sexta-feira, junho 15, 2007

Violência eleitoral leva mais de mil timorenses a fugir para Díli

EFE – 14 Junho 2007 - 04:13

Díli - Mais de mil de pessoas fugiram para Díli depois de militantes de vários partidos de oposição queimarem e destruírem suas casas, em aldeias do distrito de Ermera, 57 quilômetros o oeste da capital do Timor-Leste, informam hoje fontes oficiais.

Julio Lemos, coordenador da ajuda no subdistrito de Hatolia, disse à agência Efe que 1.140 pessoas conseguiram se refugiar em acampamentos de Díli, com o apoio do Ministério de Reinserção Social de Comunidades.

Ele explicou que o êxodo foi causado pela queima de casas, iniciada na tarde de quarta-feira por seguidores do Partido Democrático, da Aliança Democrática e do Conselho Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), recém-criado pelo ex-presidente Xanana Gusmão.

"Foram muito cruéis. Muitos deles são chefes de aldeia que estavam ali para proteger a população. Nem a Polícia da ONU (Unpol) nem a daqui agiu, mesmo estando no local", declarou Lemos. Francisco Soares, porta-voz do partido governamental Fretilin, disse à Efe que os desabrigados se esconderam inicialmente nas plantações de café de Ermera, após o início da violência nas aldeias de Urahu, Potete e Lisapat.

O secretário-geral do Fretilin, o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri, exigiu hoje que a Unpol abra uma investigação e atue imediatamente para conter a violência em Ermera.

"Em Ermera estão impedindo nosso partido de fazer campanha livremente para as eleições legislativas de 30 de junho, com violência e intimidação", disse Alkatiri à Efe. Ele questionou o trabalho da Unpol e das forças internacionais de paz lideradas pela Austrália.

"Se são incapazes de controlar a situação em Ermera e em outros distritos, haverá necessidade de rever os mecanismos existentes e avaliar sua eficiência", concluiu Alkatiri.

Desde o fim de maio, quando começou a campanha eleitoral, houve vários atos de violência entre partidários do Fretilin e do CNRT, favoritos para ganhar as eleições.

2 comentários:

Anónimo disse...

Pelo êxodo causado pelo incêndio de casas que desalojaram 1140 pessoas nas aldeias de Urahu, Potete e Lisapat no distrito de Ermera há que responsabilizar os dirigentes do CNRT Kay Rala Xanana Gusmão e Dionisio da Costa Babo Soares, do PD Fernando La Sama de Araújo e Mariano Assanami Sabino e da Aliança Democrática Manuel Tilman e Jacob Xavier.

Porque mais de 24 horas depois do início da queima das casas desses habitantes nenhum destes líderes teve a honestidade e a frontalidade de publicamente chamarem à responsabilidade os seus seguidores que de forma cruel estão a intimidar e a agredir Timorenses, da forma mais brutal, com esta política de terra queimada atingindo o mais importante para qualquer família, a sua própria residência.

E há que dar toda a força à exigência de investigação imediata a esta barbaridade pela Unpol e à paragem imediata deste estado de coisas. E que o responsável da UNMIT ponha a mão na consciência, que meta os pés ao caminho e que obrigue a Unpol a garantir a segurança das pessoas e dos seus bens. E que com rapidez actue, investigue e leve à justiça os perpetradores desta, repito, barbaridade

Anónimo disse...

Maioria dos membros dos partidos da opsicao sao sanguinarios dos anos 75-99.

essas pessoas merecem de estarem em comarca de Becora para serem julgados.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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