DILI, 1 April 2008 (IRIN) - The UN World Food Programme (WFP) will cut food aid for displaced people in Timor-Leste this month to ensure assistance reaches the most vulnerable and food insecure communities throughout the country.
The policy decision is based on a report that shows some WFP aid is reaching people who are not food insecure, while bypassing tens of thousands of other Timorese in need.
Timor-Leste’s State Secretary for Social Assistance Jacinto De Deus told IRIN: "We had expected that WFP would continue supporting [the IDPs] but they have decided they can only support until the end of March, so the government has to try to fill in the gap."
The decision to reduce this food aid had been expected - with the support of the government, WFP began providing half rations to IDPs in February 2008.
Both the government and the UN told IRIN the reduction of food rations was not a ploy to force IDPs out of the camps, but instead based on the report, which revealed only half of the 70,000 displaced registered in the camps and at host families were actually food insecure.
The study also revealed that around 35,000 people who are not IDPs are in desperate need of food assistance.
Focus on vulnerable groups
"What we are trying to do now is to stop food distribution altogether, and we are trying to identify people who are chronically vulnerable, who need continued assistance maybe in the form of food, or food coupons, not only IDPs but also the rest of the population," WFP Country Director Joan Fleuren told IRIN.
"Our normal programme is already directed at mother and child health centres, school feeding programmes and food-for-work, and IDPs are a sub sector of our programme," he said.
He said many of the IDPs would be eligible to receive food aid from the government though those programmes and initiatives to support breastfeeding mothers, people with disabilities, and the elderly.
In the absence of direct WFP food aid to IDPs, the government is appealing to donors to help find the money needed to feed those who remain in camps or with relatives throughout the country.
"This year, the government allocated US$15 million for internally displaced people, but that money is targeted chiefly at the recovery and rehabilitation process, with none allocated for humanitarian assistance,'' De Deus told IRIN.
Tight government food budget
The government is currently using US$1 million - money allocated in the 2007 transitional budget for humanitarian aid caused by natural disasters - to buy rice for IDPs.
De Deus said the money would only last until the end of June, at which time the government would be forced to find the US$700,000 per month needed to feed the country's remaining displaced population. He said the government failed to include any money for this in the 2008 budget.
As of April, the government will stop providing food aid for the 20 percent of IDPs who work as civil servants, as they already receive a food allowance in their salary.
Jose Sarmento, a lecturer at the university in Dili living in the Don Bosco IDP camp with 3,000 others, told IRIN that under the government’s new policy he will not receive any more food aid. He said the money he receives as a teacher – including his food allowance - is not enough to provide for his family, and that if he lived in his house, not the IDP camp, he would be able to subsidise his income with extra work.
While officials claim the food cutbacks are not designed as an inducement for IDPs to return home, in the end they may just have that effect.
sm/bj/sr
Themes: (IRIN) Aid Policy, (IRIN) Food Security, (IRIN) Refugees/IDPs
[ENDS]
Report can be found online at:
http://www.irinnews.org/Report.aspx?ReportId=77553
Tradução:
WFP muda o foco da assistência alimentar
DILI, 1 Abril 2008 (IRIN) – O Programa Mundial de Alimentação da ONU (WFP) vai este mês cortar a ajuda alimentar aos deslocados em Timor-Leste para assegurar que a assistência chegue aos mais vulneráveis e às comunidades com insegurança alimentar através do país.
A decisão política tem por base um relatório que mostra que alguma ajuda do WFP está a chegar a pessoas que não têm insegurança alimentar, ao mesmo tempo que não chega a dezenas de milhares de outros Timorenses com necessidades.
O Secretário de Estado para a Assistência Social de Timor-Leste Jacinto De Deus disse ao IRIN: "Esperávamos que o WFP continuasse a apoiar [os deslocados] mas eles decidiram que apenas podem apoiar até ao fim do mês de Março, assim o governo tem de tentar tapar o buraco."
