sábado, agosto 11, 2007

Wannabe pumpkin farmer becomes E Timor's PM

ABC News

Posted Wed Aug 8, 2007 2:04pm AEST
Updated Wed Aug 8, 2007 2:16pm AEST

Story: Violence continues after Gusmao named as PM Related Story: Violence erupts as E Timor Govt announced Xanana Gusmao, the guerrilla fighter who shepherded East Timor to independence and was its reluctant president, has been sworn in as the tiny nation's new Prime Minister.

The grey-bearded and energetic 61-year-old has always insisted he has no passion for politics and would prefer to be farming pumpkins, but since East Timor's independence in 2002 he has never been out of the limelight.

Mr Gusmao stepped down after five years as president in May, having earlier this year set up a new political party aimed at wresting power from Mari Alkatiri, his long-time political foe, in June elections.

His National Congress for the Reconstruction of East Timor (CNRT) won 18 seats in the impoverished nation's 65-seat Parliament, trailing Dr Alkatiri's Fretilin party - of which he was once a member - by three seats.

But by tapping in to general disillusionment with Fretilin in the wake of deadly violence that blighted Dili in April and May last year, he cobbled together a coalition of parties that controls 37 seats in the Parliament.

President Jose Ramos Horta, who replaced Mr Gusmao in separate May elections, used his constitutional authority to rule that the coalition could form a government, as the law was unclear on who should lead under such a scenario.

Yesterday's decision evoked riots in East Timor's two biggest cities and a sharp protest from Fretilin, which will fight the decision in court.


Incarnations

The prime ministership is just the latest in a series of political incarnations for Mr Gusmao.

He was instrumental in East Timor's independence struggle, beginning with peaceful campaigning against Portuguese colonialists.

Indonesia's 1975 invasion saw him take to the hills to fight the occupiers, leaving behind his wife and children to become a guerrilla leader in a move that would cement his popularity for years to come.

The rebels, despite limited resources, managed to stretch Indonesia's military with small-scale attacks across East Timor.

But in 1992, Mr Gusmao was captured, accused of subversion and jailed. He continued to direct the resistance movement from behind bars in Jakarta, where he also painted and wrote poetry, earning him the sobriquet of the "poet warrior".

During his incarceration, Mr Gusmao began corresponding with the Australian who would become his second wife, aid worker Kirsty Sword, with whom he now has three children.

The downfall of Indonesian dictator Suharto ushered in a new era of democracy for Indonesia and saw Mr Gusmao freed in 1999, hours after his compatriots voted for independence in a United Nations-administered referendum.

He received a hero's welcome on his triumphant return to the capital, Dili.


Reluctance

Mr Gusmao has always publicly insisted he did not want to be president but pressure from colleagues led him to run for the post in 2002.

"I always said I would like to be a pumpkin farmer. It is still my dream," he said last year, before deadly unrest rocked Dili's streets.

"I never, ever wanted to be President."

Nevertheless, he continues to wield strong political influence.

Mr Gusmao threatened to resign last year during the unrest, which saw at least 37 people killed when factions of the military and police waged battles that degenerated into gang warfare. It was the worst violence since East Timor's formal independence in 2002.

His stance pushed Dr Alkatiri to step down but he did not emerge untarnished from the events himself, being accused of inflaming some of the violence with a long speech he gave amid the turmoil.

And despite his enduring popularity, there is some question about his ability to handle the demanding position.

"Few outside CNRT think that he would make a good Prime Minister because of his impatience with detail, among other things," the International Crisis Group said in a report earlier this year.

The think tank said Mr Gusmao's party had a poorly developed structure, no policies and little more going for it than its leader's charisma.

2 comentários:

Anónimo disse...

Tradução:
Cultivador de abóboras de Wannabe tona-se PM de Timor-Leste
ABC News

Postado Quarta-feira, Agosto 8, 2007 2:04pm AEST
Actualizado Quarta-feira, Agosto 8, 2007 2:16pm AEST

História: Continua a violência depois de Gusmão ter sido nomeado PM
História Relacionada: A violência irrompe em Timor-Leste, anunciou o governo. Xanana Gusmão, o guerrilheiro que pastoreou Timor-Leste para a independência e foi o seu presidente relutante tomou posse como o novo Primeiro-Ministro da pequena nação.

O homem de barba grisalha enérgico de 61 anos tem insistido sempre que não tem paixão nenhuma pela política e que preferiria estar a cultivar abóboras, mas desde a independência de Timor-Leste em 2002 que nunca saiu das luzes da ribalta .

O Sr Gusmão saiu depois de cinco anos da presidência em Maio, tendo montado no início deste ano um novo partido político com o objectivo de arrancar o poder de Mari Alkatiri, o seu inimigo político de há muito tempo, nas eleições de Junho.

O seu CNRT ganhou 18 lugares no Parlamento de 65 lugares da nação empobrecida, ficando atrás do partido do Dr Alkatiri, a Fretilin - do qual já foi membro – por três lugares.

Mas por cavalgar o descontentamento geral contra a Fretilin no início da violência mortal que atingiu Dili em Abril e Maio do ano passado, ele arregimentou uma coligação de partidos que controlam 37 lugares no Parlamento.

O Presidente José Ramos Horta, que substituiu o Sr Gusmão noutras eleições em Maio, usou a sua autoridade constitucional para determinar que a coligação podia formar governo, visto que a lei não era clara sobre quem devia liderar num tal cenário .

