ABC Radio Australia
7.05.2008
Updated 4 hours 52 minutes ago
The future of East Timor's coalition government is under a cloud after a key party member announced a pact with the opposition.
Presenter: Stephanie March
Speakers: Francisco Xavier do Amaral, Timorese Social Democratic Association president; Mario Carrascalao, PSD MP; Mari Alkatiri, former Prime Minster and leader of Fretilin.
MARCH: When East Timor's Fretilin party won plurality votes in last year's election, a coalition involving the next four largest parties formed a government led by prime minister Xanana Gusmao.
But now one of those parties, the Timorese Social Democratic Party or ASDT has signed an agreement with opposition Fretilin party.
The move could mean that Prime Minister Gusmao Parliamentary Majority Alliance or AMP coalition has lost the number of seats it needs to maintain government.
But ASDT party president Francisco Xavier do Amaral says at this stage his MP's will continue to support Gusmao's AMP alliance.
He says whilst he's not happy with the way the government is dealing with certain issues, at this stage the agreement to align with Fretilin is for the next election.
AMARAL: I think I don't care about their support or their not support, what I care about is that they will do their best to serve these people.
MARCH: Francisco Xavier do Amaral says he is not happy with the way the current coalition government is dealing with problems of corruption and mismanagement.
The policy platform agreement signed between ASDT and Fretilin includes a proposal to reform public administration and strengthen the justice sector within a two-year period if they were elected to government.
But a spokesperson for ASDT warns if the government doesn't improve it's performance by May 28, there are plans to withdraw from the AMP coalition, before new elections are called.
The Prime Minister's office declined to comment on the agreement, saying it's a 'political issue' and East Timor's President Jose Ramos Horta has played down the move, saying it is part of the normal political process.
Mario Carrascalao is an MP and the head of PSD party - a member of the AMP coalition. He says his party doesn't have any immediate intention to defect from the coalition, but says the government must start addressing problems of corruption and nepotism.
MARIO: Corruption should be dealt with very seriously - honestly.
Whoever is corrupted has to face the court of justice. But I do realise also that until now the AMP government is too slow to advancing towards that way, that objective.
MARCH: Despite his dissatisfaction with AMP, Mario Carrascalao has recommended that Xanana Gusmao's CNRT party convince their leader to bring a vote of confidence in the parliament, to reassure their strength and stability.
MARIO: I suggest to CNRT to convince their leader who is the prime minister now to ask confidence vote from the parliament so they can govern with stability. If they are not going to get the majority they need to continue in the government, they should step down.
MARCH: Fretilin sources and other parties have also flagged the possibility of a vote of a no confidence being raised in the parliament in coming months if the current situation continues.
But former Prime Minister and leader of Fretilin party Mari Alkatiri says the newly formed alliance is not intended to bring down the government.
MARI: This is really a signal, a message to Xanana, for him to reconsider his position.
MARCH: He says Fretilin hope all parties agree to early elections in mid-2009. And he says Fretilin is currently in talks with other MP's and parties about aligning themselves with Fretilin in the future.
MARI: Between MPs yes there are some dialogue between our MPs and other MPs. Parties that are not represented in parliament we are talking with them. Our aim is not to create a new crisis here - we are looking to be constructive, but we do believe we have to do something to stop this government from destroying this country.
MARCH: The next biggest test of parliamentary confidence in the AMP government should be at the end of this month, when the government presents it's mid-year budget review, which has to be passed by parliament.
Tradução:
ABC Radio Australia
7.05.2008
Luta pelo poder em Timor-Leste
Actualizada 4 horas 52 minutos atrás
O futuro do governo de coligação de Timor-Leste está ensombrado depois dum partido chave membro ter anunciado um pacto com a oposição.
Apresentadora: Stephanie March
Oradores: Francisco Xavier do Amaral, presidente da Associação Timorense Social Democrática; Mário Carrascalão, deputado do PSD; Mari Alkatiri, antigo Primeiro-Ministro e líder da Fretilin.
MARCH: Quando o partido Fretilin de Timor-Leste ganhou o maior número de votos nas eleições do ano passado, uma coligação envolvendo os quatro partidos a seguir formaram um governo liderado pelo primeiro-ministro Xanana Gusmão.