A decisão para reduzir esta ajuda alimentar tinha sido esperada – com o apoio do governo o WFP começou a dar meias rações aos deslocados em Fevereiro de 2008.
Ambos o governo e a ONU disseram ao IRIN que a redução das rações de comida não era um truque para forçar os deslocados para fora dos campos, mas em vez disso foi baseado no relatório que revelou que apenas metade dos 70,000 deslocados registados nos campos e nas famílias hospedeiras tinham actualmente insegurança alimentar
O estudo revelou também que cerca de 35,000 pessoas que são deslocados estão com necessidade desesperada de assistência alimentar.
Focos nos grupos vulneráveis
"O que estamos a tentar fazer agora é parar toda a distribuição de alimentos, e estamos a tentar identificar as pessoas que cronicamente são vulneráveis, que precisam de assistência continuada talvez na forma de alimentos ou de cupões para alimentos, não apenas deslocados mas também o resto da população," Disse o Director do País do WFP Joan Fleuren ao IRIN.
"O nosso programa normal já está direccionado aos centros de saúde materno-infantis, aos programas de alimentação escolares e de trabalho-por-alimentos, e os deslocados são um sub sector do nosso programa," disse.
Disse que muitos dos deslocados serão elegíveis a receber ajuda alimentar do governo através desses programas e iniciativas para apoiar as mães que amamentam, pessoas deficientes e os idosos.
Na ausência de ajuda alimentar directa do WFP aos deslocados, o governo está a apelar aos dadores para encontrarem o dinheiro necessário para alimentar os que ficam nos campos ou com os familiares espalhados pelo país.
"Este ano, o governo alocou US$15 milhões para os deslocados, mas esse dinheiro tem por alvo principalmente o processo de recuperação e rehabilitação, sem nenhum alocado para a assistência humanitária,'' disse De Deus ao IRIN.
Orçamento do governo para alimentação apertado
O governo está correntemente a usar US$1 milhão – dinheiro alocado no orçamento provisório de 2007 para ajuda humanitária causada por desastres naturais – para comprar arroz para os deslocados.
De Deus disse que o dinheiro chegará apenas até ao fim de Junho, altura em que o governo será forçado a encontrar US$700,000 por mês necessários para alimentar a restante população deslocada no país. Disse que o governo falhou em incluir qualquer dinheiro para isto no orçamento de 2008 .
Assim em Abril,o governo vai parar com a ajuda alimentar para os 20 por cento dos deslocados que são funcionários públicos dado que já recebem um subsídio de alimentação nos seus salários.
José Sarmento, um académico da universidade em Dili a viver no campo de deslocados de Don Bosco com outros 3,000, disse ao IRIN que sob a nova política do governo não vai receber mais nenhuma ajuda alimentar. Disse que o dinheiro que recebe como professor – incluindo o seu subsídio de alimentação - não é o suficiente para prover à sua família, e que se vivesse na sua casa e não num campo de deslocados, que ele poderia aumentar o seu rendimento com trabalho extra .
Ao mesmo tempo que as entidades oficiais afirmam que os cortes da alimentação não foram feitos para induzir os deslocados a regressarem às suas casas, no fim de contas terão mesmo esse efeito.
sm/bj/sr
Temas: (IRIN) Política de Ajuda, (IRIN) Segurança Alimentar, (IRIN) Refugiados/Deslocados
[FIM]
O Relatório encontra-se online em:
http://www.irinnews.org/Report.aspx?ReportId=77553
quarta-feira, abril 02, 2008
WFP shifts focus of food assistance
Por Malai Azul 2 à(s) 22:52
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução:
WFP muda o foco da assistência alimentar
DILI, 1 Abril 2008 (IRIN) – O Programa Mundial de Alimentação da ONU (WFP) vai este mês cortar a ajuda alimentar aos deslocados em Timor-Leste para assegurar que a assistência chegue aos mais vulneráveis e às comunidades com insegurança alimentar através do país.
