quarta-feira, maio 21, 2008

TIMOR-LESTE: Rice price hike leads to government subsidies

Irin, 20 May

DILI, 20 May 2008 (IRIN) - It is 8am and Star King in Dili, Timor-Leste's capital, is about to open. For most of the year, Star King, a dimly lit warehouse that sells tinned milk, noodles and cooking oil, is a store among a dozen just like it. But today police have been called to help manage the 100 or so anxious people waiting outside.

After weeks of rising global food prices, the government has agreed to subsidies rice and Star King is only one of about eight stores in Dili where rice is cheap enough for the average family - though the discounted supply does not last long.

Rice is the primary staple food for the population of about one million. According to the Ministry of Agriculture, Timorese eat 83,000 metric tonnes of rice annually but only 40,000 MT is locally produced; the rest is imported from Indonesia, Thailand or Vietnam.

A 35kg bag of imported rice should cost about US$16, in line with local produce. However, over the past six months, the price of rice globally has risen from 40 US cents/kg to $1.20-$1.30/kg, pushing the cost of imported rice well beyond the means of most families, who subsist on only a few dollars a day.

The UN Mission in Timor (UNMIT) has blamed rising costs on environmental disasters, greater population demands, increasing fuel prices and a shortage of reserves. A rice crisis hit Timor last year and then as now, the government responded with subsidized rice. A 35kg bag of subsidized rice is $17.

Epifánio Faculto, the Timor-Leste director of domestic trade under the Ministry of Tourism, Commerce and Industry, told IRIN the plan had been well received: "The people are happy with the price, but we still have some complaints about the [insufficient] stock."

Indeed, every morning there is a queue outside Star King. Lay Siu Kiat, the owner, said he sells 25 tonnes of subsidized rice - his entire daily ration - in about two hours.

Limited discount stocks
Isabelle Soares, 57, came from Aileu District, three hours away, to Dili for subsidized rice. She said her bus did not leave until 8am and by the time she got to Star King the subsidized rice was gone.

Soares, a mother of six, ended up buying a $25 bag, which she said would have cost her $35 in Aileu; a bottle of cooking oil and some instant noodles. She had traveled six hours to and from Aileu to save $10.

"The government doesn't help us," she told IRIN. "I have to come to Dili just to buy rice and then take it back to Aileu."

Faculto acknowledged the subsidized rice had been slow to reach the districts, but he said 1,360kg of rice would be delivered to all 13 districts by the third week of May.

UNMIT has praised the government's efforts at providing discount food. UN acting special representative for the Secretary-General Finn Reske-Nielsen said, "[T]here is no cause for alarm as the situation we are seeing elsewhere is not the situation we are seeing in Timor-Leste."

Beyond the short term, the UN Food and Agriculture Organization (FAO) in Timor is encouraging farmers to take advantage of the extended rainy season and plant additional rice and maize, the second staple crop.

Push for maize
"We will make good seed, planting material and fertilizer available for roughly 30,000 families," said Chana Opaskornkul, FAO's country director in Timor-Leste. "We think by these measures we will encourage people to plant a second crop and we will increase the food production by around 30,000MT in the country."

Compared with the rest of Asia, Timor-Leste has a robust maize yield. Because of the mountainous terrain and low rainfall, maize can be grown more easily than rice in many areas, but many Timorese prefer to eat rice and rely on maize when rice is not available.

Reske-Nielsen said the rice crisis could be an opportunity to change eating habits, which could spur better nutrition and give economic advantage to maize farmers.

"If handled correctly this could, in fact, have a positive impact on poverty alleviation in the rural areas, including on nutritional standards in the country," UNMIT's acting chief said.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
TIMOR-LESTE: subida do preço do arroz leva a subsídios do governo
Irin, 20 Maio

DILI, 20 Maio 2008 (IRIN) – São 8am e o Star King em Dili, a capital de Timor-Leste está para abrir. Durante a maior parte do ano, o Star King, um armazém mal iluminado que vende leite enlatado, massa e óleo alimentar, é uma loja entre uma dúzia iguais. Mas hoje a polícia teve de ser chamada para ajudar a gerir as cerca de 100 pessoas ansiosas à espera no exterior.

