domingo, abril 27, 2008

Rebuilding infrastructure poses challenge to tackling malaria

IRIN
Saturday 26 April 2008

A malaria patient at the national hospital in Dili, the capital. Men are the most prevalent carriers of the disease because of their work on farmland and other malaria-infested areas
DILI, 24 April 2008 (IRIN) - Timor-Leste reported 46,832 cases of malaria - nearly one-twentieth of the population - in 2007 but health officials are optimistic that a nationwide spraying campaign and the extensive distribution of bed nets since then will have reduced numbers.

The Ministry of Health told IRIN it wants every man, woman and child to sleep under an insecticide-impregnated bed net. In a country where 80 percent of those sampled for malaria test positive, this might seem an obvious solution, but until November 2007, it was not government policy. Nets were only issued to pregnant women and children under five.

However, Maria Mota, a malaria official at the Ministry of Health, said research indicated it was often the men in the household - most likely to work in rice fields or low croplands - who often carried the disease.

"We've bought 66,000 bed nets in the last three months and we're about to buy 100,000 more," said vice-minister Madalena Hanjam. The programme still has some way to go, but Hanjam was confident of success. "This is still in the planning phase," she said. "We're doing it in steps."

Hanjam said the new nets were treated with anti-mosquito chemicals that stay active for five years. This is an improvement over earlier nets that had to be washed more frequently and were often torn in the process.

But additional prevention was hard and coordinating with other ministries often led to bureaucratic delays, she said.


Photo: Brennon Jones/IRIN
Wide-scale destruction throughout Timor-Leste has left pools of standing water – perfect breeding grounds for malaria-ridden mosquitos
Hanjam said the destruction that followed the referendum vote for independence in 1999 left the infrastructure in shambles and much of it had still not been fixed. Open sewers, potholes and abandoned buildings are common in urban settings around Timor-Leste. Hanjam said the standing water in such places made excellent mosquito breeding grounds.

Timor is home to two strains of malaria, falciparum and vivax. Falciparum, a particularly dangerous strain, is the most common, though it is also the easiest to treat.

Hanjam said every health post, clinic and hospital had rapid test kits and since late last year the ministry had been using Coartem, recommended by the World Health Organization (WHO), to treat falciparum.

Treatment sites

Including rural health posts, sub-district clinics and district hospitals, there are 195 sites around the country where people can seek treatment.

"If 10 people come with symptoms and take the rapid test, eight will have a positive result," Hanjam said. Malaria is the third most prevalent communicable disease in Timor following diarrhoea and tuberculosis.

The system, however, is not flawless. Some patients live far away from a clinic and many rural Timorese are unaccustomed to using western medicines as a first response to illness, so they may wait until it is too late, risking cerebral malaria, which is deadly unless treated in hospital.

Infrastructure challenge

According to Arun B Thapa, WHO representative for Timor-Leste, "The fact that the country is in the process of rebuilding itself is the biggest challenge in addressing the malaria problem – much of the infrastructure has been destroyed. Even families in the most remote corners should have access."

WHO is working with the ministry of health to intensify its community services outreach programmes and mobile clinics. "What the programme does is pull together the different elements at the health centre level so they can't complain they don't have the transport or the logistics," Thapa told IRIN.

However, it is a slow process, and "more progress will be needed to make sure we really rid the country of malaria".

sm/bj/mw

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Reconstrução de infraestruturas coloca o desafio de tratar a malária
IRIN
Sábado 26 Abril 2008

Uma doente de malária no hospital nacional em Dili, a capital. Os homens são os transportadores mais predominantes da doença por causa do trabalho nas quintas e noutras áreas infestadas pela malária.
DILI, 24 Abril 2008 (IRIN) - Timor-Leste reportou 46,832 casos de malária – quase um vigésimo da população - em 2007 mas as autoridades da saúde estão optimistas que uma campanha de pulverização por todo o país e a distribuição extensiva de mosqueteiros desde então reduzirá os números.

