segunda-feira, março 17, 2008

NGOs brace for Indonesia-E Timor report

March 14, 2008
The Age
Human rights groups are worried.

The controversial Indonesia-East Timor "truth" commission into the violence surrounding East Timor's historic 1999 vote for independence will hand down its final report within weeks.

The Commission of Truth and Friendship (CTF) will have the authority to recommend amnesties for those who perpetrated human rights abuses, but has no power to order prosecution.

It was established by the two countries in a bid to establish a "conclusive truth" about the 1999 violence to help repair relations.

Human rights groups say East Timor's ability to bring those responsible to justice will be key to the future of the country, which has a dismal past track record.

Commission co-chair Benjamin Mankoedilaga said commissioners hoped to hand over the final report to Indonesia's President Susilo Bambang Yudhoyono and wounded East Timor President Jose Ramos-Horta at a ceremony in Bali by month's end.

"But seeing the reality now, what is developing in Timor Leste, and the political business of our president Susilo Bambang Yudhoyono ... we still haven't got answer (from them)," Mankoedilaga said.

Ramos-Horta is recovering in Darwin after he was shot by assailants at his Dili home last month.
East Timor's Prime Minister Xanana Gusmao was also shot at a short time later, but escaped uninjured.

Ramos-Horta already has said he forgives rebel leader Alfredo Reinado - killed in the ambush - with whom the government had unsuccessfully tried to negotiate since his escape from a Dili prison 18 months ago on murder charges.

International Centre for Transitional Justice senior associate Galuh Wandita is concerned the upcoming CTF report could also undermine attempts to build a strong respect for the law.

"Obviously this whole policy to put aside justice for political compromise is weakening rule of law in East Timor and the CTF report could just be another step weakening the rule of law," she said.

"That's why we are very concerned. It reflects this consistent policy of the government to put aside the hard questions of justice for more immediate political gains.

"Political compromise is on one hand understandable, but on the other hand, the cost for East Timor is too (high)."

A recent ICTJ report into the CTF warned it risked becoming a "diplomatic charade" unless it delivered a strong and independent finding.

It found the truth body was "deeply flawed" and many witnesses at the public hearings had presented an "alarming version of events" from alleged perpetrators.

But Wandita was optimistic no amnesties would be recommended following lobbying from NGOs and other groups.

CTF co-chairman Mankoedilaga said the report could be controversial.

"We cannot satisfy everyone, there is the possibility (of controversy) but we are trying our hardest to (satisfy everyone)," he said.

He said the findings were unanimous among the five East Timorese and five Indonesian commissioners.

"We went through a struggle (but) there is no dissenting opinion," he said.

"This was a very interesting job for us, in any kind of job there is no smooth work.

"This is a commission formed by two countries, each of them has their own interests."


Tradução:

ONG's esperam pelo relatório Indonésia-Timor-Leste

Março 14, 2008
The Age
Grupos de direitos humanos estão preocupados.

A controversa comissão Indonésia-Timor-Leste da "verdade" à violência que rodeou o referendo histórico de 1999 de Timor-Leste entregará o seu relatório final dentro de semanas.

A Comissão da Verdade e Amizade (CVA) terá autoridade para recomendar amnistias para os perpetradores de abusos de direitos humanos, mas não tem poder para ordenar processamentos.

Foi estabelecida pelos dois países numa tentativa de estabelecer uma "verdade conclusiva" acerca da violência de 1999 para ajudar a reparar as relações.

Grupos de direitos humanos dizem que a capacidade de Timor-Leste para levar à justiça esses responsáveis será vital para o futuro do país, que tem um impressionante trilho histórico no passado .

O co-presidente da Comissão Benjamin Mankoedilaga disse que os comissários tinham esperança de entregar o relatório final ao Presidente da Indonésia Susilo Bambang Yudhoyono e ao ferido Presidente de Timor-Leste José Ramos-Horta numa cerimónia em Bali no final do mês.

