sexta-feira, junho 08, 2007

Margarida deixou um novo comentário na sua mensagem "Timor: Crimes indonésios «perdoados» como os da PI...":

Exigir que se faça justiça em relação aos acontecimentos que rodearam o referendo em 1999 é segundo o novo (e antigo) PR: “esfregar as feridas”, “colocar em perigo e subverter o processo de normalização de relações com a Indonésia”, pode “causar uma reacção no sector militar indonésio» e ainda “contribuir para desestabilizar a frágil democracia indonésia”.

Muito convenientemente esconde que não se fazendo justiça as pessoas envolvidas com as milícias pró-autonomistas podem andar à vontade e até serem dirigentes e candidatos de partidos que os apoiam aos dois (Horta e Xanana), que assim se arvoram em juízes em causa própria.

Mas se isto é um insulto para todos os que lutaram pela dignidade e independência do seu povo (e pela memória dos que morreram em combate) também não deixa de o ser para a própria ONU que patrocinou o referendo de 1999 e que no decurso também sofreu algumas baixas.

Nunca os movimentos de libertação confundiram os regimes coloniais (e respectivos aparelhos repressivos) que durante séculos os escravizaram com o povo português. Mas Ramos-Horta confunde a PIDE e os pides Indonésios com o povo Indonésio, e à cautela tenta safá-los denegando a justiça ao próprio povo Timorense.

4 comentários:

Anónimo disse...

meus amigos porque e que nao vamos para um referendo para o povo decidir qual e a lingua que querem usar como a lingua nacional ou lingua de trabalho? gostava de ver os lideres timorenses num debate de televisao. seria giro juntar Alfredo, xanana, horta, e alkatiri num debate.

Anónimo disse...

Referendo? Então a Constituição não foi aprovada apenas há cinco anos?

Anónimo disse...

Tradução:
UNMIT Situação de segurança – Quinta-feira, 7 Junho 2007
Em geral no país a situação da segurança tem estado calma.


Hoje em Dili, a UNPol conduziu 38 patrulhas e foi-lhes pedido para atender apenas dois incidentes. Um desses incidentes foi um distúrbio em Surikmas por volta das 07h30. Quando a polícia chegou começaram a atirar pedras, mas as Unidades Formada da Polícia em breve dispersaram a multidão e não foram relatados ferimentos.

Em Ermera, a PNTL recebeu relatos de um assalto ontem na sub-vila de Kaitarahei, depois de um homem ser acusado de roubar madeira. Na aldeia Fatubessi, a UNPol está a investigar relatos de estragos em propriedades depois de sete casas terem sido alegadamente estragadas por pedras. Um homem ficou também ligeiramente ferido nos ataques.

Está ainda a decorrer o período da campanha para as eleições legislativas. Não houve relatos novos de incidentes sérios de segurança relacionados com a campanha.

A polícia aconselha a evitar viajar durante a noite para as áreas mais afectadas. Relate quaisquer actividades suspeitas e evite viajar para ares afectadas por distúrbios. Chame o 112 ou 7230365 para contactar a polícia 24 horas por dia, sete dias por semana.

Esta foi uma emissão diária da polícia da ONU em Timor-Leste, para o povo de Timor-Leste

Anónimo disse...

Muito interessante, a ideia do colega Anónimo das 6:39. Mas haverá certamente certas pessoas com medo desse referendo...

Quanto ao comentário da Margarida, achei excelente, muito perspicaz. Gostaria de destacar uma passagem em que ela fala de dois aspectos que são às vezes confundidos: o regime português anterior ao 25 de Abril, que regulava a vida em Portugal e no Ultramar, e a relação dos portugueses (brancos) com os povos ultramarinos, neste caso o timorense.

Todos conviviam em harmonia e respeito mútuo no Timor Português, independentemente do regime político vigente. Essa boa relação continua viva, mesmo depois da independência.

O que o antigo regime tinha de mau, era mau para todos, independentemente da cor ou da naturalidade.

Claro que às vezes convém jogar com essa confusão (e outras) e nisso RH é mestre.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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