O Ministério da Saúde disse ao IRIN que quer que cada homem, mulher e criança durma debaixo dum mosqueteiro impregnado de insecticida. Num país onde 80 por cento dos que foram sondados por malária testam positivo, isto pode parecer uma solução óbvia, mas até Novembro 2007, isso não era política do governo. Os mosqueteiros eram apenas dados a a grávidas e a crianças abaixo dos cinco anos.

Contudo, Maria Mota, funcionária da malária no Ministério da Saúde, disse que a investigação indicou que eram muitas vezes os homens na família – a maioria dos quais trabalham nos campos de arroz ou nas terras agrícolas baixas – que muitas vezes transportavam a doença.

"Comprámos 66,000 mosqueteiros nos últimos três meses e vamos comprar mais 100,000," disse a vice-ministra Madalena Hanjam. O programa tem ainda algum caminho a percorrer, mas Hanjam tem confiança no sucesso. "Isto está ainda na fase de planeamento," disse ela. "Estamos a fazer isso por passos."

Hanjam disse que os novos mosqueteiros são tratados com químicos anti-mosquito que ficam activos durante cinco anos. Isto é uma melhoria sobre mosqueteiros anteriores que tinham de ser lavados com mais frequência e ficaram muitas vezes rasgados no processo.

Mas prevenção adicional é difícil e a coordenação com outros ministérios leva muitas vezes a demoras burocráticas, disse ela.


Foto: Brennon Jones/IRIN
Destruição em larga escala através de Timor-Leste tem deixado poças de água estagnadas – campo de crescimento perfeito para mosquitos causadores da malária
Hanjam disse que a destruição que se seguiu ao referendo para a independência em 1999 deixou as infraestruturas em ruínas e a maioria ainda não foi arranjada. Esgotos a céu abertos, fossas e edifícios abandonados são comuns em zonas urbanas por volta de Timor-Leste. Hanjam disse que as águas estagnadas em tais lugares são campos de crescimento excelentes para os mosquitos.

Timor é lar de duas estirpes de malária, falciparum e vivax. Falciparum, é uma estirpe particularmente perigosa, é a mais comum, apesar de ser a mais fácil de tratar.

Hanjam disse que cada posto de saúde, clínica e hospital tinha kits de testes rápidos e que desde o ano passado o ministério tem estado a usar Coartem, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para tratar a falciparum.

Locais de Tratamento

Incluindo postos de saúde rurais, clínicas de sub-distritos e hospitais distritais, há 195 locais pelo país onde as pessoas podem procurar tratamento.

"Se vierem 10 pessoas com sintomas e fizerem o teste rápido, oito terão um resultado positivo," disse Hanjam. A malária é a terceira doença transmissível mais proeminente em Timor depois da diarreia e da tuberculose.

O sistema, contudo não é isento de falhas. Alguns doentes vivem longe de clínicas e muitos Timorenses das zonas rurais não estão habituados a usar medicamentos ocidentais como primeira resposta à doença, por isso podem esperar até ser demasiadamente tarde, arriscando a malária cerebral, que é mortal a não ser que seja tratada no hospital.

Desafio das Infraestruturas

De acordo com Arun B Thapa, representante da OMS em Timor-Leste, "O facto é que o país estar no processo de se reconstruir é o maior desafio para resolver o problema da malária – muitas das infraestruturas foram destruídas. Mesmo as famílias dos cantos mais remotos devem ter acesso."

A OMS está a trabalhar com o ministério da saúde para intensificar os seus programas de serviços à comunidade e clínicas móveis. "O que o programa faz é juntar os diferentes elementos a nível dos centros de saúde para que não se possam queixar que não têm transportes ou logísticas," disse Thapa ao IRIN.

Contudo, é um processo lento, e "serão necessários mais progressos para termos a certeza que realmente livramos o país da malária".

sm/bj/mw

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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