem direito a existir. Qualquer coisa em contrário resulta em perseguição política e ameaças físicas. Apesar de prevalecer este clima de medo e de demagogia, a Fretilin continuará a promover a liberdade de expressão e a democracia como sempre fez. Foi a vanguarda desses princípios antes de Maio de 2002, quando outros tentaram criar um regime sem partidos políticos e uma democracia do tipo sob o chapéu do CNRT. Esta tradição de ser a vanguarda da democracia e da liberdade de expressão vem desde o dia primeiro da invasão Indonésia em 1975.

Estes princípios não puderam ser destruídos em Timor-Leste então e continuarão fortes até às próximas eleições, que o mundo quer ver, em que o povo quer participar e nas quais a Fretilin participará, e estou esperançoso que toda a gente respeitará os resultados que sem dúvida não serão justos nem livres porque a Fretilin será intimidada, mas como muitos predizem ainda vencerá.
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Falta segurança no único hospital nacional do país - Director

Eduardo Lobão, da Agência Lusa Díli, 15 Set (Lusa) - O único hospital nacional em Timor- Leste, situado em Díli, tem problemas de segurança e os constantes confrontos no exterior e interior daquela unidade levaram já à fuga de dezenas de doentes, disse hoje à Lusa o respectivo director.

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sexta-feira, setembro 15, 2006

Dos leitores

Tradução da Margarida.


O Banco Mundial na sua declaração disse “As realizações de Timor-Leste são notáveis. O ramo executivo do Estado tem tido sucesso no estabelecimento de funções de planeamento central e gestão de recursos que são efectivas, transparentes e ancoradas no PDN, e que se comparam muito favoravelmente com (as) de outros países de baixos rendimentos” (2006)

Na altura da restauração da sua independência em 2002 o orçamento anual era de USD 77.7 milhões, dos quais mais de metade vinham dos dadores. Para o Ano Fiscal de 2006/2007 o governo pode agora propor USD 315 milhões.

Timor-Leste também completou um conjunto de molduras reguladoras para garantir uma gestão adequada e transparente dos seus recursos não renováveis. O Fundo do Petréleo, A Lei de Taxação do Petróleo, O Código de Exploração do Petróleo foram todos aprovados e estão em efeito.

O crescimento económico positivo de 2005/06 de 2.3% depois do mero número de 0.4% em 2004, mas no mesmo período a população cresceu numa taxa de cerca de 3.2%, isto pode ajudar a explicar o número negativo geral do crescimento do PIB como é relatado por algumas fontes.

Na área da Educação o Governo recuperou, construiu e opera 649 Escolas públicas Primárias, 90 Escolas Pré-Secundárias, 31 Escolas Secundárias. Em Junho de 2006 estava previsto completar umas outras novas 50 Escolas e ter 26 Escolas reabilitadas, mas por causa da crise recente não é claro se (tudo) foi completado. Há pelo menos 6000 professores contratados. Mesmo apesar de estar a trabalhar sob dificuldades o governo introduziu recentemente o programa de alimentação escolar nas Escolas Primárias e libertou os estudantes das propinas. Este programa de alimentação escolar beneficiará pelo menos 75,000 estudantes. Pelo fim de 2005 a proporção da combinação das matrículas brutas era de 66% e a proporção de atendimento escolar nas escolas primárias era de 86%.

Está estimado que 82% dos Timorenses têm agora acesso a serviços de cuidados médicos, em 2002 era cerca de 62%. O país tem agora em média um médico para cada 3400 Timorenses, uma cama hospitalar para cada 2400 cidadãos. A taxa da mortalidade neonatal caíu de 88 em 2002 para 66 por cada 1000 nascimentos e a taxa da mortalidade infantil foi também reduzida de 125 para 83 por 1000 crianças. Durante os último quatro anos o país tem 26 novos centros de saúde e 10 postos de saúde a acrescentar aos 22 centros de saúde e aos 81 postos de saúde reabilitados no mesmo período.

