H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Amotinado de Timor procurou ajuda mística para ilu...":
"Boaventura dirigiu uma revolta em Same contra os colonialistas Portugueses, mas as suas forças foram esmagadas em 1912."
Gostaria de fazer algumas correcções quanto à versão da AFP sobre a revolta de D. Boaventura:
Esta começou em 1911 (não em 1900) e terminou em 1912. Não foi uma revolta "contra os colonialistas", mas sim desencadeada pela criação ou aumento brutal de vários impostos, designadamente o imposto de capitação, de 1 pataca para 2 patacas e 20 avos. Tratou-se de uma ideia infeliz do Governador Filomeno da Câmara.
Também outros factores derivados da implantação da República contribuiram para a revolta, como a mudança da bandeira portuguesa ou alterações na orgânica administrativa, que até então funcionava em simbiose com a autoridade tradicional. Com o novo sistema, vários liurais foram afastados e substituidos por outros designados pelo Estado. Esta autêntica revolução, que caiu muito mal em alguns reinos, ia perfeitamente de encontro aos novos ideais republicanos, que não coexistiam bem com um sistema feudal e nobiliárquico dentro do território nacional.
Por último, lembro que, tal como Reinado, D. Boaventura fugiu quando estava cercado no monte Cablac, deixando para trás os seus seguidores. Resultado: cerca de 3.000 mortos.
Se Reinado pretendeu incarnar o espírito de D. Boaventura, acho que isso não foi boa ideia atendendo à maneira como ele acabou: passado um mês de fuga, entregou-se às autoridades e morreu na prisão, em circustâncias misteriosas...
domingo, março 18, 2007
Dos leitores
Por Malai Azul 2 à(s) 08:25
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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