Tradução da Margarida:
Resposta à opinião da Sra. Kirsty Gusmão no The Australian de 7 Julho 2006
ORGANIZAÇÃO POPULAR DA MULHER TIMOR (OPMT)
Caro editor,
Nós, as abaixo-assinadas mulheres da nossa nação orgulhosa e independente de Timor-Leste gostaríamos de responder à opinião da Sra. Kirsty Sword Gusmão no jornal the Australian de 7 de Julho de 2006.
Apesar de termos pontos de acordo com ela sobre o papel e o estatuto da mulher no nosso país, também divergimos em muitos pontos com o que consideramos ser nessa peça uma descrição simplista do que tem sido e continuará a ser um processo muito complexo e envolvente para todas nós mulheres.
Somos mulheres que temos estado envolvidas há décadas na nossa luta nacional, somos também mulheres da Fretilin e temos orgulho nesse facto e no papel que desempenhámos nas nossas instituições no processo de construção da paz e de reconciliação na nossa nação.
Se a crise corrente é uma como a Sra. Sword diz de "As mulheres de Timor, uma vez mais como vítimas dos excessos e ambições dos homens " então dizemos que ainda está para ser provado de quem foram os excessos e de quem são as ambições, e que isso só se pode saber através do devido processo judicial, apesar da história poder também vir a contar como um juíz nesta questão.
O processo ainda não está concluído e a nossa justiça e as instituições democráticas e constitucionais devem continuar a mover-se para encontrar soluções para estes desafios da paz e reconciliação na nossa mente. Nós seremos sempre parte neste processo.
Nós representamos mulheres cujo sonho de independência começou há mais de três décadas, e como tal, não deixaremos partir com facilidade o nosso sonho de consolidar a nossa independência nacional, a nossa soberania nacional e de criar uma sociedade justa e igual para todos.
Estivemos no mato e nas montanhas e lutámos diariamente nas nossas vidas com um inimigo ocupante para no fim conquistarmos a nossa independência. Muitas como a Vice-Ministra da Administração do Estado, Ilda da Conceição, perderam os seus amados maridos, e o nosso querido irmão Kilik, nesta luta. Estávamos aqui quando o sangue foi derramado. Estávamos aqui quando os nossos camaradas deram o último suspiro. Nós pagámos o preço pessoal da guerra e não a queremos de regresso à nossa querida nação.
Mas principalmente temos estado aqui no processo da formulação da política e da legislação que asseguraram que a mulher esteja proporcionalmente representada no nosso parlamento e nos nossos órgãos públicos de consulta.
Sim, somos também mulheres da Fretilin e tem sido a Fretihin como um partido político através da sua representação substantiva maioritária quem garantiu que tenhamos o impressivamente alto número de deputadas no nosso parlamento nacional" como declara a Sra, Sword, e que garantiu a passagem de legislação vital à promoção e avanço do estatuto das mulheres.
Sim foi o governo de Alkatiri com duas mulheres ocupando duas em quatro das pastas de topo, incluindo a pasta vital do Ministério do Planeamento e das Finanças, no qual ambas a Ministra e a vice-Ministra são mulheres, as quais promoveram uma ampla consulta pública e aprovou e remeteu para o parlamento uma lei contra a violência doméstica que tem tido largo aplauso, bem como muitas outras medidas que asseguram acesso a serviços e a oportunidades.
Mas tem havido muitas mais mulheres envolvidas neste processo que nos orgulha, não somente da Fretilin, mas doutros partidos e organizações que trabalham juntas connosco assegurando que conquistemos mais direitos para as mulheres neste país.
O estatuto das mulheres no nosso país na verdade já fez um longo caminho nestes quatro curtos anos desde a restauração da nossa independência, mas muitos passos foram dados no período da luta, especialmente nas áreas libertadas durante a ocupação Indonésia.