A decisão política tem por base um relatório que mostra que alguma ajuda do WFP está a chegar a pessoas que não têm insegurança alimentar, ao mesmo tempo que não chega a dezenas de milhares de outros Timorenses com necessidades.
O Secretário de Estado para a Assistência Social de Timor-Leste Jacinto De Deus disse ao IRIN: "Esperávamos que o WFP continuasse a apoiar [os deslocados] mas eles decidiram que apenas podem apoiar até ao fim do mês de Março, assim o governo tem de tentar tapar o buraco."
A decisão para reduzir esta ajuda alimentar tinha sido esperada – com o apoio do governo o WFP começou a dar meias rações aos deslocados em Fevereiro de 2008.
Ambos o governo e a ONU disseram ao IRIN que a redução das rações de comida não era um truque para forçar os deslocados para fora dos campos, mas em vez disso foi baseado no relatório que revelou que apenas metade dos 70,000 deslocados registados nos campos e nas famílias hospedeiras tinham actualmente insegurança alimentar
O estudo revelou também que cerca de 35,000 pessoas que são deslocados estão com necessidade desesperada de assistência alimentar.
Focos nos grupos vulneráveis
"O que estamos a tentar fazer agora é parar toda a distribuição de alimentos, e estamos a tentar identificar as pessoas que cronicamente são vulneráveis, que precisam de assistência continuada talvez na forma de alimentos ou de cupões para alimentos, não apenas deslocados mas também o resto da população," Disse o Director do País do WFP Joan Fleuren ao IRIN.
"O nosso programa normal já está direccionado aos centros de saúde materno-infantis, aos programas de alimentação escolares e de trabalho-por-alimentos, e os deslocados são um sub sector do nosso programa," disse.
Disse que muitos dos deslocados serão elegíveis a receber ajuda alimentar do governo através desses programas e iniciativas para apoiar as mães que amamentam, pessoas deficientes e os idosos.
Na ausência de ajuda alimentar directa do WFP aos deslocados, o governo está a apelar aos dadores para encontrarem o dinheiro necessário para alimentar os que ficam nos campos ou com os familiares espalhados pelo país.
"Este ano, o governo alocou US$15 milhões para os deslocados, mas esse dinheiro tem por alvo principalmente o processo de recuperação e rehabilitação, sem nenhum alocado para a assistência humanitária,'' disse De Deus ao IRIN.
Orçamento do governo para alimentação apertado
O governo está correntemente a usar US$1 milhão – dinheiro alocado no orçamento provisório de 2007 para ajuda humanitária causada por desastres naturais – para comprar arroz para os deslocados.
De Deus disse que o dinheiro chegará apenas até ao fim de Junho, altura em que o governo será forçado a encontrar US$700,000 por mês necessários para alimentar a restante população deslocada no país. Disse que o governo falhou em incluir qualquer dinheiro para isto no orçamento de 2008 .
Assim em Abril,o governo vai parar com a ajuda alimentar para os 20 por cento dos deslocados que são funcionários públicos dado que já recebem um subsídio de alimentação nos seus salários.
José Sarmento, um académico da universidade em Dili a viver no campo de deslocados de Don Bosco com outros 3,000, disse ao IRIN que sob a nova política do governo não vai receber mais nenhuma ajuda alimentar. Disse que o dinheiro que recebe como professor – incluindo o seu subsídio de alimentação - não é o suficiente para prover à sua família, e que se vivesse na sua casa e não num campo de deslocados, que ele poderia aumentar o seu rendimento com trabalho extra .
Ao mesmo tempo que as entidades oficiais afirmam que os cortes da alimentação não foram feitos para induzir os deslocados a regressarem às suas casas, no fim de contas terão mesmo esse efeito.
sm/bj/sr
Temas: (IRIN) Política de Ajuda, (IRIN) Segurança Alimentar, (IRIN) Refugiados/Deslocados
[FIM]
O Relatório encontra-se online em:
http://www.irinnews.org/Report.aspx?ReportId=77553
Enviar um comentário