Mas agora, um desses partidos, o ASDT assinou um acordo com o partido Fretilin na oposição.
O passo pode significar que a Aliança da Maioria Parlamentar ou AMP do Primeiro-Ministro Gusmão perdeu o número de lugares que precisa para manter o governo.
Mas o presidente do partido ASDT Francisco Xavier do Amaral diz que nesta altura os seus deputados continuarão a apoiar a aliança AMP de Gusmão.
Ele diz que apesar de não estar contente como o modo como o governo lida com certos assuntos, nesta altura o acordo para alinhar com a Fretilin é para as próximas eleições.
AMARAL: Penso que não ligo se apoiam ou não apoiam, o que mais me preocupa é que façam o melhor para servir este povo.
MARCH: Francisco Xavier do Amaral diz que não está satisfeito com o modo como o corrente governo de coligação está a lidar com problemas de corrupção e má-gestão .
O acordo de plataforma política assinado entre a ASDT e a Fretilin inclue uma proposta de reforma da administração pública e do reforço do sector da justiça dentro dum período de dois anos se forem eleitos para o governo.
Mas um porta-voz da ASDT avisa que se o governo não melhorar a sua actuação até 28 de Maio, há planos de sair da coligação AMP, antes de serem marcadas novas eleições.
O gabinete do Primeiro-Ministro declinou comentários sobre o acordo, dizendo que é um 'assunto político' e o Presidente de Timor-Leste José Ramos Horta desvalorizou o gesto, dizendo que faz parte do normal processo político.
Mário Carrascalão é deputado e líder do partido PSD - um membro da coligação AMP. Diz que o seu partido não tem uma intenção imediata de desertar da coligação, mas diz que o governo deve começar a responder aos problemas da corrupção e nepotismo.
MÁRIO: Deve lidar-se com a corrupção com muita seriedade - honestamente.
Seja quem for corrupto tem de enfrentar o tribunal da justiça. Mas entendo também que até agora o governo AMP é demasiado lento a avançar nesse caminho, nesse objectivo.
MARCH: Apesar do seu descontentamento com a AMP, Mário Carrascalão recomendou que o partido CNRT de Xanana Gusmão convença o seu líder a avançar com um voto de confiança no parlamento, para re-afirmar a sua força e estabilidade.
MÀRIO: Eu sugiro que o CNRT convença o seu líder que é o primeiro-ministro a avançar agora com um voto de confiança no parlamento para que possam governar com estabilidade. Se não obtiverem a maioria que precisam para continuar, eles têm que sair.
MARCH: Fontes da Fretilin e doutros partidos brandiram também a possibilidade de se apresentar um voto de não confiança no parlamento nos próximos meses se a corrente situação continuar.
Mas o antigo Primeiro-Ministro e líder da Fretilin Mari Alkatiri diz que a aliança acabada de formar não tem a intenção de derrubar o governo.
MARI: Isto realmente é um sinal, uma mensagem para Xanana, para ele reconsiderar a sua posição.
MARCH: Ele diz que a Fretilin espera que todos os partidos concordem em eleições antecipadas em meados de 2009. E ele diz que correntemente a Fretilin está em conversas com outros deputados e partidos para se alinharem eles próprios com a Fretilin no futuro.
MARI: Entre deputados sim, há algum diálogo entre os nossos deputados e os outros deputados. Estamos a conversar com os partidos que não estão representados no parlamento. O nosso objectivo não é criar uma nova crise aqui – estamos a procurar ser construtivos, mas acreditamos que temos que fazer alguma coisa para parar este governo de destruir o país.
MARCH: O próximo maior teste parlamentar de confiança ao governo AMP deve ser no fim deste mês, quando o governo apresentar o seu orçamento de meio ano para revisão, que tem de ser aprovado pelo parlamento.
quarta-feira, maio 07, 2008
East Timor's power struggle
Por Malai Azul 2 à(s) 23:44
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução:
ABC Radio Australia
7.05.2008
Luta pelo poder em Timor-Leste
Actualizada 4 horas 52 minutos atrás
O futuro do governo de coligação de Timor-Leste está ensombrado depois dum partido chave membro ter anunciado um pacto com a oposição.