Trazemos essas experiências e esses avanços connosco para lutarmos por mais justiça e mais igualdade. As forças de opressão das mulheres de Timor-Leste contudo são complexas e emanam de instituições da nossa sociedade e de muitas normas sociais e culturais com raízes fundas. Levarão tempo para serem erradicadas e melhoradas para que as mulheres possam tornar-se livres no nosso país.
O processo de lidar com essas instituições e normas sociais e culturais continua e continuará e os resultados estão nas políticas e nas leis aprovadas, em áreas como os cuidados de saúde e os direitos de saúde, violência doméstica, código criminal e acesso à educação.
Os desafios em lidar com essas questões têm também sido grandes e tem inflamado muitas e fortes sensibilidades politicas que afectaram o Primeiro-Ministro Alkatiri e o seu governo.
Nem todas as instituições Timorenses ou nacionais estão tão receptivas para promover o estatuto das mulheres como nós estamos comprometidas.
Todas nós as abaixo-assinadas não somos apenas mulheres com as nossas responsabilidades constitucionais e democráticas, também somos pessoas deslocadas.
Foram as nossas casas que foram queimadas ou pilhadas, fomos nós e as nossas famílias que foram ameaçadas por causa das posições que ocupamos e por causa da nossa filiação política, e são as nossas vidas que foram transtornadas, enquanto continuamos a engajarmo-nos no processo de apoiar as nossas instituições democráticas e constitucionais para garantir que elas “continuem a funcionar efectivamente”;
Mantendo o processo de desembolso público a funcionar efectivamente de modo a que os serviços de saúde e outros serviços sociais continuem sem problemas;
Assegurar que o nosso parlamento continue a dar voz às aspirações do nosso povo por uma resolução pacífica, democrática, constitucional e justa para a crise em que a nossa nação se encontra;
Continuar a cuidar das famílias e das nossas comunidades que dependem de nós; mas, mais importante de tudo, através do nosso processo democrático e das comunidades onde vivemos, com diálogo, todos os dias, nestes tempos muito difíceis, continuamos o processo para atingir um fim pacífico e justo que todas partilhamos;
Ao mesmo tempo continuaremos a lutar para melhorar o estatuto da mulher, luta que começámos há tantos anos com os nossos camaradas que já se foram.
A nossa força vem da nossa normalidade, da nossa vida de cada dia e da experiência nas nossas comunidades, de sermos ameaçadas e perseguidas bem como de sermos elevadas para servir as nossas comunidades nestes tempos de dificuldades, porque, no fim do dia temos de voltar, de comer e de dormir com eles..
Nós valorizamos as nossas comunidades e as nossas instituições democráticas e constitucionais, como essenciais para o processo de se estabelecer uma saída justa e equitativa para esta crise, não as abandonamos nem as calcamos.
Todas temos um papel a desempenhar, todas as mulheres, todos os cidadãos de Timor-Leste.
Não só estamos todas bem colocadas como temos a obrigação de participar no processo da construção da nação, de construção da paz e da reconciliação.
Apesar de não pensarmos que nem é revelador nem significativo que nem uma única mulher Timorense tenha solicitado uma audiência com o Presidente da República (apesar de acreditarmos que algumas pediram e obtiveram tal audiência), acreditamos que as mulheres o vêem como vêem o Primeiro-Ministro/outros Ministros, o poder Judicial e o Parlamento, as outras instituições democráticas que temos, para apoiar os valores do nosso Estado e da nossa constituição.
A nossa colega a Ministra da Administração do Estado Ana Pessoa, participou numa delegação da Fretilin que tentou encontrar-se com o Presidente da República há duas semanas atrás e só o conseguiu ontem.
O Presidente do Parlamento solicitou ao Presidente da República para vir e dirigir-se ao parlamento e isso realizou-se no dia 14 de Junho de 2006 numa audiência no parlamento onde estiveram muitas mulheres, para que avance o processo duma saída justa e pacífica para esta crise.
