domingo, fevereiro 17, 2008

O QUE IA ASSASSINANDO HORTA FOI UMA ACÇÃO INTENCIONAL OU FOI UM ERRO HUMANO?

Blog PORTUGAL DIRECTO
Quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2008

O GOLPISTA CONTINUA A TER CRÉDITO?


Se não fosse tão trágico dava para rirmos a bandeiras despregadas. Infelizmente o que se está a passar em Timor não é uma anedota mas sim um enorme pesadelo. Pesadelo em que os timorenses vão continuar a viver pelo simples facto de Xanana, com Kirsty e com Horta terem escancarado as portas ao vizinho australiano que a partir de agora jamais deixará de ocupar o país que anteriormente era ocupado pela Indonésia. Lá virá o tempo em que tudo se tornará claro para os timorenses mas nessa altura já será tarde para recuperarem a posse do país por que tantos têm lutado.

Logo na segunda-feira de manhã em Timor-Leste pudemos assistir a confusões peculiares da dupla Xanana-Kirsty com mais uns quantos personagens que vêm compondo o ramalhete, entre os quais podemos apontar um Leandro Isac digno do seu master Xanana. É aquilo que podemos concluir de inúmeras contradições que logo pela manhã o maior trapalhão entre mil botou boca fora em conferência de imprensa e naquilo que foi fazendo constar.

As noticias rodopiaram ao ponto de nos causarem tonturas apesar da distância. Que Xanana tinha sofrido um atentado na estrada de Balibar para Díli. Que a sua viatura ficara completamente destruída e inoperacional. Que os seus seguranças tinham desaparecido. Que chegara a Díli em transporte público como qualquer maubere ou buibere. Que fora Salsinha e seus apaniguados que lhe fizeram um atentado. Que…

Vai daí, posteriormente, Kirsty Sword, conta que afinal tudo aconteceu ali junto à casa e que etc, e que etc…

Assim não dá. Afinal em que ficamos? Foi na estrada ou junto à casa? Viram distintamente Salsinha? É que Salsinha diz que não!

Pois, o problema é que são todos uns grandes aldrabões e não sabemos em quem acreditar.

Pelo dito, contado e recontado, Ramos Horta foi atingido por dois tiros, ou três, quase com uma hora de antecedência, junto à sua residência – como rezam as crónicas.

Estranhamente, Xanana de nada sabia. Digo, estranhamente o primeiro-ministro de nada sabia. Para ele aquela era uma normalíssima manhã de catatuas e louricos a esvoaçar pelos cumes de Balibar, convidativa para um PM despreocupado se entreter com umas assobiadelas reprodutivas da Ópera do Malandro, só por acaso interrompidas pelo metralhar de tentados pelo mafarrico que decidiram fazer-lhe um atentado aos carros e… a que mais?

Então não seria normal, ali como na China ou no Altiplano da América Latina, que o PM fosse imediatamente informado sobre o que se estava a passar com o PR? Não há telefones?

Não seria normal em situação anormal que redobrassem a segurança ao PM? Não seria normal contactá-lo para lhe assegurar essa protecção extra?

Ah, não convinha que estranhos assistissem ao atentado! Compreendido.

Poderá Xanana Gusmão fundir os pés num – de tão juntos - e jurar que as suas versões são mesmo verdadinha… Mas quem é que acredita? Só se for em Timor, onde ainda há muito boa gente iludida e que não sabe nem sonha aquilo que é possível fazer para se apoderarem das riquezas de um país.

Em tudo isto o que suscita muita preocupação é se há mesmo quem se esteja nas tintas para matar a eito, até mesmo um Presidente da República, para conseguir os seus intentos, e se houver esse tal animal, a infernal besta, quem será?

Era importante que chegassem a conclusões nas investigações que dizem já ter começado a fazer…

Pois é, lembrei-me agora que Longuinhos Monteiro e outros mais também não são de fiar. Ora bolas.

Bem, mas ao menos haverá uma equipa internacional que indagará sobre como tudo se passou…
Pois, mas será composta por especialistas interessados em interesses que poderão nada ter a ver com a verdade dos acontecimentos…

É que presume-se à partida que tudo não foi mais do que uma acção desesperada de Alfredo Reinado e é bem provável que esse seja o caminho que convém para as verdades oficiais mas que nada têm a ver com a verdadeira verdade.

Um militar por mais burro que seja sabe como comportar-se ante uma acção de sua iniciativa. Ele, Reinado, é o factor-surpresa, não são os outros. Ele está mais que atento para actuar, não são os outros… Então e como é que ele leva um tiro na cara e à queima-roupa?

Então e não disseram que ele entrou em casa de Horta e partiu portas?

Mas como, se Reinado não chegou a entrar na casa, estava na rua e foi onde o mataram?
Já agora. Como se compreenderá que Horta tenha sido atingido quase uma hora depois de Reinado ter sido morto?

Sabem, é que há quem defenda a teoria de que Reinado caiu numa cilada ao ser atraído para a casa do PR Horta para dialogar porque havia novos dados a serem introduzidos em todo o confuso processo dos acontecimentos Xanana-Reinado-golpe-militar-crise…

Assim, tanto lhe podia dar um tiro na cara como no cú! O homem estava em paz!

Tudo isto pode ser meras especulações, mas só o são porque bem sabemos o que esperar das trafulhices xananistas. Viu-se em 2006. Tem-se visto.

Resta saber – TUDO – se o que ia assassinando Ramos Horta foi uma acção intencional ou foi um erro humano. É que parece que o PR também estava muito descontraído e a sua predisposição seria outra que não a de temer atentados por parte de Reinado ou dos seus acompanhantes…

Então quem disparou contra o presidente?

Ele há coisas… Pois… Golpadas…

Postado por Mário Motta

1 comentário:

Anónimo disse...

"Então não seria normal, ali como na China ou no Altiplano da América Latina, que o PM fosse imediatamente informado sobre o que se estava a passar com o PR? Não há telefones?"

Realmente... esta Timor Telecom anda mesmo em baixo.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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