sexta-feira, junho 08, 2007

Major Alfredo Reinado gravou entrevista na Indonésia

Notícias Lusófonas – 7 Junho 2007

A entrevista recente do major fugitivo Alfredo Reinado "foi gravada em território indonésio", declarou o Presidente da República timorense em entrevista à Lusa.

"O major Reinado não está na Indonésia", declarou, no entanto, José Ramos-Horta, entrevistado pela Lusa em Jacarta, onde realizou a sua primeira visita de Estado ao estrangeiro, antes de regressar, quarta-feira, a Díli.

"Nós temos uma ideia razoável onde o major Reinado está", acrescentou José Ramos-Horta.
"A famosa entrevista do major à MetroTV foi em território indonésio. Ele entrou calmamente na Indonésia pela fronteira de Motaain", no limite noroeste de Timor-Leste com a parte ocidental da ilha. "De quem é a responsabilidade, das autoridades indonésias ou da nossa famosa Unidade de Polícia de Fronteira?", questionou o Presidente da República.

Alfredo Reinado, ex-comandante da Polícia Militar e um dos rostos da crise política e militar de 2006, evadiu-se de uma prisão em Díli a 30 de Agosto, e é alvo de um mandado de captura.
Em Fevereiro, assaltou dois postos da polícia de fronteira em Maliana (oeste), levando armas, munições e fardas.

O major foi entrevistado para o programa "Kick Andy" da estação indonésia MetroTV, que transmitiu o programa na noite de 24 de Maio, e afirmou que Xanana Gusmão e José Ramos-Horta se "afastaram do sonho de um Timor independente" e que "o Xanana de ontem não é o Xanana de hoje".
Na entrevista, o Presidente da República insistiu que "a posição do Estado timorense é a mesma: quer uma solução pacífica para o caso do major Alfredo".

"Ele vai ter que cumprir com o seu compromisso de entregar-se à justiça com as suas armas", sublinhou José Ramos-Horta.

O bispo de Díli, D. Ricardo, e o Procurador-geral da República e o advogado de Alfredo Reinado "estão em contacto com ele e espero que haja desenvolvimentos nos próximos dias ou nas próximas duas semanas".

Desde 3 de Março que as Forças de Estabilização Internacionais têm em curso uma operação de captura de Alfredo Reinado no sudoeste do país, depois de um ataque falhado ao grupo do major timorense na vila de Same.

3 comentários:

Anónimo disse...

A palhaçada continua...

Anónimo disse...

É inacreditável como o novo PR (aliás como o antigo) não perde uma oportunidade para lançar farpas à polícia nacional do seu próprio país! Agora, a pretexto do Reinado, quem paga as favas é para ele a Unidade de Polícia de Fronteira?

Como PM o Horta foi de uma nulidade total no que diz respeito à lei e à ordem, agora como PR insiste na via anarquizante de tirar o tapete de debaixo da instituição que, quer queira quer não queira, tem a missão constitucional de defender a legalidade democrática e garantir a segurança interna dos cidadãos.

Percebe-se que o Horta tudo fará para continuar a ter as costas guardadas por polícias estrangeiros. Mas parece-me não só insensato como já até escandaloso este constante achincalhar que o Horta faz da polícia Nacional e considero as bocas que tem mandado contra a instituição PNTL inflamatórias e irresponsáveis..

Sítio do sol nascente disse...

Isto é tudo tão surreal que até dá vontade de rir!
Que Xanana Gusmão e José Ramos-Horta se "afastaram do sonho de um Timor independente" e que "o Xanana de ontem não é o Xanana de hoje", só não vê quem não quer.
Concerteza que não é peciso o Alfredo Reinado o vir dizer, ainda pra mais, sendo ele quem é, e tendo feito tudo o que fez até hoje, com o objectivo de estragar a independência de Timor, quem sabe pra beneficiar a Austrália, a Indonésia ou os dois.
O que foi? Está a querer dar uma de "santo do pau oco"?!
...

Laumalai

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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