O Presidente da República e outros dignitários do Estado participaram na cerimónia de tomada de posse dos nossos Juízes, Procuradores e Defensores Públicos, que desempenham um papel importante neste processo no dia 3 de Junho de 2006 durante a qual a juiza Maria Natércia Guterres articulou as suas aspirações por uma resolução justa e equitativa da crise de acordo com a regra da lei, em nome dos seus colegas.
Nós valorizamos o papel que estas mulheres de Timor-Leste têm desempenhado neste processo e sempre lutaremos para promover o seu estatuto de modo que as mulheres desempenhem o papel que com justiça e equidade merecem em todos os aspectos e em todas as instituições da nossa sociedade, para além do que já obtivemos até hoje.
Acreditamos firmemente contudo que isso acontecerá por estarmos enraizadas no processo político e democrático e não por termos uma simples audiência com o Presidente República ou com o Primeiro-Ministro ou seja lá com quem for.
Muitas mulheres já demonstraram nas recentes e pacíficas manifestações de apoio à Fretilin e ao seu governo e que também entregaram uma carta ao Presidente expressando as suas opiniões para uma resolução justa e pacífica desta crise.
De igual modo, na semana passada, muitas mulheres deram as suas opiniões de forma muito clara e forte ao Presidente da República quando ele visitou o Centro de Treino das FFDTL em Metinaro onde muitas de nós estamos deslocadas.
Somente continuando a estar envolvidas nestes processos conseguiremos atingir o estatuto universalmente reconhecido e sagrado justo e equitativo das mulheres de Timor-Leste.
Estamos confiantes e acreditamos que as mulheres nos acompanharão em cada passo no caminho da nossa luta, como nos acompanham os espíritos das camaradas caídas na luta.
Dili, 08 Julho 2006
Assinaturas:
1. Lurdes Alves Araújo
2. Aurora Ximenes
3. Josefa A. Soares
4. Cristina Alves S.
5. Ilda Maria da C.
6. Florentina M. Smith
7. Aicha Bassarewan
8. Rosária Corte-Real
9. Amelia Pinto Soares
10. Mariquita Soares
11. Cidália Lopes N. M. G.
12. Maria Solana Fernandes
13. Maria Maia Réis
13 MULHERES TIMORENSES 13 DISTRITOS.
quinta-feira, julho 13, 2006
As mulheres da Fretilin respondem a Kirsty Sword Gusmão
Por Malai Azul 2 à(s) 06:22
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
16 comentários:
Hi. Is this available in English? Sorry.... but I cannot read Portuguese and am very interested in what they are saying. These are impressive women who I hear are mothers, members of parliament (?) some I am told and even Ministers in the government (how many?) Obrigada/o
Impressionante! Simplesmente para mostrar que a Mulher Leste-Timorense nao nasceu nem cresceu na imagem de ninguem mais e de nenhuma outra cultura (politica ou social) jamais daquela de TIMOR-LESTE. Contribuim todos sim no nosso processo. mas respeitem os nossos valores, a nossa historia tambem. Timor-Leste como conceito nacional/patriotico e unico. Para dar um exemplo muito simples mas com muitas potentciais implicacoes. Os que desejavam criar um pais com o nome "Timor Lorosae", imaginem a confusao que tinha agora surguido com a tragedia invetada e manipulada de "Lorosae/Loromonu".
O jornal "The Australian" que publicou a carta da outra senhora ainda nao publicou a resposta destas senhoras. Alguem pode informar aos leitores deste blog se foi enviado aos Australianos ou nao? Se nao deveriamos todos solicitar que publiquem.
The English version of this article needs to be rewritten to comply with conventional standards. Most importantly, the article is too long. Normally accepted opinion pieces is 250 words.
Será que a dona margarida poderá traduzir o artigo do The Australian para português ou então colocar aqui a versão inglesa da OPMT - é para se ter uma ideia mais correcta...