Cerca de 157 sistemas de irrigação foram reabilitados e construídos, o que combinado com a acessibilidade a depósitos agrícolas e a assistência técnica aumentou em 19% a produção do arroz e a 22% a do milho no último ano. O sector da agricultura contribuiu com cerca de USD 105 milhões para o PIB, era de USD 81.5 milhões em 2002.

Timor não tem dívida estrangeira.

Extractos…..tirado de “Timor Leste an Overview.” (3. O que foi conseguido) Por: Hernani F Coelho da Silva (2006) corrente Embaixador de Timor Leste na Austrália (O documento original é demasiado grande para caber no Blog).

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Ramos Horta ridiculariza Reinado

Tradução da Margarida.

AP/The Australian - Setembro 14, 2006
Correspondentes em Dili

O Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos Horta descartou o criticismo do oficial das forças armadas treinado pelos Australianos Alfredo Reinado, ridicularizando a afirmação do amotinado de que as pessoas estão contra o líder recentemente nomeado.

O Major Reinado disse ao The Australian no fim-de-semana que o Sr Ramos Horta não agarra com firmeza o poder e que passa demasiado tempo fora do país.

O Sr Ramos Horta ontem ridicularizou a afirmação do Major Reinado de que poderia mobilizar o poder popular para expulsar o laureado do Prémio Nobel.

O Primeiro-Ministro disse que resignaria com satisfação se as pessoas da sua nação inquieta o pedissem, e desafiou os seus críticos a tomarem o leme se pensavam que podiam fazer um trabalho melhor.

"Resignarei num segundo," disse. "Nem preciso de esperar por uma manifestação."

A mais jovem nação da Ásia caiu no caos em Maio quando as lutas entre facções das forças de segurança transbordaram em guerra de gangs, pilhagens e ataques incendiários, deixando pelo menos 30 pessoas mortas e mandando mais de 150,000 outras a fugir para salvarem as suas vidas.

A calma regressou em grande parte depois do sr Ramos Horta ter formado um novo governo, substituindo Mari Alkatiri, e da chegada de tropas lideradas pelos Australianos sob o comando do Brigadeiro Mick Slater.

As tensões montaram depois do Major Reinado ter fugido da prisão há duas semanas com perto doutros 60. Mantém-se ao largo e tem repetidamente criticado o novo Governo.

"Não estou satisfeito com todas as políticas que jogam à minha volta," disse o Sr Ramos Horta. "Se você (Reinado) pensa que pode fazer um trabalho melhor do que eu como primeiro-ministro, o emprego é seu. Não estou interessado. Só o aceitei porque me pediram para o fazer."

O Major Reinado disse ao The Australian que estava disponível para negociar com o Governo a sua entrega, mas não se isso significasse regressar à prisão. Acusou que a sua luta é sobre um sistema legal corrupto que serve os políticos mas disse que não tinha a intenção de desencadear uma guerra de guerrilha ou de pegar em armas contra o seu país.

O antigo responsável pela polícia militar de Timor-Leste enfrenta acusações de tentativa de assassínio e posse ilegal de armas em conexão com a recente violência política. A ONU em 3 de Setembro prometeu um julgamento justo ao Major Reinado se ele se entregasse.

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Queixa contra comportamento forças militares e policiais australianas

Tradução da Margarida.

De uma leitora:

Para:

Joint Task Force - Brig. Mick Slater
Caicoli
Dili

UNPOL – Comissário Antero Lopes
Obrigado Baracks
Dili

Australian Federal Police – Coronel Steve Lancaster
Timor Lodge
Dili

Assunto: Queixa contra acção militar e policial Australiana


Ontem, 11 de Setembro de 2006, à volta da uma da manhã guiava sozinha num Mitsubishi Pajero verde com o número de matrícula 16-874. Depois da Ponte de Bidau na direcção para a Areia Branca e longe de Dili, foi-me dito para parar num auto-stop por uma patrulha militar Australiana.

Guiava mais depressa que a velocidade autorizada de 45 k/ph dados os frequentes ataques contra veículos à noite.

Parei e os soldados pediram a minha autorização para revistar o carro que imediatamente lhes dei.

Estava a falar ao telefone quando um dos soldados que revistavam o carro se moveu para mim e usou a palavra "f…. ", para comentar sobre qualquer coisa relacionada com a velocidade com que guiava.

