domingo, março 18, 2007

Ruak desvaloriza Reinado e garante eleições seguras

Jornal de Notícias, 17/03/07
Por: Orlando Castro

Ruak desvaloriza Reinado e garante eleições seguras

Alfredo Reinado continua a monte mas a situação não preocupa as autoridades de Timor-Leste. Depois do brigadeiro-general australiano Mal Rerden ter afirmado que as últimas imagens do major reflectem um fugitivo e "não um herói ou um líder," foi agora a vez de um outro brigadeiro-general, desta vez timorense, Taur Matan Ruak, garantir que Reinado "não perturba" o processo eleitoral e que as Forças de Defesa de Timor-Leste (FDTL), por si lideradas, têm a situação sob controlo.

Matan Ruak salienta, contudo, que seria bom para a normalização do país que Reinado fosse detido o mais rapidamente possível. Refugiado nas montanhas com um pequeno grupo de seguidores, o major rebelde poderá estar a receber apoio de alguns grupos de jovens mais radicais.

Embora esse apoio seja admitido por observadores internacionais no país, o primeiro-ministro, Ramos Horta, diz o contrário e garante que nas áreas onde se diz que Reinado teria apoio popular, a população está contra ele.

Especialistas salientam, para além de duvidarem das razões por que falhou a operação australiana de captura, que se pode estar a viver uma situação em que a população, sobretudo a de Aileu, de dia está com o Governo e à noite com Alfredo Reinado.

Taur Matan Ruak corrobora que a segurança será garantida durante a campanha eleitoral para as presidenciais de 9 de Abril, que começa na próxima sexta-feira, recordando que o próprio Alfredo Reinado sempre valorizou a estabilidade do país.

O major Alfredo Reinado, militar fugido, é acusado de posse ilegal de material de guerra e evadiu-se de uma prisão de Díli no dia 30 de Agosto do ano passado.

Alkatiri critica Xanana

Entretanto, o secretário-geral da FRETILIN, Mari Alkatiri, acusa Xanana Gusmão de usar uma designação "enganosa e dissimulada" para o seu novo partido, ao utilizar a designação de "Congresso Nacional para a Reconstrução Timorense", com a sigla CNRT. Ora, diz Alkatiri, "o recurso à sigla CNRT é uma tentativa oportunista e cínica de a associar à anterior organização da Resistência, o Conselho Nacional da Resistência Timorense, igualmente conhecida pela sigla CNRT".

Código de conduta

Os oito candidatos à Presidência da República de Timor-Leste assinaram ontem, numa cerimónia solene, o Código de Conduta a ser observado nas eleições de 9 de Abril.

O Código de Conduta foi aprovado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), a 7 de Março, por proposta do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).

A cerimónia de assinatura decorreu na presença do actual chefe de Estado, Xanana Gusmão, do chefe da missão da ONU em Timor-Leste, Atul Khare, e de vários diplomatas e líderes políticos.

O presidente da República assinou ele próprio o Código de Conduta, na qualidade de testemunha, em representação de um dos órgãos de soberania.

O Código salienta o compromisso de "aceitar e cumprir escrupulosamente a Constituição, as leis, os regulamentos e outras disposições da República Democrática de Timor-Leste".

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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