In http://www.theaustralian.news.com.au/story/0,20867,19706829-7583,00.html#
Kirsty Sword Gusmao: Women suffering in silence
All voices need to be heard in rebuilding East Timor, writes Kirsty Sword Gusmao
July 07, 2006
Timor woman
Manacled by your misery
Timor woman
Your spirit bound in servitude
SO wrote my husband, East Timor President Xanana Gusmao, in a poem about women's experience of the 24-year war of resistance to Indonesian rule. As tens of thousands of East Timorese women struggle to take care of their families in Internally Displaced Persons camps across Dili, these words assume a new and tragic poignancy. Timor woman, once again a victim of the excesses and ambitions of men; Timor woman, once again widowed by a conflict not of her own making.
In speeches delivered to various conferences in Australia over the past year, I have made extensive reference to the significant gains made for women at the level of political participation and formal recognition of women's rights over the past four years since East Timor's independence.
An impressively high number of MPs in our national parliament are women. The Convention on the Elimination of All Forms of Discrimination against Women and its optional protocol was acceded to by our government within months of achieving independence, a draft of domestic violence legislation is on the verge of becoming law and a quota for women in suco or village-level councils was agreed upon last year.
And yet, it is sad and disturbing to note that, in a time of crisis and conflict such as East Timor is presently experiencing, the platforms that women have managed to acquire seem to come crashing down, their voices drowned out by the din of the political clamourings of male leaders and the roar of the machinery of a peace-keeping operation directed and driven by men.
They did manage to speak out briefly but strongly for peace on June 1 when about 100 women and children staged an action for peace in the courtyard of the Palace of the Government, to demand the restoration of law and order and to warn their leaders that they would not vote in the next elections for any individual or party that is not responsive to the aspirations of women and children.
Just over a week ago, with the prime minister on the verge of announcing his resignation and facing serious allegations of weapons distribution, a handful of male cabinet ministers began weighing up whether to tender their resignations. However, it was a brave East Timorese woman, Maria Domingas Alves, alias "Micato", former adviser to the prime minister on gender equality, who took the step first, citing reasons of being unable to serve the women of East Timor within a government "which no longer functions effectively".
It is telling that not a single East Timorese woman has solicited an audience with my husband nor has had her views sought on solutions to the crisis over the past few weeks. It has not been a deliberate act of exclusion, it just hasn't occurred to anyone in this intensely patriarchal society that women may have something important and useful to contribute to the delicate and vital processes of disarmament, reconciliation and peace-building.
At the same time a disproportionate burden of responsibility for mopping up the mess left by the conflict falls on the shoulders of women: the mothers struggling to provide their families with shelter, security, food and other basic needs in crowded IDP camps, the tireless Catholic sisters of various religious orders who, with no permanent security provided by the international forces and with limited resources, have opened the doors of their convents and colleges to many thousands of hungry and traumatised displaced people.
Women are uniquely placed to build peace and security, after all they value peace as the foundation for the survival of their families and communities, as the basic precondition for their children's education and prosperity. That they are virtually absent from discussions relating to East Timor's political future, reform of the security sector and negotiation of the mandate of a new UN mission in the country highlights the sad fact that women of East Timor have a long way to go in achieving their rights as equal and valued citizens of their new nation.
Security Council Resolution 1325 mandates UN member states and UN missions to be cognisant of the rights and special needs of women at times of war and conflict, and in efforts to restore peace and foster reconciliation. The Terms of Reference for the UN Needs Assessment mission presently visiting East Timor includes provision for a "gender dimensions" sectoral cluster that acknowledges the importance of hearing what women want from the fourth UN mission.
But since it sits alongside, rather than across, the other clusters, including security, governance, reform of the Timorese Defence Force and rule of law, I wonder whether its findings will be relegated to a footnote by the time the new UN mission is mandated. And more importantly whether the hopes and dreams of the "ordinary" girls and women of East Timor are reflected in this document and translated into concrete measures and commitments - by the UN and our new Government - to ensure that never again is the fear, violence and pain of the past months visited on the long-suffering women of East Timor.
