Diário Digital / Lusa
11-11-2007 12:59:00
Um grupo de 23 órfãos timorenses «aguarda a assinatura de um acordo escrito entre Timor-Leste e a Malásia» para poder sair do país, afirmou hoje à Agência Lusa a ministra da Solidariedade Social, Maria Domingas Fernandes Alves.
Os 23 órfãos, todos menores de 16 anos, foram impedidos pelo governo de sair de Timor-Leste, no dia 08 de Novembro, no voo que liga Díli a Denpasar, Indonésia, e que os levaria até à Malásia.
«Apenas queremos que os dois Estados tenham um acordo e que haja garantias de que se responsabilizam pelas crianças», afirmou a ministra da Solidariedade Social à Lusa.
Os órfãos estão internados na Fundação Hadomi Timor Oan, em Díli, uma instituição que tem no corpo directivo o ministro da Agricultura, Mariano Sabino, e Kyrstie Sword-Gusmão, mulher do primeiro-ministro Xanana Gusmão.
Em 2006, na sequência da crise política e militar em Timor-Leste, um primeiro grupo de sete órfãos viajou para a Malásia, para tratamento médico, ali permanecendo a estudar.
O grupo de 23 órfãos retido no aeroporto de Díli pretende também ficar a estudar em Malaca, com o apoio de um sacerdote católico.
«O governo interveio apenas para garantir que toda a documentação é organizada», sublinhou Maria Domingas Fernandes Alves, que recordou que Timor-Leste ainda não tem uma lei de adopção.
«O governo de Timor-Leste coloca uma alta prioridade na protecção das crianças, incluindo nas da Fundação Hadomi Timor Oan», salientou a ministra da Solidariedade.
«A situação das crianças da Fundação Hadomi Timor Oan será resolvida de acordo com a Constituição de Timor-Leste que privilegia a protecção, saúde e bem-estar das crianças», acrescentou a ministra.
NOTA DE RODAPÉ:
O que diz agora a UNICEF? Ou só porque o ministro da Agricultura, Mariano Sabino, e Kyrstie Sword-Gusmão, mulher do primeiro-ministro Xanana Gusmão, estão envolvidos, já se calam?
Para onde im estas crianças sem fundamento legal que o permitisse?
segunda-feira, novembro 12, 2007
Timor-Leste: Órfãos esperam acordo entre Estados para viajar
Por Malai Azul 2 à(s) 19:30
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
2 comentários:
Timor-Leste: Órfãos da Fundação Hadomi sem guarda legal
Diário Digital / Lusa
12-11-2007 15:49:00
Os 23 órfãos timorenses impedidos de voar para a Malásia «ainda não têm guarda legal atribuída», afirmou hoje à Agência Lusa o patrono da Fundação Hadomi Timor Oan, Kirsty Sword-Gusmão.
«Só agora foi iniciado o processo para que um juiz atribua a alguém ou a uma instituição a guarda legal das crianças», declarou à Lusa a mulher do primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão.
O processo pode ser iniciado «por qualquer pessoa» com um pedido ao Procurador-Geral da República.
A ex-primeira-dama timorense descreveu à Lusa como «uma grande quebra de confiança» a forma como a responsável da Fundação Hadomi Timor Oan conduziu o processo dos órfãos com destino à Malásia.
Um grupo de 23 órfãos, todos menores de 16 anos, foram impedidos pelo governo de sair de Timor-Leste, no dia 08 de Novembro, no voo que liga Díli a Denpasar, Indonésia, e que os levaria até Kuala Lumpur, Malásia.
«Apenas queremos que os dois Estados tenham um acordo e que haja garantias de que se responsabilizam pelas crianças», explicou à Lusa a ministra da Solidariedade Social, Maria Domingas Fernandes Alves.
Em 2006, na sequência da crise política e militar em Timor-Leste, um primeiro grupo de sete órfãos viajou para a Malásia, para tratamento médico, ali permanecendo a estudar.
«Não sabemos em que situação se encontra esse primeiro grupo», afirmou Kirsty Sword-Gusmão.
«Não temos informação se eles estão realmente a estudar ou se este ano na Malásia foi uma perda de tempo».
Esse foi um dos motivos de preocupação do Conselho Directivo da Fundação Hadomi Timor Oan, reunido há um mês para apreciar a proposta da directora para outro grupo de órfãos viajar para o estrangeiro.
«Não dissemos categoricamente que não mas afirmámos que não estávamos satisfeitos com as condições em que os órfãos iam sair», explicou Kirsty Sword-Gusmão.
«A primeira objecção é que tem que ser resolvido o quadro legal das crianças. Outra é que não nos sentimos confortáveis com a falta de garantias de apoio financeiro».
«Não queremos que, ao fim de alguns meses, as crianças não apenas deixem de estudar mas se encontrem na rua, num país estrangeiro e numa idade tão vulnerável», adiantou a ex-primeira-dama, ela própria responsável por diferentes projectos de assistência social na Fundação Alola.
O Conselho Directivo da Fundação Hadomi Timor Oan «apenas voltou a ter notícias quarta-feira passada, com a informação de que 23 órfãos tinham cartão de embarque para o dia seguinte», contou Kirsty Sword-Gusmão.
Sublinhando a estranheza da situação, Kirsty Sword-Gusmão adiantou que, «apesar de não terem qualquer definição de guarda legal, e de ninguém ser legalmente responsável por eles, os órfãos tinham passaportes emitidos pelas autoridades» timorenses.
Os 23 órfãos continuam na Fundação Hadomi Timor Oan, «com os seus sonhos desfeitos e a odiar toda a gente que frustrou a sua expectativa».
A Lusa tentou contactar a coordenadora da Fundação Hadomi Timor Oan nas instalações da instituição, mas foi informada que «a senhora viajou para o estrangeiro».
A lady Kirsty está metida em tudo. Mais uma "embaixada"?
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