quinta-feira, agosto 30, 2007

Ainda sobre o novo assessor de Xanana...

Tradução da Margarida:

The Australian
Michael Warner
Agosto 30, 2007 12:00am

"Era esse o nível de conforto que na altura ia na minha mente ," disse ele.
"Acredito que era o entendimento geral da direcção . Foi uma discussão livre e aberta ," disse o Sr Kerr.

A sua evidência segue-se a meses de negações pelo Sr Bracks de que alguma vez sequer tivesse discutido arranjos de licenças com Tatts ou os seus intermediários.


Um antigo patrão da Tattersall diz que discutiu licenças de jogo com Steve Bracks, contradizendo negações repetidas pelo antigo premier.

O ex-consignatário do Tatts, Peter Kerr disse num inquérito parlamentar que o Sr Bracks tinha livremente discutido licenças num encontro secreto na sala de administração da companhia em Fevereiro de 2003.

O Sr Kerr disse numa comissão escolhida na Câmara Alta que tinha saído do encontro com a clara compreensão de que o Governo apoiava o duopólio de máquinas de jogo de multi-bilião de dólares que o Tatts partilhava com o rival operador de jogos, Tabcorp.

David White, apoia os relatos do Herald Sun durante a eleição no Estado no ano passado, que desencadeou o inquérito.

Tatts e Tabcorp colheram enormes lucros anuais das suas 27,500 máquinas de jogos. Os Victorianos perderam $2.5 biliões nas máquinas no ano passado.

Em Novembro último, o gabinete do Sr Bracks afirmava "ele nunca discutiu licenças com David White nem com mais ninguém de fora do governo".

No Parlamento em 27 de Fevereiro, o líder da Oposição Ted Baillieu perguntou ao Sr Bracks se ele mantinha isso.

O Sr Bracks respondeu: "O Governo, eu como Premier, ou qualquer outro ministro, não discutimos licenças de jogo quando há um processo de propostas, nem sequer discutimos essas matérias antes disso."
Ontem, o Sr Kerr contou na comissão que o relato do Sr White sobre a administração do Tatts de um jantar de trabalho que ele teve com o Sr Bracks em Lorne nas férias 2003/04 foi o desenvolvimento da "bomba muito potente" que o levou a decidir vender na bolsa de valores.

"Ele tinha uma mensagem muito forte a passar à administração. O modo como David pôs as coisas, tanto quanto me lembro foi : `se queres manter a licença, tens de entrar no público.'

"Isto era David White a citar um encontro que afirma ter tido com o premier. A administração estava de certo modo impressionada pela natureza da mensagem. . . sempre me lembrarei disso."

O Sr Bracks admitiu o encontro com o Sr White mas disse que não discutiram licenças, e acusou o ex-ministro de inventar coisas.

O porta-voz da Oposição para o jogo Michael O'Brien pediu ao Sr Bracks para aparecer no inquérito : "A evidência de hoje sugere que ou foi o Sr Bracks que mentiu, ou foi David White."

Ontem à noite a comissão votou a favor de convidar o Sr Bracks para aparecer.

Disse o Sr White ontem à noite: "Aparecerei frente à comissão em 17 de Setembro."

O colega consignatário do Tatts, Ray Hornsby disse ontem que o Sr White tinha transmitido uma mensagem do Governo do encontro de Lorne. "O Sr White disse-nos que se estavam a inclinar para a continuação do duopólio . . . tinha servido bem. Não viram nenhum razão urgente porque deveriam mudar," disse no inquérito.

Mas o Sr Hornsby e o Sr Kerr disseram ambos na comissão que acreditavam que o Sr Bracks nunca tinha dado garantias que a companhia seria tratada favoravelmente ou que lhe seria dado um tratamento preferencial.
"Não houve promessas, obrigações ou mesmo inferências," disse o Sr Hornsby. "Acreditei sempre que haveria um processo total de propostas."

O Sr Kerr acrescentou: "Senti que teríamos as nossas licenças renovadas com base nos nossos méritos. Não penso que David declarou ser um mágico de maneira alguma."

O Sr Hornsby disse que acreditava que o Sr White pode ter estado a dizer à administração o que eles queriam ouvir.

"Sou um cínico, não acredito na cara das pessoas sem algumas provas," disse.

Mas o Sr Kerr disse que o Sr White se tinha gabado à administração de ser o consultor de e de exercer influência sobre, o Sr Bracks, o agora responsável do Orçamento John Lenders, o agora Premier John Brumby, os ministros Bronwyn Pike e Lynne Kosky, e responsável do Orçamento Ian Little, que já faleceu.

Ele confirmou que horas antes do encontro de 2003, o Sr White informou a administração sobre questões a pôr ao Sr Bracks. O Sr Kerr disse que o Tatts tinha contratado o Sr White por causa da sua capacidade de abrir portas dentro do Governo.

"Foi por isso que foi contratado, para actuar para nós. Esse era o papel que esperávamos que tivesse," disse o Sr Kerr.
Ambos os consignatários confirmaram ainda a autenticidade de um documento interno do Tatts, publicado pelo Herald Sun, esboçando um plano para uma oferta "escrita num pedaço de papel " para ser entregue ao Sr Bracks pelo Sr White.

"Isto pode ser entregue a Bracks para leitura atenta e aceitação," afirma o documento.
"David White pode apresentar este pedaço de papel. Nada oficial, apenas verbal."

O inquérito parlamentar foi convocado no princípio do ano depois de uma série de artigos no Herald Sun terem revelado o jantar de Lorne e as discussões do Sr Bracks no encontro da sala de administração do Tattersall.

O Vice-Premier Rob Hulls ontem defendeu o Sr Bracks, dizendo que nem o Sr Kerr nem o Sr Hornsby tinham afirmado que o processo das máquinas de jogo ou das licenças da lotaria tinha sido negociado inadequadamente.

"Foi dada evidência . . . de um encontro da administração que ocorreu dois anos antes de ocorrer o processo de propostas," disse o Sr Hulls.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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