Timor-Leste vai a votos
Notícias Lusófonas
- 29-Jun-2007 - 18:42
Fretilin e CNRT apontados como os previsíveis vencedores… juntamente com a Austrália, Indonésia e China
Timor-Leste vai amanhã a eleições legislativas. Embora seja difícil falar de democracia quando o povo tem a barriga vazia, é verdade que ao todo concorrem 10 partidos e duas coligações que tudo procuraram fazer para trazer até eles os timorenses indecisos e aqueles que embora com uma certa tendência ainda não estavam totalmente cativados. Se são 12 as organizações políticas concorrentes, a generalidade dos comentadores políticos pensam que o poder será dirimido entre duas. A histórica Fretilin de Mari Alkatiri e "Lu Olo" Guterres e o "novo" CNRT do ex-presidente da República Xanana Gusmão.
Por Eugénio Costa Almeida
De um lado a Fretilin, a ainda detentora do poder, liderada por Mari Alkatiri e por Francisco “Lu Olo” Guterres, o candidato derrotado na segunda volta das presidenciais, e o “renascido” CNRT – era o Conselho Nacional da Resistência Timorense que abusivamente, ou não, foi transformado em Congresso Nacional da Reconstrução de Timor-Leste – liderado pelo antigo presidente José “Xanana” Gusmão.
Poderá ser que o poder se dispute entre estes dois colossos da nova Timor-Leste. Mas não se devem esquecer a coligação Aliança Democrática, de Manuel Tilman, reitor da Universidade privada D. Martinho Lopes, nem da UDT de João Carrascalão, para quem ainda não há “eleições livres e democráticas em Timor-Leste”, ou do Partido Democrático, do surpreendente Fernando “Lasama” de Araújo, ou a ASDT, de Francisco Xavier do Amaral, ou, ainda, o PSD, de Lúcia Lobato, para já não se referir a Avelido Coelho, do PST, que, ainda recentemente, denunciou como farsa a existência do português como idioma oficial de Timor-Leste.
Relembremos que na primeira volta das presidenciais os candidatos do PSD, ASDT e PD obtiveram um total de 40% do eleitorado, o que não deixa de ser um facto a ter em conta nestas eleições.
Mas também não devemos deixar de referir Avelido Coelho, do PST, que, ainda recentemente, denunciou como farsa a existência do português como idioma oficial de Timor-Leste. Talvez se relembrasse que o recém-empossado José Ramos-Horta falou em sessões oficiais, e não por uma vez, não em português ou tétum, mas em bahasa, o idioma oficial da Indonésia.
E, depois, há aqueles que votaram Ramos-Horta, que indirectamente apoia a CNRT, e que já terão afirmado que não irão votar Xanana para prrimeiro-ministro.
Mas se, normalmente, a política e as legislativas são – ou deveriam ser – feitas com base nos partidos e associações cívico-partidárias, em Timor-Leste quatro entidades não partidárias estiveram sempre presentes.
Desde logo o major Alfredo Reinado, que ainda não se apresentou às autoridades e nem foi detido e para quem se fala a possibilidade de uma amnistia o que, provavelmente, não será do muito agrado dos australianos – a segunda entidade – que parece desejarem, caso não o consigam “liquidar”, que ele perdure por muitos anos afastado de Dili e manter, isso sim, o petróleo sob a sua alçada.
Como terceira entidade com interesses nas legislativas, temos os indonésios que, como já referimos, viram deslumbrados o novo presidente falar em actos oficiais em bahasa o que, desde logo, lhes alcandora bons auspícios, se não forem em termos de primazia, pelo menos em termos de cooperação.
E, por fim, a mais discreta das presenças. A China.
Limitaram-se a dizer que estavam presentes através da oferta de arroz aos mais necessitados. Ora, os africanos sabem que a China não oferece nada sem esperar retorno.
Se a Austrália quer, e julga-se poder sê-lo, a potência regional da Oceânia, a China é, claramente, a potência regional e quase a nova superpotência.
E esta não vai permitir que a Austrália esbanje um dos produtos que mais necessita e Timor-leste parece ter para dar e vender: o petróleo.
Um importante factor que os novos dirigentes do país saídos das legislativas vão ter com que conviver.
Senão, a estabilidade que todos desejam para Timor-Leste e para a região será algo efémero e etéreo.
domingo, julho 01, 2007
Entre o pouco e o nada
Por Malai Azul 2 à(s) 00:25
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Olá Malai Azul!
Coitado do nosso querido Timor!
São "7 cães a um osso" como se costuma dizer, não é?!
Vamos a ver o que isto ainda vai dar...Pelo menos que conseguissemos ser uma verdadeira Nação Independente, mas estou muito receosa acerca do futuro.
Deus queira que tudo corra pelo melhor...
Um abraço pra Timor, pra todos os meus manos, pra todo o povo timorense e votos de muita Paz e Prosperidade.
Laumalai
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