segunda-feira, fevereiro 25, 2008

To: Complaints, SBS Australia

Dear all

Attached below is a letter of complaint sent to SBS News from Jose Teixeira regarding a recent defammatory story by SBS.

Regards
Railakan Makaas

FRETILIN Media


Friday, February 22, 2008,

To: Complaints, SBS Australia

Yesterday your national news bulletin carried a report from a reporter in Timor-Leste, Maria Gabriela Carrascalao, wherein my character was seriously defamed by both Ms Carrascalao and SBS. The report imputed my involvement with the contemptible and abhorrent criminal attacks on the President and Prime Minister of Timor-Leste.

Your report and the imputations regarding me in the report are false and misleading. I have denied in a press release of the 20th of February 2008 that would have been accessible denied any involvement with these events. A press conference was also held by the FRETILIN parliamentary group on my behalf making it clear that this was based on nothing more than a political witch hunt of me and FRETILIN.

Facts would also have been available to your reporter yesterday that on 20th of February, the day after I was the subject of the police action, the prosecutor general himself stated that the police had acted "outside procedures", and that I was not and have never been a person named in a list provided by the prosecutor general to the police for questioning.

After being taken into the Dili Police Headquarters without either a warrant or another lawful reason, and in total disregard of my immunity as a member of the Timor-Leste National Parliament, I was informed by the commander of the National Investigations Division, a joint Timor-Leste Police and UN Police unit, that they did not have any requirement for my presence for questioning.

However, given the lateness of the night and after interventions on my part my some of the FRETILIN leadership, I was allowed to and in fact driven to a friend's residence where I stayed for the evening.

The fact that I was taken in 45 minutes before the commencement of the nightly curfew period is significant, as I was informed the following day by many police that many people were picked under similar circumstances to myself who were detained overnight at the police station but released in the morning for want of any basis of evidence whatsoever.

I presented the following morning as agreed with the commander of the National Investigation Division and gave a short statement. However, the police who took my statement did not have any facts to put to me because they had not been involved in bringing me in and other than a general knowledge of being brought in as a witness, knew nothing else.

After giving a short statement I was allowed to leave unimpeded and without further requirements from the police.

However, prior to leaving, the senior UN Police officer requested to speak with me and reiterated what had been told to me by the Timorese National Investigation Division Commander, that being that I was not named or known to them on any list provided by the Prosecutor General's Office from whom they took their instructions during the investigation of the events of 11th February 2008.

On the evening of my being subject to police action, a senior FRETILIN leader spoke to the Deputy Commander of the Timor-Leste National Police Operations who informed him that he was aware of the operation against me and ordered it. Though asked, he declined to comment on who gave him orders to order the operation against me. It is known that the prosecutor general's office was not aware or involved with the operation and nor was the National Investigations Division.

The fact is that orders were given and FRETILIN and I are demanding in parliament to know, as was demanded in the media conference on the 20th February, exactly who ordered that I be taken in for questioning.

All these facts were readily ascertainable by your Dili reporter had she bothered to seek information or even a comment from myself or other FRETILIN spokespersons, so as to report in a more balanced and truthful manner.

I have consistently denied knowing any of the persons suspected of being involved, including the deceased Reinado or of in any way having any involvement whatsoever with them or any of their activities whatsoever.

It is our firm belief that the police action against me was a politically motivated action with the knowledge of the government, aimed at tarnishing me good name and to undermine the effectiveness of my role as a FRETILIN media spokesperson and liaison officer. FRETILIN has and will continue to insist on an answer as to who gave the orders to the police to take the action they did against me.

I am currently taking legal advice and intended to commence all relevant legal proceedings in whichever jurisdiction may be necessary to seek to remedy the extensive damage that has already been sustained by my previously good name and character as a result of your defamatory report and other reports as well.

In the interim, I hereby demand that you broadcast a retraction taking into account the facts that were already available to your reporter and your network when the story ran last night.

This will only go a small way to remedying the damage already sustained by my hitherto good name and character.

Jose Teixeira MP
Dil, Timor Leste



Tradução:

Para: Reclamações, SBS Australia

Meus Caros

Junto em baixo está uma carta de reclamação enviada a SBS News de José Teixeira em relação a uma recente história difamatória da SBS.

Cumprimentos
Railakan Makaas

FRETILIN Media


Sexta-feira, Fevereiro 22, 2008,

Para: Reclamações, SBS Australia

Ontem, o seu boletim nacional de notícias trazia um relato duma repórter em Timor-Leste, Maria Gabriela Carrascalão,onde o meu carácter foi difamado gravemente por ambos Srª Carrascalão e SBS. O relato imputou o meu envolvimento com os ataques criminosos, mesquinhos e odiosos ao Presidente e Primeiro-Ministro de Timor-Leste.