Perguntei se tinha usado a palavra "f....." ou se eu não o tinha percebido. O soldado respondeu sim e disse "f.....," e depois começou a repeti-la ostensivamente e dum modo agressivo e arrogante usando palavras ofensivas em cada frase.

Disse-lhe que não deveria usar esse tipo de linguagem, ao que respondeu que podia falar de qualquer "f….. " modo que lhe agradasse.

Pedi-lhe a sua identificação e disse-lhe que esperava um pedido de desculpas. Respondeu-me que não me daria nenhuma "f..... " identificação e que não iria pedir desculpa "f…..".

Contactei com a polícia Australiana que enviou uma patrulha com dois oficiais de polícia Australianos e dois Malaios.

Tomaram nota do incidente e disseram que iriam identificar os soldados Australianos. O oficial da polícia Australiano Dean Messenger deu-me o seu número de serviço, era 18530.

Disse-me que no dia a seguir eu podia ligar ao mesmo número do comando da polícia da Austrália e que me informariam do modo correcto para apresentar uma queixa formal.

Todos os membros da patrulha da polícia tiveram uma atitude correcta e profissional, que foi também testemunhada por alguns dos meus amigos que entretanto chegaram.

Esta manhã liguei ao comando da polícia e passei o meu nome e o número do serviço e disseram-me que seria contactada mais tarde.

Ligaram-me e perguntaram o que queria. Contei-lhes outra vez o que tinha acontecido e decidiram ligar-me mais tarde.

Como ninguém pelas 3 da tarde me ligou, liguei-lhes eu e dei-lhes outra vez o meu número do serviço. Contei-lhes outra vez o que tinha acontecido e que queria saber onde podia deixar a minha queixa, etc.

Disseram-me que me ligariam ao seu superior. O Sargento Better veio ao telefone e pediu-me outra vez o meu nome e o que tinha acontecido.

Expliquei-lhes que já tinha contado muitas vezes aos seus colegas hoje, que lhes tinha dado o número do serviço, que já lhes tinha explicado o que tinha acontecido e se me podiam dar a identificação dos soldados da patrulha e informar-me onde podia deixar uma queixa.

Ele disse que não conhecia a situação, que tinha de repetir tudo outra vez. Pedi-lhe para me dar o seu número de serviço. Ele desligou o telefone.

Telefonei-lhe outra vez e perguntei-lhe se a chamada tinha caído. Disse que tinha de fazer e que fora ele quem desligara.

Disse que o militar Australiano de ligação me podia ligar conforme o seu tempo e conveniência, o que arrogantemente repetiu, uma vez e outras.

Nunca tinha testemunhado tal arrogância e falta de profissionalismo da parte de membros de forças de segurança tal como a destes Australianos e do sargento Better da polícia Australiana.

Timor-Leste é uma nação soberana e as forças de segurança estrangeiras estão neste país para ajudar a restabelecer a ordem, e não para fazerem o que lhes apetece sem prestarem contas a ninguém.

Num local onde a violência ocorre diariamente nas ruas à volta da capital, no meio da presença de milhares de soldados Australianos, estes mesmos ordenam a uma mulher para parar no meio da noite. São vulgares e arrogantes.

O sargento da polícia Australiana que atendeu o telefone pondo-se ele próprio ao serviço das pessoas revelou-se tão arrogante e falho de profissionalismo, não procedeu correctamente, não deu a informação que lhe foi pedida, e levou-me a pensar que estava mais preocupado em proteger os seus próprios nacionais Australianos do que a tentar resolver a situação.

Gostaria de saber se estes soldados e polícias teriam a mesma atitude se eu fosse Australiana ou se estivéssemos na Austrália e não em Timor-Leste.

Os militares Australianos, em vez de darem um exemplo profissional actuam exactamente de forma oposta do que era esperado.

Os militares Australianos foram acusados hoje no Parlamento Nacional de terem feito várias intervenções inadmissíveis no interior de campos de deslocados no aeroporto.

Os militares Australianos protegem um desertor, um homem procurado e que somente detiveram depois doutras forças de segurança terem denunciado a situação.

