sexta-feira, maio 02, 2008

Gastão Salsinha fica preso e diz que ainda é militar

Antes de ter sido preso, Salsinha festejou rendição com captores
JN, 02/05/08

O ex-tenente Gastão Salsinha, principal arguido no processo dos ataques de 11 de Fevereiro, afirmou ontem à saída do Tribunal de Recurso, em Díli, que pretende regressar às Forças Armadas de Timor-Leste. "Durante dois anos, eu sempre me mantive como militar. Depois disso, só o juiz é que pode resolver se eu sou civil ou militar.

Neste momento, ainda sou militar. É a minha profissão", afirmou Salsinha aos jornalistas. Na véspera, o ex-fugitivo tinha participado numa festa de arromba com os seus captores. Gastão Salsinha foi colocado ontem em prisão preventiva pelo juiz internacional Ivo Rosa, do Tribunal Distrital de Díli, responsável pelo processo relativo ao duplo ataque de 11 de Fevereiro contra o presidente da República, José Ramos-Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão.

Ivo Rosa realizou quarta-feira e ontem, nas instalações do Tribunal de Recurso (o Tribunal Distrital encontra-se em obras), o primeiro interrogatório judicial a Gastão Salsinha e a cinco dos homens que estiveram com ele fugidos durante quase três meses. "A razão de me apresentar aqui é a minha própria declaração", explicou Gastão Salsinha aos jornalistas, no final do interrogatório, falando sempre em língua tétum. "Bem ou mal, estou pronto para enfrentar a justiça", acrescentou o ex-líder dos peticionários das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL). "No mês de Março, cheguei a acordo com o procurador-geral da República, Longuinhos Monteiro, e com o presidente da República interino, Fernando 'La Sama' de Araújo, para me entregar quando o presidente José Ramos-Horta chegasse da Austrália", explicou Gastão Salsinha. "Entreguei-me ao presidente Ramos-Horta, não me entreguei ao comando conjunto", sublinhou o ex-oficial. Mas a verdade é que, na véspera, a rendição de Gastão Salsinha foi celebrada, no comando conjunto em Díli, com uma festa que juntou os captores e os capturados da operação "Halibur" em torno de muita cerveja e muita música.

Salsinha jantou terça-feira no comando conjunto, no Bairro do Farol, numa mesa de oficiais da operação "Halibur". Ele e os seus homens estiveram na festa até cerca das 22.30 (hora local), afirmaram à agência Lusa vários participantes do convívio. "Houve muita cerveja, muita música e karaoke", afirmou um elemento das forças que, durante quase três meses, perseguiram os fugitivos do 11 de Fevereiro pelos distritos ocidentais do país. "Divertiram-se todos", resumiu à Lusa o comandante da "Halibur", tenente-coronel Filomeno Paixão.

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Traduções

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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