O vosso relato e as imputações que me dizem respeito no relato são falsas e enganadoras. Eu neguei numa conferência de imprensa em 20 de Fevereiro 2008 qualquer envolvimento nesses eventos. Também o Grupo Parlamentar da FRETILIN realizou uma conferência de imprensa em meu nome deixando claro que isso foi baseado em nada mais do que numa perseguição política a mim e à FRETILIN.

A vossa poderia ter também tido acesso a factos de 20 de Fevereiro, o dia depois de ter sido sujeito da acção da polícia, onde o próprio procurador-geral afirmou que a polícia tinha actuado "à margem dos procedimentos", e que eu não estava, nem nunca tinha estado numa lista entregue pelo procurador-Geral à polícia para ser interrogado.

Depois de ter sido levado para a Sede da Polícia de Dili sem qualquer mandato ou qualquer outra razão legal, e em total desprezo da minha imunidade como deputado do Parlamento Nacional de Timor-Leste, eu fui informado pelo comandante da Divisão Nacional de Investigações, uma unidade conjunta da Polícia de Timor-Leste e da Polícia da ONU, que eles não tinham nenhum pedido para a minha presença para interrogatório.

Contudo, dada a hora tardia da noite e depois de intervenções da liderança da FRETILIN, fui autorizado e de facto fui levado para casa dum amigo onde passei a noite.

O facto de ter sido levado 45 minutos antes do começo do recolher obrigatório é significativo, dado que fui informado no dia seguinte por muitos polícias que muita gente foi apanhada sob circunstâncias similares às minhas e que ficaram detidas durante a noite na estação de polícia mas libertadas na manhã por não haver qualquer base de evidência.

Conforme combinado com comandante da Divisão Nacional de Investigações apresentei-me na manhã seguinte e fiz uma breve declaração. Contudo, o polícia que recebeu a minha declaração não tinha quaisquer questões a colocar-me porque não tinha estado envolvido em trazer-se e além do conhecimento geral de ser trazido como testemunha, não sabia mais nada.

Depois de dar a curta declaração fui autorizado a sair sem qualquer impedimento e sem qualquer pedido da polícia.

Contudo, antes de sair, o oficial de topo da Polícia da ONU pediu para falar comigo e repetiu o que me tinha sido dito pelo Comandante da Divisão Nacional de Investigações Timorense, que não fora indicado em nenhuma lista fornecida pelo Gabinete do Procurador-Geral de quem recebem instruções durante a investigação dos eventos de 11 Fevereiro2008.

Na manhã em que fui sujeito à acção da polícia, um líder de topo da FRETILIN falou com o Vice-Comandante de Operações da Polícia Nacional de Timor-Leste que o informou que sabia da operação contra mim e que a tinha ordenado. Apesar de lhe ter perguntado, ele declinou comentar quem é que lhe dera as ordens para a operação contra mim. É sabido que o Gabinete do Procurador-Geral não sabia e não estivera envolvido na operação nem a Divisão Nacional de Investigações.

O facto é que foram dadas ordens e a FRETILIN e eu estamos a exigir no parlamento para saber isso, tal como isso foi exigido na conferência de imprensa de 20 de Fevereiro, exactamente quem é que ordenou que eu fosse levado para interrogatório.

Todos estes factos estiveram à disposição da vossa repórter de Dili se ela se tivesse interessado em obter a informação ou mesmo um comentário de mim ou doutro porta-voz da FRETILIN para reportar de modo mais equilibrado e verdadeiro.

Neguei consistentemente conhecerqualquer das pessoas suspeitas de estarem envolvidas, incluindo o falecido Reinado ou de ter de qualquer maneira qualquer envolvimento seja de que modo for com eles ou com qualquer das suas actividades.

É nossa firme convicção que a acção da polícia contra mim foi uma acção politicamente motivada com o conhecimento do governo, que visava manchar o meu bom nome e minar a eficácia do meu papel como porta-voz e oficial de ligação para os media da FRETILIN. A FRETILIN tem insistido e vai continuar a insistir para obter as respostas sobre quem é que deu as ordens à polícia para fazer o que fez contra mim.

Correntemente estou a tomar aconselhamento legal e tenho a intenção de começar todos os procedimentos legais seja em que jurisdição for para procurar remediar os danos que já sofri ao meu bom nome e carácter como resultado do vosso relato difamatório, bem como outros.

Entretanto, exijo que emitam uma retracção levando em consideração os factos que já foram disponibilizados à vossa repórter e á vossa cadeia quando passou a história ontem à noite.

Isso será apenas uma pequena medida para remediar os danos que já sofri no meu bom bome e carácter.

José Teixeira, Deputado
Dil, Timor-Leste

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Para: Reclamações, SBS Australia
Meus Caros

Junto em baixo está uma carta de reclamação enviada a SBS News de José Teixeira em relação a uma recente história difamatória da SBS.