"Mas vendo a realidade agora, o que se está a desenvolver em Timor-Leste, e os assuntos políticos do nosso presidente Susilo Bambang Yudhoyono ... ainda não tivemos resposta (deles)," disse Mankoedilaga.

Ramos-Horta está a recuperar em Darwin depois de ter sido baleado por assaltantes na sua casa em Dili no mês passado.
O Primeiro-Ministro de Timor-Leste Xanana Gusmão foi também alvejado pouco tempo depois, mas saiu ileso.

Ramos-Horta já disse que perdoa ao líder amotinado Alfredo Reinado – morto na emboscada – com quem sem sucesso o governo tinha tentado negociar desde que fugiu duma prisão em Dili há 18 meses atrás com acusações de homicídio.

O associado de topo do Centro Internacional para Justiça Transitória Galuh Wandita está preocupado que o relatório da CVA que aí vem possa também minar tentativas para construir um respeito forte pela lei.

"Obviamente toda esta política de pôr de lado a justiça por compromissos políticos está a enfraquecer a aplicação da lei em Timor-Leste e o relatório da CVA pode ser apenas um outro passo para enfraquecer a aplicação da lei," disse.

"É por isso que estamos muito preocupados. Isso reflecte esta política consistente do governo para pôr de lado as questões difíceis da justiça para ganhos políticos imediatos.

"Por um lado o compromisso político é compreensível, mas por outro o custo é demasiado alto para Timor-Leste."

Um relatório recente do ICTJ sobre a CVA avisou que se arriscada a transformar-se numa "charada diplomática" a não ser que saísse com uma conclusão forte e independente.

Concluiu que o corpo da verdade estava "profundamente defeituoso" e que muitas testemunhas nas audiências públicas tinham apresentado uma "versão alarmante dos eventos" de alegados perpetradores.

Mas Wandita estava optimista que não seria recomendada nenhuma amnistia depois da pressão das ONG's e doutros grupos.

O co-presidente da CVA Mankoedilaga disse que o relatória pode ser controverso.

"Não podemos satisfazer toda a gente, há a possibilidade (de controvérsia) mas estamos a tentar o nosso melhor para (satisfazer toda a gente)," disse.

Disse que as conclusões foram unânimes entre os cinco comissários Timorenses e os cinco Indonésios.

"Passámos por uma luta (mas) não há nenhuma opinião divergente," disse.

"Este foi um trabalho muito interessante para nós, em qualquer tipo de trabalho não há tarefas suaves.

"Esta é uma comissão formada por dois países, cada um deles tem os seus próprios interesses."

2 comentários:

Anónimo disse...

Tradução:
ONG's esperam pelo relatório Indonésia-Timor-Leste
Março 14, 2008
The Age
Grupos de direitos humanos estão preocupados.

A controversa comissão Indonésia-Timor-Leste da "verdade" à violência que rodeou o referendo histórico de 1999 de Timor-Leste entregará o seu relatório final dentro de semanas.

A Comissão da Verdade e Amizade (CVA) terá autoridade para recomendar amnistias para os perpetradores de abusos de direitos humanos, mas não tem poder para ordenar processamentos.

Foi estabelecida pelos dois países numa tentativa de estabelecer uma "verdade conclusiva" acerca da violência de 1999 para ajudar a reparar as relações.

Grupos de direitos humanos dizem que a capacidade de Timor-Leste para levar à justiça esses responsáveis será vital para o futuro do país, que tem um impressionante trilho histórico no passado .

O co-presidente da Comissão Benjamin Mankoedilaga disse que os comissários tinham esperança de entregar o relatório final ao Presidente da Indonésia Susilo Bambang Yudhoyono e ao ferido Presidente de Timor-Leste José Ramos-Horta numa cerimónia em Bali no final do mês.

"Mas vendo a realidade agora, o que se está a desenvolver em Timor-Leste, e os assuntos políticos do nosso presidente Susilo Bambang Yudhoyono ... ainda não tivemos resposta (deles)," disse Mankoedilaga.