Apresentadora: Stephanie March
Oradores: Francisco Xavier do Amaral, presidente da Associação Timorense Social Democrática; Mário Carrascalão, deputado do PSD; Mari Alkatiri, antigo Primeiro-Ministro e líder da Fretilin.
MARCH: Quando o partido Fretilin de Timor-Leste ganhou o maior número de votos nas eleições do ano passado, uma coligação envolvendo os quatro partidos a seguir formaram um governo liderado pelo primeiro-ministro Xanana Gusmão.
Mas agora, um desses partidos, o ASDT assinou um acordo com o partido Fretilin na oposição.
O passo pode significar que a Aliança da Maioria Parlamentar ou AMP do Primeiro-Ministro Gusmão perdeu o número de lugares que precisa para manter o governo.
Mas o presidente do partido ASDT Francisco Xavier do Amaral diz que nesta altura os seus deputados continuarão a apoiar a aliança AMP de Gusmão.
Ele diz que apesar de não estar contente como o modo como o governo lida com certos assuntos, nesta altura o acordo para alinhar com a Fretilin é para as próximas eleições.
AMARAL: Penso que não ligo se apoiam ou não apoiam, o que mais me preocupa é que façam o melhor para servir este povo.
MARCH: Francisco Xavier do Amaral diz que não está satisfeito com o modo como o corrente governo de coligação está a lidar com problemas de corrupção e má-gestão .
O acordo de plataforma política assinado entre a ASDT e a Fretilin inclue uma proposta de reforma da administração pública e do reforço do sector da justiça dentro dum período de dois anos se forem eleitos para o governo.
Mas um porta-voz da ASDT avisa que se o governo não melhorar a sua actuação até 28 de Maio, há planos de sair da coligação AMP, antes de serem marcadas novas eleições.
O gabinete do Primeiro-Ministro declinou comentários sobre o acordo, dizendo que é um 'assunto político' e o Presidente de Timor-Leste José Ramos Horta desvalorizou o gesto, dizendo que faz parte do normal processo político.
Mário Carrascalão é deputado e líder do partido PSD - um membro da coligação AMP. Diz que o seu partido não tem uma intenção imediata de desertar da coligação, mas diz que o governo deve começar a responder aos problemas da corrupção e nepotismo.
MÁRIO: Deve lidar-se com a corrupção com muita seriedade - honestamente.
Seja quem for corrupto tem de enfrentar o tribunal da justiça. Mas entendo também que até agora o governo AMP é demasiado lento a avançar nesse caminho, nesse objectivo.
MARCH: Apesar do seu descontentamento com a AMP, Mário Carrascalão recomendou que o partido CNRT de Xanana Gusmão convença o seu líder a avançar com um voto de confiança no parlamento, para re-afirmar a sua força e estabilidade.
MÀRIO: Eu sugiro que o CNRT convença o seu líder que é o primeiro-ministro a avançar agora com um voto de confiança no parlamento para que possam governar com estabilidade. Se não obtiverem a maioria que precisam para continuar, eles têm que sair.
MARCH: Fontes da Fretilin e doutros partidos brandiram também a possibilidade de se apresentar um voto de não confiança no parlamento nos próximos meses se a corrente situação continuar.
Mas o antigo Primeiro-Ministro e líder da Fretilin Mari Alkatiri diz que a aliança acabada de formar não tem a intenção de derrubar o governo.
MARI: Isto realmente é um sinal, uma mensagem para Xanana, para ele reconsiderar a sua posição.
MARCH: Ele diz que a Fretilin espera que todos os partidos concordem em eleições antecipadas em meados de 2009. E ele diz que correntemente a Fretilin está em conversas com outros deputados e partidos para se alinharem eles próprios com a Fretilin no futuro.
MARI: Entre deputados sim, há algum diálogo entre os nossos deputados e os outros deputados. Estamos a conversar com os partidos que não estão representados no parlamento. O nosso objectivo não é criar uma nova crise aqui – estamos a procurar ser construtivos, mas acreditamos que temos que fazer alguma coisa para parar este governo de destruir o país.
MARCH: O próximo maior teste parlamentar de confiança ao governo AMP deve ser no fim deste mês, quando o governo apresentar o seu orçamento de meio ano para revisão, que tem de ser aprovado pelo parlamento.
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