A força militar Australiana foi acusada pelo Primeiro-Ministro de Timor-Leste de ter permitido a fuga de 57 presos da Prisão de Becora incluindo Alfredo Reinado.

As forças militares Australianas, cujo comando confirmou que sabia das andanças dos presos, mas depois de 12 dias ainda não fez nenhuma detenção.

É agora mais fácil entender as declarações feitas pelo Ministro dos Assuntos Estrangeiros Australiano, Downer quando disse que é mais fácil para a força militar Australiana receber ordens de Canberra do que de New York, como um argumento para se opor à integração dos militares Australianos numa força sob as Nações Unidas.

São sete da noite e pelas mostras, não foi conveniente ao oficial de ligação Australiano entrar em contacto comigo.

Por isso apelo a todas as autoridades a quem endereço esta carta para procederem de acordo com as regras e protocolos a que esta questão está sujeita e para fazerem o possível para que este tipo de situação não se repita.


Os melhores cumprimentos,

(nome identificado e assinatura)

Díli, 12 de Setembro 2006

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Reunião de ministros lusófonos da Defesa discute cooperação

Cidade da Praia, 14 Set (Lusa) - Ministros da Defesa dos países de língua portuguesa, entre eles o brasileiro Waldir Pires (na foto, à esquerda), estão reunidos na Cidade da Praia, capital de Cabo Verde, para discutir a cooperação militar entre os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

A discussão e aprovação da primeira versão do Protocolo de Cooperação da comunidade no domínio da Defesa é um itens na agenda da 9ª Reunião dos Ministros da Defesa da CPLP.

Outro tema do encontro são os exercícios militares "Felino 2006", que vão ocorrer este ano no Brasil, com a presença de unidades militares de todos os Estados membros. Durante o encontro, será assinado um memorando de entendimento sobre a ação.

O ministro português da Defesa, Nuno Severiano Teixeira (na foto, à direita), disse ainda que Portugal vai propor a criação do Programa de Apoio às Missões de Paz na África, que terá, como principal atribuição, oferecer treinamentos para militares para ações de paz.

Abertura

Na abertura da reunião, nesta quinta-feira, o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, disse que as questões da Defesa "pesam cada vez mais" sobre as decisões políticas, devido à "nova arquitetura de segurança internacional" imposta pelo terrorismo.

O premiê disse ainda ser importante a integração das ações dos países que falam português pela "relevância geo-estratégica cada vez mais crescente dos nossos países".

José Maria Neves fez várias referências ao que entende serem as prioridades em matéria de Defesa no âmbito da CPLP, tendo-se demorado nas questões ligadas ao terrorismo, ao tráfico e criminalidade transnacional e ainda às questões da imigração clandestina.

Para enfrentar esses fenômenos internacionais, Neves preconizou a construção de "pontes de diálogo", principalmente entre a Europa e África, de modo a favorecer o desenvolvimento dos países pobres da África, mas pediu também que as "elites políticas e governamentais do continente africano assumam plenamente as suas responsabilidades".

Ainda no entender do primeiro ministro cabo-verdiano, é igualmente fundamental criar uma "área de Desenvolvimento e de Segurança da bacia do Atlântico" para combater os crescentes fluxos migratórios, os diferentes tráficos o terrorismo.

A criação desta área de segurança atlântica, da qual fazem parte a maioria dos países africanos de língua portuguesa, foi lançada como idéia para reflexão no decurso dos trabalhos da 9ª Reunião de Ministros da Defesa da CPLP.

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste são os integrantes da CPLP.