Timor woman, my heart bleeds for you, my respect abounds for you.
Kirsty Sword Gusmao is the first lady of the Democratic Republic of East Timor and chairwoman of the Alola Foundation in Dili.
vs
OGANIZA��O POPULAR DA MULHER TIMOR
(OPMT)
Response to Ms Kirsty Gusm�o's opinion in The Australian of 7 July 2006
Dear editor,
We, the undersigned Women of our proud independent nation of
Timor-Leste would like to respond to the opinion of Ms Kirsty Sword
Gusm�o in the Australian newspaper of 7 July 2006.
Though we have points of agreement with her on the role and status of
women in our country, we also have many points of departure with what
we regard as a simplistic depiction from her in that opinion piece
with regard to what has been and will continue to be a very complex
and involved process for all us women.
We are women who have been involved for decades in our national
struggle, we are also women of Fretilin and are proud of that fact and
the role we have played in our institutions towards the process of
peace building and reconciliation in our nation.
If the current crisis is one as Ms Sword says of "Timor Woman, once
again a victim of the excesses and ambition of men" then we say that
this is yet to be proven as to which men's excesses and whose
ambitions have been the cause, and that can only be reached through
the due process of justice, though history will also be telling as a
judge in this regard. The process is not comple1e yet and our justice,
democratic and constitutional institutions must continue to move
forward to find solutions for these challenges for peace and
reconciliation in our mind. We will always play a part in this
process.
We represent women whose dream for independence began more than three
decades ago, and as such we will not easily let go of our dream to
consolidate our national independence, our national sovereignty and
create a just and equitable society for all. We were there in the
jungles and the mountains and struggled daily in our lives with an
occupying enemy to ultimately win our independence. Many like Vice
Minister for State Administration, Ilda da Concei��o, lost their
beloved husbands, and our beloved brother Kilik., in this struggle. We
were there when blood was spilt. We were there when the last breath
expired for our comrades. We have paid the personal price of war and
do not want it to return to our beloved nation.
But mostly we have been here in the process of policy formulation and
legislation which ensured woman is proportionally represented in our
parliament and our public consultation bodies. Yes we are also women
of Fretilin and it has been Fretihin as a political party through its
substantive majority representation which ensured that we have the
impressively high number of MPs in our national parliament" as Ms
Sword states, and which ensured the passage of vital legislation to
promote and advance the status of women. Yes it was the Alkatiri
government with two women occupying two out of the first four top
ranking ministerial posts, including the vital Ministry of Planning
and Finance, which has both a Minister and a Deputy Minister who are
both women., which undertook wide public consultation and approved
sent to parliament a anti-domestic violence law which has been wide
acclaim, as well as many other measures that ensure access by to
services and opportunities.
But there have been many more women involved in this process we are
proud of, not just from Fretilin, but from other parties and
organisations who worked together with us on ensuring we attain more
rights for women in this country.
The status of women in our country has indeed come a long way in even
these four short years since the restoration of independence, but many
strides were made during the period of the struggle, specially in the
liberated areas during the Indonesian occupation. We bring these
experiences and these advances with us to struggle for more justice
and more equity. The forces of oppression of Timor-Leste women though
are complex and emanate from a range of institutions in our society
and many deep seated cultural and social norms. These will take time
to eradicate and ameliorate so that women can truly become liberated
in our country. The process for dealing with these institutions and
social and cultural norms have been ongoing and the results are in the
policies and laws enacted, in areas such as health care and health
rights, domestic violence, the criminal code and access to education.
The challenges in dealing with these have also been great and aroused
many and strong politically sensitivities which have affected Prime
Minister Alkatiri and his government. Not all Timorese or national
institutions are as receptive to improving the status of women as we
are committed to.