A decisão de ontem provocou motins nas duas maiores cidades de Timor-Leste e um forte protesto da Fretilin, que vai lutar ontra a decisão por meios legais.

Encarnações

Ser primeiro-ministro é apenas a última de uma série de encarnações políticas do Sr Gusmão.

Foi instrumental na luta pela independência de Timor-Leste, começando com uma campanha pacífica contra os colonialistas Portugueses.

A invasão pela Indonésia em 1975 viu-o a ir para as montanhas para combater os ocupantes, deixando para trás a mulher e os filhos para se tornar um líder da guerrilha num gesto que cimentaria a sua popularidades nos anos seguintes.

Os rebeldes, apesar dos seus recursos limitados, conseguiram violentar as forças militares da Indonésia com ataques de pequena escala através de Timor-Leste.

Mas em 1992, o Sr Gusmão foi capturado, acusado de subversão e preso. Continuou a dirigir o movimento de resistência por detrás das grades em Jacarta, onde também pintava e escreveu poesia, o que lhe fez ganhar a alcunha de “poeta guerreiro”.

Durante a sua encarceração, o Sr Gusmão começou a corresponder-se com a Australiana que se viria a tornar a sua segunda mulher, a trabalhadora de ajuda Kirsty Sword, com quem tem agora três filhos.

A queda do ditador Indonésio Suharto conduziu a uma nova era de democracia para a Indonésia e levou à saída em liberdade do Sr Gusmão em 1999, horas depois de os seus compatriotas terem votado pela independência num referendo administrado pelas Nações Unidas.

Foi recebido como um herói no seu regresso triunfante à capital, Dili.

Relutância

O Sr Gusmão tem sempre publicamente insistido que não quis ser presidente mas que as pressões de colegas o levaram a concorrer ao cargo em 2002.

"Disse sempre que queria se um cultivador d abóboras. É ainda o meu sonho," disse ele no ano passado, antes do desassossego mortal que atingiu as ruas de Dili.

"Nunca, jamais quis ser Presidente."

Contudo, ele continua a deter forte influência política.

O Sr Gusmão ameaçou resignar no ano passado durante o desassossego que provocou pelo menos37 mortes quando facções de militares e da polícia desencadearam batalhas que degeneraram em guerras de gangs. Foi a pior violência desde a independência formal de Timor-Leste em 2002.

A sua postura empurrou a saída do Dr Alkatiri mas ele próprio não saiu sem manchas dos eventos tendo sido acusado de inflamar alguma da violência com um longo discurso que fez no meio do tumulto .

E apesar da sua duradoura popularidade, há algumas questões acerca da sua capacidade para lidar com este cargo exigente.

"Poucos fora do CNRT pensam que será um bom Primeiro-Ministro por causa da sua impaciência com detalhes, entre outras coisas," disse a International Crisis Group num relatório no princípio deste ano.

A organização disse que o partido do Sr Gusmão tinha uma estrutura pobre, não tinha programa político e pouco mais para andar do que o carisma do seu líder.

Anónimo disse...

Grupos de jovens manifestaram-se em Viqueque e Baucau
Protestos contra novo Governo de Timor-Leste causam a morte a uma criança
Público, 11.08.2007 - 14h24 Reuters

Grupos de jovens armados incendiaram várias casas em Viqueque e Baucau, em protesto contra a nomeação do novo primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana. Num orfanato de Baucau, várias raparigas foram violadas, incluindo uma menina de doze anos. Em Viqueque, uma criança morreu durante os ataques que já estão a ser investigados pela polícia.

Segundo informou hoje Basilio Maria Ximenes, responsável pelo orfanato salesiano Don Bosco, na região Este de Baucau, uma multidão vandalizou e destruiu a escola primária daquele orfanato, destinado a crianças pobres. Várias alunas foram abusadas sexualmente, incluindo uma menina de doze anos, disse Ximenes.

Pedro Belo, chefe da polícia de Baucau, diz que já destacou uma equipa para investigar o sucedido e deter os responsáveis.

Em Viqueque, uma criança morreu durante os ataques, informou um porta-voz do Governo, Hermenegildo Pereira. Esta é a primeira morte conhecida desde o início desta onda de violência, na semana passada. Tudo começou quando o Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta ter nomeado uma coligação liderada por Xanana Gusmão para governar.

A decisão de Ramos-Horta desencadeou protestos violentos de simpatizantes do antigo partido no Governo, Fretilin, que chama a si o direito de governar depois de ter conseguido a maioria dos votos nas eleições de 30 de Junho. A Fretilin considera a decisão de Ramos-Horta inconstitucional e apelou a um boicote ao novo Governo, que tomou posse na quarta-feira.

De momento estão em Timor-Leste três mil polícias e soldados estrangeiros para ajudar a restaurar a ordem.

“O primeiro-ministro Xanana Gusmão está muito desiludido com esta situação, na qual uma criança morreu, e com o que aconteceu ontem à noite no convento salesiano”, comentou Hermenegildo Pereira. “Isto envergonha-nos enquanto nação soberana que professa o cristianismo”.

As Nações Unidas afirmam que desde o início da violência já foram incendiadas 142 casas em Viqueque e Baucau. A polícia da ONU deteve quatro pessoas em Baucau. Anteontem em Díli, foram detidas outras 17.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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