Cumprimentos
Railakan Makaas

FRETILIN Media


Sexta-feira, Fevereiro 22, 2008,

Para: Reclamações, SBS Australia

Ontem, o seu boletim nacional de notícias trazia um relato duma repórter em Timor-Leste, Maria Gabriela Carrascalão,onde o meu carácter foi difamado gravemente por ambos Srª Carrascalão e SBS. O relato imputou o meu envolvimento com os ataques criminosos, mesquinhos e odiosos ao Presidente e Primeiro-Ministro de Timor-Leste.

O vosso relato e as imputações que me dizem respeito no relato são falsas e enganadoras. Eu neguei numa conferência de imprensa em 20 de Fevereiro 2008 qualquer envolvimento nesses eventos. Também o Grupo Parlamentar da FRETILIN realizou uma conferência de imprensa em meu nome deixando claro que isso foi baseado em nada mais do que numa perseguição política a mim e à FRETILIN.

A vossa poderia ter também tido acesso a factos de 20 de Fevereiro, o dia depois de ter sido sujeito da acção da polícia, onde o próprio procurador-geral afirmou que a polícia tinha actuado "à margem dos procedimentos", e que eu não estava, nem nunca tinha estado numa lista entregue pelo procurador-Geral à polícia para ser interrogado.

Depois de ter sido levado para a Sede da Polícia de Dili sem qualquer mandato ou qualquer outra razão legal, e em total desprezo da minha imunidade como deputado do Parlamento Nacional de Timor-Leste, eu fui informado pelo comandante da Divisão Nacional de Investigações, uma unidade conjunta da Polícia de Timor-Leste e da Polícia da ONU, que eles não tinham nenhum pedido para a minha presença para interrogatório.

Contudo, dada a hora tardia da noite e depois de intervenções da liderança da FRETILIN, fui autorizado e de facto fui levado para casa dum amigo onde passei a noite.

O facto de ter sido levado 45 minutos antes do começo do recolher obrigatório é significativo, dado que fui informado no dia seguinte por muitos polícias que muita gente foi apanhada sob circunstâncias similares às minhas e que ficaram detidas durante a noite na estação de polícia mas libertadas na manhã por não haver qualquer base de evidência.

Conforme combinado com comandante da Divisão Nacional de Investigações apresentei-me na manhã seguinte e fiz uma breve declaração. Contudo, o polícia que recebeu a minha declaração não tinha quaisquer questões a colocar-me porque não tinha estado envolvido em trazer-se e além do conhecimento geral de ser trazido como testemunha, não sabia mais nada.

Depois de dar a curta declaração fui autorizado a sair sem qualquer impedimento e sem qualquer pedido da polícia.

Contudo, antes de sair, o oficial de topo da Polícia da ONU pediu para falar comigo e repetiu o que me tinha sido dito pelo Comandante da Divisão Nacional de Investigações Timorense, que não fora indicado em nenhuma lista fornecida pelo Gabinete do Procurador-Geral de quem recebem instruções durante a investigação dos eventos de 11 Fevereiro2008.

Na manhã em que fui sujeito à acção da polícia, um líder de topo da FRETILIN falou com o Vice-Comandante de Operações da Polícia Nacional de Timor-Leste que o informou que sabia da operação contra mim e que a tinha ordenado. Apesar de lhe ter perguntado, ele declinou comentar quem é que lhe dera as ordens para a operação contra mim. É sabido que o Gabinete do Procurador-Geral não sabia e não estivera envolvido na operação nem a Divisão Nacional de Investigações.

O facto é que foram dadas ordens e a FRETILIN e eu estamos a exigir no parlamento para saber isso, tal como isso foi exigido na conferência de imprensa de 20 de Fevereiro, exactamente quem é que ordenou que eu fosse levado para interrogatório.

Todos estes factos estiveram à disposição da vossa repórter de Dili se ela se tivesse interessado em obter a informação ou mesmo um comentário de mim ou doutro porta-voz da FRETILIN para reportar de modo mais equilibrado e verdadeiro.

Neguei consistentemente conhecerqualquer das pessoas suspeitas de estarem envolvidas, incluindo o falecido Reinado ou de ter de qualquer maneira qualquer envolvimento seja de que modo for com eles ou com qualquer das suas actividades.

É nossa firme convicção que a acção da polícia contra mim foi uma acção politicamente motivada com o conhecimento do governo, que visava manchar o meu bom nome e minar a eficácia do meu papel como porta-voz e oficial de ligação para os media da FRETILIN. A FRETILIN tem insistido e vai continuar a insistir para obter as respostas sobre quem é que deu as ordens à polícia para fazer o que fez contra mim.

Correntemente estou a tomar aconselhamento legal e tenho a intenção de começar todos os procedimentos legais seja em que jurisdição for para procurar remediar os danos que já sofri ao meu bom nome e carácter como resultado do vosso relato difamatório, bem como outros.

Entretanto, exijo que emitam uma retracção levando em consideração os factos que já foram disponibilizados à vossa repórter e á vossa cadeia quando passou a história ontem à noite.

Isso será apenas uma pequena medida para remediar os danos que já sofri no meu bom bome e carácter.

José Teixeira, Deputado
Dil, Timor-Leste

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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