All of us undersigned are not just women with our constitutional and
democratic responsibilities, we are also Internally Displaced Persons.
It has been our homes which have been burnt or ransacked, we and our
families who have been threatened for the positions we occupy and our
political affiliations, and our lives which have been displaced,
whilst we continue to engage in the process of upholding our
democratic and constitutional institutions to ensure they "continue to
function effectively"; keeping the public expenditure process
effectively functioning so as the delivery of health and other social
services continue undisrupted; to ensure that our parliament continues
to voice the aspirations of our people for a peaceful, democratic,
constitutional and just resolution to the crisis our nation finds
itself in; to continue to care for families and our communities who
depend on us; but most of all through our democratic process and the
communities we live with and dialogue with everyday during these very
difficult times, we continue the process to achieve the peaceful and
just ends we all share; whilst still continuing to struggle to improve
the status of women we began many years ago with our fallen comrades.
Our strength comes from our ordinariness, from our everyday lives and
experiences in our communities, from being threatened and persecuted
as well as being uplifted to serve and deliver to our communities in
these times of need, because at the end of the day we have to go back,
eat and sleep them.
We value our communities and our democratic and constitutional
institutions as essential to the process of establishing just and
equitable outcomes from this crisis, not by abandoning them or
trampling on them. We all have a ole to play, all women, all citizens
of Timor-Leste. We are all not only well placed but have an obligation
to participate in the process of nation building, peace building,
reconciliation. Though we do not think it is neither telling nor
significant that a single Timorese woman has not solicited an audience
with the President of the Republic (though we believe that some have
sought and obtained such an audience), we believe that women have put
their view to him a as they have to the Prime Minister/other
Ministers, the Judiciary and to the Parliament, the other democratic
institutions we have to uphold the values of our state and our
constitution. Our colleague Senior Minister of State Administration
Ana Pessoa was part of a Fretilin delegation who had sought to meet
the President of the Republic as early as two weeks ago and was
eventually able to meet with him yesterday. The President of the
Parliament solicited the President of the Republic to come and address
the parliament and did so on the 14th June 2006 an audience sought h
the parliament which included many women, so as to advance the process
of a peaceful and just outcome to this crisis. The President of the
Republic and other state dignitaries participated in the swearing of
our Judges, Prosecutor and Public Defenders who are playing a critical
role in this process on the 3rd of June 2006 during which intern judge
Maria Nat�rcia Guterres articulated her aspirations for a just and
equitable resolution of the crisis in accordance with the rule of law
on behalf of her colleagues.
We value the role all of these Timor-Leste women have played in this
process and will always struggle to promote their status so that women
play the role they justly and equitably deserve in all aspects and all
institutions of our society, beyond what we have achieved to date. We
firmly believe though that this is done by being ingrained in the
political and democratic process and not by single audiences with the
President of the Republic or the Prime Minister or whomever. Many
women also demonstrated during the recent numerous and peaceful
demonstration to support Fretilin and its government which also
delivered a letter to the President expressing their views on the
peaceful and just resolution of this crisis. Similarly last week, many
women made their views very clear and forcefully to the President of
the Republic when he visited the FFDTL training Centre at Metinaro
where many of us are IDPs.
Only by continuing to be involved through these processes will we ever
attain the universally recognised and enshrined just and equitable
status for the women of Timor-Leste. We are confident in the belief
that women accompany us every step of the way in our struggle, as do
the spirits of our fallen women comrades.