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UNOTIL Daily Media Review

Thursday, 14 September 2006

National Media Reports
TP - Timor Post
DN - Diario Nacional
STL - Suara Timor Lorosae
RTTL - Radio e Televisao de Timor-Leste

One Youth Death and Three Injured Following Attack

One youth died following attacks by an unknown group in the area of Kintal Bo’ot on Wednesday evening around 19:00hrs. The victim identified as Abento was hit on the forehead by the dart-Like weapon known as rama ambon. According to Timor Post, three youths were injured following shootings by the UN police. The population in the areas of Kaikoli, Mascarenhas, Balide, Matadouro and Mercado Lama claim to be in shock and are traumatized by the actions of the UN police for arbitrary shooting at the population. One of the injured, Mateus Droga who was treated at the Canossian Sisters Residence in Balide said before the problem started he and some youths were sitting in a kiosk, opposite the President’s Palace, and upon hearing information of the conflict they went to the vicinity of the incident and saw Ambeno on the floor. As they tried to help him, Mateus said the international police arrived and rather than chase after the attackers they started shooting at him and his friends. He further said they fled from the scene and started yelling that the international police were supposed to provide security for the people and not to harm them. Mateus Droga said the police composed of GNR chased him and his friends all the way into the President’s Palace, where one of them had already been injured in the head from a bullet wound, and then as they approached the vicinity, Mateus claims that the police shot him in the in the neck. The three injured received medical treatment at the Canossian Sisters Residence in Balide. According to Timor Post, the UN police commander has not confirmed the actions of the police and it is reported police used rubber bullets. (TP)

700 PNTL Registered

About 700 PNTL have registered with the Commission of Evaluation in a first phase of screening process for PNTL officers, Minister of Interior, Alcino Barris said on Wednesday. Barris further said PNTL Commander General Paulo Martins, Operational Commander Ismael Babo and Deputy Administration Commander Lino Saldanha will also take part in the screening test. The Minister of Interior further said some members of PNTL have not yet handed in their weapons and pistols because they are scared. He said the police have the original list and know who still have guns. In the meantime, Paulo Martins has reportedly said the International Forces have not considered him as Commander of PNTL and searched his house in Bairro Pité without notifying him. (TP, DN)

Commission of Inquiry Collects 3000 Documents

The UN Independent, Special Commission of Inquiry headed by Paulo Sergio Pinheiro held a press conference on Wednesday to update the public on the progress of their work. According to Pinheiro, the Commissioners have visited the country for the second time and in the last 10 days have worked intensively with members of the commission’s team and the information gathered from interviews and follow-up interviews. The Commissioners are scheduled to leave the country at the end of the week and resume their work towards the end of September in order to finalize the report which would be handed in to the UN Secretary General, and the Timor-Leste National Parliament. (DN, TP, STL)

Ramos-Horta Blames Media Partly For The Crisis

Prime Minister Ramos-Horta reportedly said if he steps down as the head of the government the journalists would receive the burden and the consequences for their acts, reported STL Thursday. Ramos-Horta also blames the journalists partly for contributing to the crisis, noting some of the reports have not been accurate and appealed to them to verify their reports as it can have an impact on the destabilization of the country. He further said ‘it is not only the politicians misinforming but also some journalists sometimes provides wrong information. The Minister added, some of the journalist reports instigate the leaders and destabilize the situation.

RTTL Headlines, 13 September 2006

Bilateral Police to UNPOL

The International Police from Australia, Malaysia and Portugal, who have been on the ground in Timor-Leste on bilateral arrangements, have been transferred to the UN Police on Wednesday. Speaking at the ceremony, SRSG Sukehiro Hasegawa said that the International Community would continue to support Timor-Leste. Meanwhile, PM Ramos Horta stated that the presence of the UN police was important for peace and stability in this country as well as the re-establishment of the national police, PNTL.

Humanitarian Assistance continue

The Minister for Labour and Community Reinsertion, Arsenio Paixao Bano, has reportedly stated that the government would continue to provide humanitarian assistance to the IDPs in the camps throughout Dili. Speaking to journalists at the airport IDP camp, after accompanying the Prime Minister on a visit to the camps, Minister Bano said that the assistance will continue until there is adequate conditions for the return home of the IDPs.

A Mass for victims of the Crisis

The spokesperson of Dili Diocese, Fr. Dominggos Soares Maubere, held a mass in Gleno, Ermera on Tuesday, reportedly to pray for all those who had fallen victims during the recent crisis in Timor-Leste. Speaking to journalists after the mass, Fr. Maubere said that there is no peace without justice and he called on the leaders of this country to create peace to enable the people to accept each other.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.