sábado, agosto 11, 2007

Distúrbios no Timor-Leste deixam pelo menos 42 feridos

EFE – 10 Agosto 2007

Díli - Pelo menos 42 pessoas ficaram feridas e 4 mil fugiram de suas casas devido aos distúrbios em Viqueque, cerca de 250 quilômetros ao leste de Díli, em protesto contra a nomeação como primeiro-ministro de Xanana Gusmão, informaram hoje fontes oficiais.

"De terça-feira até esta manhã, o hospital recebeu 42 feridos dos conflitos em Viqueque e Uatulary. Alguns foram embora depois de tratados, por razões de segurança. Agora só temos 18 internados", declarou à Efe a médica Odete Maria Ximenes, do Hospital de Viqueque.

O inspetor José de Carvalho confirmou que mais de 4 mil pessoas abandonaram a cidade. Pelo menos 600 casas foram destruídas e queimadas durante os distúrbios.

Segundo Carvalho, a violência na cidade tem um componente político, a nomeação de Gusmão, e outro sectário.

Os protestos são atribuídos a seguidores da Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin). O partido foi o mais votado nas eleições legislativas de 30 de junho, mas não vai governar, como estipula a Constituição. Gusmão, com seu Conselho Nacional para a Reconstrução do Timor-Leste (CNRT), formou uma aliança que garantiu maioria no Parlamento.

"Os que fugiram de suas casas estão escondidos nos montes, na selva ou na igreja. Mas a igreja também se transformou em alvo, por isso pedimos proteção à força internacional de segurança e à Polícia da ONU", disse Carvalho.

Ele acrescentou que a Polícia deteve mais de 200 suspeitos nas últimas 48 horas.
O presidente timorense, José Ramos Horta, e o enviado especial do secretário-geral da ONU, Atuk Khare, devem visitar amanhã Baucau e Viqueque para tentar pacificar a população.

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Traduções

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Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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