Dili, 08 July 2006
Signatures:
1. Lurdes Alves Ara�jo
2. Aurora Ximenes
3. Josefa A. Soares
4. Cristina Alves S.
5. Ilda Maria da C.
6. Florentina M. Smith
7. Aicha Bassarewan
8. Ros�ria Corte-Real
9. Amelia Pinto Soares
10. Mariquita Soares
11. Cid�lia Lopes N. M. G.
12. Maria Solana Fernandes
13. Maria Maia R�is
Nunca leio este jornal The Australian. Alguem sabe se foi publicada a resposta das mulheres timorenses?
desde quando e que estas mulheres representam as mulheres timorenses? comecou a corrida de quem representa quem. mais uma vez. Palhacada. la vamos nos outra vez para aquela historia do passado de que a fretilin e que e o unico legitimo representante do povo de Timor-Leste. Ja-se esquceram? Sera que alguns penssam que se virarem e revirarem a mesma poia ira se transformar em ouro, ou mesmo num legitimo parlamento. parece que pensam mesmo assim. triste!!muito triste!!!
Kelompok 13 kayak ayam betina yang berkotek karena lagi mau betelur aja. Ada apa sih kok pada sewot banget? Berkotek ajalah entar lo betelor anak lo "ular", tahu nggak?
Well done Women of Timor...I lost a cousin in during Indonesian occupation.
She is special to our family and is always remebered, because to us she represented those who died so that we can live in a free Timor. She was a member of the Central Comitee of FRETILIN.
Kirsty, no one died or suffered for Xanana, nor did her husband, nor nor did her brother, grandfather or my other family members who lost their lives in the mountains of Timor, they died because they wanted a free Timor and yes they also died for FRETILIN. Dont get too involved in Timorese politics, you do not represent any Women of Timor nor any Timorese, you represent your husband and his interests.
Kristy kan ibu negara jadi pantas aja mewakili wanita Timor-Leste. Yang berkotek kayaknya sakit hati banget ya? Kalau lo makan ati? ya minum aja teh sosro!
Ya namanya perjuangan untuk kemerdekaan yang jelas ada aja yang pasti mati dong. Jelas kita menghargai mereka sebagai pahlawan. Tapi sebaiknya doakan buat mereka agar mereka tenang arwahnya. Kalau nggak ada korban ya nggak usah merdekalah.
Kalau ada keluarga Xanana yang selamat, ya itulah kelebihan atau kehebatan keluarga dia. Ya mereka tidak terlibat dalam politik yang membabi buta dan konyol ya selamatlah.
PARABENS mulheres de Timor! Ao ler a resposta me emocionei e uma vez mais senti, em meu coracao, que TIMOR tem sim UM GRANDE FUTURO. Que sera construido, por cada um de voces, no tempo certo, no ritmo proprio. Sinto imenso orgulho, por ter tido oportunidade de SER MULHER EM TIMOR. parabens.
Anónimo das 3:16:15 PM: o nervosismo (ou despeito?) fê-lo ler o que elas não escreveram. Elas não escreveram que “representam as mulheres timorenses”, mas tão somente – e muito bem! – que “Nós representamos mulheres cujo sonho de independência começou há mais de três décadas, e como tal, não deixaremos partir com facilidade o nosso sonho de consolidar a nossa independência nacional, a nossa soberania nacional e de criar uma sociedade justa e igual para todos.”
E muito triste ver que mesmo em questoes do genero a fretilin sente a necessidade de se sobressair. Entao a Sra. Kirsty nao esta a avancar a luta das mulheres para a sua emancipacao? Qual e a necessidade de questiona-la da forma como estas "peticionarias" a questionam.
A Sra Kirsty simplesmente diz que as mulheres foram vitimas desta crise criada por homens e de imediato estas senhoras perguntam por que homens? Estarao a querer dizer que nao foram os homens da fretilin? E essa a unica coisa que lhes interessa? E mesmo triste e ridiculo essa mentalidade "mate bandeira hun" ou morrer na haste da bandeira que chega mesmo a mesmo a dividir as mulheres na sua luta pela igualdade com os homens.
Continuem assim porque os homens, sejam da fretilin ou de que outra cor partidaria, serao de facto mais felizes enquanto as mulheres estiverem assim divididas. Pra a cozinha ja!! Hahahaha......
E mesmo triste!!
PARABÉNS!!
A todas as mulheres e homens de bem timorenses não desistam!
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