Ramos-Horta está a recuperar em Darwin depois de ter sido baleado por assaltantes na sua casa em Dili no mês passado.
O Primeiro-Ministro de Timor-Leste Xanana Gusmão foi também alvejado pouco tempo depois, mas saiu ileso.

Ramos-Horta já disse que perdoa ao líder amotinado Alfredo Reinado – morto na emboscada – com quem sem sucesso o governo tinha tentado negociar desde que fugiu duma prisão em Dili há 18 meses atrás com acusações de homicídio.

O associado de topo do Centro Internacional para Justiça Transitória Galuh Wandita está preocupado que o relatório da CVA que aí vem possa também minar tentativas para construir um respeito forte pela lei.

"Obviamente toda esta política de pôr de lado a justiça por compromissos políticos está a enfraquecer a aplicação da lei em Timor-Leste e o relatório da CVA pode ser apenas um outro passo para enfraquecer a aplicação da lei," disse.

"É por isso que estamos muito preocupados. Isso reflecte esta política consistente do governo para pôr de lado as questões difíceis da justiça para ganhos políticos imediatos.

"Por um lado o compromisso político é compreensível, mas por outro o custo é demasiado alto para Timor-Leste."

Um relatório recente do ICTJ sobre a CVA avisou que se arriscada a transformar-se numa "charada diplomática" a não ser que saísse com uma conclusão forte e independente.

Concluiu que o corpo da verdade estava "profundamente defeituoso" e que muitas testemunhas nas audiências públicas tinham apresentado uma "versão alarmante dos eventos" de alegados perpetradores.

Mas Wandita estava optimista que não seria recomendada nenhuma amnistia depois da pressão das ONG's e doutros grupos.

O co-presidente da CVA Mankoedilaga disse que o relatória pode ser controverso.

"Não podemos satisfazer toda a gente, há a possibilidade (de controvérsia) mas estamos a tentar o nosso melhor para (satisfazer toda a gente)," disse.

Disse que as conclusões foram unânimes entre os cinco comissários Timorenses e os cinco Indonésios.

"Passámos por uma luta (mas) não há nenhuma opinião divergente," disse.

"Este foi um trabalho muito interessante para nós, em qualquer tipo de trabalho não há tarefas suaves.

"Esta é uma comissão formada por dois países, cada um deles tem os seus próprios interesses."

Anónimo disse...

Os comparsas deste blogue são homens e mulheres que não possuem carácter e dignidade de ser humano, mas são meros instrumentos que estão a servir os interesses dos seus próprios patrões, colonialistas, fascistas, despóticos, ditadores que ate ao cúmulo de vergonha chegaram muitas vezes boicotaram comentários de indivíduos com veracidade dos factos descritos nas suas reacções ou comentários a certos artigos postos por indivíduos de carácter tão reles face a nobre causa do Povo martirizado Maubere. Estes indivíduos, conluios do blogue em causa também andam a dizer disparates com relação as suas honrosas citações com firmeza na rigorosa observância dos princípios democráticos e livres consagrados nas Declarações Universais dos Direitos Humano patrocinado pela ONU em toda a extensão da palavra. Estes faladores baratos também não passam mais de uma meia tigela de vagabundos políticos talvez os mais cagacos e reles jornalistas que têm medo dos bonecos membros do governo, tal que umas vezes ate gritam aos quatro ventos como se fossem verdadeiros heróis e os chamados grandes defensores dos verdadeiros princípios democráticos e livres a todo e qualquer cidadão deste planeta em que habitamos. Mas muitas vezes chegam ao cumulo de ate não serem capazes de manter as suas posições em relação estes princípios fundamentais acima referimos, mas o mais vergonhoso ate calcando estes mesmos princípios, porque têm medo como se fossem comadres e acabam então a cair no erro crasso de também permitir em aplicar dois pesos e duas medidas, simplesmente para fazer agradar seus patrões que camufladamente papagueiam contra, mas na realidade são todos do mesmo estilo de macaco velho na jogada politica mafiosa de que eles todos fazem parte ate a este momento em que estou agindo de forma muita honesta em desmascara-los.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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