Presidência da República – Palácio das Cinzas, 19 de Junho de 2007
Declaração Presidencial: “Sobre o caso do Major Alfredo Reinado”
Sua Excelência. o Presidente da República reuniu-se ontem, durante duas horas, com Sua Excelência o Presidente do Parlamento Nacional, Sr. Francisco Guterres ‘Lu’Olo’, o Vice Primeiro Ministro e Ministro Coordenador do Governo, Dr. Rui Maria Araújo, o Procurador-Geral da República Dr. Longuinhos Monteiro, o Chefe de Estado Maior-General das F-FDTL, Brig.-Gen. Taur Matan Ruak, e o Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas, Dr. Athul Khare.
O Presidente da República convocou os referidos altos dignatários do Estado e das Nações Unidas, para, em conjunto, abordarem o caso do Sr. Alfredo Alves Reinado.
A reunião abordou também a questão de outros elementos pertencentes às F-FDTL e à PNTL/UIR que, na sequência dos acontecimentos de 28 de Abril de 2006, abandonaram os seus respectivos quartéis.
O Presidente da República informou todos os presentes sobre os resultados da sua deslocação, nos dias 16 e 17 de Junho, ao distrito de Same, Sub-Distrito de Alas, Suku de Auberliku, onde dialogou com as autoridades distritais, locais e a população.
Na reunião de alto nível de ontem foi decidido que serão tomadas algumas medidas de carácter urgente, de forma a serem criadas as condições absolutamente necessárias à obtenção de uma solução rápida para o caso do Sr. Major Alfredo Alves Reinado, em respeito pela Verdade e Justiça.
Sua Excelência, o Presidente da República, reuniu-se também com os Reverendíssimos Bispos das Dioceses de Díli e de Baucau, respectivamente, Reverendíssimo Bispo D. Alberto Ricardo da Silva e D. Basílio de Nascimento, com quem abordou os mesmos assuntos citados.
Acompanhado de S. Ex.a., o Procurador-Geral da República, e do Chefe de Gabinete do Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas, o Presidente da República, dialogou, em separado, com elementos das PNTL/UIR, assim como com vários elementos dos “peticionários”.
O diálogo decorreu num ambiente muito positivo tendo S. Ex.a., o Presidente da República, registado com muito agrado a total abertura de todos no sentido de procederem à entrega das armas na sua posse, de encetarem o diálogo com os seus camaradas de armas, com os seus superiores hierárquicos, e em encontrarem uma solução justa para a sua situação.
Assim, tendo auscultado a opinião de todos os altos dignatários acima referidos, convicto de que o Estado de Direito e Democrático deve ser defendido com inabalável firmeza, que a “Justiça Deve Ser Igual para Todos”, assim como, que deve prevalecer o princípio, de que a via do diálogo deve ser continuamente explorada em vista a se encontrar a solução justa para os problemas em causa, S. Ex.a., o Presidente da República, determina que, a partir desta data, cessam todas as operações militares e policiais com vista à captura do Sr. Major Alfredo Alves Reinado e de todos os elementos a ele associados.
S. Ex.a., o Procurador-Geral da República, assim como os representantes legais do Sr. Major Alfredo Reinado, irão de imediato encetar os passos necessários com vista a iniciar-se o necessário processo de diálogo, diálogo que envolverá a Igreja na qualidade de entidade facilitadora, com vista a criarem-se as condições necessárias à entrega à Justiça do Sr. Major Reinado e das armas na sua posse.
NOTA DE RODAPÉ:
Alfredo Reinado tem um madado de captura. O Presidente da República não tem autoridade para se sobrepor a um orgão de soberania independente, aos tribunais.
Mas aqui com a cumplicidade das Nações Unidas e das forças militares australianas tudo é possível.
quinta-feira, junho 21, 2007
PR e Juiz? Mais da Republica das Bananas...
Por Malai Azul 2 à(s) 22:47
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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