Depois de semanas de subida global dos preços dos alimentos, o governo concordou em subsídíos ao arroz e o Star King é apenas uma entre cerca de oito lojas em Dili onde o arroz é suficientemente barato para a família média – apesar do fornecimento com descontos não durar muito.

O arroz é o produto primário mais importante da alimentação da população de cerca de um milhão. De acordo com o Ministério da Agricultura, os Timorenses comem 83,000 toneladas métricas de arroz anualmente mas apenas 40,000 TM são produzidas localmente; o resto é importado da Indonésia, Tailândia ou Vietname.

Uma saca de 35kg de arroz importado devia custar cerca de US$16, em linha com a produção local. Contudo, nos últimos seis meses, o preço do arroz subiu globalmente de 40 US cêntimos/kg para $1.20-$1.30/kg, levando o custo do arroz importado bem para além dos meios da maioria das famílias, que subsistem com poucos dólares por dia.

A Missão da ONU em Timor (UNMIT) tem acusado da elevação dos preços desastres ambientais, maior procura da população, aumento dos preços dos combustíveis e uma diminuição das reservas. No ano passado uma crise de arroz atingiu Timor e então como agora, o governo respondeu com arroz subsidiado. Uma saca de 35 kg de arroz subsidiado custa $17.

Epifánio Faculto, o director do comércio doméstico de Timor-Leste sob o Ministério do Turismo, Comércio e Indústria, disse ao IRIN que o plano tinha sido bem recebido: "As pessoas estão contentes com o preço, mas temos ainda algumas queixas com a [insuficiência] do estoque."

Na verdade, todas as manhãs há uma fila no exterior do Star King. Lay Siu Kiat, o dono, disse que vende 25 toneladas de arroz subsidiado – a totalidade da ração diária – em cerca de duas horas.

Estoques com desconto limitados
Isabel Soares, de 57 anos, veio do Distrito de Aileu, a três horas de distância, para Dili por arroz subsidiado. Disse que o autocarro apenas partiu às 8am e quando chegou ao Star King já não havia arroz subsidiado.

Soares, uma mãe de seis, acabou por comprar uma saca a $25, que disse ela lhe teria custado $35 em Aileu; uma garrafa de óleo alimentar e massa instantânea . Viajou seis horas para poupar $10.

"O governo não nos ajuda," disse ela ao IRIN. "Tive de vir a Dili apenas para comprar arroz e levá-lo para Aileu."

Faculto reconheceu que tem demorado o arroz subsidiado a chegar aos distritos, mas disse que serão fornecidos 1,360 kg de arroz nos 13 distritos na terceira semana de Maio.

A UNMIT tem louvado os esforços do governo no arroz com desconto. O representante especial do Secretário-Geral da ONU em exercício Finn Reske-Nielsen disse, "Não há razão para alarme dado que a situação que estamos a ver noutros lados não é a situação que vemos em Timor-Leste."

Para além do curto prazo, a Organização da da Alimentação e Agricultura da ONU (FAO) em Timor está a encorajar os agricultores a tirarem vantagens da extensão da estação das chuvas e a plantarem mais arroz e milho, uma segunda produção de cereais.

Empurrão para o milho
"Tornaremos disponíveis boas sementes, material para plantar e fertilizantes para cerca de 30,000 famílias," disse Chana Opaskornkul, director de país da FAO em Timor-Leste. "Pensamos que com estas medidas vamos encorajar as pessoas a plantarem uma segunda produção de cereais e aumentaremos a produção de alimentos em cerca de 30,000 TM no país."

Comparado com o resto da Ásia, Timor-Leste tem uma produção robusta de milho. Por causa do terreno montanhoso e da baixa queda de chuva, o milho pode ser cultivado com maior facilidade do que o arroz em muitas áreas, mas muitos Timorenses preferem preferem comer arroz a milho e apenas se apoiam no milho quando não há arroz disponível.

Reske-Nielsen disse que a crise do arroz pode ser uma oportunidade para mudar hábitos de alimentação o que pode levar a uma melhor nutrição e trazer vantagens económicas aos agricultores de milho.

"Se gerido correctamente, isto pode tem um impacto positivo no alívio da pobreza nas áreas rurais, incluindo nos padrões nutricionais no país," disse o chefe da UNMIT em exercício.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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